Confesso que menti -Jily escrita por Mabel


Capítulo 1
Confesso que menti -capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Oii, então, estou repostando a história pois o resultado não foi bem o esperado.
Perdoem os erros ortográficos e aproveitem.



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Querida Lily,

Estou lhe deixando essa carta, pois não sei se voltarei dessa missão da Ordem.

Constantemente tenho tido pesadelos. Neles, eu estou na sala e você-sabe-quem está indo atrás de você e do nosso pequeno Harry e eu não consigo me mexer, é como se eu não estivesse ali, simplesmente não consigo me por entre ele e vocês. Você está de costas para ele, na cozinha. Meche despreocupadamente a massa do bolo de abóbora enquanto Harry tenta a todo custo sair do cercadinho e pegar a vassoura que Sirius deu de presente a ele. Ele se aproxima e finalmente você o vê, mas é tarde de mais e você não consegue se defender quando ele lança o feitiço.

Então eu acordo, olho para você deitada ao meu lado na cama e acaricio seus cabelos ruivos. Respiro fundo e vou até o quarto do Harry. Ele dorme tranquilo no berço. Pela janela, vejo o vilarejo silencioso. E para apagar o pesadelo de minha memória, eu começo a lembrar de nós, da nossa história.

Confesso que fiquei extasiado no dia em que te vi entrando no expresso de Hogwarts pela primeira vez.

Confesso que pensei que tinha tirado a sorte grande quando você foi para a Grifinória e não para a Sonserina como o ranhoso.

Confesso que eu ficava enciumado quando te via andando com ele pelos corredores da escola.

E confesso que passava correndo entre vocês só para te tirar de perto dele.

Confesso que, no segundo ano, quando descobri que o Aluado tinha o probleminha peludo, quase enlouqueci quando te vi combinando de ir ao corujal, à noite antes do sinal de recolher, com a Marlene.

E confesso que lancei um feitiço para que ela ficasse tonta. Felizmente, vocês foram para enfermaria e não saíram em noite de lua cheia sozinhas.

Confesso que foi no terceiro ano que eu percebi que gostava de você.

E confesso que nesse mesmo ano, entrei para o time de quadribol em parte porque queria te impressionar.

Confesso que fiquei uma fera quando vi que todas as garotas me davam bola, menos você.

E confesso que usei dessas garotas para te causar ciúme.

Confesso que fiquei furioso quando você negou meu pedido e não foi a Hogsmeade comigo.

E confesso que quis me jogar da torre de astronomia quando você apareceu lá do lado do ranhoso.

Confesso que fiquei furioso quando vocês foram chamados para o clube do Slugue no quarto ano.

E confesso que aceitei a ir numa reunião desse mesmo clube com Emmeline Vance só para vigiar vocês dois e garantir que todas as investidas dele saíssem frustradas.

Confesso que adorei lançar um feitiço para que o visgo que estava acima de vocês desaparecesse.

E confesso que ri sozinho com a careta estranha que ele fez quando olhou para cima de novo e o visgo não estava mais lá. Você nem mesmo tinha visto o visgo.

Confesso que aprontava com os Marotos perto de você só para você vir brigar com a gente, você nunca falava comigo se não fosse para dar uma bronca.

Confesso que no quinto ano quando você deixou de ser amiga dele, mesmo estando furioso por ele ter te chamado daquilo, não pude evitar sorrir ao pensar que você nunca mais falaria com ele.

Confesso que fazia minhas melhores manobras no treino de quadribol só porque você ia assistir para dar apoio a sua amiga Marlene.

Confesso que fiquei desesperado quando percebi que me exibir em cima da vassoura não estava dando certo e você continuava negando meus convites.

Confesso que fiquei com as bochechas doendo de tanto sorrir quando Marlene começou a conversar mais com a gente por conta do quadribol, e consequentemente você também.

Confesso que no sexto ano saia com todas aquelas garotas na sua frente para provar para você, e para mim mesmo, que não me importava com os seus nãos.

Confesso que não deu certo e que eu me chutava mentalmente quando você me olhava com um olhar reprovador sempre que eu estava com alguma delas.

Confesso que quase morri de felicidade quando Marlene falou que você fazia isso por ciúmes.

Confesso que no sétimo ano tentei ser mais responsável não pelo fato de ser Monitor-chefe, mas por você.

Confesso que meu sorriso quase não coube no meu rosto quando você aceitou ir comigo a Hogsmeade.

E confesso que ficava esperando você falar que era só uma brincadeira trouxa de 1º de abril. Mesmo sendo junho.

Confesso que quando nos beijamos pela primeira vez naquele encontro, eu não cabia em mim de felicidade.

Confesso que os malditos morcegos no meu estômago acordavam e ficavam voando nele sempre que eu te via.

E confesso que isso acontece todos os dias até hoje.

Confesso que o dia em que você aceitou ser minha namorada foi um dos dias mais felizes da minha vida.

Confesso que no final do ano, quando tínhamos acabado de sair da formatura e pedi você em casamento, quase enlouqueci de felicidade quando você aceitou e fomos dar as boas novas para nossas famílias e amigos.

Confesso que quando vi você entrar no meu campo de visão vestida de noiva, foi como olhar para o paraíso.

Confesso que aquele sim foi o sim mais verdadeiro que eu disse em toda a minha vida.

Confesso que quando você veio meses depois, chorando, me dizer que estava grávida, eu olhei para seu rosto e tentei cravar sua expressão na minha memória.

E confesso que quando você finalmente sorriu após eu te dar um beijo e te rodar pela sala me fez o homem mais feliz do mundo.

Confesso que eu olhava para você e não podia deixar de notar como sua beleza parecia aumentar a cada dia junto com o tamanho da sua barriga.

Confesso que quase morri de desespero quando tive que te levar as pressas para o St. Mungus, pois a sua bolsa tinha estourado.

E confesso que se não fosse pelos outros Marotos e por Marlene, eu teria desmaiado ali mesmo.

Confesso que me afoguei no verde dos seus olhos enquanto segurava sua mão e você gritava.

E confesso que fui, mais uma vez entre tantas, o homem mais feliz do mundo quando escutei o choro do nosso bebê.

Confesso que estava tremendo de medo quando peguei-o nos braços. E que só me acalmei após escutar sua risada fraca por conta do esforço que tinha feito.

Confesso que sai gritando para todos que esperavam na maternidade que ele era um menino.

E que fiquei todo bobo ao vê-lo dormindo tranquilo no berçário. Nenhum daqueles outros bebês parecia ter o mínimo do brilho que ele emanava.

Confesso que quando chegamos a casa com ele eu quase não sai do lado do berço dele de noite com medo de que ele fosse acordar.

Confesso que dias mais tarde, quando Dumbledore nos contou sobre a profecia, eu jurei a mim mesmo que iria fazer o possível e o impossível para manter vocês dois seguros.

E confesso que desde então eu tenho feito isso.

Confesso que menti para você quando sai para essa missão hoje e prometi que logo estaria em casa e que você não precisava se preocupar.

E confesso que estou suplicando internamente para que essa promessa seja cumprida e que essa não seja a última carta que destino a você.

Eternamente seu,

James.


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Notas finais do capítulo

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