Orgulho e Preconceito - Continuação escrita por Miss Luh


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, é muito bom saber que gostam dessa fic e aqui esta um cap novinho kk Desfrutem!



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Cap. 8

Elizabeth andava bastante ansiosa para seu casamento, e esperava uma carta de mr.Darcy há cerca de dois dias, mas nada havia sido entregue. Isso vinha a frustrando há dias e a deixado bastante desapontada, queria ter notícias, saber de alguma coisa relativo a mr.Darcy, mas não recebeu nada. Vinha perguntando frequentemente a algum criado se tinham entregado alguma carta nesses dias, mas nenhuma resposta satisfatória, o que a deixava frustada, e se perguntava o por quê desse silencio por parte do noivo. Será que alguém havia dito alguma coisa a seu respeito para mr.Darcy? , se perguntou Elizabeth. Ela ainda se culpava por não ter dito nada nas cartas que havia enviado sobre mr.Lewis. Mas esse era um assunto que deveria ser tratado pessoalmente, ela não saberia como relatar isso ao escrever, e prolongou esse assunto até agora. Depois daquele dia que ela havia praticamente expulsado mr.Lewis de sua vida, ele não ousou aparecer tanto pela cidade, e Elizabeth se sentia aliviada por esse sumiço, mas ainda sentia que algo estava acontecendo. Decidiu que deveria compartilhar suas inquietudes e lamentações com Jane, e pediu a permissão de seu pai para ir até Netherfield, que foi facilmente concedida por mr.Bennet, que estava mais concentrado no livros do que na conversa, e Elizabeth entrou na carruagem, com a esperança de que saísse de Netherfield reconfortada e mais animada. Nesse tempo livre que vinha tendo, tentava melhorar suas habilidades artísticas, mas não conseguia se concentrar. Um dia quase furou o dedo com a agulha ao costurar, desafinava demais no piano, e nunca tinha nenhuma inspiração para pintar, e logo notou que desenho não era seu forte. Ela nunca tinha feito uma pintura aceitável e sempre se jugava com a tinta. Até mesmo seu pai tinha se espantado com a filha, que andava nervosa e quase sempre confinada dentro de casa, com receio de se encontrar com mr.Lewis pela cidade e ter de aguentar suas provocações e galanteios, e se sentiria ainda mais culpada e confusa pelo seu silencio a respeito desse assunto.

Depois de poucos minutos, avistou a bela propriedade Netherfield. Parecia não ter mudado quase nada depois de tantos dias, mas Elizabeth não aguentava de tantas saudades da irmã. Ao entrar na mansão, Elizabeth notou moveis diferentes e colocados em lugares menos chamativos e mais reservados. Algumas coisas pareciam novas, e os demais tinham mudado de lugar. Netherfield certamente havia se adequado a nova senhora. Depois de admirar tanto, Elizabeth nem notou que o criado a havia deixado sozinha na sala, mas depois de poucos segundos, avistou mr.Bingley indo sorridente recebe-la. Achou estranho não ver sua irmã seguindo logo depois, mas depois que mr.Bingley lhe pediu para se sentar queria muito saber onde estava sua irmã.

– Miss Elizabeth, fico contente que tenha vindo nos fazer uma visita, mas receio que Jane não esta. – disse mr.Bingley, o que frustrou Elizabeth. Ela desejava falar com Jane e buscar algum conselho que a deixasse tranquila, mas teria que adiar um pouco essa ideia .

Ao ver o desapontamento e frustação evidentes no rosto de Elizabeth, mr.Bingley tratou de explicar melhor e tentar ser uma companhia agradável para a cunhada.

– Mas, não se preocupe, miss Elizabeth, tenho certeza absoluta de que minha esposa voltará logo. Nossa governanta foi a cidade, e Jane queria muito sair um pouco de casa e decidiu acompanha-la. – disse mr.Bingley, esclarecendo a saída repentina de mrs.Bingley.

– E qual a razão do senhor não ter ido, mr.Bingley? Pensei que adorasse o ar livre e gostaria de ficar perto de mrs.Bingley nos primeiros meses de casados, como é comum de um casal. – disse Elizabeth.

– Sim, obviamente eu adoro o ar livre, mas estou esperando uma visita de um amigo e tive que ficar, afinal o conheço há tanto tempo que seria uma extrema falta de educação deixar um parente esperando. – disse mr.Bingley , entretido com a conversa, e tentando ser o mais amigável.

Elizabeth se mostrou confusa e não sabia quem era essa visita, mas temia e odiava a ideia que pudesse ser quem estava pensando. Em meio a esses pensamentos, o criado anunciou uma visita.

– Senhor, senhorita. – reverenciou um criado ao entrar a sala. – Mr. Lewis. – anunciou ele, saindo e no instante, mr.Lewis apareceu, e não pode esconder a surpresa ao ver Elizabeth ali.

Os dois reverenciaram mr.Lewis, que entrou e rapidamente cumprimentou mr.Bingley com um abraço divertido e se sentou ao lado de Elizabeth, cumprimentando-a silenciosamente, e iniciando uma conversa divertida com mr.Bingley.

– Então, Bingley, como esta sua esposa? Creio que ela não deve estar em casa. – concluiu mr.Lewis.

– Sim, ela esta ótima, só que quis sair com a governanta até a cidade a pouco, estava cansada de ficar por esses campos, e resolveu visitar a cidade. – respondeu mr.Bingley. – Miss Elizabeth veio visita-la mas não a encontrou em casa.

– É uma pena, sua esposa é uma companhia muito agradável, e lamento por minha visita ter atrapalhado seus possíveis planos de acompanha-las. – disse mr.Lewis, mostrando-se triste por ter aparentemente se tornado uma companhia dispensável.

– Não, você esta enganado. Aprecio ter a companhia de alguém como um irmão para mim e fico contente de saber que você quis ficar uns dias mais por aqui, isso me agradou muito, primo. – sorriu Bingley, tratando mr.Lewis como se fosse um irmão mais novo, deixando Elizabeth com uma vontade de rir. Se mr.Bingley achava que era como um irmão mais velho para mr.Lewis, então mr.Bingley deveria prestar mais atenção nele, já que ambos tinham modos muito distintos e totalmente contraditórios para simples parentes.

– Decidi ficar por que faz muito tempo que não passo um tempo na Inglaterra, e esse lugar me agradou muito. Sabe que sempre gostei do campo e encontrei companhias muito agradáveis e divertidas. – disse mr.Lewis, mas não olhava para Elizabeth, concentrado na conversa com Bingley, que sorriu ainda mais ao constatar isso.

– É mesmo? Quase nunca o vejo em companhia de amigos já que viaja muito. Eu conheço? – perguntou mr.Bingley.

–Deve, por certo conhecer, os Lucas são muito gentis e amigáveis, fiquei bastante entretido com suas conversas.

– De fato, conversava bastante com eles quando cheguei em Hertfordshire, mas desde que me casei, não tive tempo de visita-los com tanta frequência, o que me lembra de fazer uma visita a eles, são muito hospitaleiros e jamais esquecerei de sua amabilidade. E como vai sua família, miss Elizabeth?

Elizabeth estava tão distraída que não prestava atenção na conversa, perdida em seus próprios pensamentos, sendo pega de surpresa por ter recebido uma pergunta, e notou que ambos a olhavam esperando uma resposta.

– Estão muito bem. Quase nada mudou por lá, só que tudo parece diferente com Jane e Lydia casadas, parece que a família diminuiu tanto. – riu Elizabeth, sendo acompanhada por mr.Bingley.

– A senhorita tem outra irmã, miss Elizabeth? – perguntou mr.Lewis, educado e Elizabeth se sentiu surpresa pela sua educação. Não sabia se era por estar na presença de mr.Bingley ou se tivesse perdido o total interesse nela, mas tinha que admitir que a segunda suposição a deixava muito mais atraída.

– Sim, tenho quatro irmãs. Minha irmã mais nova, Lydia, se mudou com o marido, mr.Wickham, não faz muito tempo. Ela tem 16 anos. – disse Elizabeth.

– Nossa, ela é muito jovem, casou-se muito cedo. É uma coincidência que todas suas irmãs estão se casando nessa época do ano. A propósito no que seu cunhado trabalha? –perguntou mr.Lewis.

– Ele é um oficial. – disse Elizabeth secamente.

– Por certo ele dará uma vida confortável a sua irmã. – disse mr.Lewis. – A senhorita também terá uma vida confortável ao se casar com mr.Darcy, a julgar pela sua enorme riqueza e por sua vida de luxos, é muito sortuda.

Mr.Bingley ficou constrangido com o que o primo havia dito, e lançou um olhar para Elizabeth como se pedisse desculpas. Quanto a Elizabeth, esta ficou ligeiramente ofendida, como se mr.Lewis estivesse afirmando que seu casamento com mr.Darcy era por puro interesse, considerando que ele era rico e dono de muitas propriedades, mas decidiu não dar importância. Mr.Lewis estava diferente, mas isso não impedia de quase todas as vezes ser inconveniente a sua maneira, de forma ligeira e oculta que só os mais conhecidos percebiam tão facilmente.

– Sou sortuda por me casar com um homem responsável e generoso como mr.Darcy, mas sua fortuna não é algo importante na minha visão. Sei que todas as mulheres tem que pensar em sua condição social ao realizar um bom casamento, mas confesso que a fortuna nunca foi um objetivo. Não adiante se casar com um homem ruim sem amor, a probabilidade de infelicidade é grande. Jamais faria algo assim só por riqueza, não sou uma mulher ambiciosa. – disse Elizabeth

– Lewis, meu amigo Darcy é muito detalhista e sempre montou em sua mente o ideal de mulher perfeita, ele é um homem inteligente. Mas parece que quando conheceu Elizabeth se deu conta que não é preciso uma mulher ser perfeita para ganhar seu afeto e admiração. Nunca pensei que Darcy poderia encontrar tal mulher, e eu estava totalmente certo, mas eis que surge Elizabeth e de uma forma inevitável, e não sei como, se apaixonam. Ele teve sorte de ter uma noiva como miss Elizabeth, conheço minha cunhada. – defendeu mr.Bingley, o que deixou mr.Lewis surpreso e pensativo.

Depois de demorados segundos analisando todas aquelas afirmações, mr.Lewis apenas se surpreendeu. Decidiu por fim, terminar o assunto antes que este mesmo terminasse como ele não desejaria.

– Então mr.Darcy, é suponho, uma vítima do amor. – disse mr.Lewis, sorrindo para mr.Bingley e Elizabeth, recuperando o seu antigo humor tentando não provocar a desconfiança em mr.Bingley, que já parecia incrédulo com as afirmações do primo, como se não o reconhecesse.

– Eu não acho que amor é uma fatalidade, mr.Lewis , ao contrário, penso que é um privilégio sentir um sentimento tão profundo que é capaz de nos mudar drasticamente, seja para melhor ou para pior. Para me acusar tão livremente, é pouco provável que já tenha conhecido tal sentimento. O senhor já sentiu isso? – perguntou Elizabeth, satisfeita por ter deixado mr.Lewis ainda mais surpreso pelas palavras dela e pensativo em sua resposta, já que era raro vê-lo desarmado, sendo que tinha todas as palavras na ponta da língua.

Mas a surpresa e excitação de mr.Lewis se converteu em algo como emoção e ao mesmo tempo incredulidade. Essa reação deixou Elizabeth um tanto desconcertada por ver um homem como ele tão manso e sensível, totalmente o contrário de seu caráter duvidoso e de seu comportamento irritante.

– Eu não sei. Mas temo que esteja começando a sentir. – disse mr.Lewis, olhando fortemente para ela, e Elizabeth notou um tom de medo e emoção em sua voz, deixando-a confusa e espantada, mas tinha certeza que desta vez, ou pela primeira vez, ele estava sendo sincero, e ela mesmo sentia um terrível pavor nesse momento pelo que passava em sua cabeça a respeito do que ele havia dito.

– Só espero que não seja por minha noiva esse afeto oculto, mr.Lewis. – afirmou uma voz conhecida. Elizabeth ao olhar para cima, se esqueceu de tudo ao redor e a felicidade se espalhou de uma forma tão rápida pelo seu rosto que não impediu-se de sorrir.


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Notas finais do capítulo

Bom, gente espero que tenham gostado. Prometo que vou responder os comentarios a partir de agora, ok e comentem esse cap! Pfvrrr