Segure minha mão escrita por NT


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá gente bonita, tudo bem por aí? Primeiro quero agracecer as lindas Nanny, Claudenice e Kelly por terem favoritado a estória, me deixam muito feliz, então, esse capítulo é dedicado a vocês



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Capítulo 4

Gabriel

Que beijo! Ela é tão perfeita, tão linda, tão menina e ao mesmo tempo tão mulher e eu estou ficando louco por ela. Sabe aquilo que a gente chama de borboletas no estômago? Pois é. Não chegou nem perto disso, foi um zoológico mesmo! Depois descemos e ficamos com a galera lá em baixo, antes de ir dormir meu celular tocou eu atendi era o Diogo, ele queria que eu fosse correr para ele no Morro do Cego, ainda bem que a Luiza impediu, não que eu estivesse com medo, mas as curvas que tem lá são muito perigosas e fazê-las a mais de 150 Km/h não é para qualquer um... Já desci uma vez e ganhei, mas realmente não quero descer lá de novo... Dormi na casa da Luiza, todos dormimos lá. De manhã todo mundo acordou cedo e correu para casa, eu vi que todos moravam pertinho, era um numa esquina, outro na outra, outra em outra rua... e eu ali do lado da Luiza, por isso que eles eram tão amigos... Gostei muito de ficar com eles, mas é meio estranho ficar um dia sem... fumar.

Todos foram para casa e nós ficamos de nos encontrar na esquina da escola, eu saí com a Luiza e no caminho fomos conversando, não sei porque, mas ela tem uma coisa... diferente.

— Gabi, ontem... o nosso beijo... não comenta com ninguém que eu sou a autora desse chupão ai... ta?

— Hã? Por quê? — eu não entendi...

— Gabi... ele nem era para ter acontecido... aquilo ontem de noite... a gente estava bêbado... eu só não quero que você comente com ninguém... pode ser?

— Ta né... — falei e continuei caminhando, mas olhando para o chão.

Porque ela não queria que eu contasse para ninguém? Tem algum problema isso? Por que eu uso drogas? Então porque fica do meu lado? E porque eu me importo com o que ela pensa? Eu nunca me importo com ninguém além da minha mãe! Porque eu me importo tanto com ela?!

— Posso perguntar uma coisa? — pedi.

— Claro, manda. — ela disse sorrindo e eu derreti com aquele sorriso.

— Porque você não quer que ninguém saiba? Tem vergonha porque eu...— ela me interrompeu.

— Não Gabi! Não é isso que você está pensando... — falou meio assustada.

— Por que então?

— É que... sei lá, todos vão ficar falando, porque você é O Cara e pega todas... e tipo... eu não quero ser mais uma entendeu?

— Se é assim tudo bem... mas eu não sei porque Lu, eu acho que você nunca seria só mais uma. — falei e fiquei olhando ela nos olhos.

Espera ai, por que eu falei isso?

— Hã? — ela ergueu uma sobrancelha.

— Nada, viagem minha... — ri para disfarçar.

Logo encontramos a galera e fomos para a escola, eu não tirei os olhos dela um minuto de novo, ela me prende de um jeito. Até que uma bolinha de papel voou em mim, era do Diogo.

D— Que deu ontem cara? Por que não foi lá?

G— não deu cara... tava com uma mina.

D— percebi, quem foi a autora dessa marca roxa ai? Gulosa ela, quase comeu teu pescoço, apresenta?

G— é gulosa e muito gostosa, e linda ainda por cima... aquele sorriso... nossa velho...

D— que isso ta dando uma de apaixonado moleque?

G — apaixonado, eu? Hahahahah não... não...

Os bilhetes pararam por ai e eu fiquei pensando no que o Diogo disse.

Eu apaixonado? Pela Luiza? Não... não mesmo...

Só porque ela tem um sorriso lindo, porque o olho dela brilha, porque ela me entende e perdoa as minhas mancadas? Apaixonado por ela por que o beijo dela é diferente? Viciante? Porque ela foi a única que me fez querer mais? Por que ela me fez ficar com uma galera que mal conheço em vez de sair para fumar e apostar um racha? Apaixonado por uma mina que eu nunca notei? Por uma mina que olha para as estrelas e sente minha falta? Por uma mulher que é perfeita? Apaixonado por uma mulher que não tem nada a ver com o meu mundo? Que odeia caras como eu? Apaixonado por uma garota que pede desculpas por um beijo? Isso é amor? Eu não sei, só sei que ela me encanta, que por ela eu largo tudo, paro de fazer besteiras, paro com tudo, troco tudo e todos para ficar um dia ao lado dela e tê-la em meus braços, largo tudo para fazer carinho naquele corpo e sentir aquele cheiro, para ter aquele beijo. Eu dou minha vida pela dela. Isso é o amor? Se for, então eu estou sim, apaixonado por ela.

— Hei, acorda...

Olhei para o lado e vi a Luiza abaixada do lado da minha classe.

— Hã? O que? bateu? Nem ouvi...

— Percebi que você estava viajando nos pensamentos... bateu sim, vamos?

— Eu acho que vou falar com o Diogo...

— Ah, não... fica comigo vai? — ela fez uma carinha de pidona.

— Mas Lu... é difícil sabe... eu não fumo faz tempo... e ta difícil segurar a vontade...

— Ah. Tudo bem... se é melhor ir fumar do que ficar comigo... vai lá... morra de overdose. — ela falou séria e foi saindo da sala, levantei rápido e puxei ela pelo braço.

— Porque você insiste em me ajudar?

— Por quê? Nem eu sei! você não quer ajuda mesmo! — ela estava irritada.

— Desculpa... — eu sorri e ela me olhou nos olhos.

— Eu não sei porque Gabriel, juro que não sei o porquê, só sei que alguma coisa me faz querer te ajudar. Aceita minha ajuda vai.

— Eu vou ficar com você no intervalo. — falei e ela sorriu.

— Então vamos que eu to com fome. — ela sorriu.

Fomos e compramos uns lanches, depois encontramos a galera nos bancos de sempre.

— Ih... Juntos de novo? Vai dar casamento assim... — Pi brincou quando viu Luiza e eu chegando.

— Rá-rá. Não vai dar casamento não Pietro. — Lu virou os olhos ignorando a brincadeira.

— É, nada ver. — concordei.

Vi que o Bruno não gostou muito da brincadeira do Pietro, e ele ainda ficou me encarando, depois puxou a Luiza pelo braço e fez ela sentar numa perna dele.

— Calma Bruno, nossa. — ela riu.

— Só senti saudades ué.

— Bruno, nós estudamos na mesma sala, estamos juntos o tempo todo. — ela virou os olhos e riu. — que besteira.

Bruno ficou brincando com o cabelo dela enquanto a Luiza sorria.

Eu senti uma coisa estranha quando ela sorriu para ele, era como se eles se gostassem, mas no sorriso dela eu só via amizade, já no dele, eu via uma coisa a mais, e aquilo me fazia sentir estranho... com... ciúmes parecia até.

O intervalo passou rápido e voltamos para a sala, a Sandra me encontrou no corredor de novo.

— Gabriel, o que você tem hein? Por que não vai mais lá atrás da escola com a gente?

— Ah, não deu hoje. Foi mal... — respondi sem dar importância.

— Hum. Sei.

Dei de ombros para ela e saí andando pelo corredor, Sandra veio atrás de mim.

— O que é isso no seu pescoço?! Quem foi a vadia? — ela falou como se fosse minha namorada ou algo assim.

— Não foi vadia não, Sandra. — resmunguei de volta.

— Fala logo, Gabriel! Eu vou matar ela! Fala! Com quem você estava?! — Sandra já estava fazendo escândalo no corredor.

— Qual é, garota? Desde quando você diz quem eu posso ou não pegar? — encarei ela.

— Mas... mas... eu quero saber Gabriel!

— Não interessa caralho! — falei irritado com ela.

— Fala logo, Gabriel! Quem é vadia da vez?!

— Cala boca Sandra, não te interessa quem eu pego ou deixo de pegar, se toca!

Deixei ela falando sozinha, não ia discutir, ela estava tensa, com os olhos vermelhos e querendo achar qualquer motivo que fosse para dar show w chamar a atenção. E ainda agia como se tivéssemos alguma coisa. Ela Veio atrás de mim outra vez e me parou na porta de entrada da sala de aula.

— Fala, Gabriel! Quem é a vadia que te deu esse chupão?!

Eu vi que a Luiza estava olhando para a gente e mesmo a Sandra me enchendo eu não ia dizer que era ela. Ela pediu e eu concordei, então não tinha porque falar só para aumentar o show que a Sandra estava dando. Respirei fundo de olhos fechados.

— Anda, responde, Gabriel!

— Na boa, Sandra, o que te interessa isso? Se manda. — respondi mais calmo abrindo os olhos sem encará-la.

— Eu quero saber! — ela gritou.

— Fui eu Sandra, você vai fazer o que? — a Luiza perguntou chegando ao meu lado.

— O quê?! Você?! Ele nem sabe que você existe, se enxerga garota! — Sandra disse olhando Luiza de cima a baixo.

— Pois é, ele conhece tanto que eu também ganhei um e foi ótimo... — Luiza piscou provocando a Sandra.

— Rá-rá. Essa é boa, ganhou um chupão onde que eu não to vendo? Burrinha... — Sandra praticamente ignorou ela por não ver marca nenhuma.

Luiza pegou um lenço e começou a limpar o pescoço, ela tinha passado base e não sei mais o que para esconder o chupão, a Sandra ficou de boca aberta quando viu.

— Gabriel... você... você não pode ter feito isso! — Sandra falou com uma cara alucinada, parecia maluca naquele momento.

— E por que não? — perguntei sem interesse nenhum, quem ela pensava que era afinal?

— Porque... ela é uma tonta, sem noção... ela nem é da turma... com certeza é virgem, cara ela é uma criancinha ainda!

— Criança é você que se acha grande coisa! E que você se dane, entendeu? Ele me deu um chupão e um beijo maravilhoso, ah, e ainda foi na minha casa e no meu quarto, nem te conto o que aconteceu depois! —ela piscou pra mim e eu entendi que era para mentir.

—Pois é. — mordi o lábio inferior e fiquei olhando a Luiza nos olhos.

— É mentira! Eu duvido, vocês nem devem ter se beijado, você não ia beijar uma lerda como ela!

— Não ia? Ele beija, amor! — Luiza falou encarando a Sandra.

Então ela virou o rosto para mim e olhou nos meus olhos com um sorriso, puxei ela pela cintura, começamos a nos beijar fortemente, um beijo selvagem, empurrei ela contra a parede da sala e ficamos nos beijando, o beijo foi ficando mais lento, eu dava mordidas nos lábios dela e ela passava a mão por dentro da minha camiseta, Sandra saiu dali e nós nem percebemos.

— O professor ta chegando, separa ai vocês dois! — Vic avisou.

Paramos de nos beijar e ficamos nos encarando.

— Eu... — comecei a sussurrar entre os lábios dela, eu sentia sua respiração forte, como a minha, pela primeira vez estava nervoso.

— Sentados vocês dois, chega de bagunça. — o professor entrou na sala e cortou todo o clima.

Não completei a frase, fomos sentar o Diogo me passou um papelzinho.

D— quem é a gostosa?

G— Luiza... ela é de mais...

D— eu vi, que beijo foi aquele?

G— o melhor cara... o melhor...

Paramos os papeizinhos e eu fiquei o resto da aula olhando para ela. Tão perfeita. Talvez isso seja amor, atração, paixão, não sei descrever. É, isso é amor. Mas eu não posso... Ela é demais e eu só vou machucá-la com meus problemas. E também, eu não quero perdê-la, não ela.


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Notas finais do capítulo

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