Impossible's Path escrita por Zessu


Capítulo 2
Capítulo 01: Ky - Dawn's Path


Notas iniciais do capítulo

Para aqueles que curtem os games de Pokémon, saibam que eu modifiquei o real significado de IV's e EV's em minha história, para ficar exatamente do meu jeito. Espero que gostem.

Agora, como havia dito antes, eu usarei essas Notas do Capítulo para postar pequenas e rápidas curiosidades sobre meus personagens, ou sobre o próprio capítulo em questão.

John Vermont:

John, um dos protagonistas desse Capítulo, é conhecido mundialmente, por ser um grande Treinador Pokémon. Ele já participou de várias Ligas Pokémon e, antes de chegar em Kanto, havia até mesmo vencido a Liga de Sinnoh, o que é simplesmente incrível.

Ele adora provocar as pessoas, sejam amigas ou adversárias, sempre com seu sorriso.

Seu time é sempre formado por grandes e pesados Pokémon. Ele adora um bom ataque ao lado de uma boa defesa. Sempre foi seu jeito de lutar.

Mesmo após esse Capítulo, eu pretendo manter John Vermont na história, mesmo que não como um dos protagonistas. Por ser um Treinador Pokémon incrível, e um ótimo rival, eu o usarei de várias maneiras excelentes.

Aguardem a volta dele :P



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Ano 2014, 25 de Julho

Faziam exatos 228 dias desde o meu último abraço em minha irmã. E admito que eu já estava começando a enlouquecer. Você já tentou ficar 228 dias sem a pessoa mais importante em sua vida? Se não, ótimo, nunca nem ao menos pense em tentar. É doloroso demais.

A gente ainda se falava quase todos os dias pela internet ou celular, mas não era a mesma coisa. Meu mundo havia mudado desde sua partida e isso era inevitável. O amanhecer sempre chegava e esse fato continuava o mesmo. Sempre.

A primeira coisa que eu sempre fazia após acordar, era correr até a cozinha, pegar nosso café da manhã, que mamãe sempre deixava pronto em cima da mesa, e leva-lo até o quarto de minha irmã. Eu beijava sua testa e então a acordava, carinhosamente. Algumas vezes ela era teimosa e não acordava de forma alguma, então eu era forçado a usar minha tática secreta, que eu gosto de chamar de “Cócegas do Despertar”. Ela dava aquele sorriso bobo dela e então eu sabia que meu dia estava pronto para começar. Ao lado dela.

Após sua partida, todo o meu ânimo em acordar simplesmente desapareceu. Eu mal queria sair da cama. Se não fosse por aquela nossa promessa, eu não teria forças para continuar meu dia a dia como se estivesse tudo bem. Não estava, mas eu tentava fingir que sim.

Meu amigo, Brad, sempre me chamava de louco, por causa de meus sentimentos por minha irmã. E não cansava em dizer que eu estava elevando demais todo esse meu problema. Para ele, meus sentimentos eram exagerados por demais, pois ele mesmo tem uma irmã, a ama, mas não com tanta intensidade assim. Eu não deveria amá-la do jeito que a amo.

Isso é loucura. Como eu não deveria amar minha própria irmã? Aquela que está sempre ao meu lado, não importa o que aconteça. Aquela que eu consigo sentir dentro de mim, bem no fundo do meu ser. Como não amar uma pessoa que simplesmente se recusa a sair de seus pensamentos? É impossível não amá-la com todas as minhas forças. Simplesmente impossível.

Talvez seja verdade que nem ao menos eu fosse capaz de medir o quanto a amava. Ou então saber o que todo esse sentimento realmente significava. Mas uma coisa eu sabia, o dia em que esse meu sentimento desaparecesse, seria o dia em que eu estivesse morto. Ponto.

Eu tinha que encontrar alguma maneira que fosse capaz de me animar, mesmo que quase impossível. Algo que pudesse fazer meu dia, até o próximo amanhecer, mais fácil. Por isso, mesmo com toda a falta de vontade de minha parte, meu pai havia me inscrito para o “Curso Preparatório do Professor Carvalho”, onde em apenas um mês, disse ele, eu seria capaz de entender todos os novos fatores dessa nossa nova Geração Pokémon e muito mais.

Alguns termos nasceram nos últimos anos, após inúmeras pesquisas feitas por um grupo de pesquisadores, intitulados “Looking to the Future”, e esse curso é exatamente para ensinar esse tipo de coisa, já que em breve eu estaria iniciando a minha Jornada Pokémon.

Eu não sabia tudo, mas o bastante para entender um pouco sobre cada um desses novos termos. Eles eram: Natures, IV’s e EV’s. Os detalhes completos de como surgiram ou o porquê, eu não tinha, mas meu conhecimento era o bastante para entender o que cada um deles representava nessa nova Geração.

Nature, é relacionado com a natureza de um Pokémon. Sua personalidade. Modo de ser. Descobriram que a personalidade de um Pokémon era capaz de afetar seu crescimento. Afetava, de uma forma totalmente real e única, seu poder. Haviam pesquisado mais de vinte Natures e como cada uma delas influenciava os Pokémon.

IV’s, ou Individual Values, representava a capacidade individual de cada Pokémon. De acordo com as pesquisas feita por esse grupo, cada Pokémon possuía um limite quanto o quão forte poderiam ficar através da experiência obtida em treinamentos e batalhas. O crescimento físico de um Pokémon, que só ocorre por esses meios de evolução, é diferente para cada um deles. E são os IV’s que nos mostram isso hoje em dia, graças a nossa evolução em pesquisas nesse ramo.

EV’s, ou Effort Values, tem a ver com os esforços de seu Pokémon durante toda sua jornada. Esses números estão ligados diretamente aos IV’s, pois são eles que nos mostram o quão capacitado a crescer nosso Pokémon realmente é. Os EV’s mostram o andamento do crescimento Pokémon e até onde podem chegar através de treinamentos, batalhas e aventuras.

Meu pai disse que tudo isso não quer dizer, de maneira alguma, que há um limite para o poder de um Pokémon, muito pelo contrário. Pois há um outro fator muito mais importante do que qualquer coisa, algo que ele tinha de sobra com o Pikachu, algo que nem mesmo pesquisadores poderiam estudar e enumerar: Os Sentimentos! Isso mesmo, o amor entre o Pokémon e seu Treinador, a emoção que há entre eles, seus sentimentos provindos de inúmeros momentos juntos. Tudo isso pode influenciar no poder total de um Pokémon. Portanto, é impossível medir o quão forte um Pokémon pode vir a se tornar. No entanto, claro, com esses novos termos, as pessoas hoje são capazes de ter uma ideia básica de como seu Pokémon realmente é forte e como a experiência de suas conquistas o ajudam a crescer e se tornarem ainda mais poderosos. É realmente uma grande evolução em nosso mundo.

O principal motivo para ele me inscrever nesse curso, era seu medo por eu vir a levar meus sentimentos por minha irmã tão a sério que eu passasse a esquecer o real sentido de uma verdadeira jornada, que, principalmente, se centraliza em torno dos Pokémon e nossos relacionamentos ao lado deles.

Eu não sabia, ou conseguia, responder a isso. Eu amo os dois, porém de formas diferentes. Não há meios de se comparar isso.

Mas no fundo eu entendia a preocupação de meu pai, já que, por ser considerado o melhor Treinador Pokémon do Mundo, um verdadeiro Mestre Pokémon, ele vivenciou tantas aventuras quanto possível, ao lado do Pikachu e dezenas de outros Pokémon e amigos. Ele sempre sabe o que dizer e eu confio nele por completo. Ele é incrível. Meu herói.

Por isso, apenas por ele, eu já estava a caminho do primeiro dia de aula. Ao lado de Brad, claro. Eu tentava sempre não ter que fazer nada sem minha irmã, mas quando precisava, era ao lado de Brad que o faria. Meu único e melhor amigo.

− Parceiro, sai dessa – Começou Brad – Você parece um cãozinho abandonado. É patético.

Ele era meio direto.

− Olha, eu sei que você gosta de sua irmã, mas do jeito que está indo, parece que você poderia cair morto a qualquer instante – Ele fez questão de bloquear meu caminho para dizer isso – E eu não o culpo por isso, cada um tem seu jeito de amar, mas você está exagerando demais. Se não fossem irmãos, eu poderia afirmar que você gostaria de namorar a Kaila.

Talvez direto demais.

− M-mas, o q-quê? – Ele me pegou totalmente de surpresa – C-claro que não, Brad... c-claro que... não.

Droga. Me atrapalhei tanto, por ter sido confrontado de uma forma totalmente inusitada, que acabei o permitindo pensar estar certo. E não estava. Eu não amava minha irmã dessa forma.

Ficamos um pequeno tempo em silêncio depois disso e voltamos a caminhar. Eu estava envergonhado, e Brad não parecia querer se desculpar pelo absurdo que disse. E eu não iria me sentir bem novamente com ele até que o fizesse.

Porém, antes que um de nós sequer pensasse em dizer algo mais, eu recebi uma chamada em meu celular. Fiquei feliz por ter aparecido algo do nada que pudesse aliviar a tensão do momento, por isso peguei meu aparelho o mais rápido possível.

Eu simplesmente não consegui conter meu sorriso. Era ela.

− Ei, Kai-

− Você não vai acreditar no que eu consegui – Ela nem me deixou terminar de falar – Tente adivinhar, tente adivinhar!

Ela é sempre assim. Tão eufórica que nem ao menos lhe permite terminar uma fala, quando está feliz com alguma coisa nova. Eu sempre amei isso. Por isso eu sorria ainda mais naquele momento, deixando Brad com aquela cara suspeita novamente.

− Oh, ok – Eu disse, disfarçando o fato dela ter me interrompido segundos atrás – Deixe-me ver....

Eu já estava pronto para dar um palpite do que poderia ter acontecido, mas, era óbvio, ela não me deixaria falar.

− Uma Water Stone, uma Water Stone! – Ela estava gritando de alegria – Sabe o que isso significa? Meu Deus, um de meus sonhos irá se realizar, mal acreditooo!

Eu sabia a resposta, já que ela sempre compartilhou todos seus sonhos comigo. Porém, também sabia que aquela pergunta era inútil, pois antes mesmo que eu pudesse tentar responder, ela apareceria me cortando. Por isso fiquei em silêncio, esperando ela comentar de uma vez.

− Eu terei meu próprio Vaporeon! – Eu conseguia sentir a felicidade dela, através de suas palavras – Ky, eu conseguiii!

Eu estava tão feliz por ela. Era como se eu mesmo estivesse realizando um sonho.

− Sim, Kaila – Eu sabia que ela tinha se acalmado, por isso responde-la agora não seria um problema – Isso é perfeito! Mal posso descrever o quão feliz eu estou por você. Só queria poder estar aí com ti agora, nesse momento único de sua vida...

Eu parei, ao perceber o que estava fazendo.

Idiota! O momento era de total felicidade e acabei estragando tudo com palavras tristes. Como eu podia ser tão egoísta?

− Ky, eu sinto mui-

− Não, por favor, me perdoa, Kaila – Dessa vez fui eu a interromper – Eu não queria atrapalhar esse momento, comentado algo tão egoísta. Eu sinto muito, muito mesmo.

Eu estava mal.

Brad percebeu que eu havia realmente ficado deprimido, então para ajudar, ou atrapalhar, ele pegou meu celular, me fazendo dar um pulo de susto.

− E aí, Kaila, sou eu, Brad – Ele disse, aparentando estar satisfeito por ter tomado o celular de mim – Como estão as coisas, minha linda? Não conheceu nenhum garoto por aí, né?

“Minha Linda”. O que estava acontecendo? Por alguns segundos eu não estava entendendo, mas então tudo fez sentido. Ele sempre sorria para ela quando estávamos juntos, era o mais gentil possível. E se tinha uma coisa que Brad Stiles não era, era gentil. E toda aquela falação sobre eu ser exagerado demais com meus sentimentos. Como eu não percebi isso antes?

Brad gostava de minha irmã.

− Ah, Brad, oi... – Ouvi a dizer, surpresa – Eu estou bem, sim, obrigada por perguntar...

Até quando pega de surpresa ela era gentil e educada.

− Oh, relaxa – Ele disse – E não se preocupe com o Ky, ele não tinha a intenção de aborrecer o momento feliz de vocês. Ele é apenas um idiota.

Certo, ele estava tentando me ajudar ou o quê?

− Sim, eu sei disso – Ela parecia estar séria agora – Eu consigo entender ele melhor que qualquer um, portanto não se preocupe. E, ah, nunca mais o chame de idiota, entendido?

Toma essa, Brad. Na sua cara!

− Desculpe, eu não estou conseguindo te ouvir – Ele começou a fingir alguns chiados, para não ter que lidar com àquela linda resposta que havia tomado – Zzz, zzz, Kaila, ainda está aí? Caramba, não consigo te ouvir, zzz, zzz...

“Click”. Ele cancelou a chamada. Ele desligou na cara da minha irmã. Não acredito.

− Ei, seu idiota – Eu disse, tentando pegar meu celular novamente de suas mãos – O que pensa que está fazendo? Como assim você desligou na cara dela? Eu ainda queria falar com ela.

Ele não se esforçou em brigar, apenas me entregou o celular. Ele então olhou pra mim, com aquele jeito sério dele novamente, e disse:

− Foi mal, parceiro, mas não consegui te ajudar.

O quê? Como se ele estivesse tentando isso. Ele tentou ganhar pontos com ela e acabou sendo chutado e agora estava fingindo que nada aconteceu. Que maldito!

Deixei pra lá e não insisti mais naquela conversa, apesar de ainda estar preocupado quanto a ele gostar dela. Não sabia porquê, mas algo me incomodava lá no fundo quanto a isso.

E, também, esperava que minha irmã não tivesse ficado aborrecida com tudo isso. Eu sabia que ela não retornaria a ligar novamente naquela hora, agora que sabia sobre minha insatisfação egoísta. Ela me conhecia bem e sabia que eu só precisava de um momento para pensar e deixar tudo voltar ao normal.

Porém, eu nunca me perdoaria se tivesse estragado de verdade aquele seu momento de felicidade. Meu consolo era saber que ela estaria nesse momento com sua grande amiga, Luna, o que me deixava mais aliviado. Isso porque eu já havia falado com ela em várias ocasiões e podia afirmar que a amizade delas era verdadeira.

Luna sempre me ajudava, me contando coisas que Kaila não dizia durante nossas conversas, afim de me deixar ainda mais tranquilo em relação a nossa separação. Eu não a conhecia pessoalmente, mas já a adorava muito. E era totalmente grato por todas essas vezes em que me ajudou.

Brad e eu não dissemos mais nenhuma uma palavra sobre o assunto. Apenas seguimos calados até o local do Curso Preparatório do Professor Carvalho. De um jeito ou de outro, nós nunca conseguíamos ficar brigados um com o outro. Éramos realmente verdadeiros amigos.

Ano 2014, 7 de Dezembro

Eu mal podia acreditar. Ela realmente havia conseguido. Um de nossos grandes sonhos estava bem diante de minha irmã, o que me deixava com uma felicidade impossível de ser descrita.

Estávamos no último dia da primeira semana de Dezembro. O último dia da Liga Pokémon de nossa Região, Kanto. E minha irmã ainda estava na disputa, forte como nunca. Sabem o significado disso?

Ela estava no confronto Final!

Em seu primeiro ano como Treinadora Pokémon, minha irmã havia atingido uma marca impressionante. Mesmo novata, ela passou por todos os obstáculos dessa jornada e, nesse momento, se esforçava ao máximo para receber o título de Campeã Regional de Kanto. Título que até mesmo meu pai levou anos para conseguir.

Kaila era tão incrível que eu mal podia me conter em frente a TV. Sim, infelizmente eu não fui até o estádio torcer por ela. Prometemos nos encontrar em breve para iniciarmos nossa jornada, portanto até que ela terminasse essa parte de sua aventura, não poderíamos dar início a nossa. Mas meus pais estavam lá, na cabine dos convidados especiais, torcendo e cuidando dela por mim.

Admito que, imaginar que minha irmã pudesse vir a ser a grande Campeã de Kanto ao amanhecer, me deixava muito orgulhoso. Não há alegria maior, que ver alguém que você ama realizar seus sonhos.

Eu, Brad e o Professor Carvalho estávamos em minha casa, nos exaltando de alegria sempre que minha irmã derrotava um dos Pokémon de seu oponente final. A disputa não estava a favor dela no momento, o que me deixava muito apreensivo. Mas por conhece-la melhor que ninguém, eu sabia que desistir era a última coisa que a veria fazer. Ela estava obstinada, concentrada. Totalmente preparada para o que viesse a seguir.

− Incrível! – Gritou o narrador do espetáculo – A talentosa filha do grande Ash Ketchum, Kaila, demonstrou mais uma vez o enorme poder de seu Ivysaur! As coisas ainda estão longe de parecerem boas para o lado dela, mas desistir definitivamente será a última coisa que fará!

O placar agora estava assim: John – /X/X/X/X/O/O/ Vs /X/X/X/X/X/O/ - Kaila.

A plateia no estádio era enorme e contagiante. Todos aplaudiam e exaltavam a grande novata de Kanto. A linda garota que em apenas um ano conseguiu alcançar resultados incríveis dentro de uma grande Liga Pokémon. Dificilmente seu nome seria esquecido. Pessoas do mundo inteiro, não apenas de Kanto, a reconheceriam por anos. Kaila Ketchum!

Mas, claro, seu oponente não era nada fácil de se lidar. John Vermont, nascido em Unova, veterano em Ligas Pokémon. Em sua entrevista para o canal responsável pelo torneio, John contou como venceu a Liga Pokémon de Sinnoh e obteve ótimos resultados em Hoenn, Kalos e sua região natal. Ele já tinha experiência de sobra. 15 anos de idade e dono de uma equipe Pokémon incrivelmente poderosa.

Kaila havia derrotado o Walrein de John momentos atrás, mas ainda estava em uma situação difícil. A batalha estava 5-4 para John agora, significando que Ivysaur era o último Pokémon disponível de minha irmã, enquanto ele ainda possuía mais dois.

Haxorus e Walrein conseguiram derrotar vários Pokémon de minha irmã durante o confronto, deixando ela em uma situação de três contra um. Ivysaur contra mais três. Mas eu sabia que ela ainda não estava derrotada e muito menos desanimaria. Por isso agora a situação não era tão melhor assim, mas ainda era acreditável. Dois contra um. Ivysaur contra mais dois. Eu acreditava neles com todo o meu coração.

− Nada mal, garotinha – Provocou John – Não imaginei que fosse derrotar meu Walrein dessa forma. Admito que essa estratégia que você preparou, com seu Sneasel e Ivysaur, está me dando nos nervos.

Ele não disse mais nada, ao perceber que minha irmã não se abalaria de forma alguma com suas provocações. Ele poderia chama-la de garotinha o quanto quisesse, e ela se manteria focada e decidida. Ela não era nada inocente, no meio de uma Batalha Pokémon. Muito pelo contrário, ela era séria e calculista. Essa é minha irmã.

Todos estavam prontos para saber qual seria a próxima escolha de John. Minha irmã e Ivysaur olhavam atentamente, enquanto John o lançava ao ar e ele saia de sua Pokébola, pronto para a batalha.

− Seu poderoso Emboar! – O narrador parecia feliz com a escolha – Será esse o combate final dessa incrível Liga Pokémon, ou Kaila e Ivysaur conseguirão derrotar o invicto Pokémon inicial de John Vermont? – A plateia gritava de emoção, seguindo seus passos – Não sabemos o que esperar desse grande confronto, mas uma coisa é certa: nenhum desses dois Treinadores desistirá até o fim!

Todos se arrepiaram ao ver o quanto Ivysaur e Emboar estavam obstinados. Eles se olhavam com fervor, prontos para dar o seu melhor. Pareciam rivais de longa data. Era nítido o desejo de vitória de cada um deles.

Foi minha irmã quem quebrou a tensão e deu o primeiro passo:

− Ivy, vamos lá! – Ela estava pronta.

Ela nem precisou especificar seu comando, pois graças a inúmeros treinamentos, praticados dia e noite, Ivysaur já sabia o que fazer. Eles tinham uma estratégia poderosa juntos. Uma que, aliás, fui eu quem a ajudou planejar.

Sempre que conseguia um novo Pokémon ou adquiria novas Técnicas, ela me ligava e ficávamos horas conversando sobre táticas de batalha. Assim que me disse que havia capturado um Sneasel capaz de usar Dig, eu pensei na hora em uma estratégia interessante e eficaz, ao lado de Ivysaur. Era algo simples, porém que requeria treinamento. E isso era algo que ela estava sempre disposta a fazer, ao lado de toda sua equipe.

E foi exatamente essa estratégia que Ivysaur foi iniciar, sem perder mais nenhum segundo.

− Tsc, aquilo de novo – John parecia irritado – Não, garotinha, não dessa vez! Emboar, rápido, se aproxime de um dos buracos!

O campo estava lotado de buracos, feitos por Sneasel, em sua batalha contra Nidoking de John. Esses buracos eram interligados por túneis, tornando possível qualquer Pokémon, que coubesse em seu pequeno espaço, se mover por todo o campo de batalha, pelo subsolo. Era algo incrível, se planejado de forma correta. Algo que minha irmã havia dominado com dias de treinamento ao lado de Sneasel e Ivysaur, protagonistas do “Grande Subsolo Solar”, como nós nomeamos.

Todos no estádio já sabiam o que viria a seguir, pois foi assim que Ivysaur derrotou Walrein, por isso não conseguiam parar com toda a agitação que faziam. Até mesmo o narrador parecia eufórico.

Porém dessa vez era diferente. John já sabia o que aconteceria, por isso comandou Emboar a se aproximar dos buracos, pronto para tentar impedir toda aquela estratégia.

− Hora de sua estratégia se voltar contra você, garotinha – Insistiu John, ao ver Emboar pronto – Flamethrower, agora!

Isso surpreendeu a todos no estádio. Ivysaur ainda estava nos túneis, que são todos interligados. Por isso, caso Emboar lançasse um Flamethrower em qualquer um dos buracos, ele poderia atingir Ivysaur onde quer que estivesse. Assim, ele impediria o Pokémon do Tipo Grass/Poison de dar continuidade ao seu plano de batalha.

Mas Kaila não parecia estar preocupada, na hora que viu o que Emboar estava prestes a fazer, pelo contrário. Ela sorriu.

− Agora, Ivy! – Ela gritou, obstinada.

Antes que Emboar pudesse lançar seu Flamethrower por sua grande boca, os dois Vine Whips de Ivysaur apareceram rapidamente subindo pelo buraco, deixando a todos de boca aberta. Eles se enrolaram em torno do peito de Emboar, puxando-o contra o solo. Por ter sido pego de surpresa, Emboar mal pôde se equilibrar, caindo pesadamente no chão, cancelando seu ataque.

Ninguém acreditava no que via. Kaila havia contra-atacado o contra-ataque de John. Foi incrível.

− Droga – Praguejou John – Não pense que derrotará Emboar em uma disputa de força, garotinha. Não nos subestime!

Emboar pressionou seus dois grandes punhos contra o chão, até mesmo criando buracos ao redor, usando uma força impressionante. Ele tentava se levantar de todo jeito. Obviamente, ele tinha a força necessária para se levantar e puxar Ivysaur por aquele buraco, caso tivesse a chance. Mas Kaila não deixaria isso acontecer, assim tão fácil.

− E você, não pense que ficaremos parados, assistindo vocês se livrarem de nossa armadilha, querido – Contestou Kaila, sorrindo – Ivy, Sludge Bomb!

Eu estava arrepiado. Ela é impressionante.

Emboar mal pôde se preparar para o poderoso ataque de Ivysaur, por ter começado a se esforçar em sair daquela situação. Ele foi atingido em cheio, bem no peito, por uma grande esfera de poluição, roxa e poderosa. O golpe foi tão poderoso que fez o enorme Emboar grunhir de dor. Ele parecia angustiado, sofria não só com o enorme dano do golpe, mas também com aquele Vine Whip que se recusava a larga-lo, apertando o mais forte possível. E mais, o efeito extra do golpe de Ivysaur havia despertado. Emboar agora estava envenenado e em péssimo estado.

Ivysaur não parecia estar fraquejando, pelo contrário, puxava Emboar contra o chão novamente, se aproveitando do dano causado com seu Sludge Bomb. Ele não era um Pokémon comum, com poder mediano. Era o Pokémon inicial de minha irmã. Aquele especial, que faria de tudo para se tornar mais e mais poderoso, por sua Treinadora. Eles se amavam verdadeiramente. E isso era o bastante.

− Já chega – Grunhiu John – Mantenha esse Vine Whip inútil se quiser, mas dessa vez você terá que recuar, garotinha! Emboar, envolva-se em chamas, Flame Charge!

Emboar não estava derrotado ainda, e demonstrou isso rapidamente ao envolver todo o corpo com o Flame Charge, ferindo Ivysaur através de seu Vine Whip, que se mantinha em torno de seu corpo. Não era um dano direto, mas por ser Super Efetivo, foi o bastante para forçar Ivysaur a soltá-lo, recuando sua técnica imediatamente.

John não precisou dizer nada. Emboar já estava furioso o bastante, para saber o que fazer em seguida.

Foi tudo muito rápido. Instantes após Ivysaur recuar seu Vine Whip, Emboar já estava com seu próximo golpe pronto para ser disparado. Aquele poderoso Flamethrower finalmente foi capaz de penetrar o buraco. John sorria.

Uma enorme explosão ocorreu dentro daqueles túneis. Pilares de fogo surgiam a todo instante, por cada um daqueles buracos, como se fossem gêiseres. Emboar se esforçou ao máximo para usar aquele golpe, por isso suas chamas eram enormes. O narrador e todos no estádio foram a loucura com aquele poder.

Assim que toda aquela poeira começou a se dissipar, John entendeu o motivo de Kaila não ter se desesperado com aquele ataque. Ela nem ao menos havia dito alguma coisa. Não estava certo, John sabia disso, por isso ficou furioso.

− O que foi, garotinha – Ele disfarçava sua preocupação, demonstrando estar com raiva – Meu Emboar torrou você também, como fez com seu pequeno Pokémon?

Ele realmente queria afetar minha irmã. Mas o afetado ali era ele mesmo. Kaila apenas sorriu.

− Apenas olhe para cima, querido – Foi o que ela disse, assim que boa parte da poeira havia baixado.

Ivysaur estava lá, no alto. Seu bulbo brilhava intensamente. John sabia que preparar aquele golpe, enquanto se mantinha nos túneis, era o grande triunfo daquela estratégia, mas mesmo assim não acreditava no que via. E não era o único no estádio.

Aí está, um dos motivos da grande eficácia do “Grande Subsolo Solar”. Ao se manter dentro dos túneis, mesmo que bem pouco, Ivysaur é capaz de reunir luz solar para seu poderoso ataque, enquanto permanecia escondido. Estava tudo pronto.

Ivysaur estava focado, olhando diretamente para Emboar, que mal podia conter sua surpresa.

Minha irmã deu o sinal. Um enorme poder foi disparado de seu bulbo.

− Solar Beam! – Gritou ela, totalmente confiante.

A poeira nem ao menos tinha desaparecido por completo, quando Emboar recebeu todo aquele poder. Mesmo com toda sua resistência e perseverança, ele não conseguiu se manter e foi carregado pelo poderoso raio. Emboar foi jogado para fora do campo de batalha, chegando a se chocar fortemente contra a parede do estádio.

Ivysaur era simplesmente incrível.

John gritou por seu Pokémon, não acreditando naquilo. O narrador mal conseguia falar algo, e toda a plateia do estádio estava de boca aberta. Todos viram, mais uma vez naquela semana, o quão poderoso era o Ivysaur de minha irmã.

A tensão sumiu e tudo estava calmo novamente. Porém Emboar ainda estava no chão. Não havia sido derrotado ainda, mas se mantinha lá, com dificuldades em se levantar.

John grunhiu que ele ainda era capaz de lutar, mas Emboar mal conseguia ouvi-lo. Ele era constantemente atingido pelo veneno causado pelo Sludge Bomb. E após tudo o que havia acontecido naquela batalha, era normal ele mal ter forças para se manter em pé. Mas ele não havia desistido.

A plateia começou a gritar por seu nome, ajudando-o a se manter. Até mesmo Kaila havia percebido o quanto Emboar se esforçava. Assim como Ivysaur era seu primeiro Pokémon, Emboar era o primeiro de John. Ele não podia perder. O laço entre eles era forte.

Emboar começou a se levantar. Demorou alguns segundos, mas ele se manteve em pé. Estava exausto, bufando de cansaço de segundo a segundo. Era nítido que ele era incapaz de continuar. Mas ali ele estava. Em pé e decidido a seguir em frente.

John percebeu o quanto seu parceiro estava se esforçando e ficou feliz. Ele então tentou dar o próximo comando:

− Muito bem, parceiro, vamos ne-

− Não, John – Disse minha irmã, interrompendo seu formidável oponente – Olhe direito.

John ficou surpreso e olhou para Emboar, que começou a cair lentamente. Ele havia desmaiado. Estava fora de combate.

− Meu Deus – Gritou o narrador – Que batalha foi essa? Emboar finalmente caiu. Mesmo após persistir tanto, ele tombou! A vitória é de Kaila e Ivysaur!

John – /X/X/X/X/X/O/ Vs /X/X/X/X/X/O/ - Kaila.

Todos no estádio ficaram exaltados e tristes ao mesmo tempo, pois ver aquela cena de Emboar se esforçando tanto, foi o suficiente para comover a todo mundo.

John estava perplexo. Não apenas por ter perdido, mas por não ter sido capaz de perceber que seu Pokémon já estava derrotado e fora de combate. Ele retornou seu grande Pokémon e lhe pediu desculpas, emocionado. Minha irmã sorriu, também emocionada. Ela entendia bem aquele tipo de amor.

Agora o confronto estava empatado. John tinha apenas mais um Pokémon. Kaila e Ivysaur contra seu último oponente naquela Liga Pokémon.

Essa havia sido a primeira vez que John viria a perder cinco de seus Pokémon em uma batalha nesta Liga. Por isso ninguém sabia qual viria a ser sua sexta escolha, mas todos estavam totalmente concentrados nisso. Mal conseguiam desviar o olhar de John.

O Treinador de Unova, depois de aparentar estar bastante sério e focado, lançou sua última Pokébola.

Era um formidável Aerodactyl.

Minha irmã não levou mais que dois segundos, para ver o verdadeiro problema, que viria com aquela escolha de John.

− É o que estou pensando? – Gritou o narrador, mais animado que antes – Em seu pescoço! É uma Aerodactylite!

Todos sabiam o que isso queria dizer, por isso não paravam de gritar, eufóricos.

John ainda se mantinha focado, demonstrando frieza. Ele levou sua mão até o bolso de sua calça e tirou uma pedra de lá.

Era uma Key Stone.

Finalmente veríamos uma Mega Evolução naquela Liga Pokémon. Até mesmo eu mal conseguia me conter, pois sabia que isso poderia significar a derrota de minha irmã. Eu já havia visto o enorme poder do Mega Charizard de meu pai, por isso tinha certeza de que essa seria de longe a maior batalha de minha irmã até agora.

Eu me sentia mal por ela.

Ano 2014, 8 de Dezembro

Por um lado, eu estava feliz. Claro, não porque minha irmã havia perdido, mas sim porque agora poderíamos começar a nossa história, juntos, assim que o amanhecer chegasse e eu fizesse meus 10 anos de idade.

Havia conversado com meu pai pelo celular, e ele me informou que Kaila pretendia passar alguns dias em Kalos, na casa de Luna, antes de iniciar sua nova aventura. A princípio eu fiquei preocupado, mas logo em seguida ela tomou o celular de meu pai e conversou comigo, me tranquilizando ao dizer que me queria lá amanhã mesmo. Pois seria lá o início de nossa jornada. Começaríamos tudo em Kalos.

Eu não pensei duas vezes e em pouco tempo já tinha tudo preparado. Todas as minhas roupas e tudo quanto é coisa importante que eu viesse a precisar, estavam em minha mala. Mamãe havia voltado naquela manhã, por isso foi capaz de me ajudar a arrumar tudo da melhor forma possível.

Passei a tarde inteira ao lado de minha mãe, tentando confortá-la sobre a saída de mais um filho, e fazendo de tudo para aproveitar esses últimos momentos, já que não a veria por algum tempo. Ela estava muito feliz por mim, principalmente depois do que passei esperando por Kaila, mas, claro, ainda estava triste quanto a minha saída. Não há mãe mais atenciosa que ela, por isso a amo do fundo do meu coração. Sinto que faria qualquer coisa por ela, pois tinha certeza de que ela sim o faria por mim.

Eu tinha que pegar um avião em poucas horas, mas antes eu precisava me despedir de Brad. Eu precisava abraça-lo uma última vez.

Quando cheguei em sua casa, fiquei surpreso.

− E aí, parceiro – Ele estava com uma mala bem ao lado – Demorou, hein? Mas, deixa pra lá, vamos embora que temos um avião para pegar.

Eu não sabia quem, mas alguém havia contado a ele que eu estava de partida. Eu apenas sorri.

Ele sempre dizia que não iniciaria sua jornada até que eu estivesse pronto. Mesmo ele sendo mais velho que eu três meses. Ele sempre me esperou, pois dizia que seríamos grandes rivais e não queria ir na frente. Sempre dizia que nunca perderia pra mim.

E agora, ele viria comigo até Kalos, mesmo sempre dizendo que seu sonho era participar da Liga Pokémon de Kanto. Tudo por mim.

− Que foi? – Ele perguntou, ao perceber minha surpresa – Não pensou que deixaria você sumir assim do nada, né? Eu disse que seríamos rivais, parceiro, e faremos isso na mesma Região. Eu quero lhe derrotar nas finais da Liga Pokémon, seja ela onde for. Compreendeu?

Ele sorria, confiante. De uma coisa eu tinha certeza: eu não perderia para ele de maneira alguma!

− Heh, entendo – Eu disse, apertando sua mão, em um cumprimento que marcava o início de uma grande rivalidade – Vamos nessa, então!

Mamãe nos levou até o aeroporto, após parar rapidamente no laboratório do Professor Carvalho, já que eu gostaria de me despedir dele, também, e agradecê-lo por tudo que havia me ensinado.

A noite já havia caído e o céu brilhava com milhares de estrelas. Era uma visão linda. E eu sabia que Kaila, lá em Kalos, estava olhando para essas estrelas nesse exato momento.

Me despedi de minha mãe uma última vez e entramos no avião. A viagem seria um pouco longa, mas conseguiria dormir tranquilo, sabendo que o próximo amanhecer seria o mais especial desde minha última vez ao lado de minha irmã. Ele chegaria, e eu poderia finalmente abraça-la de novo.

Eu chegava a gelar meu peito, de tanta ansiedade. Eu mal acreditava.

Ano 2014, 9 de Dezembro

Brad me acordou com alguns socos, assim que aterrissamos.

Havia amanhecido, assim como o esperado. Esse foi o primeiro amanhecer, em muito tempo, em que eu me sentia realmente aliviado e contente.

Havia combinado com Kaila de nos encontrarmos no shopping do aeroporto. Ela disse que estaria comprando roupas com Luna. Fiquei imaginando o quão linda ela estaria, quando a visse em roupas novas. Eu chegava a corar, só de pensar.

Antes que pudéssemos perguntar alguém onde ficava o shopping, meu celular tocou. Era ela.

− Ei, Kaila – Respondi, feliz – Já estamos aqui no aeroporto.

− Ora, ora, se não é o outro filho do pirralho – Fiquei surpreso, não era a voz de minha irmã – Prepare-se para uma bela encrenca, garotinho!

Isso era alguma piada? Quem era essa pessoa com o celular de minha irmã?

Brad percebeu que eu havia ficado perplexo, por isso tomou meu celular e gritou, perguntando quem era. Não teve resposta. A chamada foi cancelada e segundos depois recebemos uma nova mensagem.

Meu coração palpitava numa velocidade incrível. Eu não estava nada bem.

A mensagem dizia para seguirmos o caminho enviado para o GPS em meu celular. Havia um ponto marcado no mapa, era para estarmos lá o mais rápido possível.

Brad tentou me aliviar, dizendo que podia ser uma espécie de surpresa que Kaila havia preparado com suas amigas. Mas eu não conseguia pensar dessa forma. O jeito daquela voz. Havia algo nela que me assustava demais.

Mas guardei minhas lágrimas o melhor que pude e segui, ao lado de Brad, para o local marcado no mapa. Era um galpão abandonado. Na porta dizia: “Mantenha-se Longe”.

Mais uma vez, um mau pressentimento percorria todo o meu corpo. Minha irmã tinha que estar bem. Por favor.

Brad viu que eu não me movia, por isso foi até a porta e a abriu ele mesmo. Ele também estava um pouco assustado agora, mas se mantinha ali, ao meu lado, ainda tentando me tranquilizar, como um bom amigo o faria.

O que vimos, assim que entramos pela porta, quase me fez desmaiar. Eu estava quase surtando. Era impossível manter minhas lágrimas agora. Não podia ser.

− Droga – Disse Brad, surtando, assim como eu – É a porra de um corpo, parceiro! Meu Deus, o que está acontecendo aqui...

Brad começou a olhar ao redor, mas eu não conseguia afastar meus olhos daquilo bem na nossa frente. Havia uma lona branca cobrindo algo. E sangue. Muito sangue.

Por favor... não!


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Notas finais do capítulo

Para quem tiver interesse em saber quais eram os dois times usados por Kaila e John, está aqui:

Kaila Ketchum:
— Ivysaur
— Rapidash
— Vaporeon
— Persian
— Ampharos
— Sneasel

John Vermont:
— Rhyperior
— Emboar
— Haxorus
— Walrein
— Aerodactyl
— Nidoking

Obrigado por terem lido, e se possível, deixe seu comentário e espere pelo Capítulo 02 :)