Rotten Soul escrita por Sially


Capítulo 11
Bônus Sam (2)


Notas iniciais do capítulo

Promessa é dívida então aqui está a segunda parte do bônus do Sam. Antes de 2016 :)
Eu sei que o capítulo ficou bem grande mas eu havia dito que eram 2 partes e não 3 por isso não quis mudar de última hora. Espero que isso não impeça ninguém de ler, porque o capítulo está muito legal.
Eu adorei escrever esse bônus. Me digam nos comentários se gostaram da história da Alanis, se bastante gente quiser posso fazer alguns capítulos contando mais da história deles porque a principio é só isso.
Espero que tenham gostado da Alanis tanto quanto eu.
PS: a foto é a foto que a Leanne achou e a que é bastante mencionada no capítulo.
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/572512/chapter/11

Abri os olhos esperando minha visão focar. Olhei para a cama de Alanis me certificando de que ela estaria lá, ela não estava.

– DEAN! - gritei olhando-o dormindo na cadeira ao meu lado. - Dean, acorda! Ela sumiu. - bati em seu peito. - DEAN! - Dean acordou em um pulo e eu já havia me levantado para procurá-la.

Olhei na cama novamente e ela havia deixado um bilhete:

“Eu não sou um Ghoul :)” - A. L.

Fui no seu quarto e ela não estava lá mas suas coisas estavam, ou seja, uma hora ou outra ela voltaria para buscar.

– Droga. - xinguei. Dean estava atrás de mim.

– Pelo menos, se ela ouviu nossa conversa deve ter saído tão rápido que não teve tempo de esconder suas coisas. - Dean disse. Ele estava certo.

Entramos no quarto e começamos a procurar.

– Acho que não tem nada ai. - censurei Dean que mexia nas calcinhas de Alanis.

– Você nunca sabe o que as mulheres guardam junto com as calcinhas.

– Acho que não é nada de…

– Achei. - Dean anunciou. Fui até lá e Dean carregava um livro grosso, marrom e velho. Dean o abriu mas as páginas estavam em branco. Eram páginas velhas e amareladas.

– Vamos, Dean, vamos preparar algumas armadilhas aqui para quando ela voltar e aproveito para pesquisar sobre esse livro. - tentamos deixar o quarto do mesmo jeito que encontramos e voltamos para o nosso. - Dean, eu disse que ela não era quem dizia ser. - comentei.

– E foi por isso que ela fugiu. Te ouviu falando. - Dean falou bravo. - Se fosse mais discreto.

– Ela estava desmaiada e sangrando. - me defendi

– Você me disse para amarrá-la na cama - Dean disse com desdém - Se eu fosse ela teria fugido até rastejando.

– Dean, não estou entendendo sua fúria. Acredita nela? - perguntei. - Parece que eu sou o único sensato aqui.

– Sam, eu sinto que podemos confiar nela. Eu não sei, é só um pressentimento. - Caminhávamos as pressas ao nosso quarto, não queríamos encontrá-la sem estar preparados. - Acho que vou comprar um hambúrguer, quer alguma coisa?

– São 10 horas da manhã, Dean.

– Eu quero um hambúrguer. - mexi a cabeça decepcionado.

– Tudo bem, me traga só um café. - pedi.

Dean olhou para o estacionamento que estava completamente vazio.

– Mas o que… - Dean praguejou indo até o estacionamento. O impala não estava ali. - Tudo bem, agora ficou pessoal. - Dean xingou correndo de volta e indo para o quarto. - Ninguém toca no meu carro. - disse Dean furioso.

– Parece que eu estava certo. - Eu disse finalmente rindo. Dean se virou para mim com a expressão carrancuda.

– Vai ficar sem seu café também. - ele disse bravo.

Voltamos para nosso quarto e Dean começou a preparar algumas armadilhas para Ghouls desde símbolos nas paredes até nossa última opção que era invocá-la. Eu fui procurar na internet sobre o livro.

O livro estava literalmente vazio. Só páginas e páginas em branco. Não tinha porquê guardá-lo. Depois de horas tentando pesquisar no google sobre Ghouls e livros velhos de couro eu queria desistir. Aquilo estava sendo maçante.

– Dean, não tem nada aqui.. Só fala que o Ghoul líder consegue assumir a imagem e habilidades de alguém com apenas um corte. E isso só explica o porquê de ele ter conseguido se disfarçar de você. - conclui.

– De Alanis também. - Dean lembrou.

– Mas ela já é um… - de repente minha mente voou. Voou para o dia anterior, o corte que ela tinha na mão. Ela mesmo tinha dito que tinha uma “cicatriz de guerra” por lutar com o líder Ghoul. E se ela não fosse um ghoul?

– Sam? - Dean chamou minha atenção. - Descobriu alguma coisa? - não respondi. Minha recém descoberta poderia salvar vidas, inclusive as nossas.

Muitas mitologias carregam suas origens no próprio nome. Procurei por Alanis na internet e de fato, Alanis não era um nome tão comum assim. Era de origem celta mas não definia nada. -Qual era o sobrenome dela mesmo? Qual era? - eu precisava lembrar.

– O bilhete. - pensei alto.

– Bilhete? - Dean perguntou sem entender.

– Onde está o bilhete que ela deixou aqui?

– Na cama ainda, eu acho. - respondeu Dean.

Corri até a cama onde ela havia deixado o bilhete e li novamente. — “- A.L.” — Era isso. Eram as iniciais dela. “L”? Alanis L.

– Dean, qual o sobrenome da Alanis? Ela nos disse ontem.

– Não sei.. acho que era… - Dean pensou um pouco e se lembrou - Louhi, Alanis Louhi.

Louhi. Esse era o sobrenome dela. Larguei o bilhete dela em cima da mesa junto ao livro e fui pesquisar seu nome.

"Louhi foi uma rainha da Pohjola, e uma bruxa com a habilidade de se transformar e lançar poderosos feitiços. O nome pode significar transe, porque é derivado do elemento Lovi que no Kalevala parece referir-se a um estado de transe ou encantamento causado por magia.”

– Sam! Fala, o que descobriu? - Dean me chamou a atenção novamente se aproximando para ver o notebook.

– Parece que a nossa caçadora não é exatamente uma caçadora e nem um Ghoul. - disse animado. - Parece que ela é uma bruxa. Pelo que li aqui de uma família poderosa. A família Louhi tem fortes habilidades em relação ao transe, ou melhor dizendo: persuasão.

– Bruxa? Ela não parece uma bruxa. - Dean afirmou - nós não vimos nenhum saquinho de bruxaria nem nada.

– Dean, aqui não fala nada sobre saquinhos, talvez eles nem precisem. Pelo que está dizendo aqui eles são poderosos de nascença, não precisam desse tipo de magia e deuses pagãos. - Tudo foi se encaixando - Faz todo o sentido, isso explica os momentos que a vi murmurando alguma coisa e quando o Ghoul que imitou sua forma me persuadiu a beijá-la e..

– Você o quê? - Dean me deu um olhar com uma mistura de desconfiança e malícia.

– Nós não.. - tentei me corrigir, mas Dean já estava com um sorriso no rosto - olha, era um ghoul e não deu tempo de acontecer nada…

– Achei que não tivesse gostado dela. - ele afirmou. - Fez aquela cara quando a convidei para se juntar a nós..

– Por que ainda estamos falando disso? Acabamos de descobrir que a mulher que dormiu aqui e nos enganou é uma bruxa. - mudei de assunto.

– Uma bruxa muito gostosa - Dean deu de ombros. Encarei-o irritado.

– Você é impossível. - voltei-me ao computador tentando pesquisar mais.

– Hmmm.. Sammy - Dean me cutucou olhando para a mesa depois de alguns minutos. - Acho que você quer ver isso.

Olhei para onde Dean apontava e o bilhete de Alanis flutuava sobre o livro velho. E de repente foi como se houvesse uma conexão entre eles e uma linha fina vermelha se formou entre o bilhete e o livro. Aquilo era definitivamente magia e se podíamos ver a magia pura ali, era uma magia forte e bem antiga.

Foi como se o livro sugasse a magia daquele papel. Conforme as linhas vermelhas seguiam seu fluxo para o livro vindas do bilhete, algumas imagens e letras começaram a se formar na capa. A imagem era de três círculos interligados que logo se desmancharam para formar uma forca. A mesma forca que eu vi no pulso de Alanis. Logo acima tinha algo escrito: Wrach Salesian.

Copiei o mais rápido que pude no computador e pesquisei no google. Na pesquisa sobre o nome e sobrenome de Alanis tudo pertencia a mitologia célta então traduzi a partir da língua oficial celta: Galês. A tradução seria algo como “Bruxos Salezianos”.

– Sam, está sumindo. - Dean me informou. Olhei o livro e estava sumindo mesmo. Rapidamente abri o livro e logo na primeira página estava escrito pequeno e já sumindo 2 palavras:

Alanis Louhi (w.)

Folheei as outras páginas e alguns escritos perdidos eram vistos. Uma das páginas estava escrito:

_eanne Louhi W. — A primeira letra já havia sumido e o último nome estava abreviado. O que era estranho porque normalmente o último nome é o mais importante, mas acho que para o livro era o que menos importava. Decerto era alguém da família de Alanis. Virei algumas páginas de novo e outro escrito, esse só tinha metade da palavra:

Ka _ _ _ — Se quer pude ver o sobrenome.

– Droga - praguejei. Peguei o papel/bilhete que Alanis tinha deixado já caído na mesa e tentei aproximar do livro sem sucesso. O papel, agora, só era um papel comum.

– O bilhete dela tinha magia. - eu estava com raiva e frustrado. Em parte era por ter sido enganado tão cruelmente, com todo aquele papo dela de caçadora e irmã mais nova. E eu não percebi, ela esteve o tempo todo ali e nós caçadores de anos não pudemos fazer a única coisa que sabíamos: caçar o sobrenatural.

– Não tinha magia. Tinha nossa morte. - conclui bravo. Bati o punho sobre o livro e fechei os olhos de raiva.

– Sam, está acontecendo de novo. - abri os olhos e o livro absorvia alguma coisa vinda do meu curativo. O curativo que ela tinha feito. Devia estar envenenado. - Não tira o braço - parei de mexê-lo. As linhas de magia com fluxo que iam para o livro eram diferentes. Eram azuis e conforme a ligação ficava mais fraca eu sentia meu corte abrir e arder debaixo do curativo. - Sam, acho que não era armadilha, parece magia de cura ou alguma coisa desse tipo - Dean afirmou observando. Ele tinha razão. Com meu outro braço empurrei Dean para longe. - O que foi? - Ele estranhou.

– Se você estiver certo, esse livro absorve a magia, ou seja, a cura e ela te curou ontem do incêndio. Não vou te deixar chegar perto disso e voltar a passar mal. - disse convicto.

– Eu não quero bruxaria em mim. Ja tivemos casos suficientes de bruxaria para saber que elas nunca acabam bem.

– Dean, você não vai se aproximar desse livro.

Assim que as linhas azuis acabaram olhei para o livro e em uma página em branco estava escrito em azul: Samuel Campbell Winchester (T. N.) —> L. L. W. — Depois de alguns segundos os escritos sumiram.

– O que está escrito ai? - Dean perguntou.

– Nada. Não apareceu nada. - Me preocupava que meu nome estivesse ali e acompanhado de várias iniciais que não faziam o menor sentido. Eu conhecia Dean e não queria ele preocupado com isso. Eu queria fugir dali o mais rápido possível, estava ficando estranho demais.

Olhei para a pesquisa no meu computador sobre os bruxos salezianos e falava sobre a origem celta e sobre serem a origem da bruxaria no mundo por isso os feiticeiros ou salezianos puros não precisavam tirar o poder de nenhum lugar, eles já tinham seu próprio poder. Cada família principal carregava habilidades específicas em sua genética que se destacavam entre os feiticeiros simples. Pude entender que se tratava de persuasão no caso da família Louhi, entre outras famílias e suas habilidades.

Não falava muito mais que isso, se a cultura era viva e muito inteligente como dizia, provavelmente eles não iriam querer suas histórias e segredos em um lugar que qualquer um podia ter acesso.

Conversei com uma professora de história e mitologia pelo telefone: Sra. Stradiotto. Ela contou a mesma história que eu havia lido com um ou mais detalhes. Explicou que essa família Louhi foi a fundadora de toda a magia Saleziana, todos nascidos em Salém. Ela continuou contando um pouco sobre as bruxas de Salém e como elas eram mortas e acusadas de bruxaria. Não quis estender muito a conversa por causa da desconfiança da historiadora sobre a minha curiosidade. Não queria uma especialista em bruxas enfiada nessa bagunça.

Chamamos Castiel e contamos sobre Alanis. Ele disse já ter ouvido o nome dela bastante entre os anjos e que era um problema. Não se sabia exatamente o porquê. Aqueles que sabiam não podiam contar, era algo muito sigiloso. O que ele sabia sobre salezianos eram alguns símbolos que serviam para prendê-las e bloquear sua magia. Eram bem difíceis de fazer por conta de serem muito poderosos e antigos. Magia antiga é sempre mais difícil de combater.

Dean e eu fomos para o quarto dela e montamos diversas armadilhas com as informações que Castiel nos dera. Os símbolos que desenhávamos tinham sempre uma forca subentendida.

Castiel nos avisara também que dependendo do poder dela, ela seria capaz de sair das armadilhas.

Era estranho que o símbolo que a prenderia era quase igual à armadilha de demônios. A diferença era a forca no meio e alguns outros escritos e símbolos dentro do pentágono.

Esperamos no quarto dela por horas e quando quase desistimos ouvimos o barulho do Impala no estacionamento. Não estávamos exatamente escondidos.

– Sam. - ela apareceu na porta muito melhor do que a ultima vez que a vi.

– Alanis. - respondi no mesmo tom. Ela parou na frente da porta do quarto dela. Não havia entrado. - Acho que precisamos conversar. - eu disse.

– Concordo.

– Por que não entra? - convidei. A armadilha precisava que ela entrasse.

– Estou bem aqui fora. - ela disse simples. Tínhamos um plano B para caso isso ocorresse. Dean era o plano B.

– Bom, então.. - comecei tentando enrolar e pude ver Dean atrás dela. Ele engatilhou a arma apontando para sua cabeça.

– Entra. - ele mandou.

– Vocês acham que eu sou idiota? - ela perguntou com desdém - vocês são caçadores que acabaram de descobrir que não sou exatamente humana e acharam que eu entraria de bom grado? Esperava mais de vocês. - ela disse irritada. - Dean, abaixa essa arma. - Dean não se mexeu. - Não me faça ameaçar vocês dois de novo. Olha, eu só vim devolver seu carro, eu precisava de tempo para me curar sem ninguém me amarrando na cama. - Dean me olhou feio.

– Ah sim, meu carro. NINGUÉM TOCA NO MEU CARRO. - Dean esbravejou e bateu a arma em Alanis como se empurrasse ela para mais perto do quarto.

– Abaixa a arma, Dean. - sem resposta Alanis fez exatamente o que pensamos que ela faria.

– Me desculpe, Dean - ela disse antes de virar o pulso dele até torcer. Com a dor ele não teria como pensar em outra saída e ela teria a vantagem. Ela era muito inteligente e nós sabíamos muito bem disso.

Ela puxou a arma e bateu em Dean com o pé, de forma que ele caiu dentro do quarto desarmado e sofrendo com a dor da recente torção. Ela apontou a arma para nós. Tentei socorrer Dean mas ele me dispensou me mandando focar em Alanis.

– Me dê o livro, Sam. Eu saio daqui e ninguém precisa se machucar. - ela disse.

– Não vai nem tentar explicar nada? Normalmente vocês tem um milhão de histórias sobre como são bons e não machucam ninguém. - provoquei.

– E de que adiantaria? Vocês são os Winchester, os caçadores mais frios. Não escutam nem a si mesmos como seriam capazes de me escutar. - eu senti uma fisgada no estômago, ouvir Alanis falar da imagem que criamos era bem cruel. Pelo menos ouvindo em alto e bom som era bem ruim e bem pior do que imaginava.

– E por que mesmo assim você continuou aqui? Continuou perto de nós? - perguntei. Ela pensou e não consegui identificar se ela sabia a resposta e estava inventando outra ou se não sabia mesmo.

– Eu não sei. - ela confessou - quando conheci vocês deveria tê-los matado mas não pude. Não pareciam tudo o que falavam. Achei que fossem diferentes.

– Sua hesitação pode e provavelmente vai te matar - engatilhei minha arma. Ela apontou a dela de volta para mim.

– Sam, eu vou embora. - ela disse por fim.

– Não, não vai. - afirmei olhando para o pé dela dentro do quarto. Ela seguiu me olhar e tentou tirar o pé mas ele não saia. - Nós lembramos seu pequeno truque quando desarmou Dean e o problema é: seu movimento é certeiro e você pisou o pé para frente para usar de base no atue ao Dean ontem e agora você fez a mesma coisa assim como previ, ou seja, você já está presa aqui. - Alanis pegou a arma e atirou no chão tentando quebrar o selo. - Então, deixamos essa arma sem balas para que você não quebrasse o selo.

– Você não fez isso. - ela afirmou com raiva, verdadeiramente com raiva. Me aproximei dela e ela parecia estar se preparando para me enfrentar. - Parece que minha família estava certa o tempo todo. Vocês são monstros.

– Deveria ter ouvido eles. A família é a única coisa que podemos confiar. - Eu disse sério olhando para Dean que já estava recomposto e preparando uma cadeira com amarras para prendermos ela em cima da armadilha.

Tentei pegar seu braço mas Alanis se moveu tentando me socar em lugares estratégicos mas eu tinha uma vantagem. Era a única que tinha: eu era bem mais alto e tinha mais massa corporal. Ela achou que eu fosse atacá-la mas não fiz isso. Envolvi seu corpo em meus braços e a puxei para dentro do quarto. Ela se assustou com o repentino abraço e não conseguiu se mexer. Prendemos ela na cadeira.

– Vamos começar com as perguntas - eu anunciei.

– Sam, me deixe sair, por favor- ela falou doce, a mesma voz que o Ghoul usara para me enfeitiçar. Senti meu corpo começar a reagir com a voz mas pude resistir. Cas havia dito que se tivéssemos algo com sua magia não correríamos o risco de cair nesse encantamento.

– Boa tentativa mas você mesma sabe que esse truque não pode funcionar com alguém da sua própria família, então achei algumas coisas por aqui - mostrei o livro para ela - sua magia reconhece a própria magia em nós e não surte efeito algum.

– A não ser que você seja suscetível a mim. - ela sorriu maliciosa. - Com algum sentimento.

– Raiva talvez? Você nos enganou, Alanis. - joguei para cima dela. Eu me sentia um tanto quanto traído porque eu queria confiar nela. - Acho até que você usou esse truque para que pudéssemos aceitá-la tão fácil, eu não seria capaz de aceitar você. - eu gritei com raiva para ela, eu não sabia de onde vinha isso, simplesmente saia da minha boca. Eu ja havia caído nessa de confiar em seres sobrenaturais, como Ruby, e não acabou bem. Digamos que eu aprendi a lição. Eu pude ver que ela se ofendeu.

– É isso que você está sentindo, Sam? - ela disse um pouco magoada - Qualquer armadilha para nós - ela se referiu aos bruxos salezianos - carrega muita magia psíquica que provoca empatia com o ambiente e aumenta excessivamente os sentimentos fazendo com que eles sejam expulsos do seu corpo, assim como você acabou de fazer. É quase como um soro da verdade. - ela explicou. Fazia sentido era como se meus sentimentos estivessem todos muito fortes. Minha raiva, frustração e talvez até algo mais preocupante em relação a ela.

– Chega, Sam. - Dean advertiu. - Vai tomar um ar. Dar uma volta, eu cuido disso. - Dean tentou assumir. Eu bufei passando as mãos nos cabelos e saí do quarto que parecia cada vez mais apertado. Assim que sai soquei a parede tentando aliviar a pressão dos sentimentos e estresse.

Narrador

Sam sentia a confusão das emoções mexer com a sua cabeça o fazendo lembrar de momentos de raiva e tristeza conforme os sentimentos apareciam. Cenas, desde a briga com John quando saiu para fazer faculdade até ver Jéssica novamente queimando no teto.

– Ele normalmente não é assim. - Dean contou calmo. - É até engraçado porque normalmente eu sou o que não aceita o sobrenatural como algo bom. - Dean riu sem graça.

– Você sabe que eu não usei persuasão com vocês, não é? - Dean assentiu. - eu não gosto disso, ter controle sobre outra pessoa. - Alanis confessou olhando para as próprias mãos lembrando o poder que tinha sobre as pessoas.

– Não sei como mas você está mexendo com ele de uma forma estranha - Dean também confessou e Alanis sorriu, um sorriso fraco, apenas o suficiente para lembrar-se da visão que teve dela com Sam, felizes com uma filha. - Eu confio em você, Alanis, parece loucura mas confio.

– Obrigada, Dean. - ela agradeceu gentil - Sua mão já está curada? - Alanis perguntou. Dean mexeu o pulso e sem perceber estava curado. - Me desculpe por isso, eu precisava engatilhar de novo o encantamento de cura em você. Percebi que estava tremendo enquanto apontava a arma na minha cabeça, era sinal da fumaça do incêndio na sua corrente sangüínea. - Dean olhou para as próprias mãos e de fato ele estava tremendo mas achou que fosse de nervoso ou algo do tipo. Dean não sabia o que responder exatamente àquela confissão de Alanis.

– Por que nos ajuda tanto? - Dean perguntou. Ela sorriu. - quer dizer, apontamos uma arma para você e te ameaçamos e mesmo assim se preocupa se eu estou me curando.

– Digamos que estou cuidando da minha família. - Dean não entendeu direito a resposta mas não tocou mais no assunto.

– Por que as emoções estão afetando só o Sam? - Dean quis saber.

– Porque Sam esconde tudo o que sente. E muitos desses sentimentos estão mal resolvidos e eles vem à tona agora com a empatai psíquica. - Dean assentiu e logo começou o interrogatório.

– Descobrimos que você é uma Saleziana. - Alanis assentiu - São bruxos antigos não é?

– Sim, nós somos.

– Por que está caçando o Ghoul?

– Eu ja disse para vocês, por causa da minha irmã. Ninguém acreditou em mim quando soube que era um Ghoul.

– Mas vocês são bruxas, deveriam acreditar em Ghouls e todas as outras criaturas.

– Nós acreditamos, só que ninguém quis sair de Salém para ir atrás dele, Salém é quase um santuário para nós, dificilmente algo ruim entra lá sem a permissão. - Alanis explicou.

– Então o Ghoul entrou em Salém com a autorização de alguém?

– Acho que sim, é por isso que estou atrás da Kaira. Ela pode ajudar a descobrir.

– Salém existe mesmo? - Dean perguntou animado.

– Sim, Dean. Cheio de bruxas e essas coisas. - Alanis contou para Dean que sorria como uma criança. De tudo o que ja vira queria algo sobrenatural como isso: bruxas de Salém.

– É igual ao filme?

– De jeito nenhum. - ela negou e Dean desanimou - É melhor. - Os dois riram.

– Alanis, outra noite você apareceu no nosso quarto certa de que o Ghoul estava atacando, como sabia?

– Eu hmmm.. - Alanis pensou se contaria ou não - Eu tenho algumas visões.

– Visões? - Dean perguntou.

– A maioria delas são do futuro, mas podem estar acontecendo no mesmo momento. Foi assim que vi vocês. Sempre tenho visões de vocês correndo perigo. Mas não sabia quem eram. Principalmente Sam, sempre vi Sam, na maioria das vezes sofrendo ou algo do tipo. É claro que ja ouvira falar dos famosos Winchester mas nunca tinha os visto.

– Todas Salezianas tem esse poder?

– Não. Às vezes, uma saleziana da família principal nasce com uma habilidade a mais, quase única. É genético, provavelmente meus filhos terão também assim como meu pai e meu avô tiveram, talvez não o mesmo poder mas algum poder. É único de cada bruxo. - Alanis explicou. Houve alguns segundos de silêncio até que Alanis perguntou baixo - Vocês vão mesmo me matar?

– Sim. - Sam entrou no quarto respondendo. - Dean, o que está fazendo? Temos que matá-la. - a voz de Sam parecia alterada. Dean se levantou e foi até ele.

– Sammy, acho que não precisamos matá-la. Ela pode ser útil. - Dean se lembrou da fala do ghoul no outro dia, era a única coisa que convenceria Sam naquele estado - Você se lembra do que o líder ghoul disse, não? Quando ela morresse o poder total seria dele. É melhor termos ela controlada aqui do que um Ghoul bruxo descontrolado. - Sam assentiu e cambaleou até Alanis.

– Essa não. - Alanis disse. - Sam, me diz que você não bebeu. - Sam estava alterado mas não completamente fora de si.

– Dean, recebi um chamado da polícia. - Sam disse ignorando Alanis - Parece que está tendo alguma movimentação em uma estação de rádio. Quando liguei a rádio do carro, ouvi a voz dela - Sam apontou para Alanis - persuadindo toda a cidade. Eu vou investigar. - Sam anunciou.

– Nesse estado não vai mesmo. - Dean censurou. - Eu vou e você fica aqui com ela.

– Mas sua mão… - Sam protestou.

– Ja estou melhor. - Dean pegou a arma no chão e saiu.

– Parece que somos só nós dois, Senhorita Louhi. - Sam disse com deboche brincando com o sobrenome de Alanis tomando mais um gole da cerveja.

– Sam, larga essa garrafa. Não é assim que você vai lidar com suas emoções descontroladas. - Alanis tentou.

– Eu tenho que lidar com tudo o que você me causou. - Sam disse irritado jogando a garrafa na parede com força. Alanis se assustou com o barulho da garrafa se espatifando. - Desde que você chegou, eu fico lembrando das mortes que aconteceram na minha vida, um livro de mágico que tem meu nome nele, essas emoções fora de controle. Coisas que eu não entendo. - Sam segurou a cabeça como se tentasse impedir alguma coisa que acontecia lá dentro.

– Sam, se acalme. Se você se irritar, as emoções vão te dominar. - Alanis advertiu. Sam pegou um pedaço da garrafa no chão. Alanis não sabia o que Sam pretendia: matar ela ou ele. Ela recitou um feitiço e soltou as amarras que a prendiam na cadeira. Correu até Sam e tirou o vidro da mão dele.

– Mas como? A sala deve te impedir de realizar magia.

– Deveria mesmo, mas só para quem é iniciante em magia. Algumas aulas com a Kaira e você consegue derrubar exércitos. - ela sorriu e puxou ele para o chão deixando que ele se apoiasse nela. Ela olhou no fundo dos olhos dele e disse: - Você está mesmo perdido, não está? - ele não respondeu mas os dois sabiam a resposta. Sam apoiou a cabeça em Alanis que o abraçou de lado desajeitada.

Alanis segurou a cabeça de Sam com as duas mãos e disse:

– Estou quebrando os selos, agora tente se acalmar. As emoções vão diminuir. Só não consigo quebrar esse. - ela indicou o pentágono no chão onde ela estava presa. Sam se sentiu confortável pela primeira vez depois de algum tempo. Parecia certo estar nos braços dela. Ele se recompôs depois de melhorar das emoçoes.

– Não ache que isso muda alguma coisa. - ele disse logo se levantando e se afastando da armadilha que ainda a prendia.

– De forma alguma. - ela sorriu, sabendo que já havia mudado.

– Aquele livro - Sam começou - tinha alguns nomes. O seu era um deles. - Alanis ouviu atentamente. - Tinha um outro - Sam tirou do bolso um papel onde havia escrito os nomes e abreviações como estava no livro.

– Eu não conheço esse nome. “Eanne Louhi W.” - ela tentou pronunciar a escrita. Alanis tinha uma vaga ideia sobre quem era a pessoa do nome mas guardou o segredo.

– Eu acho que falta uma letra. O nome não está completo. E… - Sam tentou falar - meu nome estava lá também acompanhado dessas iniciais “L.L.W.”.

– Não sei, Sam. - ela me devolvei o bilhete - Me fala exatamente como você conseguiu ler o livro. Só funciona a partir de magia.

– Aquele bilhete que você deixou. Estava próximo ao livro e parece que o livro sugou a magia, eu não sei. - Alanis assentiu.

– Ah, sim, o bilhete. Deixei ele encantado para esconder vocês do Ghoul caso ele tentasse se aproximar e… - Alanis virou a cabeça para cima e seus olhos ficaram cintilantes em vermelho. A mesma cor da magia sugada pelo livro na primeira vez.

– Alanis? - Sam chamou. Observando a marca no pulso dela em forca cintilar também. Depois de alguns segundos, Alanis retomou a consciência.

– Sam, é o Dean. - ela disse apressada. - Ele está em perigo.

– Como você sabe? - Sam perguntou.

– Assim como eu soube que o Ghoul estava atacando.

– Não, aquilo você sabia porque está trabalhando com o Ghoul. - Alanis deu um peteleco na cabeça de Sam.

– Você só pode estar brincando! - Ela exclamou - Tá parecendo que eu sou um Ghoul? Ou que esteja trabalhando pra algum?

– Não sei, você pode estar me distraindo. - Alanis revirou os olhos, respirou fundo e disse:

– Sam, você tem que confiar em mim. Pode ficar aqui com a dúvida e desconfiança ou pode ir ajudar seu irmão. Sua escolha. - Alanis disse se afastando dele.

– O Dean… - Sam começou.

– Sua escolha. - Alanis o cortou - Ele deve ter uns 15 minutos de vida. - Alanis cruzou os braços o desafiando. Se Sam hesitasse muito daria seu próprio jeito de sair dali e ajudar Dean, mas precisava dar um voto de confiança a Sam. Ele pensou por cerca de uns três segundos.

– Droga! - ele xingou. - Eu dirijo. - Disse quebrando o selo para que eu saísse.

– Você está maluco? Acabou de beber. Eu dirijo. - Alanis passou na frente dele, pegou um facão no fundo do armário recebendo um olhar supresso de Sam e desceu para o estacionamento escolhendo qual carro iria roubar.

Xx

Chegaram à estação de rádio e estava tudo bem bagunçado e destruído. Ja era noite.

– Dean. - Sam gritou.

– Quieto. - Alanis censurou Sam colocando a mão na sua boca - É assim que ele percebem que estamos aqui. Bom, o ataque supressa não temos mais.

A estação de rádio era menor que o galpão. Seguiram por um corredor que dava para a parte onde os apresentadores falavam e os cantores cantavam. Eram bancadas cheias de botões e havia uma parede de vidro que separava a pessoa que gravava das que editavam nas bancadas de botões.

Sam e Alanis se aproximaram e puderam ver o Ghoul ainda com a forma de Alanis se alimentando de Dean quase que como um vampiro, mordendo seu pescoço. Para líderes Ghouls era mais vantajoso se alimentar primeiro do sangue da presa e depois dos órgãos.

– Sam, eu vou enfrentar o ghoul e você solta o Dean.

– De jeito nenhum, ja foi difícil te reconhecer àquele dia, não queremos correr esse risco de novo. - Alanis assentiu. - eu distraio o ghoul e você solta o Dean. - Os dois concordaram com o plano. Alanis correu para mais perto de Dean, e Sam chamou a atenção do Ghoul/Alanis.

O Ghoul correu até ele e Sam correu fugindo e tirando o ghoul de perto de Alanis e Dean.

Alanis começou a desamarrar Dean que estava semi acordado.

– É o Sam. - Dean murmurou baixinho - Vocês vão ficar juntos. - ele sorriu meio bobo. Poderia ser efeito da insanidade causada pela baixa quantidade de sangue em seu organismo. Mesmo assim Alanis estranhou.

– Como é? - Alanis perguntou.

– Você e o Sam. Aquele nome que nós vimos no livro, era Leanne o nome, não era? - Dean falava embaralhando as palavras por causa da fraqueza. Alanis o encarou. - Leanne Louhi Winchester.

– Como você sabe? - Alanis perguntou baixinho alarmada. Dean sorriu.

– Vocês formam um bom par. - Dean sorriu. - Quando o ghoul estava se alimentando de mim foi como se trocássemos uma ligação. Quanto mais ele tirava de mim, mais eu tirava dele. - Dean explicou - E como ele estava com a sua forma, eu vi o que você viu. Sua visão. A visão do Sam e da filha olhando uma foto sua e do Sam juntos. Só não entendi o porquê de você não estar lá. - Alanis formou uma careta de desgosto. Ela sabia exatamente o porquê de não estar na visão.

– Vamos, Dean. - ela puxou ele que colocou um dos braços ao redor de sua nuca. - você ja sabe engatilhar a cura não sabe? - Alanis perguntou e Dean assentiu.

– Ja fiz isso. - mostrou o dedo torcido.

– Bom garoto. - ela sorriu e arrastou ele junto dela.

Sam lutava contra o ghoul mas ele era forte demais, era difícil se aproximar o suficiente para arrancar sua cabeça. Quando o Ghoul finalmente encurralou Sam e dessa vez Sam estava sem saídas ja que sua arma estava sem balas.

Assim que fechou os olhos esperando o ataque final sentiu algo molhado espirrar em seu rosto. Abriu os olhos e o ghoul/Alanis estava sem cabeça. Atrás dele Alanis segurava o facão coberto de sangue.

– Acho que acabei de me suicidar. - ela concluiu fazendo piada e Sam riu nervoso. Tinha acabado, todos os ghouls estavam mortos. Sam respirou fundo e caiu no chão cansado.

– Entendi a do facão. Acho que gosto dele. - Sam falou e depois agradeceu. - Obrigado por me salvar.

– Por nada. - Alanis respondeu sorrindo. - Ainda acha que sou uma vilã terrível?

– Talvez não tão terrível assim. - Sam respondeu.

Tentaram deixar, ao máximo, o lugar parecido com uma cena do crime comum quando chamaram os policiais.

Dean foi recuperando as forças conforme a magia de Alanis o curava.

– Acho que podíamos comemorar e comer alguma coisa, to faminto. - Disse Dean.

– Você precisa de repouso. - falou Sam.

– Se ele ficar sentado no bar, acho que pode ser um repouso. - Alanis tentou convencê-lo.- Tem que ficar do lado dele? - Sam perguntou e Alanis sorriu.

– Ele me defendeu quando você queria me matar. - Alanis se defendeu. Sam estava começando a aceitar que pudesse estar tendo sentimentos por Alanis, algo diferente de como ele se sentiu com Jéssica ou Ruby ou qualquer outra. Estava receoso ainda, mas aos poucos se abria mais ao sentimento.

– Tudo bem. - Sam se rendeu.

Foram para o bar mais próximo e tudo parecia ter se estabilizado.

– Podemos tirar uma foto? - perguntou o homem na entrada do bar. - Gostamos de registrar nossos clientes. Entregamos uma cópia quando saírem.

– Podem ir, eu não quero. - Dean se absteve deixando o fotógrafo tirar a primeira foto de Sam e Alanis juntos. A mesma foto que Dean viu na visão de Alanis. Dean sorriu feliz por participar desse momento.

– Lindo casal vocês formam. - disse o fotógrafo olhando a foto na câmera.

– Nós não somos um casal. - Sam e Alanis disseram ao mesmo tempo

– Vou pedir algumas bebidas - Sam avisou se levantando da mesa e indo para o bar.

– Acho que ter uma mulher com a gente pode nos fazer bem. - Dean disse convidando Alanis a se juntar a eles.

– Tem certeza que quer uma bruxa com vocês? Pode quebrar a imagem de caçadores sérios de vocês. - Alanis zombou deles.

– Acho que estamos dispostos a correr o risco. - Dean riu - Eu faço qualquer coisa para ver Sam feliz como naquela visão que você teve. - Dean disse se lembrando - Ela tinha olhos parecidos com os meus - Se referiu à filha deles. Ao falar disso Alanis se lembrou de algo.

– Ele vai ter sim, e com certeza Sam será feliz, assim como você também. - ela disse antes de abraçar e segurar a cabeça de Dean nas mãos para depositar um beijo em sua bochecha como disfarce para que ela recitasse um último feitiço da noite: o de esquecimento. Dean não podia se lembrar da visão que viu.

– Perdi alguma coisa? - Sam perguntou se aproximando com as bebidas.

– Não, só estava agradecendo Dean por ter acreditado em mim.

Sam

Eu finalmente tinha contado a Leanne sobre Alanis. Foi estranho ter relembrado várias coisas dela. Muitas delas eu não contei para Leanne por causa da minha vida de caçador que escondia dela. A maioria das nossas aventuras aconteceram quando fomos caçadores juntos.

Mesmo depois da morte eu sentia que ela me perseguia e estava lá de alguma forma. Entrei em depressão quando ela se foi e procurei conforto em outras mulheres enquanto tentava caçar o monstro que a matou e em um desses casos encontrei Kaira e fiquei com ela sem saber que ela era a Kaira. É engraçado como o destino funciona. Kaira me ajudou a me recuperar e viver minha vida em função de Leanne.

– Boa noite, pai. - Leanne se aproximou me dando um beijo de boa noite. Dei uma boa olhada nela e ainda era incrível como elas eram parecidas.

– Boa noite, Lee, te amo.

– Eu também te amo, pai. - ela olhou minhas mãos - ainda vendo a foto da mamãe? - ela perguntou.

– Sim, você me fez lembrar algumas aventuras. Essa foi nossa primeira foto. - Contei a ela - tirada no bar em comemoração a… - tentei pensar na melhor palavra - ao momento que sua mãe me salvou. - deixei implícito à mercê de sua imaginação. Ela não precisava saber o quão literal era aquela frase.

– Queria ter conhecido ela. - Leanne confessou.

– Eu queria ter tido mais tempo também. - sorri triste. - Vá dormir. Deixe seu velho aqui apreciando o quão linda as duas mulheres de sua vida são.

– Vê se não fica pensando muito nisso. - assenti e ela foi para seu quarto.

Desde que revi a minha foto com Alanis não parei de pensar nela, por isso peguei a foto original. A que estava com Leanne era só a cópia que Alanis me dera. Na parte da frente estava o recado simples que Alanis escrevera a grafite quando começamos a namorar "Alanis ♥ Sammy", era simples mas era uma um dos meus maiores tesouros. Atrás da foto não tinha nada escrito apenas uma sensação. A foto estava cheia da magia de Alanis, a que sobrou. Por isso ela fizeram uma cópia da foto, de alguma forma ela sabia que morreria e deixou um pouco da magia dela. Ela sempre sabia assim como sempre guardara segredo. Eu não duvidava de que aquela magia podia ser um encantamento, um de proteção, porque era o que ela fazia: protegia sua família.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do bônus e da Alanis.
E Feliz ano novo
E até 2016 com um capítulo novinho :)
Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rotten Soul" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.