Um Natal Inesquecível escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 3
Feliz Natal!


Notas iniciais do capítulo

O título do capítulo é o que eu desejo a todo mundo que leu e curtiu esta singela fanfic, mesmo que não tenham comentado. Valeu!

Feliz Natal, meu povo e minha pova!

Espero que gostem deste desfecho!

Lá vai o disco voador enfeitado com pisca-pisca...



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Era quase meia noite e Stefan e Damon observavam, intrigados, a estranha árvore de Natal que estava montada no centro da sala do bunker. O pisca-pisca estava ligado, mas boa parte das lâmpadas tinha se quebrado quando a árvore não aguentou o peso dos enfeites colocados por Mia e despencou horas antes. No entanto, os enfeites ainda estavam lá. Todos eles. Vários em cada galho. Nenhum tinha sido retirado da capenga árvore.

Os irmãos Salvatore seguravam dois copos com ponche e tomavam um pouco da bebida quando Mia aproximou-se dizendo cheia de si e com um sorriso presunçoso:

— Fala sério! É ou não é a árvore de Natal mais linda que vocês já viram?

— Nos últimos cento e sessenta anos? Com certeza. — respondeu Damon, mas Mia percebeu um tom de ironia na forma como ele disse aquilo.

Stefan decidiu ser mais sincero do que o irmão e questionou com certo cuidado:

— Você não acha que tem… Enfeites demais?

— Engraçado, o Cas disse a mesma coisa. — lembrou Mia, dando de ombros e tomando um gole do seu próprio ponche em seguida.

Convencido de que Mia não iria mudar de opinião sobre a quantidade exorbitante de enfeites na árvore de Natal, e no fundo achando que isso não era tão importante, Stefan decidiu mudar de assunto:

— Por falar no Cas, e o casamento? Quando será?

— Em algum momento depois que o Metatron estiver devidamente trancafiado no Céu e não representar uma ameaça para mais ninguém. — respondeu ela.

Após um momento de silêncio, Stefan tornou a conversa mais leve perguntando:

— E eu posso saber o que te fez mudar de opinião? Se eu me lembro bem, você estava irremediavelmente decidida a não se casar. Não me leve a mal, eu estou feliz que você tenha mudado de ideia, mas gostaria muito de entender por que você decidiu ouvir o meu conselho e dizer sim.

Depois de pensar um pouco, Mia explicou:

— Vocês sabem que eu quase morri, não sabem? De novo. — depois que os vampiros assentiram, já que Mia havia contado aquilo há alguns meses, por telefone, ela continuou: — Bem, digamos que isso me fez perceber uma coisa muito importante. Eu percebi que, de certa forma, eu já sou casada com o Cas há muito tempo. As coisas que ele fez por mim e as coisas que eu fiz, porque simplesmente não consigo me imaginar em um mundo onde ele não exista, me fizeram perceber que nós já somos comprometidos um com o outro muito antes dele ter feito aquele pedido.

— E de você ter desmaiado nos braços dele. — lembrou Damon, sorrindo. — Despencado, na verdade. Como uma fruta madura caindo da sua árvore. No meio de uma pista de dança, no meio de um casamento, cercada por pessoas conhecidas e desconhecidas, passando uma baita vergonha e arrastando o anjinho com você e...

— Dá para parar, por favor, dentuço? — cortou Mia, incomodada com o fato daquilo ter virado uma piada para o Salvatore mais velho. Depois que ele ergueu uma das mãos em sinal de rendição e tomou mais um gole do ponche, ela retomou: — Como eu estava dizendo, depois que eu me dei conta de que já sou comprometida com o Cas, eu pensei “Que diabos! Por que não oficializar a coisa de uma vez? Além disso, se um exército de demônios não me matou, não será uma simples troca de alianças diante de um cara de vestido que vai fazer isso, não é?”

— Em primeiro lugar, não é um cara de vestido, é um padre de batina, Mia. — corrigiu Castiel enquanto se aproximava do trio. — E em segundo lugar, cada dia eu me impressiono mais com a sua capacidade de ver as coisas com tanto romantismo. — ironizou.

A garota virou-se na direção dele um pouco constrangida. Stefan e Damon se entreolharam e se afastaram logo depois, deixando o casal sozinho. Antes que Castiel dissesse alguma coisa, Mia sorriu e antecipou-se:

— Você sabe que esta é a minha forma de dizer “eu te amo muito, anjo, e por isso eu disse sim, apesar de não saber direito como ser uma noiva, muito menos uma esposa exemplar”, não sabe?

Castiel sorriu levemente, colocou as mãos na cintura de Mia, — o que fez com que ela passasse os braços instintivamente em volta do pescoço dele — tocou seus lábios com um beijo suave e, enquanto acariciava o rosto dela, respondeu:

— Eu sei. Mas não se preocupe, Mia, você não precisa tentar ser uma noiva ou esposa exemplar. Você já é perfeita exatamente assim.

— Eu sou, é? — indagou ela, sorrindo e querendo ouvir aquilo de novo.

— Com certeza. Perfeita. — confirmou Castiel. — Apesar de todas as suas loucuras, do vício em cafeína, do verdadeiro caos que é o seu guarda-roupa e dos comentários impróprios que você diz às vezes. — completou, fazendo a garota desmanchar o sorriso imediatamente.

Então Mia mordeu o lábio inferior por um instante, estreitou o olhar na direção do anjo e depois disse:

— Tudo bem, eu vou esquecer o resto e ficar só com o perfeita.— e depois de colar seus lábios nos dele, lhe dando um selinho demorado no exato instante em que um relógio antigo, em uma das paredes da sala badalou, indicando que era meia noite, ela fitou Castiel de um jeito carinhoso e desejou: — Feliz Natal, anjo.

— Feliz Natal, Mia. — retribuiu ele, de uma forma serena, acariciando o rosto dela mais uma vez.

XXX

Enquanto isso, Claire estava no quarto, onde tinha terminado de se arrumar para a ceia e naquele momento se olhava no espelho, dando uma última conferida em sua aparência, ao mesmo tempo em que falava ao celular com alguém.

Quando Sam adentrou o recinto, ela tinha acabado de encerrar a ligação. De alguma forma, aquela imagem fez o caçador se lembrar de algo ocorrido no último Natal, quando Claire atendeu uma ligação de David, sem saber que ele tinha sido possuído por Belial, e foi direto para uma armadilha dele e de Abaddon.

Mas, foi o que aconteceu em decorrência daquela armadilha que fez Sam hesitar um pouco antes de indagar:

— Com quem você estava falando?

— Com o Kevin. Ele e a Chloe desejaram Feliz Natal para todos nós e prometeram que estarão aqui antes do Ano Novo. — respondeu Claire, sorrindo serenamente. — A Sra. Tran está ótima e o Kevin disse que ela adorou a Chloe e a família dela. — completou.

— Que bom. — balbuciou Sam enquanto observava o celular na mão da esposa.

— Eu posso estar enganada, mas eu tive a impressão de que em breve teremos outro casamento, além do da Mia e do Cas. — refletiu a morena.

— Pode ser. — disse o Winchester sem conseguir prestar muita atenção.

Claire começou a estranhar o comportamento dele e questionou:

— Algum problema?

Sam fez um esforço para se concentrar e então pediu:

— Será que você pode me emprestar o seu celular?

— Claro. — assentiu ela e então entregou o aparelho para o marido.

— Obrigado. — agradeceu ele.

Confusa, Claire viu Sam desligar o celular e depois colocá-lo no bolso da calça. Então ela arqueou as sobrancelhas e o lembrou:

— Você sabe que isso é crime, não sabe?

— Eu não estou roubando, apenas pegando emprestado. — defendeu-se Sam.

— Por quê? — quis entender Claire.

O Winchester chegou a abrir a boca para responder, mas então desistiu no mesmo instante ao se sentir meio idiota em relação à resposta que daria.

De qualquer forma, não foi preciso que ele explicasse nada, já que alguma coisa no olhar do caçador fez Claire entender por que ele estava agindo daquele jeito.

Inevitavelmente, a culpa a consumiu por alguns instantes, mas em seguida Claire se recompôs, respirou fundo e assegurou:

— Sam, eu não vou a lugar algum.

— Eu sei. É só para evitar certas... Lembranças. — justificou-se o Winchester, deixando claro que não tinha intenções de devolver o celular à dona tão cedo.

— A Abaddon está morta e o Belial nas profundezas do Inferno. Nenhum deles vai me ligar. — disse Claire, numa tentativa de tranquilizá-lo.

— Eu sei disso. — assentiu o caçador, mas percebendo que aquilo não era resposta suficiente, ele relaxou um pouco e explicou: — Olha, este é o nosso segundo Natal juntos e eu só estou tentando esquecer das coisas que aconteceram no primeiro. Mas eu não vou conseguir se você ficar atendendo essa coisa toda hora.

Claire franziu o cenho e protestou:

— Mas eu só falei com o Kevin, com a Chloe, Charlie, o Garth... Irv... Max... — ela parou de falar quando percebeu que a lista tinha mais nomes e que, portanto, Sam estava certo em fazer aquela observação. — Desculpe, você tem toda a razão.

Sam sorriu levemente, deu alguns passos e parou de frente para a esposa. Então ele segurou o rosto dela com carinho e pediu:

— Não precisa se desculpar. Apenas fique do meu lado esta noite, ok? E me ajude a esquecer o último Natal.

Claire assentiu com um meneio de cabeça, em seguida inclinou o rosto, fechou os olhos e colou seus lábios nos dele suavemente durante alguns instantes.

Quando ela afastou o rosto, Sam sorriu mais relaxado e expôs:

— Você está no caminho certo.

Claire sorriu de volta e lhe deu mais um beijo, mais carinhoso e envolvente, fazendo as lembranças ruins do último Natal se dissiparem na mente do caçador. Logo depois, ela o segurou pela mão e os dois deixaram o quarto.

XXX

Passava da meia noite e todos estavam reunidos à mesa da sala principal do bunker. Bobby na cabeceira, Sam e Dean nas cadeiras seguintes, ao lado deles Claire e Natalie. Mia e Castiel estavam lado a lado perto de Dean e Natalie, enquanto Stefan e Damon estavam ao lado de Sam e Claire. Todos bebiam, comiam, conversavam e riam ao som de uma música que Mia tinha colocado para tocar repetidas vezes. Era Fountain da Sara Lov.

As diferenças entre caçadores e vampiros pareciam não ter mais importância naquele momento. E de fato, não tinham. Dean havia se esquecido completamente de que os insuportáveis irmãos Salvatore estavam ali. No fim, eles nem eram tão insuportáveis assim.

Naquele momento, o Winchester mais velho estava ouvindo Natalie contando uma história engraçada sobre uma caçada. Stefan e Damon não viram muita graça naquilo, já que o caso envolvia vampiros. Mas isso só fez Dean se divertir ainda mais e rir com vontade.

Quando Natalie terminou o relato, ele a olhou com certa admiração. Em seguida, pegou a sua mão sobre a mesa, a beijou e depois lhe deu um selinho carinhoso nos lábios.

— Ai que fofos! — provocou Damon com escárnio.

Dean o fuzilou com o olhar e arremessou um guardanapo que acertou o rosto do vampiro em cheio.

— Desculpe por isso, Crepúsculo. — redarguiu Dean também com escárnio.

Depois de colocar o guardanapo em um canto da mesa, Damon pegou o seu copo com ponche, o ergueu e anunciou:

— Queridos amigos e amigas, eu quero propor um brinde à Mia, — e quando a garota sorriu lisonjeada, ele olhou na direção de Sam e Dean e completou: — pela sua incrível capacidade de persuasão. Afinal, nós só viemos aqui porque ela insistiu muito e não porque nós gostamos de certas pessoas. Então... — disse voltando a olhar para ela: — Obrigado por ter colocado eu e o meu irmão nesta fria natalina.

Mia franziu o cenho e desmanchou o sorriso prevendo uma tempestade. Sem se intimidar, Damon encostou o seu copo nos copos daqueles que estavam mais próximos, inclusive no dela, e arqueou as sobrancelhas na direção daqueles que estavam mais longe. Em seguida, bebeu um generoso gole da bebida e sibilou um “Ahhhhhhhhh” no final.

Um clima tenso pairava entre irmãos Winchester e Salvatore diante do que Damon havia dito, até que Stefan também ergueu o seu copo e tentou restabelecer a harmonia de antes dizendo:

— Feliz Natal!

Aquelas duas palavras pareceram surtir um efeito imediato, acalmando os ânimos de todos na mesa e fazendo eles se lembrarem de que aquele era um momento de confraternização e união, e não de discussões que não levavam a lugar algum.

Mesmo porque, embora se provocassem muito, Sam e Dean não odiavam Stefan e Damon, nem o contrário. Tudo não passava de um jogo de provocação, troca de farpas eternas, mas lá no fundo, existia sim uma amizade entre eles. Ou pelo menos, um sentimento de camaradagem e parceria.

Sam e Dean nunca iriam esquecer tudo o que os vampiros fizeram por Mia e por eles, e os Salvatore seriam sempre gratos pela ajuda dos caçadores no caso Silas.

Sendo assim, os irmãos Winchester se entreolharam por um instante, e em seguida erguerem seus copos e responderem ao mesmo tempo:

— Feliz Natal.

As outras pessoas na mesa imitaram o gesto, brindando e desejando Feliz Natal também. Todos entornaram o ponche garganta abaixo e depois bateram os copos vazios na mesa. Então Bobby serviu mais da bebida para todos eles, inclusive para Castiel que era o único incapaz de ficar bêbado, o que Mia, por sinal, achava revoltante.

Aos poucos, todos voltaram a conversar, a comer, a beber, a rir, a celebrar aquele Natal que com certeza, já estava sendo inesquecível. Um tanto atribulado e tenso, é verdade, mas indiscutivelmente inesquecível.

Feliz Natal!


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?

Bem, para variar, mais uma fic que eu amei escrever eheheheheheh

Espero que tenham se divertido tanto quanto eu, que tenham gostado das musiquetas e de tudinho! Por falar em musiqueta, eu descobri Fountain por acaso e gamei! É muito divônica! Fica a dica! Ouçam até cansar!

Bjs, sociedade! Feliz Natal mais uma vez, tudo de bom, felicidades, muitos presentes e afins!

Fui!