Estava chegando ao hospital quando vi os três, Dig e Roy, que tinha a Thea num abraço já que ela chorava muito. Cheguei perto o suficiente sem que me vissem para ouvir o que a minha irmã balbuciava entre soluços.

– Eu... Não... Posso... Perder... A... Licity... Também...

Antes que eu fosse capaz de segurar a língua, eu falei.

– Você não vai. – Eles me olharam como se eu fosse um fantasma, eu era quase isso, já que achavam que eu estava morto.

– Oliver...– Foi tudo o que foram capazes de falar.

Thea corre para meus braços e eu a envolvo. Como eu sentia falta dela. Depois de responder suas perguntas eu vou em direção ao local de doação de sangue, então vou dar um jeito de vê-la.

Respondi todas as perguntas necessárias antes de coletarem meu sangue, assim que acabou, fui a procura do doutor.

– Dr., eu quero ver Felicity Smoak.

Ele negou com a cabeça sem ao menos olhar para mim. Isso me irritou.

– Não vai ser possível sr...?

Isso vai ser engraçado.

– Queen. Oliver Queen. E Então posso vê-la?

Ele levantou a cabeça e arregalou os olhos, deu um pigarro e aceno que sim.

– Vou acompanhá-lo. Não vai poder demorar sr. Queen, ela ainda vai estar fraca por um tempo. Ela perdeu muito sangue, está anêmica, e estava com um nível altamente absurdo de álcool no sangue, o que agrava e dificulta as coisas. Há 12% de chance de não dar certo, pelo álcool e a anemia.

Que droga Felicity! Nós vamos ter uma conversa séria, mas ao mesmo, eu não posso te julgar, eu ficaria muito pior.

Quando cheguei no quarto dela, meu coração quase parou, tão magra, pálida. Me sentei numa cadeira ao lado de sua cama. Tentei falar com ela, para ver se ela acordava.

– Vamos Felicity. Você precisa lutar. Eu preciso de você. Você não pode me deixar.

Quando terminei de falar, o coração dela começa a bater freneticamente. O médico correu pra porta e gritou que era uma parada cardíaca. Uma equipe entra e me empurra pra longe dela.

– Vamos, massagem cardíaca... 1, 2, 3... De novo.

Não Loirinha, você não pode me deixar.

– Preparem o desfibrilador... No três. 1, 2, 3...

Não, não, não. Isso não pode estar acontecendo.

– Não me deixe Loirinha, não me deixe. Eu voltei por você. Volte por mim. Para mim.

Eu falei para ela, como se nesse momento, ela fosse me escutar, idiota eu sei mas, era tudo que eu conseguia pensar. Para minha surpresa e dos médicos aqui no quarto o coração dela voltou a bater, e eu a respirar... Durou pouco.

– Ela está estabilizada sr. Queen, mas o sr. não pode ficar aqui.

Eu tento controlar a vontade assassina que eu tenho de bater nele. Cerro os dentes antes de responder.

– Eu não vou sair daqui. Eu vou ficar com ela.

Ele suspira derrotado. E assente.

– Ok então, até amanhã sr. Queen.

Eu acenei afirmativamente. Ele saiu do quarto, eu sinto meus olhos encherem de água ao imaginar meu mundo sem ela. Respiro fundo e sento novamente na cadeira ao lado da cama e seguro a mão da minha Loirinha, e assim adormeço.

Amanheceu, já estou acordado, mas finjo que não quando ouço a porta abrir.

– Só pode ser uma fodida brincadeira de mal gosto.

Palmer. Sorrio, me controlo antes de levantar a cabeça e o encarar com cara de confuso.

– Palmer? O que faz aqui?

– Eu vim ver a Felicity. O que VOCÊ faz aqui?

Eu tento controlar o meu temperamento, e ao olhar para Felicity, aqui desse jeito nessa cama de hospital, me acalmo. Mas mesmo assim eu levanto.

– Eu sou amigo da Felicity. - Falo com os dentes cerrados. - Eu doei sangue e passei a noite aqui .

Ele ficou branco, por essa ele não esperava. 1X0 para mim.

Só por causa disso? Isso não quer dizer nada. - Ele já estava se alterando. - Isso não quer dizer que ela vai correndo em direção aos seus braços. Eu a beijei, FORA.

Eu cerro meus punhos e me aproximo dele, já com fúria transbordando de mim.

– Não adianta Palmer. Eu NÃO vou sair daqui.

– Você não é nada dela para estar aqui. Eu trabalho com ela.

Foda- se, eu estou a um minuto de quebrar a cara desse idiota.

Respira Oliver, eles vão te tirar daqui se você fizer isso, você não vai estar qui quando ela acordar, não se você bater nele.

– Escuta aqui Palmer, a Felicity é MINHA amiga e eu vou ficar aqui. Não é você, e nem ninguém que vai me tirar de perto dela. - Eu tive uma ideia. - Você beijou ela? Parabéns. Mas é a mim que ela ama, e eu também a amo, e quando ela acordar eu vou lutar por ela. Eu vou lutar por nós.

Eu não tenho a mínima ideia de como fazer isso, mas eu vou fazer, eu vou ao menos tentar.

Ray me olha com ódio, mas antes que diga que algo, os monitores dela começam a apitar freneticamente. Eu corro para seu lado e aperto sua mão.

– Felicity, se acalme. Se você pode me ouvir, precisa se acalmar. - O coração dela começa a se acalmar e dou um sorriso vitorioso antes de virar e ver a cara de espanto do Palmer. - Viu Palmer? Mesmo desacordada ela me reconhece.

– Foda-se Queen. Isso não vai ficar assim.

E então o Ray sai batendo a porta. eu me sento de volta ao seu lado e dou um leve aperto em sua mão.

– Eu te amo minha Loirinha.

Foi a última coisa que falei antes de apagar novamente.