Dreaming Again escrita por Sra Manu Schreave


Capítulo 4
Capitulo 3 - Wings


Notas iniciais do capítulo

Heeey, Purpurinas do meu coração...
Bem... Eu vou responder TODOS os coments hj, n deu antes, pq...
1- Me mudei
2- Passei 17 horas na estrada...
Mas, bem... Eu queria postar ontem, porém... Minha irmã n saia do PC, e vcs sabem pq eu queria postar ontem?
Pq ontem eu foi meu niver... Aêee
Gntney, eu apaixonei c esta capa q a linda da Sabriina Azzar fez p cap. Amei!
Bjs!



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A luz do sol vem se arrastando

Ilumina a nossa pele
Vimos o dia passar

As histórias do que fizemos
Isso me fez pensar em você

Depois que fizemos compras, fomos para minha casa, onde Finn e Gale já haviam chegado, o que me deixou muito enjoada com a relação extremamente doce de Gale e Madge, já Finnick sequer parecia o aclamado surfista charmoso, e de cara eu me lembrei do que aquele garoto havia falado, aquele Percy, Peter.. Não lembro ao certo, algo como Peter ou Peeta. Ele havia falado algo sobre Finnick estar gamado em uma garota que não dá a mínima para ele, e após analisar suas reações, vi que esta garota era Annie Cresta, maldita sortuda. Não que eu queira Finnick Odair, mesmo depois de tanto tempo ele continua sendo apenas meu melhor amigo, nos dias depois que cheguei à Califórnia nos informamos um sobre a vida do outro, e apesar de tudo, aparentemente nossa amizade não diminuiu, apenas cresceu, mesmo a distância e sem nos falarmos. Mas, a questão é que uma coisa que descobri durante as compras é que Annie está namorando com um tal de Chris, e gosta dele. Mesmo eu não acreditando no amor, pelo menos não para mim, eu consigo ver quando há paixão ou amor, e no caso de Annie e Chris não há paixão, no máximo uma atração, mas nada realmente fatal.

Clove ficou meio tímida quando chegamos em casa, mas durante as compras se envolveu super bem nas conversas, mas não falou sobre seus problemas, e eu respeitei isto, afinal seria estranho ela virar para as garotas e dizer algo como "Eu me corto, mas estou parando a partir de hoje!". Quer dizer, para mim isto é comum, já conheci casos bem piores, pessoas que não conseguiam parar e sequer estavam querendo, mas Annie e Madge não, elas estão envolvidas na falsa bolha de felicidade da Califórnia.

Hoje já é sexta-feira, meu último dia de aula da primeira semana, o único dia que nenhuma das garotas tem aula ou intervalo junto comigo. As aulas não tem sido tão horríveis, quer dizer, foi muito engraçado quando na aula de francês todos arregalaram os olhos para minha pronuncia e sotaque perfeitos, e eu apenas sorri lembrando-me das férias na França. Outro momento engraçado foi quando numa aula de inglês a professora tirou sarro da Inglaterra, e eu pesei todo meu sotaque inglês que conquistei com os anos, e a professora acreditando que eu sou inglesa pediu desculpas milhares de vezes. Eu nunca gostei tanto do meu talento para imitar perfeitamente sotaques já conhecidos.

Eu e as garotas nos tornamos ainda mais amigas, apesar de eu sempre sentir enjoo nos momentos 'Gadge', como apelidamos Gale e Madge. Annie tem estado com um pé atrás em seu relacionamento, enquanto Finn está um tanto frustrado por ela ainda estar com Chris, o qual eu já conheci, garoto de cabelos entre ruivo e mel, enquanto seus olhos são de um castanho mel, ele tem uma personalidade que não combina nada com a doce Annie, ele é um pouco rude e tem cara de ser cafajeste. Já Clove tem estado bem, ou algo assim, parou de se cortar, mesmo não tendo revelado ainda o motivo de provocar ainda mais sofrimento para si mesma. As três se juntaram e me obrigaram a comprar um telefone, não que eu não tivesse um, mas eu precisava de um chip americano. Após compra-lo, elas me obrigaram a baixar o WhatsApp, colocar uma foto, um status, e mandar um 'Oizinho' para todo mundo, e o pior, eu fiz tudo isto, o que é malditamente estranho, eu nunca faço o que as pessoas querem, se eu não quiser.

'E, todas as cores que eu sou por dentro ainda não foram inventadas. '

É o que diz meu status, e em parte é verdade, em parte complicado. Eu simplesmente não sabia o que colocar no status, mas eu queria colocar algo que me definisse, afinal eu sou a garota das palavras. Mas, havia sido de longe, quase impossível escolher uma frase para o meu status, afinal uma das coisas que eu mais odeio em mim deu um 'Oi!' uma hora que fui escrever um status. Minha maior hipocrisia, eu sempre disse para as pessoas não se importarem com a opinião da sociedade, mas eu mesma sempre me importei, e sempre me odiei por isto, mas que culpa tenho eu? Para ser alguém neste mundo, você tem como obrigação ser o que a sociedade quer, e por mais que eu lute, isto sempre estará nos meus reflexos.

Simplesmente, as coisas são confusas, antes, há muito tempo, eu era apenas a garotinha filha de um casal brigão, fruto de uma relação que não deu certo, depois me tornei a pequena garota órfã, não apenas de mãe, mas de pai também, afinal ele estava tão afundado em sua depressão que estava como morto, quando cheguei ao internato, era apenas uma garota indefesa que não sabia como sobreviveria naquele lugar frio com pessoas geladas. Com o tempo, me tornei alguém no internato, eu era a garota que havia visto sua colega de quarto se matar, e não havia aceitado isto bem, eu era a garota que não deixaria outros irem para o mesmo caminho que ela, era mais uma que havia sido abandonada lá, mas havia visto uma forma de dar a volta por cima, eu era alguém importante, alguém que jogava em suas próprias regras, eu era Katniss Everdeen. E, isto é confuso, eu apenas fui mudando o que é comum, mas agora é como se eu recomeçasse o internato, aqui não é como lá, mas eu tenho que refazer meu nome, não que eu queira ser conhecida, mas eu apenas quero voltar a ter o nome de melhor aluna, melhor nadadora, e musicista da escola, eu gostava daquilo, principalmente quando ia tocar ou participar de uma competição e ganhava mais uma medalha. Mas, por aqui, eu sequer tenho uma vaga na equipe de natação, não achei uma orquestra descente para me enfiar, sinto como se uma grande fatia de mim tenha ficado na Inglaterra.

Já estamos no penúltimo horário antes do intervalo, e acabaram de acrescentar alemão à nossas aulas, o que é tedioso. O professor tenta ensinar algumas palavras, mas a turma está uma baderna, reclamando sobre alemão ser difícil.

— Lehrer, — chamo — ich kann es gehen? (Professor, posso ir ali?)

— Sie sprechen Deutsch? (Você fala alemão?) — Arregala os olhos surpreso.

— Wer kennt sie nicht zu sprechen? (Quem não fala?) — Dou de ombros. — Nun, ich, kann ich von hier fortgehen? (Agora, eu simplesmente, posso sumir daqui?) — Suspira audivelmente antes de responder, sabendo que o máximo que os alunos aprenderiam hoje é um 'Olá!'.

— Go! (Vá!) — permite, e sem pensar duas vezes, obedeço.

Perambulo pela escola tediosamente e resolvo ir para sala de música, que segundo as garotas, quase nunca é usada. Chego à sala pintada de amarelo e analiso-a, tem um piano num canto, e do outro lado vários instrumentos estão guardados em suas capas, entre eles reconheço dois violões, um violino, um enorme baixo acústico e um violoncelo. Resolvo tocar um pouco de piano, me sento na banqueta, levanto a tampa, e deixo minha mente voar para um momento qualquer, e malditamente ela volta a tanto tempo atrás, formando os acordes conhecidos. Minha mente me leva para aqueles dias tristes, quando eu apenas me jogava na cama e me segurava para não chorar, enquanto Natalie enfiava a lamina novamente em seus pulsos e chorava enquanto cantava. A mesma música de sempre, desde o primeiro até o ultimo dia, ela cantava esta música, corro os dedos pelo piano lembrando-me dos acordes de Wings, lembrando-me de sua voz suave, e de como no fim de tudo ela apenas pedia calmamente para eu nunca fazer igual ela, e eu como uma criança inocente perguntava por que não parava com aquilo, enquanto Nat apenas dizia que não podia, não conseguia, e que aquela não era sua hora de parar, quando fosse eu saberia, e todo dia isto se repetia da mesma forma. Até que houve um dia que ela falou que era sua hora, que era um sacrifício mas ela iria parar, apenas me pediu que jurasse nunca deixar que laminas como aquela me marcassem, e quando eu jurei, pediu para cantar junto com ela.

Oh as luzes se apagam
No momento em que estamos achados e perdidos

Eu só quero estar ao seu lado
Se essas asas pudessem voar

Oh droga, essas paredes

No momento temos três metros de altura

E como você me disse, depois de tudo

Nós lembraríamos desta noite

Para o resto de nossas vidas

Estou num estado estrangeiro

Meus pensamentos eles desapareceram
Minhas palavras estão me deixando
Eles pegaram um avião

Porque eu pensei em você
Só porque pensei em você
Oh as luzes se apagam
No momento em que estamos achados e perdidos
Eu só quero estar ao seu lado
Se essas asas pudessem voar
Oh droga, essas paredes
No momento temos três metros de altura
E como você me disse, depois de tudo
Nós lembraríamos desta noite
Para o resto de nossas vidas
Se essas asas pudessem voar
Oh as luzes se apagam
No momento em que estamos achados e perdidos
Eu só quero estar ao seu lado
Se essas asas pudessem voar
Oh droga, essas paredes
No momento temos três metros de altura
E como você me disse, depois de tudo
Nós lembraríamos desta noite
Para o resto de nossas vidas

Sem perceber, eu havia começado a cantar. Cantado do jeito que ela pediu, do jeito que ela pediu antes de enfiar aquelas laminas em seus braços mais profundos que nunca, me fazendo gritar e chorar. Sou desperta por palmas, aparentemente alguém entrou aqui sem eu perceber. Viro-me para trás vejo aquele amigo loiro de Gale, Peeta.

— Uau! Parabéns, foi uma bela apresentação! — Ele sorri.

Meu primeiro pensamento é, porra não se tem mais privacidade? Meu segundo pensamento me lembra que eu estou em um lugar público, ele não está invadindo privacidade alguma. Reviro os olhos.

— Obrigada!

— Katniss, certo? — Assinto. — Está passando bem?

— Sim, por quê? Não pareço bem?

— Não é isto... É que nesta escola, você só pode sair da sala se estiver mal.

— Foi assim que você saiu? — Ele dá de ombros.

— Talvez, mas e você?

— Digamos que aula de alemão seja desnecessário para mim.

— Vou aperfeiçoar minha pergunta, como você saiu da aula de alemão? Todo mundo tentou, e ninguém conseguiu fugir. Me conta!

— Alguém que sabe falar alemão tentou sair da sala? — questiono, ele estreita os olhos negando com a cabeça, dou de ombros. — Simples!

— Você sabe falar alemão? — Abre a boca surpreso, assinto. — Uau! Isto é legal! Me dá uma ajuda? — Estreito os olhos.

— Por que eu ajudaria?

— Vários motivos. — Conta nos dedos. — Ia provar que é mais legal que seu irmão. Me faria acreditar que sabe falar alemão. E, o melhor, ia ter a oportunidade de ter minha incrível presença por perto. — termina mandando uma piscadela, me fazendo gargalhar enquanto reviro os olhos.

— Você é um pouco metido, não?

— Talvez... — Dá de ombros. — Mas, você vai me ensinar alemão? — Analiso a ideia.

— Ouvi falar que você é influente na escola... — Ele assente. — Se você conseguir uma vaga na competição de natação da escola para mim.. Hum.. Talvez, você aprenda a falar alemão. — Quando ele abre a boca para falar algo completo. — Quer dizer, se você for bom aluno, porque se não for, o máximo que vai aprender serão palavrões.

— Para quando você quer a vaga? — Dá seu sorrisinho torto


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Notas finais do capítulo

Bem.. Oq acharam? Espero q tenham gstado.. Deixem suas opiniões, sim? Comentem, tenho 30 pessoas acompanhando e 5 comentarios no cap passado.. Pode isso produção?
Ah.. Eu já apresentei D.A. para meus leitores de LITM, agora vcs tbm tem de conhecer LITM, é minha outra fic Peetniss.. Espero q gstem.
http://fanfiction.com.br/historia/558683/Living_In_The_Moment/
Bjs!