Segure minha mão escrita por NT


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oláá gente bonita, tudo certo por aí? O que estão achando da história? Comentem comentem, preciso saber u.u
Mais um capítulo chegando quentinho para vocês, espero que gostem, boa leitura e divirtam-se!



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Capítulo 22 — Preciso esquecê-la

Gabriel

Consegui falar com ela na terça e nós nos beijamos. Ela ficou mal por ter traído o Bruno, mas eu disse que estava tudo bem, ninguém ficaria sabendo. Fiquei triste, afinal eu queria ela, queria que o Bruno soubesse que nos beijamos, mas isso iria magoá-la. Fiquei na minha. A terça passou rápido, fui jogar bola com o Kauã e ele conversou comigo sobre a Luiza, ele sabe de tudo, então é ele que me ajuda a tirar ela da cabeça e ao mesmo tempo parar com as drogas.

— Mas é difícil, você deve entender, imagina se a Vic não gostasse de ti, como você ficaria.

— E eu entendo, sei como é cara, afinal eu também pegava várias meninas, eu sei o que é querer uma e essa não te querer. A primeira vez que o cara gosta de verdade de uma menina e ela é diferente das outras...

— Pois é.

— Mas cara... Enquanto ela estiver com o Bruno você não tem chances. Ele gosta muito dela e a Luiza não é o tipo de garota que fica com dois caras ao mesmo tempo.

— Eu fiquei com ela hoje. — confessei.

— Sério? — ele me olhou confuso.

— Rolou um clima e eu a beijei. Ela ficou muito mal por ter traído o Bruno e eu garanti que ele não ia saber.

— Hum... pois é. — ele assentiu.

— Vão jogar ou as comadres vão papear o tempo inteiro? — um amigo nosso gritou do meio da quadra, voltamos para o jogo.

Depois do jogo fui para casa, fiquei no pc de tarde, o Diogo me convidou para ir para o beco, mas eu disse que não estava afim. Afinal, estou tentando parar e o primeiro passo para isso é querer parar. E eu quero.

Eram umas 15:30 da tarde e eu saí na varanda do meu quarto só para olhar a rua mesmo, se tinha algum movimento, olhei para o portão da casa da Luiza e vi o Bruno tocando a campainha. Me escondi e fiquei espiando, ela mandou ele entrar. Será que? Não! Eu não vou deixar ele fazer com ela o que fez com a Vivi! Já estava descendo as escadas de casa. Espera... mas e se ela quiser? Se ela estiver fazendo isso por culpa de ter me beijado? Parei no meio da escada. Mas e se não estiver?! Esses pensamentos brigavam dentro da minha cabeça, Eu vou lá! Decidi por fim, saí de casa e como o portão da casa dela era eletrônico, voltei para casa, fui para o quintal e pulei pela árvore que fica perto do muro, entrei pela porta dos fundos que estava encostada e subi as escadas devagar, a porta do quarto estava fechada, mas eu não ouvia nada, a forçando ele não estava, se não ela gritaria. Espiei pela fechadura e vi ele por cima dela e os dois se beijando. Meu mundo se acabou, eu senti raiva de mim mesmo por amá-la tanto. Saí de lá o mais rápido que pude, meu celular tocou, era a Sandra:

— Oi gatinho.

— Oi Sandra.

— Estou com saudades de você!

— É? Está em casa?

— Sim, sozinha. — ela disse safada.

— Estou indo aí.

— Ok. Estou esperando no meu quarto.

— Tá.

Desliguei o celular e fui para a casa da Sandra. A Luiza não está com o Bruno?! Então, ele que faça bom proveito! Pensei para mim mesmo com raiva.

Fui até a casa da Sandra, a porta estava só encostada, entrei e tranquei, fui até o quarto dela, que eu já conhecia. Ela estava deitada na cama só com a parte de baixo. Entrei e tranquei a porta, fui até ela, ela começou a tirar minha roupa e fazer o primeiro serviço, deitei por cima dela e comecei a beijar seu pescoço, ela fechou os olhos e começou a dar leves gemidos, fechei os meus e a primeira coisa que me veio na cabeça foi a Luiza. Fiquei imaginando ela ali, eu a beijando, passando a mão sobre seu corpo, ela arranhando minhas costas e pedindo para ser minha, cheirei seus cabelos e mordi sua orelha, quando ela me arranhou nas costas, vi a Luiza em meus pensamentos fazendo o mesmo e sussurrei no ouvido da Sandra:

— Eu te amo, Lu.

— O que?! — Ela me fez acordar do meu sonho.

— Desculpa. — abaixei a cabeça tirando os olhos da Sandra dos meus.

— Você a ama? Você ama aquela...?! — me olhou com desprezo.

— Eu a amo. — confirmei.

— Eu sempre fiz tudo por você — ela se levantou da cama — sempre! Até começar a cheirar eu comecei Gabriel!

— Mas é ela quem eu amo!

— Foda-se! Você vai ser meu! Ela não te quer!

— Desculpa Sandra. Eu quero ela.

— Não! Você não a quer! Você é meu! Meu! — ela gritava e eu já em pé tentava de algum jeito fazê-la entender.

— Eu não sou seu, Sandra!

— Mas vai ser! — ela me olhava séria agora. — Você vai ser só meu! Nem que eu tenha que tirá-la do meu caminho!

— Você não vai encostar um dedo nela ouviu?! — botei o dedo na cara dela.

— Isso nós veremos! Vai embora daqui, Gabriel! — ela disse me empurrando do quarto.

— Se você fizer alguma coisa para ela... — ameacei.

— Se você não a tivesse conhecido, estaria comigo até hoje!

— Eu nunca estive com você!

— Vai embora!

Saí da casa dela e fui andando sem direção. O que eu acabei de fazer?! Confessei que a amo! E justo para a Sandra! Será que ela teria mesmo coragem de fazer alguma coisa contra a Luiza? Não... ela não seria capaz de tanto. Continuei pela rua até alguém esbarrar em mim.

— Ei, Gabriel... que cara é essa? — Kauã disse rindo da minha cara preocupada.

— Me deixa, Kauã... Vou para o beco e você não vai me impedir.

— Não! Eu vou sim! O que aconteceu cara? — ele disse preocupado agora.

— Nada! Eu só preciso esquecer ela! Preciso fazê-la sumir! Nem que eu tenha que sumir!

— Calma, cara! Vamos conversar.

— Não! Eu vou tirá-la daqui! — apontei para o meu coração.

— Se drogar não vai tirá-la dai! — ele segurou meu braço.

— Mas vai fazer a dor diminuir!

— Por quanto tempo?!

— O tempo necessário.

— Chega Gabriel! Por que isso? O que aconteceu?! — ele me fez sentar num banco, nem me toquei, mas eu estava perto da casa dele, onde tem uma pequena praça.

— Eu vi o Bruno chegar na casa dela, ela estava sozinha, achei que ele fosse fazer com ela o que fez com a Vivi.

— O que ele fez com a Vivi?! A que era minha colega? Ela foi embora há anos, o que ele fez com ela?

— Pegou a força.

— O que?! — Kauã falou chocado.

— É. — expliquei tudo a ele. Ele não acreditava.

— E eu considerava ele um cara legal, certinho e tal.

— Pois é. Achei que ele fosse tentar isso com a Luiza, então entrei na casa dela e subi até o quarto e na verdade estava enganado, ele não estava forçando nada.

— Aí você saiu de lá na hora?

— Sim. Fui pegar a Sandra, mas...

— Mas?

— Na hora H viajei, achei que era a Luiza e chamei por ela.

— Você falou isso para a Sandra?! Chamou pela Luiza? — ele até deu uma risada.

— Sim, e a Sandra disse que tiraria a Luiza do meio de “nós”.

— Fica tranquilo.. ela não vai fazer nada... E ainda bem que você não pegou a Sandra..

— Como assim? Por quê?

— Porque depois que você saiu da casa da Luiza, ela mandou o Bruno embora. Não entendi porque, mas ela disse que não se sentia pronta e tal.. O Bruno saiu de lá muito P da vida com ela e depois ela chamou a gente para ir lá...

— Então eles não...

— Exato. Ela disse que não o ama.

— Ela não ama ele? Eu sabia! Eu tinha certeza!

— Pois é. Ainda vai ir para o beco?

— Beco? Que beco? — perguntei confuso. — Ah, não, não, claro que não! Vou para a casa da Luiza, agora!

— Nem adianta cara...

— Por quê?

— Ela já deve estar dormindo..

— A essa hora?

— Assim que a gente saiu ela disse que iria dormir, queria se desligar do mundo e só acordar amanhã.

— Hum... então amanhã!

— Vai se declarar para ela?

— Declarar? Eu não sei. Ainda tem o cara por quem ela é apaixonada...

Fiquei conversando com o Kauã um bom tempo, que bom que encontrei com ele no caminho, se não já teria feito uma besteira enorme a essas horas... Depois fui para casa e dormi.

Quinta-feira na escola não vi a Luiza, procurei em todo lugar mas ela não estava. Perguntei a Vic.

— Priminha — ela me olhou desaprovando.

— O que foi, chato?

— Nem sou.

— É, e muito.

— Eu sei que você me ama e já me perdoou. — eu disse e segurei a mão dela.

— Perdoei nada.

— Vai, Vic, esquece aquilo. Você sabe o quanto sua amizade é importante para mim, quero que volte a ser como era antes.

— Para ser como era antes, você precisa voltar a ser como era antes.

— E se eu disser que estou voltando?

— Eu ficaria muito feliz, mas você já disse isso outras vezes...

— Mas eu estou tentando... Não é fácil.

— Mas não é impossível. — ela disse e depois respirou fundo. — Mas o que você queria?

— Ah, queria saber da Luiza, porque ela não veio na aula?

— Ela teve que ir cuidar da vó dela... ai ela vai pousar lá hoje e amanhã não vem também...

— Hum... — Falei meio decepcionado.

— Gabi... — ela chamou.

— Oi. — falei voltando dos meus pensamentos sobre a Luiza.

— Quer ir para a boate de férias com a gente sexta?

— Claro! Quem vai?

— Todo mundo... só não sei se o Bruno vai com a gente...

— Que bom...

O professor do terceiro período entrou na sala e nós acabamos o papo por ali. Sexta entramos em férias e vai ter a boate! E ela vai! Tomara que sexta chegue logo!

Bem que eu quis que o tempo voasse, mas não foi bem assim.. quinta demorou muito para passar, sexta foi até mais rápido, porque era o último dia de aula antes das férias de inverno...

A tarde fiquei na casa da Vic conversando com ela e com o Kauã, lembrando os velhos tempos. Depois fomos para a minha casa, a Vic iria se arrumar na Luiza, que chegaria de noitinha e o Kauã ia ficar ali em casa, depois todos nos encontraríamos ali na casa da Lu.

Iria toda a galera, eu, Luiza, Kauã, Vic, Lê, Pi e Pati.

A tarde passou, estávamos sentados na frente da minha casa e o carro do pai da Luiza chegou. Eles desceram.

— E aí, galera... — O pai dela cumprimentou.

— Opa... — respondemos acenando.

— Oba, pipoca! — a mãe da Luiza veio até a Vic que estava com uma bacia de pipoca nas mãos.

— Pode pegar aí, tia... — a Vic riu.

— E quem disse que eu pedi se podia? — Ela brincou, todos rimos. — Como vai Gabriel? Não aparece mais ali em casa, faz tempo!

— Pois é, a Luiza não convida os vizinhos. — eu ri e eles também, a Lu me olhou sem jeito.

— Desde quando vizinho precisa de convite? — Luiza perguntou

— Te cortou, Gabi. — Vic riu.

— Estou acostumado já... — dei de ombros, todos riram.

— Pois é, eu não sei o que acontece com as mulheres dessa família... a Vó da Luiza era assim, toda marenta, o mãe da Luiza é assim, toda marenta — a mãe da Lu deu um tapa no pai dela — Aó! Olha aí, e ainda é braba, e a Luiza então... nem se fala... acho que acumulou a determinação do avô, a brabeza da avó, a personalidade da mãe e a beleza do pai. — Agora sim todos rimos do pai dela, ele era muito legal mesmo, parecia que a adolescência deles ainda existia.

— Ainda bem que ela não herdou a modéstia do pai... — a mãe da Luiza zoou com ele.

— Isso é verdade... Pai o Sr. é muito modesto e humilde. — Luiza afirmou, ficamos ali rindo por um bom tempo com eles, depois as meninas decidiram ir se arrumar e eu e Kauã fizemos o mesmo.

— Depois vocês vem aqui.. quando o Pi chegar a gente manda ele ai na sua casa Gabi, se não ele vai ficar sozinho esperando nós...

— Coitado... — falei.

— Mas a gente demora porque fica linda... — Luiza afirmou.

— Mas a Vic não precisa, ela já linda. — Kauã fez graça.

— Por isso que eu amo esse guri! — Ela riu.

— Nem é, você me ama porque eu sou lindo e muito gostoso. — Ele afirmou.

— Será que a modéstia do meu pai é contagiosa? — Luiza perguntou erguendo a sobrancelha.

Todos rimos. Fomos para minha casa e mais tarde o Pi apareceu lá.


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Notas finais do capítulo

Olá olá, olha eu aqui de novo, morrendo de cansaço, queria mais um mês de férias da faculdade, por isso essas notas tão curtas, passar a tarde com transferência de calor e massa não é mole não D: Maaas, tá aí, mais um capítulo para vocês, espero que tenham gostado e se não gostaram sugestões sempre são bem-vindas ;) Aaah, se acharem que vale a pena, recomendem a história *-*
E favoritar sempre me deixa pulando de alegria