Dreaming Again escrita por Sra Manu Schreave


Capítulo 8
Capitulo 7 – Safe and Sound


Notas iniciais do capítulo

Hey Girls! ~le eu desvia d’uma faca.~
Eu sei, amores mios... Mais de um mês, me sinto horrível com isto, mas... Quem tá no grupo do face sabe que estou sem tempo. Eu percebi que alguns de vocês estão preocupados que eu desista da fic, isto é algo que eu vou deixar marcado.
Por mais que as vezes eu demore mais que o esperado, nunca desistirei das fanfics, okay? Não mesmo. Eu quero agradecer a todas vocês, não seria nada sem vocês. Agradeço aos que comentam, que favoritam e até mesmo os fantasminhas, apesar de tudo, isto é pra vocês.
Espero que gostem.
Beijos!
Todo amor, Manu!



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Somente feche seus olhos

O sol está se pondo

Você ficará bem

Ninguém pode te machucar agora

Ao chegar a luz da manhã

Nós ficaremos sãos e salvos

Acordo com meu telefone tocando, quem será? Annie, mas o que ela quer de mim a essa hora, deve ser urgente para me ligar as 6 horas da manhã.

—Annie? — atendo preocupada.

—Kat... Eu... — ela fez uma pausa para recuperar a voz, estava chorando e isso me deixou mais preocupada ainda. — Eu sou tão burra, Kat...

—O que aconteceu, Ann?

—Eu vi, com meus próprios olhos. Ele estava com ela, não acredito que fui tão burra.

—Ele? Ele quem, Ann? Com quem?

—Eu só estava esperando amanhecer para te ligar. Você... — antes de poder completar a frase começou a chorar mais e soluçar.

—Respira e fala. — instruo. Demora um pouco, mas ela se acalma um pouco.

—Você pode vir aqui? — pede. Saco, eu não quero acordar ninguém para me levar lá, e Gale convenceu meu pai a não me deixar dirigir até aprender a usar os carros americanos. Mas, ela tá tão mal.

—Claro, Ann... — suspiro. — Vou pegar um táxi, daqui a pouco chego ai. Fica calma.

—Obrigada!

—É isso que os amigos fazem, não? Ajudam uns aos outros.

Levanto da cama em um pulo e começo a me arrumar. Opps... Aquela frase que falei para Annie é praticamente uma citação do que o Mellark falou para mim no dia do aniversário de Madge, não? Ótimo, agora estou até citando o garoto. Durante essas últimas duas semanas não aconteceu muitas coisas, além das garotas em um constante interrogatório sobre meu sumiço no aniversário de Mad. E apesar de eu ter me abrido com Peeta em um momento de aflição, eu ainda o acho irritante, as vezes, e um intrometido, sempre.

Chamo um táxi pelo Uber e termino de me arrumar. O que será que tem com a Annie? Quem foi que ela viu? Eu realmente não entendi nada. Visto um short jeans qualquer, uma camiseta florida que sequer sabia que possuo e uma sapatilha creme. Pego as coisas necessárias, vulgo celular, chaves e carteira.

Desço as escadas rapidamente, e chego à porta exatamente quando o táxi chega. Entro no carro amarelo e passo o endereço para o motorista. Logo chegamos, até porque nossas casas não são distantes. Pago o taxista, desço apressada e toco a campainha. Logo a face vermelha e com uma expressão dolorosa de Annie aparece, e me abraça levando-me para dentro de casa ainda abraçada a mim.

—Um segundo, Ann... — solto o abraço e reparo que as lagrimas voltaram a escorrer de sua face. — Eu fecho a porta, e a gente vai pro seu quarto e você me conta tudo, okay? — ela apenas assente secando as lagrimas.

Fecho a porta da sala que ainda estava aberta, e puxo a Cresta para o quarto dela. Praticamente não paro para observar o quarto vermelho com branco, apenas me sento na cama e puxo Annie para se sentar ao meu lado.

—Agora me conta tudo, com calma. — peço e ela assente e passa um tempo pensando em como começar.

—Ontem, eu e Chris tivemos uma briga, ele estava se revoltando por eu não querer perder minha virgindade com ele, pelo menos não por agora. — começa a contar, corando levemente quando falou sobre virgindade. Mas, tudo que me importa nesse momento é o que esse desgraçado fez com Annie. Ele a forçou a algo? Pelo bem dele, que não tenha o feito. — Passamos uma grande parte do dia sem nos falar, então quando deu umas onze horas, não conseguia dormir, tudo que pensava era que talvez eu estivesse errada, passei muito tempo rolando na cama, até que resolvi ir atrás dele, se ele queria minha virgindade, ele a teria. Como fui tão tola! — exclama irritada e magoada.

“Tomei mais um banho, vesti uma lingerie sensual e segui para casa dele.... Burra, burra, infinitamente burra! Quando cheguei lá, evitei bater à porta querendo fazer uma surpresa, sabia que seus pais estavam viajando e que havia uma chave reserva em um fundo falso. Entrei calmamente, pensando inocentemente que ele estava dormindo, quando cheguei ao quarto dele tudo que vi foram duas... DUAS garotas com ele. Não bastava me trair com uma, tinha de fazer um ménage à três, Kat!”

Quando ela terminou o choro recomeçou, soluços incontroláveis, uma dor que chegava até a mim, podia sentir as lagrimas se agarrarem a mim e a alma da sempre doce e alegre Cresta, destruída no chão à meus pés, se agarrando a minhas pernas e implorando por ajuda, sua dor podia ser ouvida, sentida, vista, pega e desenhada no ar.

Fiz tudo que consegui, por um tempo mantive-a agarrada a meus ombros, sua cabeça em meu pescoço e suas lagrimas salgadas tornando-se parte de meu perfume. Sussurrei doces palavras de consolo, enquanto se acalmava coloquei sua cabeça sobre meu colo e acariciei seus cabelos.

—Por que a mim? — questiono. — Eu estarei aqui sempre que precisar, mas por que chamou a mim e não a Madge?

—Madge odeia-o desde que o viu pela primeira vez. — respondeu parando de chorar. — Apesar dela ser uma ótima amiga, tenho certeza que no lugar de me consolar, ela diria o quanto esteve sempre certa e que Christopher nunca foi um bom sujeito, que deveria ter escutado a ela. Diria que tenho de arrumar um cara como Gale é para ela, e diria todas as coisas boas e românticas que ele já fez.

—Particularmente, não entendo e pouco me importo para essas coisas de ‘amor’, mas pela experiência que tenho em consolar as pessoas, acredito que essa não seria a melhor maneira de nada.

—E eu, com a minha experiência de garota que estava chorando muito, concordo com você.

—Essa coisa de amor é uma droga, é inútil, é uma fraqueza.

—Sinceramente, Kat, o que você acha que o amor é? — me questiona curiosa, arqueando levemente as sobrancelhas.

—O amor é um defeito nas funções elétricas do cérebro. — respondo calmamente, encolhendo os ombros. — Você deveria jogar duas emoções desnecessárias naquela lata de lixo. — aponto para a lixeira no canto do quarto.

—Deveria?

—Pelos menos é o que faço e sou à prova de cicatrizes amorosas. — só após terminar de dizer, ao olhar para a face triste de Annie que percebo a besteira que disse. — Não foi isso que eu quis dizer, Ann. Você não tem e nunca terá culpa pelo que aquele babaca fez, okay? Apenas foi uma pessoa normal, diferente de mim que sou paranoica. Eu sou o defeito, você está certa em acreditar.

—Tudo bem, Kat, eu te entendo, entendo o que tentava dizer e o que você pensa, você pensa que não, mas eu entendo.

Passamos um tempo em silêncio. Olho para baixo e percebo o quão cansada Annie está, afinal sequer dormiu esta noite. Eu tenho de agir. Não sei como apenas sei que devo agir.

—Por que as pessoas nunca nos ensinam isto, Kat?

—O que, Ann? — será que ela falou mais algo e não percebi?

—Por que quando as pessoas falam de amor... Por que nunca nos ensinam sobre como lidar com as dores que não passam com um beijo?

Uma boa pergunta. Isso deveria ser algo contado de pai para filho, como contam a história da Cinderela ou Pequena Sereia. Por que não ensinam algo deste tipo?

—Talvez porque eles ainda não aprenderam como lidar com essas dores, Annie, porque não estão acostumados à elas, porque ainda fazem idiotices quando a sentem. — falo de repente, pensando em meus pais.

—Mas, por que pelo menos não nos contam sobre elas? Não nos preparam.

—Talvez tenham medo de que sendo avisados fujamos para Terra do Nunca, nos tornando eternamente crianças e soframos apenas com joelhos ralados, aquela dorzinha que passa com um beijo e um doce. — ela sorri para mim e percebo que disse a coisa certa.

—Kat? Me faz um favor?

—Qualquer um.

—Cante para mim? Não consigo dormir.

—Qual música você prefere?

—Está a sua escolha, você sabe melhor que eu o que pode consolar meu coração. — responde sorrindo minimamente.

Eu me lembro das lágrimas escorrendo pelo seu rosto

Quando eu disse "nunca te deixarei ir embora"

Quando todas as sombras quase acabaram com a sua luz

Eu me lembro que você disse "não me deixe aqui sozinho"

Mas nesta noite tudo está morto, acabado e já passou

Somente feche seus olhos

O sol está se pondo

Você ficará bem

Ninguém pode te machucar agora

Ao chegar a luz da manhã

Nós ficaremos sãos e salvos

Não se atreva a olhar pela janela

Querido, tudo está em chamas

A guerra do lado de fora da nossa porta continua devastando

Agarre-se a essa canção de ninar

Mesmo quando a música tiver acabado

Acabado

Somente feche seus olhos

O sol está se pondo

Você ficará bem

Ninguém pode te machucar agora

Ao chegar a luz da manhã

Nós ficaremos sãos e salvos

Somente feche seus olhos

Você ficará bem

Ao chegar a luz da manhã

Nós ficaremos sãos e salvos — canto acariciando sua delicada face, e quando termino ela já está dormindo

Observo-a e percebo as marcas de lagrimas que ainda estão fixas em sua face. Eu tenho que fazer algo, aquele garoto babaca não pode magoar a doce Cresta e sair livre. Eu preciso fazer algo e farei. Pesco o celular do bolso e disco um número para o qual nunca havia telefonado antes. Após alguns toques ele atende.

—Mellark?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Oq acham q a Kat vai fazer? Comentem, favoritem, e se achar que merece, sigam o exemplo da Dri e recomendem.
Tentarei ser breve.
Beijos!