O Jogo da Mentira escrita por MrsEvans


Capítulo 1
Episódio 01 - Piloto


Notas iniciais do capítulo

Olá amoras do meu coração, aqui estou eu de novo, as vésperas do meu aniversario de 16 anos, postando outra fic de PJO, espero que gostem, beijos MrsEvans ♥



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Sabe aquele frio na barriga de ir para uma escola nova? Faz tempo que não o sinto, na verdade sinto falta dele até, Westlake já é minha quinta escola em dois anos, tudo graças à dona Atena Chase, que não quer que sua filha problemática vá para uma prisão de jovens infratores.

Aqui estou eu vestindo a roupa bizarra da escola preparatória Westlake. A saia xadrez de pregas com uma cor de vermelho bem escuro, blazer da mesma cor com o emblema da escola, blusa branca, colete de lã preto, gravata vermelha escura, as meias branca praticamente no joelho, mas o sapato preto todo fechado eu me recusei a usar, colocando meu velho all star.

–Mais uma escola nova. – digo a mim mesma suspirando, o motorista da minha mãe James me entrega a grande mala preta de rodinhas e minha bolsa de escola.

–Até mais James. – o abraço. James sempre está lá para mim, mesmo sendo apenas o motorista, ele sabe mais da minha vida que minha própria mãe.

–Tente não ser expulsa pequena. –Seu rosto redondo e vermelho, as rugas de idade repuxadas se transforma em uma careta que devia ser um sorriso.

–Prometo tentar. –Sorrio para ele, pegando minha mala e a arrastando para a escola que parecia um castelo.

A arquitetura de lá é linda e antiga, como os castelos na Romênia, caminhos para todas as direções feitos de pedra, grama bem cortada e verde brilhante contra o céu cinza.

–Onde estão as pessoas dessa escola? – pergunto cansada de tanto rodar por ai levando essa mala.

Já passei pelo laboratório, ginásio, piscina coberta, refeitório aberto, um prédio enorme que era a biblioteca.

–Perdida? – alguém pergunta quando chego perto de uns bancos de frente para a fonte com um cupido de fraldas, bochechas roliças cuspindo água e flechas na mão.

Dou um pulo de susto tão alto que quase subi na fonte.

–Caramba garoto, quer me matar do coração. -falo com a mão sobre meu coração acelerado.

–Desculpe. – o moreno riu. E que moreno, deuses me abanem, olhos verdes como o mar, cabelo negro bagunçado como se ele tivesse acabado de acordar, a calça social escura, blusa branca, gravata como a minha só que mais folgada e um blazer da escola.

Ele tinha um sotaque britânico adorável. Seus lábios avermelhados faziam um biquinho muito fofo enquanto ele falava.

Acho que vou começar a gostar dessa escola se tiver mais garotos como ele.

–É, estou perdida. – afirmo, puxando minha bolsa que escorregava sem parar do ombro.

Um dos meu cachos loiros, que eu tão fortemente tentei manter preso em um rabo-de-cavalo escapou com meu recente pulo, caindo sobre meus olhos.

–Deve ser a garota nova, Annabeth certo? –perguntou colocando as mãos no bolso, e mudando o preso do seu corpo para a perna esquerda.

–Certo, como sabe? –pergunto arqueando a sobrancelha.

–É um vilarejo pequeno, a propósito sou Perseu, mas pode me chamar de Percy. –ele estende um à mão para mim e eu o comprimento.

Percy tem mãos fortes e duras, do tipo que se espera de um garoto que trabalha muito com coisas pesadas, não um riquinho de Westlake;

–Ia dizer Annabeth, mas você já sabe. - encolho os ombro, fitando os olhos verdes dele. - Perseu como o filho de Zeus?

–Gosta de mitologia? - Percy parecia surpreso, abrindo um sorriso lindo quando assenti com a cabeça. - É, meu pai é meio viciado em deuses e semideuses.

–Onde estão os alunos? – pergunto soltando a mala com as minhas roupas.

–Em uma palestra.

–Sobre o que?

–Um problema sério, um cara que devia estar comendo da garota errada sumiu, a policia esta nos falando sobre normas de segurança pela terceira vez essa semana, do tipo não fale com estranhos e não aceite doces de desconhecidos. –Percy sorri de lado e eu reviro os olhos. –De onde você veio?

–Los Angeles, Califórnia. –Respondo me sentando na fonte atrás de mim. Tomando cuidado para não cair na água, porque eu tenho o incrível poder de pagar micos perto de pessoas.

São seis da noite e o céu estava cinza escuro em Alde, o vilarejo de Westlake.

–Onde estudava antes de vir para esse fim do mundo? –Percy se senta ao meu lado, observando a água ser cuspida pela criança de fraudas.

–Cathedral High School, antes dela em Edward R. Roybal e na Colburn School. –respondo contando nos dedos. Ele ri, jogando o cabelo para o lado com as mãos, um gesto extremamente sexy, devo ressaltar.

–O que você fez para mudar tanto?

–Digamos que eu estava namorando o filho do reitor e ele não gostou muito quando dei um pé na bunda do cara. –Percy gargalhou jogando a cabeça para trás. Gostei do som de sua risada, é um pouco rouca e no singular. -E também incendiei a sala de física e acidentalmente coloquei o vídeo do diretor transando com a secretaria dele no telão durante uma apresentação.

–Que garota má.

–Senhor Jhonson. – um homem na casa dos quarenta, com uma calça escura e blusa havaiana disse vindo em nossa direção.

Ele tem os cabelos pretos empapados de gel, jogados para trás, os olhos que pareciam roxos, mas devem ser pretos ou azuis escuro.

–Senhor D.

–Deve ser a senhorita Ana Bel. –O tal de senhor D sorriu para mim sem humor.

–Annabeth. –O corrigi, mas ele me ignorou.

–Já que você não foi à palestra, Peter, devemos nos ver na de...

–Senhor. D não é? - pergunto interferindo e me colocando entre eles - Percy só estava me guiando pela escola, ele me encontrou perdida e se não fosse por ele acredito que ainda estaria vagando por ai. –Falo com um sorriso doce que não enganou o senhor D.

–Porque estavam sentados conversando? –Perguntou com um sorriso maldoso, do tipo “quero ver lidar com essa.”

Ele pelo menos sabe com quem está falando? Eu sou a rainha das desculpas, consigo fazer um médico acreditar que tenho câncer terminal, ok, isso é exagero, mas eu sou realmente boa com desculpas, pergunte para todos os meus cinquenta professores.

–Me senti mal, sabe como é, estou acostumada com o clima quente e aqui é bem frio, a mudança repentina de temperatura e o fuso horário devem ter feito minha pressão baixar, devo dizer que o senhor Percy é um exemplo de estudante, por ter sido tão prestativo. – sorri ainda mais para ele, fazendo minhas bochechas doerem, Percy ao meu lado segurava o riso.

–Sendo assim, muito bem Peter Jhonson. – o senhor D fala a contra gosto. –A leve para o dormitório, mas fique só na entrada, estou de olho em vocês.

Na hora que o senhor D se virou para seguir seu caminho Percy riu, muito e bem alto.

–Pressão baixa? Cara você foi demais. – ele pegou minha mala e a carregou me guiando pelo caminho de pedras.

–Eu sei, te livrei de uma detenção Peter Jhonson. – digo sorrindo de lado.

–Estudo aqui há anos e ele ainda não gravou meu nome. –Percy revira os olhos rindo. –Obrigado por me livras da detenção.

–Sem problemas. –Paramos de frente a um enorme prédio também de pedras com um quadro pequeno escrito "DORMITÓRIO FEMININO"

–Seu quarto deve ser o número vinte e dois, é o único vago, se seu nome estiver na placa é só entrar. -informou ele, me entregando a mochila.

–Ok. –Pego a mala da mão dele e Percy me da um beijo no canto do lábio, talvez por acidente, e eu realmente espero que não seja acidente.

–Até mais tarde loira. –Ele se despede e vai embora.

Arrasto minha mala até o quarto vinte e dois, em uma placa de madeira com os nomes Thalia Grace e em baixo Annabeth Chase gravados.

O quarto é com certeza bem dividido, de um lado a parede esta coberta de pôsteres de bandas antigas, consegui reconhecer a maioria, a cama desarrumada roupas jogadas nela e em sua volta. Mas do meu lado estava intocado, o quarto é grande, com uma janela sem grades, carpete cinza, uma cama de solteiro para cada lado, um armário de cada lado também e uma porta no lado dessa Thalia, deve ser o banheiro.

Joguei a mala perto do meu guarda-roupa, sem nem a abrir, pequei meu celular e disquei o número da minha mãe e como sempre tocou até cair na caixa postal.

Esse é o número pessoal de Atena Chase, devo estar longe da minha mesa ou em alguma reunião, deixe seu recado, que retornarei quando puder. –Sua voz soou límpida e tranquila na mensagem de voz.

–Oi mãe, sou eu, só liguei para avisar que cheguei bem, esperava te ver no aeroporto ontem, James me disse que teve uma reunião de emergência, espero que esteja tudo bem na empresa. - rolei na cama, ficando de bruços e balançando as pernas, enrolando meu cabelo com o dedo. -Gostei dessa escola, um garoto bem legal me ajudou para chegar ao dormitório, isso aqui é enorme, embora ainda prefira Hogwarts, minha colega de quarto parasse ter um gosto musical legal, não a conheci...

A porta se abriu e uma garota de cabelos pretos espetados, com mechas azuis entrou bufando, ela usava a saia rasgada, meias calças furadas, coturnos, vários anéis e colares, a blusa da escola amarrotada e a gravata folgada. –Na verdade ela acabou de chegar, me liga quando puder beijos.

Desligo o telefone encarando a morena do mesmo jeito que ela me encarava, com a sobrancelha arqueada e os braços cruzados.

–Você é a Annabeth? – perguntou sentando na própria cama, por cima das roupas mesmo.

–Estou nesse quarto, deitada na cama que é da Annabeth, então creio que sim. –respondo descruzando os braços e chutando meus tênis.

–Sei lá, vai que você é uma ladra se passando pela Annabeth, ou uma louca que vai tentar abusar do meu corpo lindo. – pelo canto do olho vejo Thalia sorrir.

–Pode ter certeza que não irei abusar de você e se fosse roubar algo não estaria mais aqui faz tempo. - aponto para a parede dela.

–Sei que tenho um gosto musical maravilho. – ela afirma tocando seu pôster do Billie Joe.

–Concordo, quem diria que esse pedaço de mau caminho tem quarenta e dois anos. - concordo suspirado pelo Billie Joe.

–Curte Green Day? – Thalia pula da cama, com os olhos arregalados, como se eu fosse uma espécie de alienígena.

–Claro, não sou uma americana idiota. –Trocadilho idiota, sei disso.

–Que foda, achei que você fosse uma mimada de Los Angeles. –Thalia pulou na minha cama, em cima de mim devo ressaltar. –Vamos ser amigas, vai ser ótimo ter alguém para conversar sem ser o idiota do Nico.

–Quem é o idiota do Nico? – pergunto quando ela deita ao meu lado, mexendo em uma mecha do meu cabelo loiro.

–Meu namorado, vou te apresentar ele depois, junto com toda a galera. –ela começou a falar sem parar de todos eles. –É melhor você dormir.

–Por quê? – pergunto levantando da cama e colocando minhas roupas no armário. Ainda são seis da noite, quem dorme esse horário?

–Vai por mim, dorme que é melhor. –Thalia pega sua jaqueta e sai do quarto.

Entro no banheiro não muito luxuoso, com uma pia de aço, espelho grande e o chuveiro dentro do Box de vidro.

Tomo um banho quente, relaxando todos os músculos das costas, três horas dentro do carro trituraram minha coluna. Visto uma calça de moletom cinza velha, uma blusa de malha preta e me jogo na cama, dormindo depois de alguns segundos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Continuo a fic?