**-Edward, me desculpe pelo o que eu irei dizer agora, mas .... EU O TRAÍ. **

–Como, Isabella?

–Eu simplesmente não sei nem como dizer. - falou tentando ganhar tempo para inventar uma história convincente.

–DIGA LOGO DE UMA VEZ. - berrou Edward, que em instantes passou de tristeza à raiva.

Foi neste momento que Isabella se deu conta da burrada que fez. Como ela pretendia continuar com a amizade com Edward se a mesma o tinha dito que o tinha traído? Desde sempre ela soube que ele aceitaria tudo, aceitara o amor não correspondido, aceitara casar-se com uma mulher que não o amava por que estava cansado de vê-la sofrer, aceitara permanecer “casto” até o dia do casamento, aceitara as inúmeras vezes em que ela chorou após o sexo, pois Edward não era o homem que ela queria ali naquele lugar e sim Jacob, o seu falecido namorado, aceitara tudo e sabia como ninguém que ele não aceitaria essa história de traição, pois foi nos ombros dela que ele chorou todas as lágrimas possíveis após a separação dos pais. Dessa forma só restava uma alternativa, como ela sabia que não podia voltar atrás com as palavras ditas (Ed sempre fora um cabeça dura se tratando de traição e não iria acreditar), restava apenas torcer para que ele acredite na história e que essa tortura acabasse o mais rápido possível.

Pela próxima uma hora Isabella contou uma história sobre o seu suposto envolvimento com um homem que ela conheceu numa das viagens que fez para “esfriar a cabeça”, contou também que o “romance”, se é que pode ser chamado assim, durou apenas uma noite e que não foi nada além do que sexo, e finalizou com as seguintes palavras:

–Edward eu não queria que a nossa história terminasse dessa forma, eu realmente não queria, e continuo não querendo, mas esta é a única maneira que eu consegui encontrar pra finalizar tudo o que aconteceu entre nós. Eu juro por tudo o que é mais sagrado que eu estou sofrendo tanto quanto você. Eu só quero que voltemos a ser amigos. Ed você está me ouvindo? – falou com uma certa preocupação no seu tom de voz.

–Sim, estou Isabella, mas não adianta vir com essas palavras de que quer a minha amizade, que se preocupa comigo, pois minha amizade você nunca mais terá– disse com a voz controlada – agora, faça-me o favor de ir embora daqui agora.

Nesse momento Bella pegou as suas coisas e se dirigiu porta afora, ao escutar a batida da mesma no instante em que botou os pés para fora da casa, percebeu que tudo o que tinha construído com Ed desde os seus 6 anos foram jogados fora num caminho sem volta. Sem saber o que fazer, e a beira de um colapso nervoso, ela ligou para a única pessoa que ela sabia que poderia contar numa situação dessas.

–Alice, eu preciso de sua ajuda – disse entre choros e soluços.

–Acalme-se Bella, o que aconteceu? Você e meu irmão brigaram? Não me diga que você chorou de novo depois do sexo.

–Alice foi muito pior, eu... eu.

–Diga logo Bella, você está me deixando maluca.

–Eu saí de casa.

–Como assim saiu de casa Bella?

–Alice você poderia me buscar aqui na frente de casa? Eu não estou em condições de falar nisso agora.

–Tudo bem Bella, mas você tem que me prometer me explicar tudo depois, ok?

–Ok.