A Mente de Cecil escrita por Ningúem Ningúem

O que acontece quando um indivíduo simplesmente não se encaixa numa caixa? Ou talvez, como posso dizer, numa sociedade? Os costumes considerados normais são uma excruciante tarefa de entendimento e sentido para Cecil, um garoto que vê as coisas como sendo as mais estranhas e sem sentido do mundo, em contrapartida, é a mesma visão que o mundo tem sobre ele.
As coisas seguem num caminho independente da pequena pessoa que foi nomeada de Cecil, porém, o fluxo não o leva consigo. O garoto possui um relógio que está parado no tempo, talvez esteja estragado e ele tenha preguiça de concertar, ou talvez, nem mesmo a maior constante que rege a Vida das coisas do Universo quer se aproximar. Pensar é seu maior dom e, ironicamente, sua maior maldição. Ele possui um único amigo, Lice C que está sempre presente dentro dos pensamentos do garoto quando está em profunda reflexão, ou depressão, como alguns daquela pequena cidade chamavam.
Diante de todas as infindas possibilidades de existência, Cecil acabou se tornando o indesejável, aquilo que causa repulsa apenas pela presença. Questões da vida, do universo e tudo mais enchem por completo sua Mente enquanto sua própria Vida se torna Vazia e solitária.
Isso, é claro, se ele não falasse sozinho.
Eu, seu narrador, não o considero tão chato quanto narro para você. Para mim, ele é suportável. Lembro-me de uma vez em que ele ficou criando questões acerca dos pássaros triglotes, aqueles com três cabeças e uma asa, sabe? Pois bem, para os que ainda não visitaram sua pequena cidade, tais pássaros são uma incógnita para a ciência, pois, essas criaturas não possuíam uma caça específica muito menos predador algum e, pasme! Ela não precisava se alimentar.
Agora lhe pergunto, quem em sã consciência ficaria buscando respostas para a existência do pássaro triglote? O que mudaria na vida de qualquer terráqueo daquele pequeno planeta descobrir o motivo dessa complexa unidade que chamamos de Vida? Segundo a Universidade de Lugar Nenhum, Cecil é a única pessoa naquele pequeno e recente Universo que tinha como função de vida se questionar sobre tudo e até algumas vezes sobre o nada. O que me traz uma pergunta a ser respondida ou não nesse livro: Como alguém tão pequeno e inútil pode se sentir suficientemente grande para criar perguntas?


Classificação: 13+
Categorias: Histórias originais
Personagens: Personagem Original
Gêneros: Fantasia
Avisos: Nenhum

Capítulos: 10 (5.713 palavras) | Terminada: Não
Publicada: 19/12/2014 às 17:06 | Atualizada: 19/12/2014 às 17:14


Notas da História:

Tenho como fonte de inspiração obras como Guia do Mochileiro das Galaxias, Dragões de Éter e o podcast Welcome to Night Vale.
Basicamente eu crio um universo infinito de possibilidades onde a a Existência perde o lugar para o Caos. A quantidade de coisas anormais apresentadas nessa história são vistas de uma maneira completamente normal pelos personagens do conto, como sabemos, o ambiente cria o ser, ou seja, o normal é completamente relativo.

Sou um escritor iniciante, ou seja, está tudo muito mal escrito. Caso tenha alguma sugestão para melhoras, fique à vontade.


Capítulos

1. Capítulo 1
1.782 palavras
2. Capítulo 2
595 palavras
3. Capítulo 3
468 palavras
4. Capítulo 4
429 palavras
5. Capítulo 5
220 palavras
6. Capítulo 6
231 palavras
7. Capítulo 7
149 palavras
8. Capítulo 8
531 palavras
9. Capítulo 9
123 palavras
10. Capítulo 10
1.185 palavras