Temporits Actis escrita por Krika Haruno


Capítulo 31
Superbia In Praelia




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/57271/chapter/31

Sala do Dilúvio...

Depois de congelar Kárdia, Kamus foi ate eles, Dégel e Miro despertavam.

— Você está bem Dégel? – indagou ajudando-o a levantar.

— Estou.... e você? – fitou os ferimentos dele. – também lutou contra ele?

— Sim.

— Fico feliz que estejam bem. – disse Miro aproximando trazendo vários ferimentos. – e que... – parou de falar. Tanto ele quanto os dois aquarianos olharam para cima. – esse cosmo....

— Aconteceu alguma coisa com o Dohko. – disse Dégel.

— Então a luta acabou. – Kamus abaixou o olhar. – é sinal que Shion voltou ao normal.

— O que quer dizer? – Dégel o fitou assustado.

— Ou Shion matou o Dohko, ou ele se matou para ajudá-lo.

— Não é possível...

— Cadê o Kárdia? – indagou Miro, preocupado que o companheiro tivesse o mesmo fim.

Kamus abaixou o rosto. Deixando os outros dois apreensivos.

— Você o matou? – Miro arregalou os olhos.

— Claro que não.

— E onde ele está? – Dégel estava preocupado.

O dourado apenas desviou o olhar. Dégel acompanhou ficando perplexo ao ver um esquife de gelo no meio do salão.

— O que você fez?

— O prendi. Ate conseguirmos uma forma de extrair o sangue de Pontos era a única maneira de pará-lo.

— Sangue de Pontos?

— Sim Miro. Pontos injetou ikhor nele. E temo pelas conseqüências.

— Que conseqüências? – Dégel não sabia se ficava preocupado por vê-lo preso, ou pelo tal sangue.

— O coração pode não agüentar.

— Talvez tenha sido melhor mesmo... – disse Miro fitando o amigo de signo. – então precisamos chegar ate Pontos para salva-lo.

— Sim. Espero que me perdoe Dégel.

— Eu sei que fez o melhor. Então vamos.

Estavam prestes a sair quando.... pararam assustados. Um grande cosmo começou a preencher a sala, e a medida que o cosmo aumentava, a sensação de calor elevava. Olharam imediatamente para o esquife. Saia dele um vapor.

— Não é possível... – murmurou Kamus.

A sala foi preenchida por uma grande quantidade de vapor, o chão estava molhado.

— Muito bem Kamus.

Ele assustou com a voz.

— Como...?

— Foi um excelente teste para o meu coração. Ele bateu como nunca a ponto de derreter sua geleira.

— Kárdia...? – Miro o fitou pasmo.

O escorpião surgiu em meio ao vapor.

— Em outras épocas eu não suportaria esforço tão grande, mas agora... – levou a mão ao peito. – ele pode bater ao maximo.

Ainda pasmos nem perceberam que o escorpião sumiu de suas vistas, quando deram por si, Kárdia apareceu diante de Miro dando lhe um soco no estomago, em alta velocidade, apareceu diante de Dégel dando-lhe um no queixo. Indo por trás socou lhe as costas, antes de ir ao chão o pegou pelo braço jogando-o contra Miro. Os dois cavaleiros chocaram-se e antes que batessem contra uma parede, o cavaleiro surgiu por baixo e socando Miro lançou-os para cima. Dégel sofreu maior impacto, pois acabou amortecendo o escorpião. Caíram violentamente no chão. Kamus tentou esboçar alguma reação, mas foi pego pelo braço, sendo lançado contra uma parede.    

— Kárdia... – Dégel jogou seu corpo para o lado saindo de cima de Miro.

— Ainda está vivo?

— Me diga... – virou o corpo, ficando de barriga para baixo. – por que fez isso?

— Deveria saber melhor do que ninguém Dégel.

— Você é um bom cavaleiro, não precisa do sangue titã.

— Preciso. Nunca tive a oportunidade de usar meu cosmo ao maximo. Agora eu tenho.

— Está errado Kárdia.

O escorpião sorriu e lentamente caminhava ate o aquariano.

— Sabe Dégel. – agachou diante dele. – você não me entende porque seu coração sempre foi forte. Não dependia dos outros para esfriá-lo. Não sabe como é ruim depender.

—  Sabe que nunca importei com isso. Sempre que precisasse estaria ao seu lado.

— Mas uma hora cansa, alem do mais não quero a sua compaixão.

— Eu não tenho dó de você...

— Eu sei que tem. Mas agora isso não importa mais, posso me sustentar sozinho sem a ajuda de ninguém. E nem adianta tentar me parar.

— Então vai ter que me matar.

— Não queria que as coisas chegassem a esse ponto mas... – sem se importar, Kárdia pegou o aquariano pelos cabelos erguendo-o. – se tiver que eliminá-lo vou fazê-lo.

— Kárdia...? Eu pensei que nós...

— Éramos amigos? – gargalhou. – você só ficava perto de mim porque Sage o mandou. Seria mais fácil me vigiar, se eu pensasse que era meu amigo.

— Não é verdade. Sempre te considerei meu amigo.

— Mentira... – deu um sorriso desdenhoso. – você sempre me considerou um estorvo.

Sem dizer mais nada, Kárdia apontou sua unha para ele, disparando mais duas agulhas.

Depois de fazer isso jogou o aquariano longe.

— Sempre me considerou um estorvo. – levantou.

Kamus abriu lentamente os olhos, apesar de estar caído ouvia atentamente a conversa.

— Kárdia...

O escorpião sentiu alguém segura-lo pela perna: era Miro.

— Está vivo?

— Pode suspeitar de qualquer pessoa de menos de Dégel. – o fitou. – ele sim é seu amigo.

— Não me amole. – deu-lhe um chute. – de você cuido depois.

O cavaleiro voltou a atenção para o aquariano do passado, ele tentava se levantar, mas as doze agulhadas entorpeciam seu corpo, teve que escorar na parede para permanecer de pé.

— Faltam apenas duas agulhas antes de receber a Antares. – o cosmo aumentava. – será divertido se eu usar antes ... – sorriu. –  a agulha incandescente.

O escorpião disparou, o ferindo –o no ombro. Os treze pontos começaram a brilhar e o cavaleiro sentiu seu sangue esquentar.

— Agora vai saber como eu me sinto.

— Pare Kárdia... – a voz de Kamus saiu tão baixa que nem foi ouvido. – vai matá-lo...

Dégel suava, a temperatura de seu corpo subia rapidamente, mesmo deixando ar frio escapar sentia os efeitos do ataque de Kárdia.

— “Então é assim que ele se sente?” – pensou fitando o amigo.

— “Dégel... ele não vai agüentar.” – Kamus começava a se levantar, com um fraco cosmo o envolvendo, mas que queimava de maneira constante. – “ não posso deixá-lo morrer.”

— A décima quarta agulha. – Kárdia apontou para ele.

Kárdia disparou, o aquariano não conseguindo se mexer apenas fechou os olhos a espera do ataque. Segundos depois o abriu-os ficando surpreso ao ver uma armadura dourada na sua frente.

— Kamus... – murmurou os três.

O francês estava diante dele, tendo o corpo coberto pela armadura de Aquário.

— Você está bem Dégel?

— Sim... mas você...

Apesar de está com a armadura, Kamus recebeu a agulha na altura do peito e somado as outras que tinha foi de joelhos ao chão. Todas sangravam.

— Kamus! – Miro arrastava a ele.

— Kamus. – Dégel o amparou. – você esta bem?

— Estou... – mal acabou de falar, um filete de sangue desceu pela boca.

— Kárdia seu desgraçado. – Miro levantou. – não vou te perdoar por isso. – o cosmo  começou a elevar principalmente quando viu Kamus indo ao chão. – Tempestade Escarlate! – tomou a forma de um Escorpião.

Uma forte ventania, como num tornado, partiu em direção a Kárdia, em meio aos ventos descargas elétricas. Dégel olhou assustado para o Escorpião do futuro, não imaginava que ele tivesse tal poder. Kárdia ainda tentou se defender, achando se tratar de um ataque banal contudo foi atingido em cheio batendo violentamente contra o teto e depois indo ao chão.

Sala da Mãe dos Deuses

— Que historia é essa de ikhor? – Manigold fitou Giovanni.

— É o sangue dos titãs. – não tirou o olhar do grande mestre. – temos problemas.

— Já sei. – socou a própria mão. – mas vou livrá-lo desse feitiço custe o que custar. – começava a elevar seu cosmo quando... – esse cosmo...

— Dohko?! – MM arregalou os olhos. – não é possível que...

— Caspita. – cerrou o punho. – primeiro aquele esquisito do Deuteros, agora Dohko. Desse jeito....

— Não tenho escolha. - MM estralou os dedos.
O italiano partiu para cima de Sage desferindo uma série de chute e socos, o grande mestre desviava com destreza. Sage passou a atacar, MM tentava se defender, mas o mestre era muito rápido não o dando chance de contra ataque. Para arrematar a seqüência de golpes, o lemuriano deu-lhe um soco. O canceriano recuou um pouco colocando a mão na barriga. Devido à dor caiu de joelhos cuspindo sangue no chão.
— Giovanni! - gritou Manigold. - droga... - cerrou o punho.
Manigold avançou sobre seu mestre, Sage não teve dificuldade em detê-lo fazendo o mesmo no discípulo. O cavaleiro caiu perto do dourado.
— Vocês são fracos. - elevou o cosmo. Apareceram dezenas de luzes azuis que eram as almas. – Chamas demoníacas azuis.
O ataque partiu na direção dos dois, que impossibilitados de fazerem algo receberam o golpe diretamente. Sage aproximou-se de Manigold que continuava caído.
 - Manigold.
O canceriano abriu os olhos, fitando intensamente seu mestre. Sage agachou encostando o dedo indicador direito no peito do pupilo.
— Seikishiki mekai ha.
Ele arregalou os olhos, sentiu uma forte dor vinda do peito, como se seu corpo estivesse sendo rasgado.
— "Minha alma."
Mani viu-se afastando-se de seu corpo.
— Manigold! - gritou MM.
Sage apenas fitou o canceriano do passado.
— Eu cuido de você mais tarde. - lançou lhe um ataque e em seguida sumiu.
Giovanni conseguiu desviar do ataque, mas não a tempo de impedir que Sage fosse para  o Yomotsu.
— Droga! - reunindo o pouco de cosmo que ainda tinha, levou sua alma para o Yomotsu Hirasaka

 

 

Sala do Relâmpago negro

Asmita sentia o corpo pesado, os duros anos de treinamento não adiantavam nada diante do poder do titã.

— “Ele é mais forte que pensei.” – ergueu um pouco rosto “fitando” o titã, seu rosto ficou surpreso. Céos trazia algo nas mãos. Rapidamente Asmita levou a mão ao pescoço. – “caiu.”

Reunindo forças ate então desconhecidas levantou, nem reparou que Shaka também se levantava.

— Largue isso Céos.

A voz dura do cavaleiro fez com que o deus o fitasse.

— Isto pertence a ti? – mostrou o objeto.

Shaka voltou a atenção para o objeto, tinha a sensação de já tê-lo visto.

— “ Se parece muito com a corrente que Marin usa... – olhou imediatamente para o cavaleiro. – Asmita... vocês..... – deu um leve sorriso.

— Mandei largar isso. – o cosmo aumentava, deixando os outros dois surpresos.

Sabendo que sua ordem não seria cumprida, Asmita disparou um ataque contra o deus, que continuou sem se mover. O ataque foi em cheio provocando uma forte explosão. Shaka ficou surpreso, aparentemente, o ataque havia sido fraco, mas...

Céos continuava na mesma posição contudo trazia um corte no rosto.

— “Não pensei que me causaria dano. Isso significa que... – fitou o pingente. – é importante para ele.” Vejo que isso lhe é caro, a ponto de deixá-lo mais forte. Por acaso tem haver com aquela mulher?

Asmita ficou em silencio.

— Pois muito bem. Se o queres de volta, vai ter que tira-lo de mim.

— Cretino. – Asmita estava prestes a avançar quando teve o braço retido por Shaka. – o que foi?

— Céos, - ignorou a expressão de Asmita, olhando para o deus. – qual é o objetivo de vocês? Querem apenas restaurar a Era titânica na Terra?

— Sim. Chronos irá despertar.

— E o que significou a morte de Iapeto?

— É apenas passageira, em breve ele será revivido.

— Quem lhe disse isso?

— Pontos.

Shaka silenciou-se. Aquilo era muito estranho. Céos não sabia o desfecho da luta anterior e ainda a morte de Iapeto diante dos olhares de Pontos era no mínimo, suspeito.

— Vamos atacar juntos. – disse ao companheiro de signo.

Começaram a elevar seus cosmos. Céos estava em silencio meditando, também começava a achar que a morte de Iapeto trazia algumas implicações e que não só ele, mas como Temis e Créos poderiam está em perigo.

— “Preciso acabar logo com isso.”

Elevou seu cosmo, mas não foi como anteriormente, sua energia aumentava rapidamente fazendo os dois virginianos ficarem surpresos.

— O cosmo dele... – murmurou Asmita.

— Ele é muito mais forte que Iapeto.

Asmita pegou-se imaginando se ele usasse todo esse poder contra o santuário, não sobraria nada.

— “Marin.”

Deixando-os ainda mais surpresos, o cosmo de Céos aumentou ainda mais, o chão começou a tremer, as paredes da sala rachavam.

— Ebony Rapier!

Ao contrario dos outros ataques, esse partiu numa velocidade ainda maior, o barulho dos raios espalhando-se pela sala era ensurdecedor.

— Asmita! Agora! Rendição divina!

Soltaram seus ataques, a quantidade de energia era absurda, ao se chocarem no meio provocaram um forte estrondo. Houve certo equilíbrio contudo...

— Ebony Gale!

Uma nova onda de energia juntou-se a já lançada por Céos, Shaka e Asmita tentaram se proteger com suas barreiras mas foram acertados indo ao chão.

Com dificuldades Shaka levantou. Sabia que Céos estava muito mais forte, mas não imaginava que fosse tanto. Não pensou que o ferimento feito por Créos mais a energia gasta no  "Atena Exclamation" o tivesse atingido tanto. Somado a isso o despreparo de Asmita. Ele era forte, mas ainda não conseguia usar todo o seu poder.
— "Temos que atacar sempre juntos." - era a única solução. - Asmita.
Olhou para o lado o cavaleiro levantava lentamente trazendo vários ferimentos.
— Precisamos continuar atacando.
— Entendi. - respondeu limpado um filete de sangue que escorria pela boca, mas de olhos fixos na corrente na mão do titã. - vou tentar distraí-lo.
— Ilusões não funcionam com ele.
— Mas pode distraí-lo o suficiente para você atacá-lo.
— Tem razão.
Asmita sentou no chão assumindo a forma de meditação, seu cosmo começou a fluir, enquanto isso Shaka afastou-se para que Céos "esquecesse" dele.
— Pretendes atacar novamente? - indagou Céos.
A resposta do cavaleiro foi a troca da sala por um ambiente inóspito. O chão não continha plantação e o céu era tingido de vermelho. Céos conhecia muito bem aquele lugar.
— Tártaro... - saiu de sua boca. - tua ilusão é perfeita Asmita. Aquele lugar é assim mesmo.
— Não é uma ilusão. - disse. - realmente estamos no Tártaro. Quis facilitar as coisas. - tentava convencê-lo.
— Interessante. E o que mais podes fazer? - ele mostrava-se concentrado em Asmita, mas não havia perdido Shaka de vista.
— Verá. - deu um sorriso. - ohm!
Seu cosmo expandiu-se, Céos esperou um ataque direto, mas ele não veio, ao invés, surgiram outras cenas e outras pessoas no cenário. Céos que mantinha a postura altiva a desfez ao ver quem eram a tais pessoas.
— Temis.... Créos...Iapeto... Pontos?! – estreitou os olhos.O deus tentou se mexer, contudo algo o prendia. Na imagem que se seguiu Temis e Créos estavam presos , Pontos estava próximo deles e lhes falava algo.Aproveitando da distração de Céos...- Rendição divina!O deus desviou o olhar para Shaka, apesar de elevar seu cosmo, o ataque do cavaleiro acabou  acertando-o, mas não foi um ferimento significativo.

 

 

Sala da Luz e do Fogo

 

Pontos apareceu diante deles.

— Bem vindos. – sorriu.

— Pontos... – Aioria cerrou o punho. – eu vou acabar com você.

— Não tenha pressa leonino. – voltou o olhar para Regulus passando a encará-lo. – ao contrario dos outros dois teu olhar não me é familiar. Realmente não sei o que aquela deusa pensa. Enfim...

— Onde escondeu as duas megas? – indagou Sísifo.

— Estão naqueles pequenos templos. – apontou para a varanda.  – se o garoto quiser pega-las... – sorriu.

— Não vamos cair na sua armadilha.

— Não é armadilha. As armas se encontram lá. Se ele conseguir pegar será suas.

Regulus não pensou duas vezes saindo correndo.

— Regulus pare! – gritou Sísifo.

— É a nossa chance mestre.

— É uma armadilha Regulus. – disse Aioria. – volte aqui.

— Confiem em mim.Não vou falhar na missão.

— Regulus... – murmurou Aioria.

Sísifo fitou o sobrinho. Durante todos esses anos tentou protegê-lo ao maximo, mas chegaria o dia que teria deixá-lo tomar suas próprias decisões, alem do mais ele precisava se tornar digno para usar a armadura de Leão.

— Boa sorte Regulus. – disse surpreendendo os dois leoninos. – tenha cuidado.

— Certo. – sorriu satisfeito. – vou voltar com as duas armas.

O garoto deu as costas saindo correndo. Pontos que o fitava deu um leve sorriso.

—“Interessante.” Agora que ele já se foi... podemos começar?

Regulus sentiu o vento sobre a face, olhando para baixo viu que estava há muitos metros acima do solo.

— “Vou conseguir.”

Parou ao sentir um fraco cosmo vindo de um dos pequenos templos.

— De qual deles vem esse cosmo? – olhava para a direita e para esquerda, mas demorou o olhar num a esquerda. – é aquele. As armas só podem está lá.

Sem hesitar dirigiu-se para lá. O interior do templo assemelhava-se ao interior de uma casa zodiacal.

— Onde elas....

Parou imediatamente, começou a sentir um cosmo aproximando-se de si. Tomou posição para uma possível defesa, mas desarmou ao ver algo brilhar sobre si. Presa no alto por correntes jazia uma das Megas.

— Encontrei.

Quando foi para dá um passo parou. O cosmo que sentira anteriormente estava bem próximo dele. Regulus tomou posição, seus olhos arregalaram ao ver o que parecia uma estatua gigante.

— O que é isso?

No interior da fortaleza....

— Que cosmo é esse? – Aioria fitou o local onde Regulus havia passado.

— É o protetor de uma das Megas. Tu conhece-o muito bem Aioria.

— Como?

— É um dos três guerreiros de Chronos: Nephritis Hoplisma.

— O que? – arregalou os olhos.

— O que é isso Aioria? – indagou Sísifo.

— Precisamos buscar Regulus. – disse simplesmente. – ele não vai conseguir.

— Certo.

Os dois tentaram se mover, mas não conseguiram.

— Não vão a parte alguma. Nossa luta ainda sequer começou. – Pontos sorriu.

 

 

Sala do Dilúvio

Kárdia foi ao chão.

— Pensei que você fosse diferente, - Miro caminhava ate ele. – mas tudo que lhe interessa é o poder, aceitou-se a aliar-se a Pontos unicamente por poder. Não se importando com os sentimentos de Dégel. – parou ao lado dele. A unha do indicador ficou vermelha. – não merece ser um cavaleiro de Atena. – apontou o dedo para ele. – vai receber Antares direto.

Quando Miro estava prestes a lançar teve seu braço retido.

— Dé-gel??

— Pare por favor. – a voz saiu baixa.

— Sei que o considera, mas ele a trocou por poder. Ainda mais... – fitou Kamus caído. – não vou perdoá-lo pelo que fez a você e a Kamus.

O jovem escorpião, começava a despertar, sentia o corpo doer, mas pouco se importava com isso. Lentamente virou o corpo ficando com a face virada para cima, vendo Dégel e Miro.

— Deixe-o Dégel...

Os dois o olharam.

— O que ele pode fazer...? É um fraco.

— Cretino! – Miro tentava se soltar mas o aquariano o segurava firme. – eu vou acabar com você.

— Você é um fraco. – disse.

— Pare Kárdia. – pediu o aquariano.

— Você e esse coração mole... – o olhou zombeiro. – isso vai levá-lo a ruína. Deu sorte por Kamus ter entrado na sua frente. – sorriu. – Alias isso é típico de vocês. Coração mole. Com amigos assim Miro, não tem porque se preocupar, eles sempre vão te salvar.

Dégel apenas o fitou. Kárdia continuou com o semblante zombeteiro contudo algo no olhar do aquariano o incomodava.

— Vá cuidar de Kamus, Miro. Eu vou lutar com ele.

— Mas... – o escorpião do futuro sabia que Dégel seria incapaz de fazer algo a Kárdia.

— Vá.

Mal acabou de falar sentiu uma dor profunda no estomago.

— Dégel! – Miro o fitava assustado.

Aproveitando-se Kárdia havia disparado a décima quarta agulha. O aquariano caiu de joelhos.

— Kárdia seu...

Miro não conseguiu se mexer. Algo paralisava.

— Eu lutarei com ele...- Dégel havia paralisado-o. – afaste-se.

Usando seu cosmo arrastou o grego para perto de Kamus para que ele não interrompesse e o paralisou.

— A cada dia que passa você me surpreende, cavaleiro de aquário. – Kárdia levantou. – pena que vai morrer. – o segurou pelo queixo fazendo-o encará-lo.

— Quer mesmo me matar?

— Sinta-se honrado, será o primeiro a morrer com o meu poder ao maximo, mal posso esperar para ver meu coração chegar ao limite.

— Esse sempre foi seu sonho não foi? – a voz saiu saudosa. – desde pequeno seu sonho era esse.

— Bem lembrando. Um sonho que realiza hoje.

— Tudo bem então. Ficarei feliz seu eu puder ajudar em alguma coisa.

— Como?? – indagaram-se ao mesmo tempo os dois escorpiões.

— Pode usar sua força em mim, não vou desviar. Você sempre quis testar seu limite e agora que pode não deve desperdiçar.

— Não disse que tem um  coração mole? – riu. – alem de nerd, é generoso. Você não muda não é?

Miro acompanhava o dialogo pasmo, não imaginava que Dégel faria aquilo.

— Ele perdeu a cabeça... – murmurou.

— Não...

— Kamus? Você esta bem?

— Estou... – firmou-se no amigo ficando de joelhos. – não reparou nas respostas de Kárdia? Apesar de tudo, ele guarda lembranças do passado. Ele nega, mas considera e muito o Dégel. Tudo que o aquariano esta fazendo é fazer que Kárdia esqueça essa busca de poder.

— E o que ele pretende fazer? Vai deixar que Kárdia o mate?

— Se isso o fizer voltar a si, vai.

— Loucura. Os dois são loucos.

— Não é.... – Kamus os fitava, lembrando-se de sua batalha nas doze casas.

— Eu não quero te matar ainda. – algo nos olhos de Dégel o incomodava. – quero me divertir um pouco. Que tal lembrarmos de quando treinávamos juntos? Você sempre conseguia me acertar, agora é a minha vez.

Sem pensar duas vezes, Kárdia o afastou usando seu cosmo. Dégel continuou caído, alem de não querer enfrentar o amigo, tinha os ferimentos que talhavam seus movimentos.

— Vou deixar a Antares para o final. – subiu sobre Dégel. – só vou bater um pouquinho em você.

Kárdia ergueu o punho, começando uma seqüência de socos no aquariano.

 

Sala do Julgamento

— Esperei por muito tempo este nosso encontro, então... – Temis elevou seu cosmo. – não perderemos tempo.

A deusa disparou um ataque contra eles.

— Vinha de Rosas.

Afrodite ergueu uma barreira para protegê-los, aproveitando Albafica avançou sobre ela disparando algumas rosas vermelhas. Temis desviou. Afrodite desfez a barreira e avançou, iniciando uma seqüência de ataques físicos. O pisciano do passado também  avançou sobre ela executando os mesmos movimentos. A deusa defendia e num dado momento os dois conseguiram acertá-la, um no rosto e outro na barriga.

— Humanos miseráveis! Como ousaram?

O cosmo dela explodiu lançando-os longe.

— Agora ela está brava.  – brincou Dite.

— Miseráveis! – sentiu um liquido quente descer pelo rosto. Era o local onde Afrodite havia acertado. – eu vou matá-lo por causa disso.

Temis partiu para cima do sueco, Albafica tentou ajudá-lo, mas a deusa o jogou longe.

— Brabeus Blade!

Dite foi acertado diretamente batendo de forma brusca em uma parede.

— Afrodite! – gritou Albafica.

— Não se preocupe es o próximo.

A titã apareceu diante dele dando-lhe um soco no estomago, indo para trás socou-lhe as costas e antes que ele fosse ao chão pegou-o pelo braço lançando-o contra Afrodite.

— Brabeus Talanton... o que...

Temis estava prestes a disparar seu ataque mais forte quando sentiu um cosmo vindo dos andares superiores, para ser mais exato de um dos templos suspensos.

— “Esse cosmo.... é um dos gigantes do meu senhor...”

Apesar do impacto Albafica levantou e ainda ajudou Afrodite.

— Você está bem?

— Sim.

— “ Quem o invocou?” – olhava para cima.  – cavaleiro. – voltou a atenção para Afrodite. – responda-me algo.

— E seu eu não quiser? – sorriu.

— Depois de matá-lo acabarei com aquela vila.

— O que? – Albafica estreitou o olhar.

— Se responderes talvez possa deixá-los livre.

— Pergunte. – apesar de não confiar não tinha escolha.

— O que aconteceu ao final da batalha de vós contra Pontos?

— Você já sabe.

— Fui selada antes. – disse fria.

Afrodite ficou surpreso. Porque ela não sabia do desfecho da batalha e ainda porque se alinhara a Pontos depois de tudo?

— “Será que...” Tivemos uma batalha contra Chronos, mas antes que Aioria pudesse derrotá-lo Pontos absorveu seus poderes. (n/a: esse final para os episódios G eu inventei, pois o mangá ainda não teve fim no Japão.)

Temis silenciou.

— “Não é possível que...”

Sala das Galáxias....

 

— Estou ansioso por nossa luta. Desta vez vou me certificar que teus corpos ficarão em pedaços.

— Shura. – Cid o chamou. – não vou pedir para se afastar, mas quero que tome cuidado.

— Sim.

Os dois voltaram a atenção para o titã, contudo sentiram o cosmo de Dohko desaparecer.

— Dohko... – murmurou o dourado.

— Preocupe-se apenas com você Shura. – disse o cavaleiro, tentando permanecer sereno.

— Esse teu companheirismo me comove. – Créos ergueu sua cimitarra. – Aster Blade!

O ataque do titã partiu em direção aos dois. Cid desviou com destreza enquanto Shura teve dificuldades devido a inconstância do cosmo, contudo não foi acertado.

— Vou estraçalhá-los.

Créos começou uma seqüência de ataques, obrigando-os a  desviarem. As colunas que continham na sala desmoronaram. Num dado momento devido a falta de cosmo, Shura acabou sendo acertado na perna.

 - Shura!

Cid não teve tempo de ir ajudá-lo, Créos lançou um ataque contra ele que acabou a levá-lo ao chão.

— Que luta mais sem graça. Vou ter que usar outros métodos. – sorriu.

— O que pensa que vai fazer? – Cid já estava de pé.

— Brincar um pouco.

Lançou um ataque contra o cavaleiro, o espanhol tentou defender mas foi acertado.

— Agora....

O titã desviou o olhar para Shura que estava levantando. De posse de sua arma caminhou ate ele. O dourado não teve tempo de se defender, Créos começou uma seqüência de socos e chutes.

— Excalibur!

— Inútil. – segurou o braço dele. – vou mandar teu corpo para o santuário dentro de uma urna. – ergueu a cimitarra.

O titã começou a transpassar a espada pelo corpo do dourado, que a cada corte gemia de dor.

— Shura... – Cid tentava se mexer.

A sessão de tortura durou alguns minutos, ao final o titã jogou o espanhol longe.

— Vai sangrar ate a morte.

O dourado estava semi consciente pois os cortes ardiam muito a ponto de entorpecê-lo, logo o liquido vermelho empoçava.

— Shura... – Cid retirou alguns escombros sobre si. – Shura. – procurou-o ficando preocupado ao vê-lo no chão e sangrando. – Créos seu maldito.

— Não fique com raiva serás o próximo.

Créos não deu chance para ele levantar, avançando sobre o cavaleiro. Para bloquear o ataque Cid cruzou os braços sobre o rosto sendo um pouco arrastado. Rapidamente o titã investiu contra ele, Cid girou o corpo desviando e erguendo o braço lançou “excalibur.” O deus deu um pequeno sorriso e usando a cimitarra segurou o ataque iniciando um jogo de ataque e defesa entre os dois.

— És forte cavaleiro. – Créos recuou alguns passos, apesar do embate não estava cansado e nem seu cosmo diminuído ao contrario de Cid que apresentava sinais de exaustão. – Aster Cyclo!

Do outro lado....Abriu os olhos lentamente, o corpo doía, não permitindo gestos bruscos. Virou o rosto na direção onde ouvia as vozes de Cid e Créos.

— “Cid... “– ficou aflito, o cavaleiro estava com vários machucados e não agüentaria por muito tempo. – Cid...

O cavaleiro recebeu o ataque diretamente indo ao chão.

— Para encerrar vou dividi-lo ao meio. Aster Correia!

— Cid! – gritou Shura.

O ataque de Créos partiu com toda ferocidade para cima de El Cid.

 

Sala Mãe dos Deuses

Aos poucos Manigold foi abrindo o olhos, não via mais o teto da fortaleza e sim o céu tingido de vermelho. Uma leve brisa fria soprava, ouvia passos de longe, percebendo muito bem onde estava. Ergueu um pouco a cabeça, vendo pouco a frente, a fila de pessoas mortas que seguiam resignadas para a entrada do morro. Viu que estava perto da boca da montanha. Levantou lentamente, sentido a cabeça um pouco zonza. Mal deu um passo, foi ao chão novamente, algo caira sobre ele.


— Ai..
— Caspita!
Ao ouvir o xingamento em sua língua natal...
— Quer sair de cima de mim seu idiota!!!
— Vim te salvar e é assim que agradece?
— Sai logo! - empurrou Giovanni. - eu não pedi sua ajuda!
— Sem educação! - o dourado levantou.
—  Idiota! - levantou.
— Cadê o mestre? - o italiano do futuro ignorou o xingamento passando a
fitar ao redor.
— Eu não sei... mas é bem provável que ele esteja aqui.
— Estamos perto da boca da montanha e isso não é bom.
 Os dois ficaram em alerta contudo... Sage surgiu diante de MM dando lhe um soco no estomago, em alta velocidade, apareceu diante de Manigold dando-lhe no queixo. Indo por trás socou lhe as costas, antes de ir ao chão o pegou pelo braço jogando-o contra Giovanni. Os dois cavaleiros chocaram-se sendo arremessados contra um monte feito de pedras.

— Darei a vocês um fim rápido. – disse.Manigold o fitou, por mais que Sage estivesse sendo controlado, não conseguiria elevar a mão contra ele. Aquele homem o ensinara tanto e se estava vivo ele era o responsável. MM notou os pensamentos de Manigold, então ele tinha que agir para salvar os três.Levantou cambaleando.- Vai lutar contra mim? – indagou Sage.- Sim. No futuro não tive o prazer de lutar contra “o mestre do santuário” apesar de que você não deve ser muito forte. Mal deve chegar aos pés de Shion.- O que?Manigold o fitou assustado.- Deixar-se ser dominado pelo sangue dos titãs, prova que é um fraco.- Giovanni! – Mani o repreendeu.- É tão mal educado quando Manigold. – ergueu a mão. – vou te ensinar a ter respeito.O cosmo de Sage aumentou rapidamente, tomando conta do local. O canceriano do passado engoliu a seco, ele estava sem cosmo enquanto lutava contra o maior entre os oitenta e oito cavaleiros.- “ Estou ficando louco.” – pensou tentando concentrar o maximo de cosmo possível.- Estamos perto da entrada do Yomotsu... – apontou o dedo para o dourado. – o numero de almas....Giovanni olhou ao redor de Sage, inúmeras esferas azuis circundavam a ele e a si próprio.- Hecatombe. – disse simplesmente.Houve uma grande explosão, Manigold que estava caído protegeu o rosto da luz e da poeira.- Seu idiota... – murmurou.Aos poucos a poeira foi dissipando, o canceriano do passado procurou pelo companheiro ficando preocupado ao vê-lo caído com diversos ferimentos.- Mask. – foi para dá um passo...- Não se preocupe com ele.Manigold voltou o olhar assustado, Sage estava bem na frente dele, com uma bola de energia se formando na palma da mão. Antes que ele pudesse pensar em algo, Sage a lançou diretamente. O cavaleiro sendo atingido em cheio foi ao chão.- Ah... – gemeu ao tentar mexer o corpo.- Lembra-se de quando te ensinei sobre o desespero?Manigold ergueu o rosto deparando com o mestre ao seu lado.- Se não tiver aprendido saberá agora o que é.Sage pegou no braço do discípulo começando a arrastá-lo. Manigold não se mexeu, alias não conseguia por causa dos ferimentos e nem queria. Por mais que achasse Sage um velho rabugento, devia tudo a ele. Jamais levantaria a mão contra seu mestre.O grande mestre continuou a arrastá-lo em silencio ate a beirada da fissura.- Não vai tentar escapar? – indagou o lemuriano.- Não...- Pois muito bem... – o ergueu pelo braço, posicionando-o para ser jogado.Manigold sentia no rosto uma leve brisa, sabia que aquele vento era anunciando que logo abaixo era a entrada do submundo. Deu um leve sorriso, quem imaginava que anos depois voltaria a aquele lugar em uma circunstancia parecida. Estava prestes a cair naquele buraco, sendo segurado apenas por seu mestre.- Não pensei que voltaríamos aqui. – o fitou. – foi a tanto tempo não foi?- Ainda se lembra? – Sage trazia um sorriso de deboche. – por pouco não morreu naquele dia.- É... o senhor me salvou.- Mas agora...Giovanni abriu os olhos, o corpo todo doía e foi com dificuldades que conseguiu sentar-se. - Onde... – arregalou os olhos ao ver Sage segurando o canceriano bem na entrada do monte. – Manigold?! - Você não tem chance contra os titãs. Sua vida não é nada perto da deles.- Minha vida então não passa de lixo.A expressão do rosto de Sage mudou. O olhar outrora frio e negro, por segundos ficara emotivo e verdes. “Lixo”, ecoou na mente dele.- Que bom que aprendeu. – o olhar ficou negro. – adeus Manigold.- Pare Sage! – gritou MM. – vai ter coragem de matar seu discípulo?- Se for o desejo de meus senhores... adeus.Sage soltou o braço do cavaleiro que hora alguma relutou.- Manigold!! – gritou MM

 

Sala Luz e Fogo 

 

Regulus deu um salto para trás.

— Que coisa é essa? É um deus? – o fitou. - Não importa... – começou a elevar seu cosmo. – Relâmpago de Plasma!

O leonino disparou seu ataque, que partiu em alta velocidade em direção ao “deus”.

— É inútil garoto. – o gigante com apenas uma mão segurou o ataque de Regulus.

— O que é você?

— Sou Nephritis Hoplisma, um dos gigantes que servem a Chronos. Não vou deixar que pegue a arma do meu senhor.

— Gigante? – estranhou.

— Morra mortal.

O gigante elevou os braços e com velocidade deu um soco no chão. Este rachou rapidamente provocando um grande terremoto.

— O que... – Regulus desequilibrou.

Aproveitando-se disso Neph (vou abreviar o nome)  partiu para cima do grego acertando-o em cheio. Regulus bateu violentamente contra uma parede.

Enquanto isso dentro da fortaleza...

— Que cosmo surpreendente.. – murmurou Sísifo.

— Temos que buscá-lo. – Aioria estava temeroso pelo garoto.

— Já disse. Não vão a parte alguma. – Pontos deu um passo. – se querem salva-lo terão que me matar primeiro. – sorriu.

— Como conseguiu invocar aquele gigante? Apenas Chronos tem esse poder.

— A Mega está comigo sendo assim... vamos começar.

O cosmo do deus aumentou violentamente, os dois cavaleiros tomaram posição elevando seus cosmos.

— Relâmpago de Plasma!

— Impulso da luz de Quiron!

Os dois ataques uniram-se partindo em direção a Pontos. O deus continuou parado. O golpe chocou-se contra ele provocando uma grande explosão contudo... Pontos não sofrera nada.

— Não é possível... – murmurou Sísifo.

— Isso é tudo que possuem? – sorriu. - Patético. Dunamis.

Duas pequenas bolas negras de energia partiram em direção a eles. Ainda tentaram se defender mas foram acertados em cheio. Apesar de pequenas o poder destrutivo era grande a ponto de lançá-los longe.

No templo...

Regulus saia do meio dos escombros. Seu corpo estava bastante machucado.

— Ele é forte. – limpou com a mão o rosto sujo de sangue e poeira. – mas eu vou conseguir. – ergueu o olhar mirando a Megas. – Cápsula do Poder!

Disparou seu ataque.

— É inútil garoto.

Novamente o gigante o acertou.

Fortaleza....

Aioria levantou, mas encostou na parede, aquele único ataque de Pontos havia valido por cinco.

— Sísifo. – olhou para o lado.

O sagitariano também tinha se levantado, mas com dificuldade.

— Ele está muito mais forte.

— Temos que atacá-lo juntos.

— Está certo.

 Novamente uniram seus poderes, entretanto foi em vão. Pontos sequer foi atingido e como represália disparou novamente a Dunamis, os dois foram ao chão.

 

 

 

Sala do Dilúvio

Dégel continuava impassível diante dos socos do escorpião.

— Kamus. – Miro o fitou desesperado.

— Deixe. Kárdia precisa aprender.

Dégel apanhava sem reclamar, sempre de olhos fixos em Kárdia.

— Não vai revidar? – sorriu com desdém. – longe das vistas de Sage pode dizer que não me suporta.

O aquariano continuou calado. Kárdia ficou irritado com a expressão suave de Dégel, recomeçando a dar-lhe socos.

— Reage. – deu um. – anda reage. – deu outro. – diz que não me suporta. – outro. – diz que só me ajuda por obrigação ou por pena.

Novamente o silencio por parte de Dégel. Ele fitava o amigo com pesar. Desde pequeno sabia que Kárdia sofria com essa limitação e isso era frustrante para o amigo. Queria ajudá-lo ainda mais do que simplesmente  esfriar seu coração nos momentos das dores. Seraphina era seu amor e Unity e ele eram seus irmãos.

O escorpião respirava ofegante, estava cansado, ainda mais pelo coração disparado. Mas o que mais o deixava desnorteado era a expressão de resignação de Dégel. Não o entendia, o certo seria ele lhe achar um incomodo, mas...

— Por que não reage? – gritou.

— Por que é meu amigo. – abriu a boca pela primeira vez, gesto que fez com dificuldade devido aos vários cortes.

— Eu nunca fui seu amigo. Nunca te considerei assim. – disse incomodado com as próprias palavras.

— Pois não te considero apenas um amigo, é para mim como um irmão.

Kárdia recuou assustado.

— Não precisa de ikhor para provar aos outros e a si mesmo que é forte. Você o é. Só por estar usando a armadura de Escorpião é a prova disso.

O escorpião o fitou.

— Acha mesmo?

— Eu já menti para você?

O cavaleiro desviou o olhar. Apesar de está com o corpo parado sentia seu coração bater descompassado, a dor que antes não o incomodava, voltara com força total, ate mais que as anteriores. Levou a mão rapidamente a boca para conter o vomito, ficou preocupado ao ver os dedos sujos de sangue.

— Kárdia? – Dégel foi para tocá-lo.

— Não me toque! – afastou-se rapidamente, não dando três passos indo de joelhos ao chão.

— Kárdia...

O corpo todo estava em brasas.

— É o Ikhor. – disse Kamus apenas para Miro ouvir. – o corpo não estava suportando o sangue. Ele se esforçou muito.

— E o que pode acontecer?

Kamus ficou calado, o que fez com que Miro ficasse temeroso.

— Kárdia. – Dégel sentou-se. – eu vou esfriar seu coração.

— Eu não preciso da sua ajuda! – berrou. – eu vou controlar meu coração. Isso aqui não é nada.

— Deixe de ser egoísta, não esta sozinho nessa.

— Cala a boca! – levantou cambaleando, afastando-se do aquariano. – eu consigo.

— Kárdia. – com dificuldades conseguiu levantar.

Devido ao estado do escorpião, Miro já conseguia se mexer e recuperando todos os movimentos ajudou Kamus a levantar.

— Deixe-me te ajudar. – Dégel deu um passo.

— Não se aproxime de mim! – virou para ele. – quer uma prova que consigo lutar? Será o primeiro a receber a Antares Incandescente. Vai ver meu coração bater ao limite e mesmo assim vou continuar vivo.

O grego elevava seu cosmo que mesmo com a luta não havia diminuído. Dégel que não estava muito perto sentiu a temperatura aumentar.

— Pare Kárdia você não pode...

— Claro que posso. – elevou o braço direito. A unha do dedo indicador ficou vermelha. – Dégel não terá mais a responsabilidade de cuidar de mim. – o cosmo chegou a grande proporções. – Adeus. Antares Incandescente.

— Dégel! – gritaram Miro e Kamus.

A sala ficou num profundo silencio. Os dourados atrás estavam pasmos por Kárdia ter ferido o aquariano. Ele por sua vez trazia os olhos arregalados e o escorpião um fino sorriso.

Miro e Kamus aproximaram rapidamente para ajudar Dégel, arregalaram os olhos ao verem o que realmente aconteceu...

Dégel continuava parado enquanto Kárdia trazia a sua unha apontada para seu próprio coração.

— Kárdia... – murmurou Miro.

— Sempre fui um estorvo para você não é nerd? – da boca desceu um filete de sangue. – desde aquele dia...

—--FB----

 

Alojamento dos aspirantes...

 - Sempre fui diferente de outros meninos, adoro brigar, por isso sempre me meto em confusão, quando finalmente achei um lugar que posso bater sem restrição, você me pede para desistir? – Kárdia fitou Dégel -  Eu serei cavaleiro sim e se meu coração é fraco pouco me importo. Sei que não vou viver muito, mas quero uma batalha onde eu dê tudo de mim.

Dégel silenciou, como ele poderia ser tão cabeça dura?

— Mas eu não quero se machuque ou morra... – a voz saiu embargada.

— Sem dramas Dégel, eu não vou fazer falta. – disse virando o rosto, achava-o às vezes muito sentimental.

— Você é meu único amigo. – a voz saiu chorosa.

Kárdia o fitou surpreso, não esperava que ele dissesse aquilo. Tinha amizade pelos outros aspirantes, mas identificava-se mais com o aquariano apesar de seu jeito nerd.

— Eu não vou morrer tão facilmente. – colocou a mão na cabeça dele.

— Promete que se sentir dor vai me chamar?

— Claro, afinal você fez meu coração voltar ao normal, ate que esse frio serve para alguma coisa. – brincou.

— Não brinque.

— Tem hora que você é um chato, mas... – esticou o dedo mindinho. – sempre amigos.

— Sim.

Dégel uniu o dedo selando a promessa.

—--FFB---

— Consegui dar tudo de mim? Hein, Dégel? – sentia o calor o abandonar. – espero que perdoe esse seu amigo cabeça dura. – deu um leve sorriso.

— Kár-dia... – a voz tremeu.

— Sempre busquei melhorar por dois objetivos: - a voz saia bem fraca. – um é para testar meu limite e o outro... – deu um pausa para recuperar o fôlego. – era para te proteger de alguma coisa, sabe como os escorpiões gostam de proteger aqueles que estimam... – sorriu. – ainda mais por ter me salvado tantas vezes... obrigado....

O sorriso foi aos poucos acabando, Kárdia fechou os olhos tombando o corpo para frente. Dégel o segurou.

— Kár-dia? Kárdia. – o balançou. – você não...

O cavaleiro começou a liberar seu ar frio na tentativa de fazer o coração de Kárdia voltar ao normal, contudo o órgão não batia mais.

— No fundo ele apenas queria ser forte pelos outros. – disse Kamus.

— Kárdia seu estúpido! Você não era um estorvo. – gritou Dégel revoltado.

Kamus e Miro trocaram olhares. Não sentiam o cosmo do escorpião.

— Vamos seguir em frente. – disse o aquariano mais  velho. – cuide dele. – disse para arrepender-se, nada podia ser feito. Gesticulou para Miro e ele prontamente aceitou.

Os dois tomaram o rumo da saída.

— Você é um estúpido. – o aquariano trazia os olhos rasos. – perdi a Seraphina e Unity e agora...perdi você...

 Miro e Dégel alcançaram um corredor, correndo em silencio.

— Kamus... ele realmente...

— Ele já tinha um corpo debilitado Miro e com ikhor não agüentaria muito.

— E não havia nada que poderíamos ter feito?

— Não.

— Nem o Dégel? – insistiu.

— Dégel tem prolongado a vida dele por todos esses anos. Ele não conseguiria para sempre.

— Tentei.

— Dégel?? – os dois assustaram-se ao ouvirem a voz atrás deles.

— Você esta bem...? – indagou Miro, que apesar das diferenças aprendera a respeitar e admirar o companheiro de signo.

— Estou. Vamos.

Dégel correu na frente, os outros dois apenas acompanharam. Antes de seguir com eles, o aquariano havia deixado o corpo de Kárdia num canto, para que nada nem ninguém o violasse.

— “ Eu juro que vou fazer Pontos sofrer e será a sua maneira Kárdia. É uma promessa.”

Torre.....

— Ora...ora... – Pontos desviou a atenção para o lado.  – ate que durou muito, realmente é uma pena ele não ter suportado.

— De quem está falando? – Sísifo sentiu o cosmo de Kárdia desaparecer, mas queria confirmar.

— De alguém que seria de muita serventia para mim. Alguém que seria capaz de destruir o filho do meu “senhor”. ZEUS

O sagitariano não entendeu, mas supôs que Pontos escondia muito mais coisas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

n/a: Superbia In Praelia - Orgulhoso no combate



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Temporits Actis" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.