All I Want For Christmas - Continuação... escrita por DéhBotelho


Capítulo 3
Capítulo Bônus III


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Segue a terceiro e ultima ( =/) parte do bônus!
Espero que gostem!

Beijos e boa leitura!
;*



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No capítulo anterior...

– Você quer ter filhos comigo?!

– Sempre quis... Nunca duvide disso. Eu quero ser pai... E quero que a mãe dos meus filhos seja você baby... Eu te amo Bella...

Sorri carinhosa e mais apaixonada para meu marido e sussurrei antes de encostar meus lábios nos seus em um beijo apaixonado:

– Também amo você...

Nos amamos durante o resto da noite. Aquela tinha sido uma noite de promessas e de recomeço. Eu e Edward tínhamos selado novamente o compromisso de estarmos juntos, independente de qualquer coisa. Eu estaria ali por ele, assim como ele sempre estaria ali por mim.

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8 ANOS DEPOIS

– Ai Esme! Já era para eles terem chegado... – disse Renné angustiada passando a mão em seu peito. – Charlie liga pra ela de novo?

Charlie se aproximou de sua esposa e deu-lhe um beijo delicado em seus lábios. Era incrível ver o amor duradouro dos dois. Estavam casados a 30 anos e ainda se tratavam como namorados.

– Calma meu amor... Eles já devem estar chegando... A nevasca de hoje atrapalhou bastante o trânsito. Não se estresse! – terminou ele, beijando a testa da esposa, que sorriu com o gesto do marido e enlaçou seus braços em sua cintura.

– Acredito que logo eles estão ai... Edward sempre foi muito cauteloso Renné... Conhece bem seu genro... – brincou Esme, fazendo com que sua melhor amiga sorrisse.

Logo ouviram risadas e segundos depois três crianças e três pré-adolescentes entravam em disparada pela sala.

– Corre Sophie! Corre Zóe! Eles vão nos pegar!!

– Volta aqui Peter!

Carlisle balançou a cabeça de forma negativa e sorriu para os seus netos, assim como Esme que estava agora sentada perto do marido. Theodor e Robert, com 12 anos, haviam crescido demais e estavam extremamente lindos! Com o tempo os cabelos foram ficando loiros como os da mãe, mas as lindas covinhas e o sorriso fácil ainda eram do pai.

Os gêmeos ganharam uma linda irmãzinha, Sophie que era um encanto de criança, muito meiga e doce, com seus cinco anos, porém quando ela se juntava com seus primos se transformava numa verdadeira pestinha! Sophie Hale Cullen era a cópia perfeita da mãe: loira com encantadores olhos verdes.

Assim como os primos, Alyssa havia crescido, e a cada ano que se passava a menina, agora uma adolescente de 14 anos, ficava mais linda e encantadora, fazendo com que vários meninos da escola se encantassem com ela. A pobrezinha era vítima do ciúmes do tio, do avó e principalmente do pai e do padrinho.

Apesar te estar na terrível adolescência, Alyssa era uma menina muito calma, tranquila e prestativa, que sempre ajudava seus pais com seus dois irmãozinhos: Zóe e Peter.

Por serem filhos de Mary Alice, os mais novos Cullen/Brandon deixavam o pobre Jasper de cabelos brancos. Os dois simplesmente não paravam! Pareciam ter baterias recarregáveis e sempre aprontavam todas, levando a prima Sophie junto com eles! Emmett dizia que os sobrinhos e a filha tinham o demônio no corpo e nunca sossegavam! O que fazia com que Esme desse um grande tapa na nuca de seu filho mais velho, assim como sua cunhada Alice e sua esposa Rose.

Zóe Elisabeth Brandon Cullen tinha 4 anos e era imensamente parecida com o pai, com os cabelos loiros e olhos expressivamente verdes. Já Peter Christofer Brandon Cullen, com seus 6 anos, era a cara de sua mãe, um lindo menino com cabelos castanhos e olhos verdes azulados.

– O que aconteceu meu bem?! – perguntou uma Esme extremamente paciente à Alyssa. Jasper realmente teria trabalho com aquela menina. Cada dia que passava Alyssa ficava mais linda!

– Eu, Rob e Théo estávamos conversando no celular quando esses três pestes roubaram eles... E queremos de volta! – disse Alyssa batendo o pé.

Esme foi até seus netos mais novos e apenas esticou sua mão na direção das três crianças arteiras, que em segundos devolveram os celulares de seus irmãos e primos.

– Aqui queridos...

– Valeu vó! – responderam os três de uma vez, dando um beijo nas bochechas da avó.

Os três já saíam da sala, quando seus respectivos pais entravam no ambiente. Ao deparar com sua filha, Jasper ficou encantado em como sua princesinha estava linda, mas ao olhar para os seus pés...

– Alyssa, que sandália é essa? – Alyssa ouviu a voz do pai e revirou os olhos, e sem dizer nada, saiu em da sala, empinando seu nariz. – Alyssa! Volta aqui!

Esme balançou a cabeça negativamente. Jasper ainda teria muito trabalho se não aprendesse a lidar com a filha.

– Alice! Você viu o tamanho do salto daquela sandália?! Ela só tem 14 anos!

Mary Alice revirou seus lindos olhos para mais um dos pitis de seu marido.

– Exatamente meu amor! E por ter 14 anos ela quer usar sandálias altas. E eu é quem deu a sandália para ela. Deixe de ser um velho birrento Jasper!

– Mas Alice...

– Jasper, sua filha já não está falando com você por conta desse seu ciúme descabido! Você tem mais ciúmes dela do que tem de mim, pelo amor de Deus! Respira, vê se cresce e deixa ela viver!

Jasper olhava sua esposa com indignação. E ficou mais indignado ainda por ter ficado com uma puta ereção ao ver sua esposa brava. Diabos de mulher gostosa!

Emmett passou pelo irmão rindo e levou um olhar de reprovação de Rosie. Era difícil demais para ele ver sua princesa crescer e ninguém ali percebia a angustia que ele estava passando.

Jasper foi até o bar ali da sala e se serviu de uma dose de whisky a bebendo rapidamente. Serviu-se de mais uma dose e sentiu uma mão em seu ombro.

– Não se preocupe meu caro... Você supera! – brincou Charlie, piscando um olho para seu afilhado.

Jasper olhou desesperado para seu padrinho. E ao olhar para onde seu pai e sua mãe estavam sentados sentiu um alívio em seu coração.

– Ainda bem que só tive filhos homens... – brincou Carlisle, fazendo com que todos da sala rissem.

Carlisle piscou um olho para Jasper que sorriu para ele. Jasper sabia que apesar de ter tido somente homens, seu pai sempre estaria ali para ajuda-lo.

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POV. BELLA

– Minha mãe vai ter um treco! Sua mãe também! Nós nos atrasamos demais Edward... – relhei com Edward enquanto saia do carro.

Edward e eu já estávamos casados há 11 anos, e hoje fazíamos nosso décimo segundo aniversário. Dizer que em doze anos de casados não houveram brigas, ciúmes, desentendimentos e noites dormidas no sofá é mentira. Mas o melhor de tudo eram as reconciliações, os beijos, os carinhos e as promessas.
Edward passou por dois anos muito complicados de sua recuperação do trauma da guerra. Foram muitas noites mal dormidas, choros desenfreados (tanto os meus quanto os dele) e brigas. Mas também existia muito amor, muita cumplicidade, muito carinho e muita fé.

Depois desses dois anos eu podia dizer que meu marido estava curado. Ele não mais sentia o baque daqueles três anos vividos no Iraque e estava completamente saudável psicologicamente. Então após esse período e comemorarmos 6 anos de casados, resolvemos que estava na hora de darmos mais um passo na nossa vida a dois e começamos a conversar sobre gravidez e bebês.

Foi um ano agonizante. Tentamos de todas as formas, e após abortar pela terceira vez, comecei a crer que Deus não havia me confiado a linda e preciosa missão de ser mãe. Após alguns meses, enfurnada em uma depressão, eis que vem até mim meu salvador, meu lindo marido que me propôs que adotássemos uma criança.

Até hoje lembro-me de suas linda palavras: “Meu amor... Não existem somente os pais de sangue. Existem os pais de coração. E se não podemos ter nossos filhos de sangue, então teremos muitos de coração. Pais são aqueles que dão amor, dão um lar, dão carinho e educação. Vamos adotar... E assim eu posso te dar muitos e muitos filhos...

Então começamos a nossa peregrinação atrás de orfanatos e crianças do programa de adoção.

Resolvemos visitar um orfanato e no instante em que eu me deparei com aqueles lindos olhos azuis e aqueles cabelos castanhos escuros quase negros eu o queria pra mim. Jeremy era um menino de 13 anos que havia sido abandonado pela mãe ainda bebê no orfanato e ele nunca havia sido escolhido por uma família para ser adotado.

Edward perguntou se o lindo menino tinha alguma doença ou era agressivo, e a bondosa orientadora do orfanado, Sra. Tramel nos respondeu:

– Não... Longe disso! Jeremy é uma criança saudável e extremamente carinhoso e afetuoso. As pessoas simplesmente não o enxergam. Ele é quase um adolescente e os casais que vem aqui querem bebês ou crianças pequenas, até uns 5 anos. Eu rezo a Deus todos os dias para que um casal veja o potencial desse menino lindo...

Então eu e Edward nos aproximamos de Jeremy aquela tarde e percebemos que o que a Sra. Tramel havia nos falado era verdade. Jeremy era a criança mais encantadora, carinhosa, risonha e inteligente de todo o mundo!
Ao sairmos do orfanato naquela tarde, nada precisava ser dito entre nós dois. Com um simples olhar nós já sabíamos: Jeremy seria nosso filho.

Entramos com o pedido de adoção e em menos de três meses, quase na época de Natal e do nosso aniversário de 7 anos de casados, Jeremy era oficialmente Jeremy Anthony Swan Cullen. Para Edward e para mim, nosso filho foi uma benção para nós e nosso casamento pois agora erámos pais de um lindo menino.

Nossa família também havia se apaixonado por Jeremy de cara e tínhamos a certeza que para ele nunca faltaria carinho e amor naquela casa. Nossos sobrinhos, Rob e Théo eram aficionados pelo primo, e ele sempre estavam juntos, conversando, jogando videogames ou conversando sobre garotas. Alyssa também adorava o primo, e gostava ainda mais quando seus três primos estavam ao seu lado para saírem, se divertirem e cuidarem dela.

Emm e Rosie vieram ás lágrimas no dia em que Jeremy lhes disse que os queria como seus padrinhos. E fez Jazz e Allie chorarem também ao lhes dizer que não ficassem tristes, pois eles eram os melhores tios do mundo!

Dizer que foi fácil educar Jeremy é mentira. Ele era uma criança adorável e encantador, mas como todo adolescente dava trabalho e fazia muita birra quando queria, mas eu e Edward sempre conversávamos com ele e quando tínhamos que ser mais rígidos fazíamos isso sem culpa. Não éramos aqueles pais que adotavam e achavam que o filho era de porcelana e que poderia se rebelar contra nós.

Tudo o que fazíamos era amar Jeremy. E amar era saber dizer não e saber repreendê-lo quando necessário. Nosso menino, inteligente como era, compreendia nossa posição, e nunca havia jogado em nossas caras a adoção. Ele sempre se sentiu como nosso filho, desde o primeiro momento. Palavras dele.

Então um milagre aconteceu em nossas vidas. Após voltarmos de uma viagem que fizemos com Jeremy, para comemorarmos sua formatura e nossos 9 anos de casados comecei a sentir muitos enjoos e dores de cabeça. Achando ser uma virose procurei um médico clínico no hospital, e qual não foi a minha surpresa ao descobrir que estava grávida de dois meses.
Naquele mesmo dia, ao contar para Edward e Jeremy os dois não se cabiam de felicidade, assim como eu. Nossa pequena família estava aumentando.

Eu e Edward ficamos preocupados com a reação de Jeremy à minha gravidez, e ao perguntarmos a ele sobre isso, meu pequeno-grande filho nos disse as seguintes palavras: “Mamãe... Papai... Você são meus pais desde a primeira vez que nos vimos e vocês passaram a tarde conversando comigo. Um irmão ou uma irmã só fará o meu amor por vocês e por ele ou por ela aumentar... Eu tenho uma família... E nada poderia ser melhor!”.

Naquele dia, nosso menino nos fez vir ás lágrimas e quando ele contou para o restante de nossa família a grande novidade... Meu Deus! Meus pais não se cabiam dentro de si, assim como Esme e Carlisle.

Jazz, Emm e Edward fizeram com que Jeremy jurasse que protegeria sua irmãzinha se algum homem se aproximasse dela e que levaria seu irmãozinho para todas as baladas para pegar muitas gatinhas. Isso fazia com que eu, Allie e Rosie sempre revirássemos nossos olhos. Nossos maridos sempre seriam ciumentos incorrigíveis.

Então, sete meses depois, eu dava a luz a Ella Swan Cullen. Minha princesa era o pai em cópia idêntica: possuía os mesmos cabelos avermelhadas e os olhos mais verdes do mundo. Jeremy era apaixonado pela irmã, e sempre estava ao meu lado me ajudando em tudo. Quando nossa família conheceu Ella todos logo caíram de amores pelo nosso pequeno milagre, assim como nós!

Hoje, 8 anos após o retorno do meu marido do Iraque, estávamos chegando à casa de Tia Esme e Tio Carlisle para mais uma noite de Natal. Edward ainda trabalhava na parte administrativa da base do exército em Seatle e eu continuava com meu emprego no hospital.

Jeremy, com seus 18 anos, era um menino muito bonito, com seus 1.80 de altura, como seus cabelos castanhos que no momento se encontravam compridos e seus olhos azuis que saltavam em contraste com sua pele clara. Meu filho estava ali para despedir da família, pois a partir de janeiro estava indo para faculdade, cursar Relações Exteriores, para ser um diplomata.

Meu menino era extremamente inteligente e ao nos comunicar sobre sua decisão de ser diplomata, Edward e eu não poderíamos estar mais orgulhos. Porém, ter meu bebê longe e sozinho estava me matando!

Ella, com 3 anos era um anjinho. Edward havia me proibido de cortar os cabelos de nossa filha, que agora os tinha presos em um enorme trança embutida. Mas quando soltos, batiam no meio de suas pequeninas costas, como uma cascata de fogo com as pontas cacheadas. Os olhos de nossa filha possuíam o mesmo brilho estranhamente familiar de Edward e Jasper.

– Eu não tenho culpa se você é extremamente gostosa senhora Cullen... – sussurrou Edward em meu ouvido, depositando uma mordida e um beijo em meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse.

Jesus! De onde aquele homem tinha brotado?!

– Pai! Ew! Mais respeito por favor! Ela é minha mãe caramba! – disse Jeremy saindo do carro carregando em seu colo nossa Ella, que nos olhava de forma arteira.

– Sossega Edward! – disse batendo no braço de meu marido, que me lançava um de seus sorrisos tortos matadores – Que coisa... Homem insaciável...

Então eu virei para dentro do carro mais uma vez e soltei o cinto de segurança das duas cadeirinhas de bebê que ali se encontravam. Nelas estavam os meus dois presentes de 12 anos de casados. A quatro meses eu havia dado a luz às minhas gêmeas, lindas e tranquilas: Audrey e Brooke. Ao contrário de Ella, as duas eram minha cópia fiel, com cabelos castanhos e olhos castanhos chocolates, para a completa alegria de Edward.

Allie e Rosie viviam brincando comigo dizendo que eu era uma vadia sortuda pois toda a energia interminável dos Cullen estava concentrada em seus filhos, enquanto os meus eram calmos e tranquilos.

Peguei Audrey e a coloquei nos braços do pai, que logo a embrulhou mais, para que não pegasse o frio vento de dezembro. Edward deu um de seus sorrisos de pai babão, fazendo-me sorrir. Logo depois peguei Brooke, fazendo o mesmo com ela.

– Porra amor! Três meses... Sabe o que são três meses sem você? E você estava rebolando nesse seu vestido indecente... Não me aguentei! – disse Edward beijando meu pescoço mais uma vez, fazendo-me rir.

– O vestido não tem nada demais Edward. – disse revirando meus olhos.

– Você já estando dentro de um vestido já o faz ser indecente Bella... – respondeu-me ele beijando meu pescoço mais uma vez.

– Você é um tarado! Eu estava de resguardo...

– Sou tarado em você baby! – respondeu-me ele, dando-me um selinho. – E eu adoro te engravidar... – completou lançando-me um de seus irresistíveis sorrisos tortos que me deixavam com as pernas bambas...

– Ah chega de melação vocês dois! Vocês estão quase se comendo com os olhos na frente de minhas princesas... – disse Emm já arrancando Brooke de meus braços, não antes de me dar um beijo no rosto e piscar o olho pra mim. Logo Jazz apareceu também, repetindo o gesto de Emm e arrancando Audrey dos braços de Edward, nos cumprimentando também.

Entramos na grande casa de meus padrinhos/sogros e Edward e eu tiramos nossos casacos e luvas. Enquanto terminava de tirar meu casaco, senti meu marido me abraçando por trás.

– Não vou conseguir manter minhas mãos longe de você essa noite baby...

– Tarado!

Sorri para ele e selei nossos lábios rapidamente e sai de seus braços seguindo até a sala onde meu pai e Tio Carlisle disputavam a atenção de Audrey e Brooke com Emm e Jazz. Jeremy estava sendo esmagado pelos braços de minha mãe e Tia Esme, e Ella estava no colo de Rosie e sorria para Allie que lhe contava alguma coisa, enquanto Sophie, Zóe e Peter riam para a prima. Cumprimentei a todos e logo fui atrás de meus sobrinhos mais velhos e minha linda afilhada.

Os três estavam na antiga sala de música de Edward, e a cena era cômica: os três estavam com cara de poucos amigos enquanto digitavam em seus celulares. Eles haviam falado desse Natal a semana toda, nas falas de Allie e Rosie que Alyssa estava doida para conversar comigo e Rob e Théo loucos para conversarem com o tio. Além disso, eles queriam ver Jeremy, que havia se tornado o primo que sempre acobertava os três.

Tínhamos uma relação muito carinhosa e cumplice com nossos sobrinhos e nossa afilhada. Por conta das gêmeas eu os tinha visto pouco nos últimos seis meses, e estava morrendo de saudades deles.

– Toc toc! – brinquei batendo na porta.

– Dinha! – disse animadamente Alyssa.

– Tia Linda! – gritaram animados Rob e Théo. Apesar de serem bem grandes e já saberem que realmente o meu nome era Bella, meus lindos afilhados não tinham perdido o costume de me chamarem de Tia Linda, e eu adorava aquilo!

Então os três vieram em disparada me abraçarem e eu tive vontade de ter braços maiores para poder abraçar a todos da mesma forma. Beijei cada um intermináveis vezes, e depois dos amassos e abraços iniciais, agora estávamos sentados no sofá de couro negro da sala de música, com Alyssa ao meu lado direito, Rob do meu lado esquerdo e Théo sentado á minha frente. Eles me contavam de tudo e mais um pouco até que fomos interrompidos.

– Ahá! Achei vocês! – brincou Edward.

Então logo eles se jogavam nos braços do padrinho/tio assim como tinham feito comigo e em menos de três segundos depois, Rob e Théo carregavam Edward da sala, enquanto Alyssa se sentava ao meu lado novamente, parecendo encabulada.

– O que foi princesa? Sabe que você pode falar sobre qualquer coisa comigo não sabe?

Alyssa acenou com a cabeça de forma afirmativa, mas nada falou. Vendo que aquilo seria difícil para ela, puxei seu rosto que estava abaixado para que olhasse em meus olhos.

– O que foi meu amor?

– Dinha... – então a torneira estava aberta! Alyssa chorou e me contou que estava de namorinho com um amigo da escola, só que seu pai, aquele ciumento, a estava proibindo de ver o menino. Ela até mesmo não estava conversando com ele por conta, de acordo com suas palavras, seu ciúme irracional e idiota. Minha afilhada estava me implorando para conversar com seu pai e eu prometi que faria quilo, não naquela noite, pois afinal era a ceia de Natal, mas que não passaria do dia seguinte.

Também disse a ela para que entendesse o lado do pai, afinal ter uma filha linda como ela era uma responsabilidade e ele queria que ela fosse feliz, e a queria proteger daqueles que quisessem magoá-la ou fazer mal. Minha afilhada ficou pensativa por alguns instantes, absorvendo minhas palavras.

Alyssa se recuperou, depois de termos ido ao banheiro e eu a ajudado a retocar sua maquiagem, finalmente descemos até a sala, onde vi que Edward já estava e que todos só nos esperavam, para iniciarmos o jantar.

Conversamos, brincamos e passamos um ótimo Natal em família. Após a ceia, todos nós nos encontrávamos na sala. Zóe, Peter, Sophie, Ella, Brooke e Audrey encontravam-se adormecidos em um grande colchão inflável que havíamos colocado ali na sala de estar.

Jeremy estava sentado entre Rob e Théo e eles conversavam animadamente sobre garotas da faculdade e festas, o que me fez revirar meus olhos.

Alyssa estava abraçada ao seu pai, com o qual não estava falando até nós conversamos, e ele e Allie conversavam com a filha de forma carinhosa. Eu, Edward, meus pais, meus padrinhos, Emm e Rosie bebíamos um vinho e conversávamos sobre aquele ano quando fomos interrompidos por Alyssa.

– Dinha, mamãe estava me falando que você tem muito tempo que não canta... Canta pra gente?

Sorri para minha afilhada e me levantei. Peguei o violão velho de Edward que estava por ali perto, já que meu marido mais cedo tinha cantado uma música para que nossas filhas e nossos sobrinhos dormissem.

Sorri mais uma vez para minha família e comecei a dedilhar a música.

https://www.youtube.com/watch?v=wratYG6H-B4

Have Yourself a Merry Little Christmas (Cover) by Daniela Andrade

Have yourself a merry little Christmas (Que você tenha um feliz pequeno Natal)
Let your heart be light (Deixe que seu coração seja iluminado)
From now on (Daqui em diante)
Our troubles will be out of sight (Nossos problemas estarão fora da vista)

Pisquei um olho para Alyssa e continuei:

Have yourself a merry little Christmas (Que você tenha um feliz pequeno Natal)
Make the utile gay (Deixe a época natalina alegre)
From now on our troubles will be miles away (Daqui em diante nossos problemas estarão bem longe)
Here we are as in olden days (Aqui estamos nós, como nos velhos tempos)
Happy golden days of yours (Feliz dias dourados que se foram)
Faithful friends who are dear to us (Velhos amigos que são queridos para nós)
Gather near to us (Reunidos junto a nós)
Once more (Mais uma vez)

Quando cantei essa parte sorri para minha família...


Through the years we all will be together (Ao longo dos anos nós todos estaremos juntos)
If the faiths allow (Se o destino permitir)
Until then we have to muddle through somehow (Pendure uma estrela brilhante sobre o galho mais alto)
And have yourself a merry little Christmas (E que você tenha um feliz Natal)
have yourself a merry little Christmas (Que você tenha um feliz Natal)
have yourself a merry little Christmas night (Que você tenha uma feliz pequena noite de Natal)

Ao terminar todos me aplaudiram e sorri ao ver que minha mãe e Tia Esme tinham lágrimas nos olhos.

Guardei o violão e vi de relance que começava a nevar. Mas não era a nevasca de mais cedo. Era uma neve que caia calmamente.

Peguei minha taça de vinho e fui até a grande janela na sala de Tia Esme. Senti segundos depois a presença de meu marido ao meu lado, e me virei em sua direção sorrindo.

– Você é linda sabia? – perguntou-me ele.

– E você é muito galanteador sabia?

Sorri mais para meu marido e me aproximei, selando nossos lábios, beijando-o de forma lenta e apaixonada. Quando nos separamos Edward fez um carinho em meu rosto e beijou meu nariz de forma carinhosa e depois novamente meus lábios, com um selinho delicado.

– Obrigado por essa família linda que você me deu Bella... Obrigado por não ter desistido de mim... Sem você eu não teria sido nada... – sorri como boba para Edward e beijei seus lábios mais uma vez.
Quando nos separamos pedi para que ele me fitasse com suas lindas esmeraldas.

– Eu não teria feito nada diferente do que eu fiz... Minha vida só é maravilhosa dessa forma, eu tenho esses filhos maravilhosos porque eu tenho um marido maravilhoso que sempre ficou ao meu lado... Na alegria e na tristeza Edward...

– Na saúde e na doença...

– Enquanto vivermos... – terminei, abraçando meu marido fortemente, sendo abraçada da mesma forma por ele.

Sem o amor, a confiança e o companheirismo eu e Edward nunca teríamos conseguido superar os traumas que vivemos em nossas vidas. E hoje, ao seu lado eu era muito mais forte. E tudo que eu queria de Natal, era tê-lo ao meu lado, junto com nossos filhos e nossa família.


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Notas finais do capítulo

AI.MEU.DEUS!

Eu disse à vocês que tava lindo!
Foi muito bom escrever esse bônus pra vocês!

Peço desculpas pela demora nas postagens, mas eu ainda tenho uma vida fora das fics, que está bem atribulada, mas eu tento...

Espero que tenham gostado!

Não deixem de comentar!

Beijos, e até a próxima história!
;*



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