— O que foi irmã? – perguntou entediado, Médio, segurando a esfera onde a alma de Mia estivera.

— Acho que você já sabe. – falou Máxima, com raiva. – Sua preciosa succubu morreu e sua poção não funcionou.

— Irma tinha ficado longe desse mundo muito tempo. – explicou ele ficando de pé. – Ela precisaria de mais tempo para realmente se adaptar e oferecer um perigo real, mas pelo menos ela conseguiu fazer os embarques e matar uma deles.

— E qual sua desculpa para aquela poção inútil?

— Minhas poções... – disse ele com o rosto próximo do dela. – Sempre funcionam. Mas como nosso caro Capitão não fez o procedimento de modo perfeito, ela não funcionará perfeitamente. Mas irá funcionar.

— Como então?

— Não todos, apenas os dos últimos seis meses e não imediatamente, talvez em alguns meses.

— Meses?!  - disse ela de modo venenoso. – Não temos meses!

— Você mesma diz que esperou séculos. Pode esperar mais um pouco. – os dois se encararam até que Mínima abriu a porta.

— Desculpe, sei que pediu para não interromper, mas... Os ciclopes estão agitados e a quimera também. – Máxima suspirou.

— Vou resolver isso. – falou Médio saindo do aposento.

— Não terminamos nossa discussão! – berrou Máxima.

— Pelos céus, Cristina! – gritou Médio de volta. – Pare de se comportar como uma criança mimada! Vai ter o que quer, mas espere algum tempo! Se distraia, planeje torturas, eu não sei, mas pare de me tratar como um criado incompetente. – e bateu a porta.

Máxima ficou ali no laboratório sentindo-se furiosa. Alguns meses? Pois bem, ela esperaria.

~*~

Osíris se aconchegou mais entre os gatos. Estavam todos em uma caverna, dormindo empilhados para se manterem aquecidos.

O felino fechou os olhos e mudou de posição, se perguntando onde estariam Fox e Leto agora.

~*~

Tendo terminado seu trabalho, Li colocou as mãos de Mia sobre sua barriga, prendeu sua aljava em sua cintura, o lenço entre as mãos e o arco ao seu lado. Endireitou o colar em seu pescoço e contemplou sua obra.

Ela estava linda no traje branco. Tranquila e em paz. Com um sorriso, a estrela sentou-se novamente em sua cadeira e continuou a tradução do livro, estava quase acabando e a biblioteca tinha estado muito movimentada nos últimos dias, preferia terminar o serviço em seu quarto.

Seth e Derek não conseguiam explicar o que era a tal sala misteriosa, mas com o passar dos dias ela tinha se lembrado. Apenas não tinha contado ainda, queria revelar o que sabia juntamente com as descobertas do livro.

E finalmente, ela acabou a tradução. Juntou as folhas de papel, as organizou, grampeou e começou a ler.