Not Just A Girl. escrita por Clary07pmore


Capítulo 18
Capítulo 17 - Not Ready.


Notas iniciais do capítulo

Bommm gente, o plano é postar toda segunda no período da noite/madrugada porque sou dessas. Espero que gostemmm



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Já se passaram três dias desde que Davina arrancou as memórias de Kol. Por longos minutos ela se encontrou pertíssimo de arrancar as próprias onde Kol aparecia, mas a sensação que Davina tinha ao pensar nele ela sabia que não encontraria nunca mais, então preferiu manter. Além do mais, a dor de saber que ele a veria e não a reconheceria a ajudava ser mais forte.

O tempo em Nova Orleans estava bem pacato. Davina decidiu que precisava sair de casa, então colocou um jeans qualquer, vestiu uma blusa cinza que antes se encontrava pendurada em uma cadeira e com suas curtas botas já bem surradas foi tomar um café.

Andar pelas ruas e tomar ar puro eram coisas bem perto do que Davina precisava. Ela observava tudo e todos. Viu grupos de crianças que corriam e pulavam pelas ruas, homens que mais pareciam serem carregados por suas pastas dando a impressão de estarem bem ocupados, e uma velhinha que entretinha turistas contando histórias sobre a cidade que ela já devia conhecer de trás para frente. Finalmente depois de algumas quadras percorridas Davina chegou ao café, que estava bem cheio para um meio de semana. Escolheu a mesa de forma aleatória e logo foi atendida por um rapaz que não parecia ser muito mais velho que ela.

– Boa tarde senhorita. Já sabe o que deseja? – Ele perguntou. Davina começou a reparar nele. Possuía os cabelos bem curtos e negros, tinha olhos castanhos claros lembrando mel e um sorriso divertido. Davina sorriu brevemente para o rapaz e pensou um pouco.

– Um cappuccino, por favor. – Ela respondeu depois de alguns segundos e o rapaz anotou.

– Apenas isso? – Ele olhava para os olhos de Davina como se fossem duas pedras hipnotizantes. Ela riu e fez que sim com a cabeça. – Bom... É... – Davina apertou os olhos para ler o nome no crachá do rapaz. Chamava-se Ansel. – Você está esperando alguém? -

Davina arregalou os olhos por um instante e riu. Ansel parecia um tanto sem graça.

– Não! Não, estou sozinha. – Ela respondeu de pressa para que a vergonha dele passasse e ele não ficasse desconfortável.

– Uma moça bonita como você? Sozinha? – Davina podia notar a coragem que ele colocou para dizer aquilo e se sentiu lisonjeada.

Pena que ela ainda não seguiu em frente.

Como se fosse uma maldição do destino, que nunca pareceu gostar muito de Davina, seu olhar se perdeu por alguns instantes no balcão do caixa, onde uma das caixas dava em cima de quem ela reconheceu por ser Kol Mikaelson. No momento, seu coração deu uma freada absurda, mas não demorou mais de dois segundos para ela se lembrar de que ele já não tinha ideia de sua existência. Antes que ela pudesse desviar o olhar, Kol a pegou o encarando e sorriu. Na mesma hora, Davina não pode deixar de gargalhar. Durante os últimos três dias tudo que Davina fizera foi chorar ao se lembrar de Kol e de todos os momentos em que tiveram juntos. E lá estava ela, sentada num café, encarando aquele que ela desejava que a deixasse para sempre, mas que queria ter até o fim dos tempos. A perda de algumas lembranças não o afetara em mais nada, pois lá estava ele, recostado na bancada enquanto encarava Davina com seu perfeito sorriso galanteador. Ao mesmo tempo em que Davina não conseguia parar de olhá-lo, não conseguia parar de rir, o que só instigava Kol a continuar fitando-a. De repente, Davina fechou os olhos e se lembrou. Lembrou-se de como viu Kol, do que fez com ele, do por que de ter se apagado de sua mente. Antes que as lágrimas pudessem brotar de seu rosto, a voz de Ansel a despertou.

– Senhorita? Você está bem? – Ele questionou pondo a mão em seu ombro, e por uma fração de segundo seus olhos voltaram para Ansel. Ao dar uma ultima olhada no canto onde se encontrava Kol, ele havia sumido. Davina notou então que não passava de uma imagem de sua cabeça.

– Sim, eu... Estou bem. Você acha que pode cancelar o pedido do café? – Davina focou em Ansel e não pode deixar de perceber o ar de decepção no rosto do rapaz.

– Você já está indo? – Ele perguntou com uma ponta de esperança.

– Eu realmente preciso ir. – E a esperança foi completamente cortada por Davina. – Mas muito obrigada. –

Davina rapidamente pegou sua bolsa e se levantou, correndo em direção à porta.

Logo ao sair, Davina da um esbarrão em alguém, quase caindo.

– Opa, foi mal. – Davina congelou.

Reconheceria aquela voz em qualquer lugar.

– Kol, você realmente devia tomar mais cuidado quando - Ao lado de Kol estava Rebekah, que pareceu tão pasma quanto Davina ao observar a cena.

– Eu sei, eu sei. – Kol revirou os olhos para Rebekah e se concentrou em Davina. Ao olhar fundo nos olhos dela, ele sorriu. – Espero não ter te machucado. –

– Não, não machucou. – Davina respondeu um pouco rápido, e depois riu distraída. Rebekah estava tentada a gargalhar, porém se controlou.

Kol e Davina continuavam apenas se entreolhando, e cada piscada de Kol era uma pontada em Davina.

– Eu... Eu tenho que ir andando. Mas foi bom ver você Rebekah. – Davina começou, desviando sua atenção de Kol.

– Vocês se conhecem? – Kol perguntou com sua costumeira feição travessa.

– Marcel me apresentou há Davina alguns dias atrás. – Rebekah respondeu com uma firmeza admirável.

– Por que será que eu não dou essas sortes? – Kol perguntou retoricamente e Davina riu.

– Agora deu. – Davina respondeu, e pela primeira vez desde o café ela não estava nervosa, triste ou magoada. Ela sentia a mesma ansiedade e intensidade da primeira vez que o conheceu.

– Davina, esse é meu irmão Kol. – Rebekah se precipitou, se divertindo com cada segundo daquele momento. – Kol, essa é Davina Claire. –

Ambos apertaram as mãos.

– Davina Claire? Belo nome. – Davina se arrepiou dos pés a cabeça e riu. Não se lembrava do quão bem seu nome soava na voz de Kol.

Kol e Davina esqueceram que seguravam as mãos. Aos poucos, os micro segundos se dissolviam nas horas em que estiveram juntos, mesmo sendo muito poucas. Kol pareceu fazer uma pause interna e desceu seus olhos para onde sua mão e a de Davina se encontravam. Davina olhou apavorada para Rebekah, que arregalava os olhos para ela. Por um momento pensaram que Kol podia se lembrar de tudo, mas logo ele subiu a cabeça e soltou a mão de Davina, trazendo um tremendo alívio para ela. Davina deu um passo para traz, preparando-se para ir embora. Kol permaneceu com o olhar distante, parecendo desconcertado.

– Agora eu realmente tenho que ir. – Davina anunciou calmamente.

– Precisamos conversar Davina, te ligarei logo. – Rebekah disse sem cerimonias. Davina concordou com a cabeça.

– Foi um prazer Kol. – E sem esperar respostas, Davina se virou e começou a andar.

– Davina Claire! – Kol a chamou e ela se virou, sem conseguir conter uma risada. – Vou te ver de novo? –

Kol sorria. Davina levou a mão à cabeça se punindo por permitir que aquilo acontecesse.

– Se estiver com sorte. – Davina concluiu e Kol riu com seu jeito vitorioso de ser. Ela finalmente conseguiu se virar para ir embora.

Davina estava pesarosa e tranquila ao mesmo tempo, mas tudo que rondava sua cabeça era se realmente voltaria a ver Kol.


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Notas finais do capítulo

Hoje só postei mais tarde pois minha internet está horrível. Quero agradecer a Little Wolf pelo coment no capítulo passado e gostaria de pedir para que aqueles que ainda acompanham não deixarem de dizer o que acham da fic. Semana que vem devo postar na madrugada de domingo pois entrarei em semana de testes. Até a proximaaaa