POV Sophie Trammer

Estávamos no hospital, mas dessa vez por um motivo muito nobre. Luke, Kenny, Ethan, Brian, Matthew e Richard, aguardavam comigo para fazer a tão esperada ultrassom que finalmente revelaria o sexo do meu bebe, as damas da família estavam trabalhando e não puderam acompanhar esse dia tão único. Eu estava com quinze semanas agora e já havia feito uma ultra com treze semanas, mas não foi possível ver o sexo devido a posição em que ele estava, então, depois dessa tentativa frustrada, voltamos agora para tentar descobrir se teríamos um mini Matthew, ou uma pequena Sophie.

Eu não tinha um desejo especifico para o que fosse, a única coisa que me preocupava e me importava era a nossa saúde. Minha e do meu bebe. Afinal de contas, eu teria que estar bem para cuidar dele. Acontece que todos da família estavam arrancando os cabelos de curiosidade sobre essa questão do sexo, eles queriam comprar mil coisas para nos presentear e não sabiam o que deveriam ou não comprar. Eu tentei explicar que eles poderiam comprar coisas de tons neutros, mas eles bateram o pé, queriam saber de uma vez por todas se viria um menino ou uma menina.

Até a família de Matthew ligava quase todos os dias para saber se já tínhamos novidades e ficavam me dizendo simpatias para fazer para que descobríssemos logo, o que era muito engraçado na verdade. As que eu fiz deram basicamente empate, algumas vezes dava menina, outras menino... Fazendo com que voltássemos para a estaca zero. Eu não falava muito Clarice, basicamente minhas conversas eram com Marissa, Megan e Nicholas. Eu tinha plena consciência de que ela não estava soltando fogos de alegria com a noticia, mas pelo menos, teve a decência de me dizer que desejava que meu filho nascesse com saúde e que desse tudo certo ao longo da gravidez. Se era sincero ou não, eu não poderia afirmar, mas se não era, ela soube fingir.

Matthew e Luke andavam impacientes de um lado para o outro, enquanto nós ficamos os observando mais impacientes ainda. Até Richard estava começando a ficar vermelho de agonia. Era a primeira vez que ele vinha a uma ultrassom minha, isso significava muito. Nossa relação não era a mais perfeita de todas, não éramos melhores amigos, mas estávamos aprendendo a conviver um com o outro. Matt que havia me convencido a convidá-lo a vir conosco e para minha surpresa, ele aceitou.

Vocês vão abrir um buraco no chão desse jeito. Falei os observando.

Por que está demorando tanto? Matthew disse olhando para mim, mas sem parar de andar de lá para cá.

Verdade, da outra vez a chamaram tão rápido... Luke concordou com ele.

Me parece, senhores, que não tem só a Sophie de paciente. Ethan disse com ironia, mas os dois rapazes ignoraram o comentário.

Vocês querem se acalmar, por favor? O médico já vai atendê-la. Brian disse também já impaciente.

Não dá pra ficar calmo. Matthew disse ansioso e eu bufei.

Vocês estão me deixando nervoso, para o bem de todos, é melhor que isso não aconteça. Richard falou sério.

Os dois, sentem. Disse firmemente, Matthew e Luke se entreolharam.

Agora! Richard e eu falamos juntos.

Pelo amor de Deus Luke, não é você que está grávido! Kenny falou e os sentaram resmungando.

Alguns poucos minutos depois, uma enfermeira se aproximou de nós.

Sophie Trammer. Acenei e fiquei de pé. O doutor vai recebê-la, pode me acompanhar. Todos se levantaram e a enfermeira nos olhou confusa. Desculpem, mas só familiares.

São todos da família. Respondi e continuei a fazer meu caminho para o consultório onde Ian estava me esperando, seguida por todos e ignorando o olhar critico da enfermeira.

Cumprimentamos Ian e os rapazes se espremeram para que todos coubessem no consultório, eu sentei na cadeira e levantei a blusa para que Ian passasse um gel e Matthew segurou minha mão assim que apareceu a imagem borrada na tela.

Vamos ver como anda o coração desse pequeno, ou pequena. Ian me olhou sorrindo e apertou um botão que fez com que todos pudessem ouvir o coração do meu bebe.

Assim que ouvi, me emocionei. Na última ultrassom eu tinha ouvido também, mas acho que me emocionaria mesmo se já tivesse ouvido cem vezes. Aquela era a certeza que eu tinha de que meu bebe estava bem, que estava vivo dentro de mim. Olhei para Matthew, que estava chorando também e ele beijou minha testa. E embora tivesse muitas pessoas espremidas em uma pequena sala, o silêncio reinava. Todos tinham parado para ouvir o coração do meu filho bater.

Estamos muito bem. O tamanho está normal, os batimentos cardíacos também... Ian disse apertando o botão novamente, que fez o som do coração do bebe silenciar. Ah... Aí está. Ele falou e retirou o aparelho de cima da minha barriga.

Aí está o quê? Perguntei.

Conseguiu ver o sexo? Matthew falou apertando minha mão mais forte.

Bem... Ian assentiu sorrindo. Meus parabéns, é um garotão.

Eu sabia! Brian gritou e todos começaram a comemorar.

É nosso filho. Matt disse para mim, me beijando.

Eu olhei ao redor e vi todos eles, até Richard, rindo e comemorando da forma mais silenciosa que eles conseguiam, mas sem muito sucesso. Porém Ian não parecia se incomodar muito, achava até que ele estava e divertindo vendo tudo aquilo.

Acho que o meu destino é viver rodeada de belos homens. Falei com diversão para Matthew que riu também e secou uma lágrima minha.

Ian me entregou o papel toalha para que eu me limpasse e quando fiquei de pé, o abracei. Ele tinha se tornado um amigo próximo e estava se desdobrando para atender os seus pacientes e acompanhar minha gravidez, eu jamais iria esquecer tudo o que ele havia feito por mim.

Muito obrigada Ian. Disse para ele ainda emocionada.

Eu que agradeço por me deixar fazer parte disso tudo. Ele riu olhando as danças ridículas que os rapazes faziam como forma de comemoração. Até Richard não estava conseguindo disfarçar a alegria, ele tentou esconder um riso, mas não conseguiu.

O resto do dia foi de comemoração, Ethan e Brian ligaram para Mabel e Lenny assim que saímos do consultório e elas vibraram de animação conosco. Esses momentos eram muito especiais, cada pequena coisa que acontecia comigo nessa nova fase estava sendo incrível e a partir de agora, eu sabia que seriam mais incríveis ainda.

Então é isso... Coloquei uma mão em minha barriga. Vamos ser pais de um menininho. Disse para Matthew deitando ao seu lado na nossa cama, finalmente depois daquele longo dia.

Nosso menininho. Ele sorriu e beijou minha barriga. Você ouviu as sugestões de nomes? Um pior que o outro... Ele falou com diversão.

Sério que você não cogita usar Brian II? Achei esse tão bonito... Falei com sarcasmo e liguei meu notebook abrindo meus e-mails.

Mas o fato é que uma hora vamos ter que pensar no nome.

Isso é verdade... Coloquei meus óculos. Eu não tinha pensado nos nomes ainda, mas agora que já sabemos que é menino, a gente podia começar a negociar sobre isso. Ele sentou atrás de mim e começou a massagear meus ombros. Eu queria que o sobrenome dele tivesse os nossos sobrenomes. Eu e Richard somos os únicos Trammers que sobraram, eu não queria que fossemos os últimos...

Eu acho uma ótima ideia... Podemos colocar com hífen, Trammer-Davis. Aí futuramente ele vai ser o Sr. Trammer-Davis. Matthew beijou meu ombro e eu sorri.

Ele vai ser um ótimo Sr. Trammer-Davis, eu tenho certeza. Beijei seu rosto. Sabe... Foi meu avô que escolheu meu nome, eu lembro que uma vez quando estávamos conversando, ele me disse que se eu fosse menino, ele teria escolhido Benjamin.

Benjamin... Matthew repetiu pensativo.

É apenas uma sugestão, não precisamos decidir nada ainda, mas lembrei disso quando Ian falou que teríamos um menino.

O nome do meio do meu pai e do meu avô é Derek... Matt disse. Benjamin Derek Trammer-Davis. Ele falou e eu virei de frente para ele.

É muita loucura se eu disser que gostei da nossa primeira ideia de nomes pro nosso filho? Perguntei rindo e ele riu também, tirando uma mexa de cabelo do meu rosto.

Não é loucura, eu também gostei. Homenageia grandes homens que amamos, eu realmente acho que não vamos conseguir pensar em uma ideia melhor para nomes do que esse.

Nós vamos contar qual nome escolhemos?

Não... Matthew riu. Vamos deixá-los sofrerem um pouco com a curiosidade.

Estava tentando terminar de ler todos os e-mails que tinham pendentes, mas já fazia quase uma hora e ainda restavam 348. Pedi que Matthew continuasse lendo os e apagando os que já haviam sido respondidos por ele ou por Brian, enquanto eu tomava um banho rápido. Coloquei o roupão quando terminei e comecei a pentear meus cabelos.

Querida? Ouvi Matt chamando.

Oi amor. Gritei de volta.

Quando comprou passagens para o Caribe? Ele perguntou e eu saí do banheiro, voltando para o quarto. Tem um e-mail com valores para um hotel no Caribe, para reservas em novembro. Ele falou com a testa franzida. Eu não deveria saber que pretende viajar?

Desculpe, eu esqueci completamente disso... Sentei na beira da cama, ao seu lado. Eu tinha pensado em levar todos em uma viagem para nosso casamento.

E quando exatamente você decidiu que quer se casar no Caribe? Ele esboçou um sorriso e eu sorri sem graça.

Ok, deixe-me explicar. Levantei as mãos, me rendendo. Foi há alguns meses, eu estava em casa, assistindo televisão quando vi a propaganda desse lugar. E aí, eu mandei um e-mail para eles perguntando se teriam reservas para novembro, que era quando estávamos pensando em marcar a data do casamento e eu só iria falar com você quando tivesse uma resposta deles, só que veio toda essa história de gravidez e acabei esquecendo completamente disso.

Então você realmente queria casar no Caribe? Não seria uma cerimônia simples? Ele perguntou sorrindo mais docemente.

Eu achei que seria legal um casamento na praia e poder levar todos para umas férias... E eu quero uma cerimônia simples, mas isso não quer dizer que a gente tenha que casar no jardim de casa. Falei com diversão. Seria um casamento simples, ao estilo Trammer.

Olha... Não é uma má ideia. Podíamos fazer a cerimônia na praia.

Sempre quis uma cerimônia na praia... Parei por um momento, pensativa. Mas o bebe ainda vai ser muito novinho em novembro.

Ele vai ter o que? Três meses, não é? Ele perguntou e eu assenti. Acho que deveríamos perguntar para Ian se teria problema viajar com ele assim tão novo. Mas se ele liberar, acho que seria incrível casar em uma praia no Caribe e melhor, com nosso pequeno lá presente.

Ia ser maravilhoso! Falei animada.

No dia seguinte, falamos com Ian e contamos sobre os planos que tínhamos para o casamento e que estávamos preocupados se viajar com Benjamin tão pequeno, não poderia causar algum problema para ele. Ele nos explicou que não teria problema levá-lo, mas que teríamos que tomar alguns cuidados, nada exagerado, apenas precauções, como protetores para o ouvido dele, por exemplo. E foi um completo alivio saber que eu poderia começar a me dedicar também para o casamento, agora que eu sabia que nosso bebe iria poder estar lá, vendo de partinho eu e Matthew casando.

As semanas passavam muito rápido e a cada dia, eu ia ficando maior. Eu vinha recebendo muita ajuda de todos para organizar o casamento, por que se já era estressante fazer isso morando na cidade em que ocorreria a cerimônia, imagine tendo que organizar tudo a distancia. Mas as coisas estavam saindo bem, eu estava me cuidando, tomando todas as vitaminas que tinha que tomar, mas eu não vinha me sentindo muito bem nos últimos dias. Os enjoos que a essa altura deveriam estar melhores, apareciam com maior frequência e eu me sentia exausta, o tempo todo. Era muito frustrante. Eu queria ser uma gestante ativa, continuar fazendo as coisas que fazia antes, não me sentir a invalida que eu estava me sentindo, mas ao mesmo tempo, eu sabia que não poderia abusar, porque afinal de contas eu tinha que pensar em Benjamin primeiro e se eu tinha que me privar de tudo para que ele ficasse bem, eu iria fazer isso.

As noites eram sempre piores. Eu não conseguia encontrar uma posição confortável para dormir, basicamente só virava de um lado para outro e Matthew ficava acordado comigo o tanto que ele conseguia ficar, mas ele levantava cedo para trabalhar e não era justo que eu o fizesse passar toda a noite em alerta comigo, então quando percebia que ele já não estava mais aguentando ficar acordado, eu ficava quietinha, fingindo que estava dormindo para que ele pudesse descansar também. Mas Ben não parava quieto, ele se mexia todo o tempo, não importa o quanto eu alisasse minha barriga, tentando o manter calmo, eu o sentia se movendo e por mais que fosse incrível o sentir, confesso que ás vezes era desconfortável também.

Olhei para o relógio e já eram quase quatro da manhã, o sol nasceria em poucas horas e eu não tinha conseguido dormir sequer dez minutos. Quando por fim Ben parou de fazer uma festa e decidiu ficar quietinho, decidi que precisava tentar descansar um pouco. Ao virar para o lado, senti-me um pouco mais confortável e fechei os olhos decidida a conseguir dormir, mas quando estava caindo no sono, comecei a sentir umas pontadas, como se fossem cólicas. Respirei mais fundo, tentando aliviar as dores, mas não estava dando certo. Levantei para ir buscar um pouco de água, mas as pontadas ficaram ainda mais fortes.

Sophie? Matthew falou sonolento. O que houve? Ele se levantou ficando de frente a mim.

Eu não sei, estou com muita dor. Disse e ele entrou correndo no closet, colocando uma camisa e tirou minha camisola por cima da cabeça, me ajudando a colocar um vestido.

Consegue andar? Ele perguntou preocupado e quando tentei ficar de pé, uma pontada forte me impediu me fazendo sentar de novo.

Não dá, desculpa. Falei sentindo uma enorme vontade de chorar.

Ei, não precisa se desculpar. Ele me beijou rapidamente e pegou no colo descendo pelas escadas.

O que está acontecendo? Ouvi Luke falar de cima da varanda, quando já estávamos próximos a porta. Você está bem? Ele desceu as escadas rapidamente.

Tá doendo muito. Falei quase sem voz.

Eu vou levá-la para o hospital, dou noticias. Matthew disse abrindo a porta.

Não mesmo, eu vou com vocês. Luke voltou para a escada correndo. Vá a colocando no carro, só vou pegar um sapato. Ele gritou entrando no quarto e Matt saiu comigo.

Ele me pôs com cuidado no banco de trás do carro e Luke já estava lá entrando no banco do motorista.

Vá com ela ai atrás, eu dirijo. Ele disse para Matthew que assentiu.

Vai ficar tudo bem. Matt falou tentando me acalmar, segurando minha mão enquanto a outra alisava minha barriga. Nosso Benjamin só está brincando de nos dar um susto. Ele tentou sorrir, mas eu sabia que ele estava mais nervoso do que eu.

Benjamin? Luke olhou para nós do retrovisor. O nome do meu sobrinho é Benjamin e eu só descubro isso agora?

Era para ser uma surpresa. Gemi de dor.

Eu estou muito surpreso no momento, então acho que deu certo. Luke falou voltando sua atenção para a avenida.

Matthew ligou para o hospital no caminho, para avisar que estávamos indo. Para minha sorte, Ian e Eleanor estavam de plantão naquela noite e cuidaram de tudo para que assim que chegássemos, eu conseguisse ser atendida. Agora só restava torcer para que tudo ficasse bem.

POV Matthew Davis

Luke e eu não estávamos aguentando a espera, Sophie entrou para a ala de emergência fazia quase uma hora e ainda não sabíamos de nada. Eu só precisava de uma pequena noticia que fosse, só uma certeza de que ela e Benjamin estavam bem, que aquilo não tinha sido nada demais e que não voltaria a se repetir, por que eu não conseguia imaginar mais como seria minha vida sem eles dois.

Lenny, graças a Deus! Disse quando ela se aproximou de Luke e eu.

E então? Como ela está? O que aconteceu? Luke perguntou exasperado.

Ela está tomando uma medicação, a pressão estava muito alta e logo ela vai poder voltar para casa, Ian está lá com ela.

E o bebe? Perguntei apreensivo.

Ele está bem, mas honestamente, se tivessem demorado mais vinte minutos para chegar... Eleanor ficou em silêncio e uma onda de alivio passou por mim, por saber que eles estavam bem, mas ao mesmo tempo estava louco de preocupado.

Mas o que causou esse aumento da pressão? Luke perguntou.

Muitos fatores podem ter influenciado, até o fato dela se preocupar com a gestação pode fazer com que a pressão aumente. Mas Ian receitou um remédio para controlar isso, sabemos que a gravidez dela é de risco e se ela estiver com a pressão muito elevada na hora do parto... Será muito complicado. Lenny explicou e eu sentei na cadeira com as mãos na cabeça.

Contaram isso para ela? Falei.

Ian está conversando com ela. Eu sei que é impossível nesse momento, mas tentem ficar calmos. Ela pôs a mão em meu ombro e no braço de Luke, tentando nos acalmar.

Eu sei... Sei que tenho que ser forte para eles dois, mas eu estou com medo. Admiti. Desde o começo sabemos que é uma gestação que precisa de muitos cuidados, mas só hoje quando senti que podia perder um deles é que me dei conta do quão delicado é a situação.

Ela vai conseguir Matthew. Apenas lembre de tudo que ela passou e que ela conseguiu superar. Ela é mais forte que todos vocês juntos, se duvidar. Lenny sorriu.

Eu não podia negar que era verdade. Nem sei se eu aguentaria passar por metade das coisas que Sophie havia passado nos últimos anos, pelo menos não sem perder a sanidade. Mas ela se manteve firme e mesmo sem Benjamin ter nascido ainda, ela já era uma ótima mãe para ele. Eu sabia que ela se sentia mal por ter que ficar basicamente em casa, sem fazer quase nada, apenas vivendo em função do nosso filho e de mim, por que ela sabia como a sua gravidez era um presente para mim e eu era muito agradecido por ela se esforçar tanto para que nossos sonhos se tornassem reais.

Precisa de mais alguma coisa? Perguntei para ela, depois de lhe ajudar a deitar em nossa cama, quando enfim chegamos em casa.

Na verdade eu preciso. Ela falou séria e eu sentei ao seu lado. Conversei bastante com Ian sobre a minha situação e de Ben.

É, Lenny conversou comigo e com Luke... Mas você precisa ficar tranquila, eu sei que você vai se sair bem, aliás, vocês dois. Beijei sua barriga e eu tinha que confessar, ela estava ainda mais linda com a gravidez.

Amor, eu quero que você me prometa uma coisa.

Claro, o que quiser. Falei. Se eu prometer algo ia fazer com que ela ficasse mais calma, eu prometeria sem pensar duas vezes.

Se quando chegar a hora do nosso filho nascer, tiver alguma complicação... Ela disse e depois se calou, cabisbaixa e eu me senti um completo idiota naquele momento... Ela estava preocupada que acontecesse a mesma coisa que aconteceu com ela e sua primeira filha. Era óbvio que isso a deixava apreensiva e eu sequer me toquei desse fato.

Não vai haver nenhuma complicação. Segurei sua mão. Eu vou estar ao seu lado, o tempo todo. E você vai me dar forças, porque eu vou estar muito nervoso no dia, provavelmente mais que você. Disse com diversão, a tentando fazer sorrir, mas ela continuava séria.

Promete pra mim que se você precisar, vai escolher ele. Ela me olhou nos olhos.

Eu não vou precisar escolher entre os dois. Os dois vão entrar naquele hospital e os dois irão voltar para casa comigo.

Por favor, promete pra mim. Ele vai vir em primeiro lugar pra você. Uma lágrima caiu do seu rosto.

Vocês dois estão em primeiro lugar para Sophie. Alisei seu rosto. Que conversa é essa agora? Tá querendo dar para trás? É a sua tentativa de fugir do casamento? Esbocei um sorriso.

Eu não ia suportar uma perda dessas de novo Matthew, eu sei que você vai ser um pai incrível e iria cuidar bem dele então, por favor, eu só vou conseguir ficar tranquila se você me prometer isso. Ela falou e eu engoli em seco, era inútil discutir sobre aquilo.

Eu... Eu prometo Sophie. Nosso filho vai ser minha prioridade, não vou deixar que nada aconteça com ele. Falei e ela respirou aliviada, me abraçando.

Por favor Deus, não me coloque a essa prova... Não me faça nunca ter que escolher entre um deles dois, por que não sei se serei forte o suficiente para manter minha promessa.