Lei de Ação e Reação escrita por Evellyn e Clarissa
Notas iniciais do capítulo
Olá meninas, mais uma fic aqui. Achei que não ia voltar mais, mas acabei voltando.Eu simplesmente acordei um dia com essa ideia na cabeça e decidi me arriscar e postar.Mas antes quero deixar alguns pontos esclarecidos:* A fanfic é espírita, no entanto não vou aprofundar no assunto porque pode confundir a cabeça de algumas pessoas. * Quem achar interessante o tema e tiver interesse aconselho a fazer um estudo mais aprofundado (afinal tem muita coisa que não vou abordar, tipo o planeta Capela e os exilados, porque isso requer muita explicação e estudo para uma melhor compreensão), ou então ler alguns romances espíritas (posso indicar) que irão esclarecer mais.* Qualquer dúvida me mandem uma mensagem, tentarei ajudar e explicar da melhor forma possível.* O tema aborda religião, e espero que a frase "religião não se discute" seja sempre lembrada.* LEIAM SEMPRE AS NOTAS FINAIS E INICIAIS PORQUE CONTÉM INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA A FANFIC * Por favor, deixem comentários expondo a opinião de vocês. Adoraria saber o que acham a cada capítulo. Isso vale para as que costumam ser gasparzinhas também.Bom, sem mais delongas, vamos ao capítulo pessoal. Aproveitem.
“A quem, portanto, devem todas essas aflições, senão a si mesmos?
O homem é, assim, num grande número de casos o autor de seus próprios infortúnios.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo).
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Isabella Mary Cullen passara a tarde inteira e parte da noite em um abrigo para menores onde ajudava como voluntária.
Atuando como psicóloga, ela sempre dedicava ao menos dois dias da semana àqueles garotos tão perdidos e negligenciados pelo governo.
Chegou em casa às 20h:00min em ponto e estranhou que o marido ainda não havia chegado. “Será que está fazendo plantão? Mas ele não me avisou!”. Pensou Isabella estranhando a ausência do marido.
Quis ligar para ele, perguntar onde estava e se estava tudo bem, mas achou melhor tomar um banho e comer algo primeiro. Não colocava nada no estômago desde as quatro horas da tarde. E foi o que fez, tomou um banho e preparou um jantar leve para dois. O marido provavelmente também chegaria com fome.
Já eram mais de dez horas da noite e nada de seu esposo chegar. Começava a ficar preocupada, Edward não era de ficar até tão tarde no trabalho. Ligou para seu celular diversas vezes mas ninguém atendeu. Decidiu ligar em seu trabalho. O telefone tocou e a solícita recepcionista do hospital lhe informou que o Dr. Cullen terminara seu turno há mais ou menos três horas atrás.
Um sentimento estranho tomou conta de Isabella, arrepiou-se e sentiu o coração gelado. Alguma coisa estava errada.
Poucos minutos depois, quando pensava em ligar na casa dos sogros, o telefone de sua casa tocou. Atendeu meio impaciente, queria ligar logo para os familiares de Edward e tentar ter notícias suas. Para sua surpresa, as respostas que procuravam foram dadas por uma enfermeira que estava do outro lado da linha.
– Alô?
– Com quem eu falo? Gostaria de falar com algum familiar de Edward Anthony Cullen.
–Eu sou a esposa dele! Quem fala? Aconteceu alguma coisa com meu marido?
–Senhora Cullen, aqui é Mary Smith, sou enfermeira. Seu marido sofreu um acidente de carro e está recebendo os cuidados necessários em nosso hospital.
Depois de receber a notícia, tudo passou como um borrão para Isabella. Anotou o endereço do hospital fornecido pela enfermeira e saiu o mais depressa possível. Resolveu ir sozinha, informaria os pais e irmãos de Edward sobre o acidente quando chegasse ao hospital, o que foi uma péssima ideia, pois devido ao nervosismo quase batera o carro por diversas vezes.
Não olhou quanto tempo havia se passado até chegar, mas lhe parecia que fora uma eternidade. Tremendo e com o coração gelado pela apreensão, adentrou o hospital.
– Boa noite, sou Isabella Cullen. Recebi uma ligação informando que meu marido sofreu um acidente e foi trazido para este hospital. Em qual quarto ele está?
– O nome do paciente, por favor. – disse uma moça jovem e loira que estava na recepção.
– Edward Anthony Cullen.
– Certo. – respondeu ela sem muito interesse olhando na tela do computador. – Ele está fazendo uma cirurgia no momento. Você pode esperar no segundo andar, em frente à sala de cirurgia. Forneça seu nome e o nome do paciente na recepção para que a deixem a par do caso dele.
– Tudo bem, obrigada.
E assim Isabella fez. Subiu para o segundo andar, forneceu seus dados e do marido e o enfermeiro que estava na recepção prometeu lhe deixar a par de tudo. Lhe restou sentar e esperar.
Duas horas haviam se passado, e agora Isabella se encontrava na companhia do sogro e dos dois irmãos de Edward enquanto esperava por notícias.
– Senhora Cullen? Quem é a Senhora Cullen? – uma médica alta e loira apareceu na recepção e olhou para as pessoas aflitas que ali estavam esperando por notícias de seus familiares.
–Sou eu! Tem notícias de meu marido? Como ele está? – perguntou Isabella aflita.
–Sou a Dra. Rosalie Hale, sou a médica responsável pelo caso de seu marido. O Sr. Cullen sofreu um grave acidente de carro, ficando preso nas ferragens. Os bombeiros o trouxeram direto para cá depois de conseguirem resgatá-lo e ele foi encaminhado à sala de cirurgia às pressas. Seu marido perdeu muito sangue, quebrou as duas pernas e fraturou as vértebras T11 e T12.
– O quê?! Você está me dizendo que meu filho virou um paraplégico?! – Carlisle Cullen se manifestou exaltado. Assim como Edward, Carlisle Cullen era médico.
– Desculpe Senhor, mas não sabemos. Só poderemos dar esse diagnóstico quando ele acordar. – falou a médica sem demonstrar qualquer emoção e Carlisle assentiu, sabia que teriam que realizar alguns testes.
– E quando será isso? A anestesia passará logo? – Isabella perguntou com lágrimas nos olhos.
– A situação dele é delicada, está estável agora mas o trauma foi grande. Infelizmente o paciente está em coma. – a notícia deixou a todos em choque.
Carlisle Cullen fitou o vazio, tentando assimilar a informação. Esme Cullen, mãe de Edward, chorava de soluçar. Alice Cullen, filha caçula de ambos estava com o rosto branco e o corpo gelado, enquanto o filho mais velho, Emmett Cullen segurava a cabeça entre as mãos e proferia vários palavrões. À Isabella restou apenas chorar silenciosamente.
– Não acredito. Meu filho... como isso foi acontecer? – Carlisle sussurrou para si.
– Deus não existe! Deus não é justo! Por que ele deixou isso acontecer ao meu filho? Ele é tão bom! – Esme falava alto aos prantos.
–Podemos vê-lo? – perguntou Emmett com os olhos vermelhos por conta do choro contido.
– Ainda é cedo. Estão acomodando-o no apartamento do quinto andar. Quando as visitas forem liberadas pedirei que os informem. Até lá, não há porque continuarem aqui. – a médica falou antes de se retirar deixando para trás familiares desolados.
Todos seguiram a recomendação da Dra. Rosalie Hale, esperariam por notícias em casa. Todos menos uma pessoa. Isabella resolveu ficar por ali, não iria embora enquanto não pudesse ver o marido. Apenas às oito horas da manhã do dia seguinte lhe foi concedido o direito de vê-lo.
As olheiras arroxeadas denunciavam a falta de sono e os olhos vermelhos revelavam um choro recente. Ainda assim Isabella tentou se fortalecer mentalmente antes de entrar no quarto, sabia que o que viria ali poderia abalá-la profundamente.
Encontrou Edward deitado em uma cama com lençóis brancos. Estava pálido, como um morto. Apenas o leve movimento de seu tórax denunciava que estava respirando. O rosto antes perfeito como o de um Deus grego estava agora marcado por uma longa cicatriz que começava na testa do lado direito e ia até o outro lado, chegando ao queixo.
Um lado de sua cabeça estava raspada, haviam dado pontos em alguns cortes que pareciam ser bem profundos. Seus braços também estavam marcados, haviam cortes e escoriações espalhadas por ele.
Isabella sentou-se em uma poltrona ao lado da cama e chorou. Em meio aos soluços começou uma prece sentida e assim adormeceu.
Enquanto isso, no plano espiritual, Edward estava confuso. Lembrava-se que havia batido o carro, e quando acordou viu viaturas e ambulâncias se aproximando. Viu que retiravam alguém em meio às ferragens e colocavam em uma maca. Se aproximou e constatou surpreso que era o corpo dele que estava deitado naquela maca e sendo colocado dentro de uma ambulância.
Ficou atordoado e começou a perguntar aos presentes o que estava acontecendo, mas ninguém sequer o olhou. Resolveu entrar na ambulância então, iria tentar descobrir o que estava acontecendo.
– Esse aqui ficou mal, o acidente foi feio. – um dos paramédico disse ao seu companheiro de plantão.
– Será que estava bêbado? Pelo estado do carro ele deveria estar em alta velocidade. – falou o outro.
– Ei! Eu não estava bêbado seu paramédico de merda! Eu estava com pressa! Tinha assuntos pendentes para resolver. – Edward disse irritado e ficou mais nervoso ainda ao perceber que ninguém o havia escutado.
A ambulância parou e Edward percebeu que haviam chegado a um hospital. Acompanhou o seu corpo material até a sala de cirurgia e viu que teria que ser operado às pressas. Presenciou todos os procedimentos, mas estava irritado e confuso demais, não conseguia entender o que estava acontecendo.
– Hey! Presta atenção no que está fazendo, conseguiu seu diploma aonde? Pelo correio? – Edward falou irritado para o enfermeiro distraído que ajudava a médica. – Isso só pode ser um sonho! Um sonho maluco!
– Meu olho! Você viu meu olho por aí? Acho que o perdi. – Edward olhou assustado para um jovem que estava com o rosto todo ensanguentado e com um buraco negro no lugar do olho esquerdo.
– AAAAH! Quem é você? O que faz aqui?
– Sou James, e você? Não viu um olho de vidro por ai? Acho que perdi enquanto brigava com o cara que deu em cima da minha namorada. Se o achar por favor me devolva, vou continuar procurando. – dito isso o rapaz atravessou a parede da sala de cirurgia deixando um Edward chocado para trás.
– Meu bebê! Eu matei meu bebê! – uma mulher chorava alto encostada em uma das paredes da sala.
– Quem... quem é você? – Edward perguntou cada vez mais assustado. O que estava acontecendo?
– Eu matei meu bebê! Vi quando o levaram de mim. Ele chorava tanto! Disse que eu havia tirado a oportunidade dele de renascer. Mas eu não podia! Eu não podia ficar com ele. O que meus pais iam pensar? Minha barriga dói tanto! Não sei o que estou fazendo aqui neste hospital, era para eu estar na clínica de aborto! Meu filho nunca vai me perdoar! – a jovem saiu correndo da sala chorando totalmente atormentada e, como o rapaz, ela fez isso atravessando a parede.
– Mas que merda é essa?! –Edward disse assustado.
Ao longo de toda a cirurgia, Edward viu várias pessoas estranhas e em estados lastimáveis entrarem e saírem da sala. O jovem médico estava cada vez mais confuso.
Quando a cirurgia terminou, Edward acompanhou seu corpo até o apartamento em que ficaria. Sentou-se em um poltrona que havia ali e ficou olhando para seu corpo material sem entender. O que estava acontecendo? Onde estava? Era tudo um sonho?
– Não Edward, não é um sonho. – Edward olhou para o lado surpreso e encontrou ao seu lado um jovem loiro alto vestido como um soldado romano. – Você está na realidade espiritual agora. Você sofreu um acidente e está em coma, seu períspirito se desdobrou do corpo possibilitando essa nossa conversa.
– O quê?! Do que está falando? Eu o conheço... de onde nos conhecemos?
– Sim, nós nos conhecemos. Fomos irmãos, pai e filho, primos e colegas de ofício durante muitas vidas. Meu irmão, não está me reconhecendo? – o homem perguntou àquele que foi seu melhor amigo e companheiro durante milênios.
Os olhos de Edward se arregalaram, se lembrava vagamente do soldado que estava à sua frente mas tinha certeza que o amava.
– Jasper?? Jasper! É você? Esse é o seu nome? – o homem imediatamente lhe deu um grande sorriso.
– Sim, esse foi um dos meus nomes.
– O que faz aqui? Por que isso está acontecendo comigo? Quero ver minha esposa.
– Acalme-se Edward, tudo a seu tempo. Venho acompanhando-o e ajudando-o nesta encarnação desde o seu nascimento. O que ocorreu com você não foi um acidente do acaso, foi a providência divina lhe dando a oportunidade de se redimir por seus erros do passado.
– O quê? Como assim?
– Que tal darmos uma volta Edward? Precisamos muito conversar. Há coisa que você precisa se lembrar para garantir que você não falhe dessa vez.
– Falhar?
– Sim. Mais uma vez você está desperdiçando uma encarnação e não está cumprindo com os compromissos que assumiu antes de vir para o orbe terrestre.
– Compromissos? Não assumi compromisso algum!
– Sim, você assumiu compromissos perante o criador e não está cumprindo sua parte.
– Não estou entendendo.
– Não se preocupe, você vai entender e lembrar. Venha, vamos dar uma volta, há muito o que se discutir.
Apesar de confuso e achando aquela conversa papo de louco, Edward se levantou e acompanhou o soldado romano. Jasper, o soldado, sorriu. Seu irmão de outrora ainda tinha muito o que aprender.
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E ai, correspondeu às expectativas? LEMBREM-SE DE SEMPRE LEREM AS NOTAS INICIAIS E FINAIS DO CAPITULO PORQUE VÃO CONTER INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA A FIC. Beijos meninas, até o próximo capítulo.