–-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Anteriormente em “It’s About Us”:

– ONDE ESTÁ MINHA SUSPEITA? - grito enquanto Castle entra na sala olhando para todos os lados em busca de Jessica.

– Ela sumiu. - ele sussurra as minhas costas.

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Rick POV.

– Como ela pode ter sumido? - sussurro perguntando para ninguém específico.

– Eu não sei. - ela fala brava enquanto liga para alertar a fuga.

– Talvez ela tenha super- poderes. - brinco, mas ao invés de receber um sorriso recebo um olhar de repreensão, então percebo que o melhor a fazer é não brincar.

– Oi, aqui é a Detetive Beckett e eu queria relatar a fuga de uma suspeita de assassinato. – Kate fala ao telefone enquanto eu recoloco todas as fotos no quadro branco. Esse caso será complicado.

– Hey. - ela encosta-se ao meu braço. - Desculpa por antes.

– Pelo que? - pergunto olhando para ela.

– Estou um pouco estressada com o caso. - ela responde enquanto olha para o quadro desviando seu olhar do meu.

– Ei. - toco no seu ombro e ela se vira para mim. - Nós vamos descobrir quem foi. Vamos conseguir justiça pelas filhas dele.

– Eu sei. - ela finalmente sorri depois de tanto tempo.

– Hey. - Ryan nos interrompe. - Temos um problema.

– O que houve? - ela já pergunta e posso ouvir a decepção em sua voz.

– As câmaras da sala não estavam funcionando. - ele responde.

– Como não? - ela se exalta novamente.

– Também não sei. Fui olhar para descobrir como ela havia escapado, no entanto não encontrei nada.

– Então... -começo. - Nós temos o que contra ela?

– Além da arma, do motivo e das fotos... Nós não temos nada. - Beckett responde frustrada.

– Opa. - uma ideia brota no meu cérebro. - Nós ainda estamos com as fotos de vigilância aqui?

– Sim. - Ryan me responde olhando confuso.

– Aonde? - pergunto já saindo.

– Na sala de evidências. - ela responde, porém nesse meio tempo já estou bem longe.

Kate POV.

Que ódio. Nada nesse caso parecia se encaixar, a única pista e suspeita que nós tínhamos era Jessica e agora ela estava bem longe. Já eram quase 14h00min e eu estava começando a ficar frustrada quando ele volta com a caixa em mãos.

– O que você está fazendo com tudo isso? - pergunto vendo-o apoiar a caixa em minha mesa.

– Você já vai ver. - ele sorri como uma criança de 7 anos e volta a cabeça para caixa.

– E lá vai você. - solto como um resmungo, mas ao mesmo tempo me pego sorrindo. Eu amava aquele seu lado, na realidade, todos os seus lados.

–Há! - ele solta um gritinho. - Achei.

– O que? - pergunto sem vontade.

– Olhe essa foto. - ele aponta para mim.

– Ok. O que tem de anor...- começo enquanto ele para e me olha. - VOCÊ É UM GÊNIO!

– Eu sei. - ele retruca convencido.

– E convencido também. - coloco as mãos em volta do seu pescoço, porém quando ele vem me beijar eu fujo o provocando.

– Espo! Cheque que dia esse foto foi tirada. – peço.

–É para já. - ele fala já saindo.

– Enquanto isso nós dois. - aponto para ele. - Nós vamos falar com uma testemunha.

–Nós temos uma testemunha? – ele pergunta confuso.

– Rick, Rick... – começo rindo. – Nosso querido Peter tinha problemas financeiros, tinha duas filhas e aparentemente vizinhos com bons ouvidos.

– Ok. E...?– ele me olha ainda confuso.

– Se ele ganhava 2.000 dólares por mês e tinha duas filhas para cuidar, você mesmo disse que isso é muito pouco. – continuo esperando que ele veja aonde quero chegar.

– O trabalho! – ele exclama depois de um tempo.

– Exatamente. – sorrio. – Acho que está na hora de termos uma conversa com o chefe de Peter, talvez ele saiba sobre algo.

Rick POV.

Entramos no imenso cômodo esperando por alguém de no mínimo 40 anos, até porque se tratava de uma empresa de economia, mas para nossa surpresa o chefe da empresa era um mero rapaz de seus 27 anos.

– Então... Sr...- Beckett começa enquanto o empregado fecha a porta nos deixando a sós.

– Paxton. Pode me chamar de Paxton. – ele completa.

– Então Sr. Paxton, estamos aqui para saber sobre o seu funcionário Peter Bannet.

–Ah claro. – ele olha para cima. – Peter era um dos melhores.

– Você sabia que ele tinha duas filhas pequenas? – pergunto já chegando direto ao assunto.

– Sim, ouvi sobre isso nos setores, mas só sei isso. – ele responde. – Porque?

– Porque ele era um pai solteiro. – ela começa. – Você acha que ele pode ter se metido em algum tipo de confusão por conta das filhas?

– Peter? – ele parece surpreso. – Acho que não. Ele era um bom rapaz e até onde eu sei um bom pai.

– Me desculpe. – o interrompo. – Mas ninguém é perfeito. – a me ver falar isso vejo que ela solta um pequeno sorriso.

– Creio que não posso ajuda-los. – ele se levanta rapidamente.

– Ok. Mas antes só uma pergunta. – ele olha para Kate a espera. – Você sabe algo sobre uma mulher chamada Jessica Petrelli?

– Jessica Petrelli. – ele olha para a parede e então de volta para nós. – Eu receio que não. Por quê?

– Porque você deveria conhecê-la. – Beckett responde e posso ver a tensão se formando. – Afinal ela foi sua funcionária durante 10 anos.

– Eu tenho muitos funcionários. – ele responde. – Não tenho a obrigação de saber sobre cada um deles.

Um silêncio se instala na sala e posso ver o olhar de Kate o fuzilando até a alma.

– Ok, era só isso. – ela se levanta e eu também. – Muito obrigada Sr. Paxton.

– Sempre quando precisar detetive. – ele se levanta nos mostrando o caminho para saída.

Assim que coloco o sinto dentro da viatura percebo a confusão. Não precisava ser nenhum detetive para saber que Paxton estava escondendo algo, e que provavelmente conhecia Jessica.

– Porque ele mentiu? – pergunto assim que entro no carro, mas não recebo uma resposta então prefiro ficar quieto olhando para a rua através da janela.

– Eu não sei. – ela responde finalmente depois de 15 minutos em puro silencio. – Eu só sei que precisamos achar Jessica novamente, ela pode ser nossa única saída.

– Concordo. – bato a porta e olho para meu relógio. 17h30mins. – Oh meu deus! – exclamo.

– Que houve? – ela pergunta.

– São 17h30mins. Eu preciso ir. – dou um beijo na sua cabeça enquanto saio correndo deixando-a parada na frente do distrito.

– Beijooos. – a ouço falar.

Kate POV.

Vamos Kate: pense, pense. Como ele pode ter feito isso? A foto tirada há duas semanas provava mais uma vez que Jessica era inocente. Ela vigiava a família querendo proteger as filhas. Será que algo aconteceu? Mas porque Peter? Por causa dos problemas financeiros? E se ela amava tanto assim as filhas porque não aparecer? – os pensamentos estavam começando a me dar dor de cabeça. – Como um pai de família, sem histórico criminal é encontrado morto nas primeiras horas da manhã e a nossa única pista é uma digital parcial.

– Yo. – ouço um gritinho de Espo e me viro. – Acho que você vai gostar disso.

– Uma pista? – pergunto já agradecendo a Deus por isso.

– Não, melhor. – ele responde me deixando confusa.

– O que houve? – pergunto e só recebo um sorriso em resposta.

– Olhe você mesma. – ele aponta para trás de mim me fazendo virar e dar de cara com eles.

– Maaamãe. – ambos largam as mochilas no meio do caminho e correm ao meu encontro.

– Oi meus amores. – abraço os dois dando beijinhos nas suas cabeças. – O que vocês estão fazendo aqui?

– O papai disse que você estava triste. – Johanna olha para Castle e depois para mim. – Então nós viemos te alegrar.

– É... – rio. – Vocês conseguem fazer isso melhor que ninguém. – me levanto do chão. – Mas agora vocês tem que cumprimentar as pessoas. – aponto para Espo.

– Tiooo Espoo. – eles correm na direção dele que se abaixa. Mesmo não gostando de crianças e de toda essa ideia de família ele amava os dois, afinal ele e Lanie estavam tentando ter um filho há algum tempo já.

– Tudo bem com vocês? – ele balança o cabelo de Alex que mexe a cabeça enquanto aperta as bochechas de Johanna.

– Aham. – eles respondem em uni som enquanto me aproximo de Rick que agora está com as duas mochilinhas nas mãos.

– Gostou da surpresa? – ele pergunta assim que paro na sua frente.

– Se eu gostei? – brinco. - Eu amei. Olha para eles. – aponto para os dois que agora estavam abraçados com Ryan que chegou há pouco. – Eles realmente alegram onde passam.

– Achei uma boa ideia sabe. – me viro para ele então ele continua. – Este caso está sendo bem complicado então... – ele abre um sorriso.

– Concordo. Mas agora precisamos entreter esses dois, nunca vi, eles não param. - começo a rir.

– Isso é verdade. – ele sorri também. – Mas eu já tenho uma ideia em mente.

– E qual é? – estava curiosa agora. Parecia que todo aquele estresse do caso sumiu assim que eles pisaram no distrito.

– Espere um pouco e você verá. – ele sai ao encontro dos dois que estão sentados na cadeira de Castle.

– Ei. – me aproximo. – Vocês não se esqueceram de ninguém não? – pergunto e eles se olham procurando a resposta.

– Gaaaaates. – ambos pulam da cadeira e saem correndo batendo na porta da capitã que já abre a porta com um sorriso no rosto. Era impossível alguém não gostar daqueles dois.

– Sabe... – ele para ao meu lado enquanto observo a cena dos dois com Victoria. – Eu ainda não sei como eles gostam dela.

– Ah Castle. – rio. – Ela só não gosta de você. – digo isso rindo enquanto saio em direção aos dois deixando Castle abismado.

– Vamos para casa? – pergunto me abaixando. – Já está tarde. – olho no relógio para confirmar. 20h15mins.

– Nós não vamos para casa. – Alex fala me deixando surpresa.

– Como não? – pergunto.

– Papai disse que tem uma surpresa para você. – Johanna responde enquanto abro um sorriso.

– E qual seria? – pergunto mesmo sabendo que eles não iram me contar. Estava curiosa.

– Não mamãe! – ela solta um gritinho. – É surpresa. Não podemos contar né Alex? – ela se vira para o irmão.

– É mamãe. Shhhh. – ele coloca a mão nos lábios enquanto caminha em direção ao elevador acompanhado de sua irmã

– Que surpresa é essa? – pergunto para Castle assim que chegamos ao elevador.

– Você os ouviu. – ele aponta para os dois que estavam tentando alcançar os botões dentro do elevador. – É surpresa.

– Ok então. – sorrio e entro no elevador indo para sei lá aonde.