Ela te ama, idiota! - Perina escrita por Bel


Capítulo 28
Cadê seus pais?




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— Anda logo, Pedro! O filme vai começar. – Eu gritei.
— Calma, não é você que precisa carregar mil coisas.
Olhei para Pedro e ele estava carregado de coisas, balde de pipoca, doces e etc. Nós estávamos em sua casa e íamos assistir um filme, só nós dois.
— Ah, tadinho do meu bebê, vou te ajudar. – Levantei do sofá e o ajudei com as coisas que ele carregava.
— Obrigado.
Logo estávamos acomodados no sofá, eu estava entre as pernas de Pedro e comia pipoca, enquanto ele comia todos os doces possíveis.

— K, por que você está chorando? – Pedro me olhou, preocupado.
— Porque essa parte é muito emocionante.
— Mas não precisa chorar.
— Sou sensível, Pedro. Olha só, o pai tem que dormir com o filho dentro de um banheiro de estação de metrô! É uma cena emocionante. – Limpei algumas lágrimas. Eu era mesmo sensível ao assistir filmes, principalmente dramáticos como o Em Busca da Felicidade. Posso ver esse filme mil vezes, mil vezes chorarei.
— Awn, não chora, princesa. – Pedro agora limpava minhas lágrimas teimosas.
— Tá, já vou parar. – Eu me recuperava, e de repente ele riu – Que foi? – Perguntei sem entender.
— Eu amo isso.
— O quê? Me ver chorar?
— Não, sua boba. Amo o teu jeitinho único de ser, sensível, carinhosa... – Ele começou a fazer carinho na minha nunca – Tão irresistível.
— Acho que você está me confundindo com outra pessoa. – Eu ri.
— E carismática, bem humorada sempre... quase sempre, né. – Ele fez uma careta – Linda, por dentro e por fora, Karina você é uma mulher incrível, e ainda tem jeitinho de menina, isso me encanta.
— Pedro, para, eu estou ficando sem graça. – Eu sorri meio sem jeito, sentia minhas bochechas corando.
— Estou apaixonado por você. – Ele aproximou nossos rostos.
— Sinto o mesmo por você. – Sorri feito uma boba.
— Te amo. – Ele puxou meu lábio de um jeito sensual.
— Te amo mais, te quero. – Eu lhe dei um selinho demorado.
— Você é minha. – Pedro chupou meu lábio.
— Sempre. Não quero ser de mais ninguém. – Pedro me puxou para seu colo rapidamente e começou a me beijar, tudo de um jeito muito sensual. A cada toque ele estava me supreendendo, e eu gostava disso.
— O que deu em você? – Eu ri ofegante, enquanto Pedro passeava suas mãos por dentro da minha blusa.
— Não posso ter um momento com a minha namorada? – Ele mordeu minha orelha, me fazendo arrepiar – Por que está ficando arrepiada,K? – Um sorriso malicioso brotou em seus lábios.
— Frio. – Eu ri, e ele começava a desabotoar os botões de minha blusa.
— Engraçado, não sinto nada. – Ele disse e eu ri alto.
Minutos depois eu estava com as pernas em volta da cintura de Pedro e sem a minha blusa, a blusa de Pedro se encontrava no chão também e eu passeava minhas mãos por seu peito.
— Você não quer subir? Vamos pro quarto. – Pedro falou entre os beijos que dava no meu pescoço.
— Talvez, não, não sei. – Pedro ia descendo os beijos e eu já não conseguia pensar direito.
— Quer? – Ele me deu um longo beijo.
— Quero, quero mais. – Eu não falava coisa com coisa, e Pedro parecia se divertir com isso.
— K, você quer subir pro quarto ou não? – Ele riu e voltou a beijar meu pescoço, dando mordidas também.
— Pedro,você está fazendo de propósito – Eu entrelaçava meus dedos em seus cabelos.
— O que eu estou fazendo? – Ele apertou minha cintura e depois começou a falar em meu ouvido – Você quer que eu pare? Quer? É só você mandar.
No outro minuto eu já estava deitada no sofá e Pedro estava por cima de mim, me beijando com vontade.
Até ouvirmos alguém tocando a campainha loucamente.
— Puta que pariu! – Pedro xingou irritado.
— Manda alguém antender.
— Todos os empregados estão de folga.
— Então deixa, não vai atender. – Eu puxei Pedro para mais um beijo caloroso e a campainha continou a tocar.
— Deve ser importante, amor. – Pedro saiu de cima de mim, vestiu sua blusa outra vez e foi ver quem era.
Logo ele estava de volta com Cobra ao seu lado.
— Cobra? O que faz aqui? E por que está pálido? – Perguntei.
— É, o que faz aqui, Cobra querido amigo? – Pedro falou meio impaciente – Explique, espero que tenha um ÓTIMO motivo!
— Eu vou falar, mas K, por que está de sutiã? – Cobra me encarou e eu percebi que não tinha vestido minha blusa – E está descabelada...você e Pedro não estavam... é,oh! Vocês estavam!
Rolei os olhos e peguei minha blusa, vestindo-a em seguida.
— Até alguém atrapalhar – Bufei.
— Me desculpem, mas é que eu fui assaltado!
— Como assim você foi assaltado? Ninguém assalta pessoas famosas!
— Vai nessa. – Cobra me olhou fazendo joinha – Levaram meu celular, o carro, dinheiro e o cartão do clube de golfe.
Cobra pareceu lamentar mais a perda do cartão do clube de golfe do que a perda das outras coisas.
— Quando foi isso? – Pedro perguntou.
— Logo depois que eu saí de um lugar, com uma pessoa.
—Não, eu digo, quando começou a jogar golfe? - Pedro perguntu pensantivo
—Há essas semanas atrás - eles sorriram até esqueceram do assalto
—Foco - falei, e Pedro voltou a prestar atenção
— Que lugar? Que pessoa? – Eu quis saber.
— Isso não vem ao caso.
— E por que você veio pra cá?
— Porque eu estou abalado demais para ir pra casa.
— Faça me o favor, Cobra!
— Eu vim buscar apoio aqui, Pedro!
— Então tá, toma um abraço. – Rafael abraçou o amigo e deu uns tapinhas em suas costas – O importante é que você está bem, vivo e saudável.
— Obrigado.
— Pronto, te dei meu apoio, agora pode ir.
— Que horror, Pedro. – Eu ri - Cobra, pode ficar aqui com a gente até se recuperar do trauma – Ri de novo – Só não abusa, hein.
— Obrigado, K.
— Mas e agora? E o carro?
— Estava no seguro, então não tem problema, né Cobra? Por favor me diz que o teu carro tinha seguro!
— Claro! Tá me achando com cara de Duca?
— Nunca se sabe, né.
— Enfim, agora eu vou pro meu quarto de sempre, e podem continuar o que faziam antes. – Cobra foi em direção às escadas.
Pedro olhou pra mim com um sorriso malicioso e eu cortei logo suas intenções.
— Nem vem, acabou o clima. – empurrei-o gentilmente quando ele tentou se aproximar.
— K, meu amor, a gente reconstrói o clima, vamos lá. – Ele me seguia enquanto eu andava em direção à cozinha.
— Não Pedro, não vai rolar. – Eu ri da cara que ele fazia.
— Cobra, eu vou te matar, dude. – Pedro gritou.
— Vai tomar um banho e relaxa, tá amor? – dei-lhe um selinho e comecei a pegar coisas para fazer um lanche.

— K, você acredita que o Cobra ainda está dormindo? Será que tá morto? – Pedro entrou na cozinha e se sentou ao meu lado.
— Ele deve estar cansado, coitado, um trauma e tanto. – Tomei um gole do meu capuccino e continuei mexendo no notebook que estava em cima da bancada.
— O que você está vendo aí? Parece concentrada... – Pedro riu.
— Tumblr e coisas....
— Que coisas? - Ele tentou ver o que mais eu lia – Ah, fofocas! Que feio, K. Está lendo um site de fofocas? – Ele riu de novo – Deixa eu ver – Ele pegou o notebook – E sobre o McFLY... sobre mim!
— Eu gosto de saber o que acontece... – Falei meio envergonhada.
— Mas você não pode acreditar em tudo que dizem, por favor, meu amor.
— Então é mentira que você está saindo com uma ruiva atriz pornô?
Pedro soltou uma risada gostosa e eu o acompanhei.
— K, para com isso... É coisa de gente desocupada, vem aqui – Ele colocou a mão em minha nuca e me deu um beijo calmo e carinhoso – Não leia mais essas coisas, tá?
— Ta bom... Mas posso ler as fofocas sobre o João? – Pedro me olhou – Estou brincando. Mas agora, mudando de assunto...
— Fala. – Ele acariciou meu rosto.
— Quando vou conhecer teus pais?
De uns tempos pra cá, vim pensando nisso, Pedro nunca me falou de seus pais e nem nada. Tentei evitar a comparação com Victor, mas não consegui. Quando eu namorava Victor, logo no início de nosso namoro ele me levou pra conhecer seus pais e nos demos super bem, mas isso é passado, passado.
— Meus pais? Por que isso? – Ele ficou um pouco nervoso, percebi.
— Porque sim...
— K, parece até que somos adolescentes do colegial assim, que besteira. Um dia você conhece meus pais.
— Que dia?
— Não sei, K. Por que tanto interesse nisso agora?
— Nada Pedro, nada...
Me levantei, peguei o notebook e deixei Pedro na cozinha sozinho, fui em rumo à sala.
(...)

Cobra já havia ido para sua casa, eu estava assistindo um filme no quarto, enrolada em vários cobertores. Estava frio e Pedro não estava em casa, ele me disse que ia comprar algumas coisas na rua, mas não sei o que era. Na verdade, não prestei atenção, eu não queria papo com ele.
Sim, eu fiquei um pouco chateada com a história dele não querer me levar pra conhecer os pais. Bem, ele não disse que não queria, mas foi isso o que pareceu. Será que eu não sou boa o suficiente e seus pais não me aprovariam? HAHA besteira isso! Ou não, pode ser a verdade, talvez seja isso...
Meus pensamentos foram interrompidos por Pedro, que acabara de entrar no quarto.
— Está muito frio pelas ruas...
Fiquei quieta e disfarçadamente olhei para ele. Vi que ele tinha em mãos produtos da Starbucks... AMO STARBUCKS!
Pedro se aproximou.
— Olha o que eu trouxe para nós, frapuccino e muffins. – Ele sorriu – Eu sei que você ama.
— Não estou com fome. – Disse, sem tirar os olhos da tv.
Obviamente era mentira, eu estava louca para comer aqueles muffins.
— Tem certeza? Estão uma delicia esses mufins. – Ele pegou um e deu uma mordida grande.
Fiquei em silêncio.
— Ah K, você está chateada comigo?
— Não.
— Por causa de mais cedo lá na cozinha?
— Não.
— Já entendi, está sim. – Ele deu mais uma mordida no muffin – Não fica assim, isso é besteira meu amor, é uma coisa sem importância.
— Pra você, Pedro! O que há de errado? Não sou boa o suficiente para seus pais me conhecerem?
— Nada disso...
— Você tem vergonha de mim?
— Oh, não fale besteiras, K.
— Então o que é?
— Não é nada, você ficou um pouco paranóica, eu acho. – Ele fez uma careta – Eu disse que não ia te levar pra conhecê-los? Não disse. Você vai conhecê-los,mas agora para já com isso.
— Não está me enrolando? – Perguntei desconfiada
— Não.
— Sei...
— Pega seu frapuccino agora. – Eu sentei na cama e ele me deu o copo com frapuccino.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? comentem, qual o user do fc de vcs no twitter ok? quero seguir todos, meu user se quiserem seguir @anajulizei beijooos