Mister K. escrita por Jiinga


Capítulo 14
Oportunidades


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, sei que prometo isso a quase todo capítulo, mas vou começar a postá-los com mais frequência agora. Finalmente determinei a sequência de acontecimentos que vai ter de agora até o final! 기대해 주세요!



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Devo ter ficado uns quinze minutos parada na calçada depois daquilo. Não podia voltar para a Gumiho e encarar K. depois do que havia acontecido, então mandei uma mensagem para ele e peguei um táxi até em casa.

Ha Eun já estava dormindo quando cheguei. Como eu esperava, ela não havia se preocupado, e quando deu seu horário de dormir, ela havia ido direto para cama.

Não consegui dormir. Liguei e desliguei o ventilador várias vezes, joguei minha coberta no chão e peguei-a de novo, prendi e soltei meu cabelo. Cheguei a tomar um antihistamínico para ver se ficava com sono, mas não conseguia tirar minha mente dos acontecimentos daquela noite. Por fim, liguei a TV na MBC e fiquei assistindo reprises de dramas com a esperança de pegar no sono.

Quando eu estava quase dormindo, meu celular vibrou ao meu lado. Peguei-o e antes de ler a mensagem, percebi que já eram sete e meia da manhã. Olhei para a janela e percebi que já estava claro. Eu havia virado a noite e não pregado o olho.

A mensagem era de Yoon-ssi.

"Preciso conversar com você. Venha ao meu escritório quando chegar."

Mais essa agora. Será que eu havia feito algo de errado?

Não tendo mais nada para fazer, levantei e tomei um banho. Coloquei a água na temperatura mais fria que conseguia sem tremer debaixo dela, tentando me livrar do sono que finalmente me tomava, mas precisei de muita maquiagem para esconder as olheiras. Quando cheguei na cozinha, Ha Eun já havia servido o café da manhã e estava começando a comer.

– Ah, olha só quem resolveu voltar pra casa! - ela comentou.

– Desculpa, tive que resolver umas coisas na Gumiho até tarde.

– Essas "coisas" que você teve que "resolver" envolvem o Mister K.?

Respirei fundo.

– Você não acreditaria se eu te contasse tudo. E eu realmente não estou a fim de contar.

Eu ficava de muito mau-humor quando estava com sono, e Ha Eun sabia disso, então ela apenas esboçou uma cara de tristeza e continuou a tomar seu café da manhã. Aquele seria um longo dia.

Assim que terminei de comer e de me arrumar, peguei o metrô até a estação perto da Gumiho, mas passei num Café antes para comprar algo para me manter acordada pelo resto da manhã. Segui direto para o escritório do Yoon-ssi, rezando para não dar de cara com nenhum dos membros do Shortcut até lá. Bati na porta levemente.

– Pode entrar - chamou ele.

Abri a porta e entrei no escritório. Yoon-ssi estava sozinho, sentado atrás de sua mesa, como no dia da minha entrevista de emprego. Nem parecia que fazia tanto tempo desde aquele dia.

– Eu fiz alguma coisa errada? - perguntei, antes mesmo de me sentar.

– Não, não, pelo contrário! - ele exclamou, me acalmando imediatamente - É sobre a sua música.

– Ah, bom... O que tem ela?

– Eu estive pensando... Você tem trabalhado bastante no processo de gravação dela, já que foi você que a escreveu. O que você acha de dar sua opinião na promoção e divulgação dela também?

– Como... Como assim?

– Bom, vamos ter que fazer teasers e coisas do gênero. Você costumava ser fã do Shortcut e do Colorcube, então sabe do que as fãs deles gostam. Gostaria que você pensasse em como devemos proceder com a divulgação da música daqui em diante. Você ganharia por isso, é claro. O que acha?

Pensei por alguns segundos. Quando eu era mais nova, adorava analisar os teasers que as companhias divulgavam das músicas que seriam lançadas. Adorava discutir com minhas amigas do fã clube oficial do Shortcut qual seria o novo conceito deles, ou o que os misteriosos teasers de "What's Next?" da Gumiho significavam. Essa seria uma oportunidade única.

– Mas é claro que eu topo!

– Ai, que ótimo! Certo, o que acha que devemos fazer, então? - ele apoiou os cotovelos na mesa e o rosto nas mãos.

– Bem... Hum... - respirei fundo - Primeiramente, devemos fazer um photoshoot com o K. e a Stella, ambos com novos estilos.

– Já estamos cuidando disso. Os dois vão mudar de penteado e o time de figurinistas já está trabalhando nas roupas.

– Certo. Bem, acho que o primeiro teaser que devemos revelar é um "What's Next?" no mesmo conceito da colaboração. Os fãs vão começar a se perguntar do que se trata, e como o Shortcut já anunciou o comeback, eles vão achar que é sobre isso.

– Espera, mas os fãs não vão ficar decepcionados quando descobrirem que não é o Shortcut?

Neguei com a cabeça.

– Alguns já vão imaginar que não seja. Quando revelarmos que vai ser uma colaboração, eles vão ficar animados por ser algo que não viram ainda. Além disso, logo depois de anunciarmos tudo sobre a colaboração, podemos lançar uma nota à imprensa dizendo que o comeback do Shortcu será em seguida, assim os fãs vão pensar "Ah, a Gumihou nos 'trollou', mas realmente vai ter um comeback do Shortcut logo."

– Ah entendi. Incrível. Continue por favor. - Yoon-ssi tinha um grande sorriso nos lábios.

– Ok, em seguida, devemos revelar um teaser com a silhueta dos dois, pra que os fãs comecem a discutir quem são os artistas. Se os penteados deles estiverem realmente diferentes, vai ficar difícil adivinhar. - Yoon-ssi anotava minhas ideias enquanto eu falava - Alguns dias depois, revelamos uma delas. O K. deve ser o primeiro, porque vai ser realmente chocante saber que ele vai participar de alguma coisa depois de tantos anos.

– Faz sentido. E também vai amenizar os riscos de as fãs se revoltarem por não ser o Shortcut.

– Exato. Não é o Shortcut, mas é o K., que é justamente o membro que esteve mais ausente do mundo do entretenimento. Quando revelarmos que é a Stella, os fãs do ColorCube vão ficar muito felizes, já que vêm pedindo o debut solo dela há muito tempo. Porém, a princípio, todos vão achar que ela só fará o rap em uma música do K., por isso precisamos mandar uma nota a algum site de fofocas famoso como "um representante da Gumiho", dizendo que foi reportado que a Stella vai cantar e não só fazer rap. Isso vai levar os fãs à loucura, acredite.

– Você acha que devemos anunciar que a música foi escrita por uma fã do Shortcut que agora trabalha conosco?

Fui pega de surpresa pela pergunta, e corei.

– Vocês... Fariam isso?

– Se você quiser...

– Bem... Eu... Adoraria... - respirei fundo - Mas seria uma péssima ideia. Os fãs ficariam irritados se soubesse que "Mine" foi escrita por uma fã, pois se perguntariam "por que ela, e não eu?". Mas acho que depois de anunciar que a Stella vai cantar e de lançar alguns teasers em foto, você deve fazer mais um pronunciamento anunciando que o dinheiro arrecadado pela venda do single será destinado a melhoramentos na Sorin Art School, e então no artigo você pode citar que ela foi escrita por mim. Mas não mencione que eu era uma fã, sério.

– Certo. - ele anotou mais algumas coisas no papel. Era incrível como essa situação se assemelhava ao dia da minha entrevista - Só isso?

– Podemos lançar uma contagem regressiva também. E é bom nos prepararmos, porque se os fãs gostarem, eles vão querer um clipe.

– É, mas infelizmente não poderemos ter um. Assim que o single for lançado, teremos que começar a focar no comeback do Shortcut.

– Tudo bem. Espero ter ajudado.

– Ajudou bastante. - ele deitou a caneta sobre o papel- Escute, Hye Rin-ah. Você parece entender bastante disso. Se tudo der certo com "Mine", talvez possamos discutir uma promoção.

– Sério? - perguntei, pasma.

– Sim. Vamos precisar de alguém competente para lidar com as promoções do comeback do Shortcut.

– Isso seria incrível!

– Ótimo, então para o seu bem, espero que dê tudo certo dessa vez.

– Muito obrigada, Yoon-ssi! - exclamei.

– Sem problemas. Agora, tratando-se de outra coisa, gostaria de pedir mais um favor a você.

– O que seria? Pode contar comigo.

– Tivemos uma competição de karaokê ontem na nossa cafeteria, e o prêmio dos vencedores foi um tour pela Gumiho. Você acha que poderia acompanhá-los? Não deve ser nada demais, você só precisa mostrar as salas mais importantes, esses adolescentes se impressionam com qualquer coisa que tenha relação direta com famosos.

– Um tour? Hum... Não acho que eu conheça bem o suficiente o prédio, mas prometo dar o meu melhor.

– Ótimo. Eles devem chegar em algumas horas, então pode usar esse tempo para explorar os andares que ainda não conhece.

– Certo. Obrigada de novo, Yoon-ssi. - curvei-me antes de sair da sala.

Durante todo o tempo até o almoço, explorei o prédio da Gumiho. Eu havia estado em apenas alguns andares até então, mas algumas horas foram suficientes para que eu conhecesse o lugar todo, e soubesse que salas não podia mostrar aos visitantes - como a do nosso CEO -, desci para almoçar na cafeteria.

Por sorte, não havia encontrado nenhum dos membros do Shortcut no caminho. K. devia estar ocupado com alguma coisa a ver com a colaboração com Stella, e os outros deviam ter sido liberados de suas agendas por isso.

Enquanto caminhava em direção à cafeteria, reparei em dois adolescentes entrando pela porta principal. Seriam os dois que eu deveria acompanhar? Mas eles não deviam estar lá em pelo menos uma hora.

Parei de caminhar e escutei a garota de longos cabelos pretos perguntando algo à recepcionista. Captei as palavras "karaokê" e "tour" enquanto ela falavam. Eram definitivamente eles. Meu almoço deveria ficar para depois.

– Acho que vocês estão procurando por mim. - eu disse, me aproximando, e ambos ergueram o olhar para mim - Meu nome é Min Hye Rin, vou acompanhar vocês no tour pela Gumiho.

– Ah, que bom, já estava achando que tínhamos sido enganados. - disse a garota - Meu nome é Hae Mi Hi.

– Sou Park Yong. - disse o garoto ao lado dela. Ele tinha cabelos castanhos e era muito familiar.

– Vocês são alunos da Sorin? - perguntei e eles assentiram - Acho que eu vi você por lá. - o garoto olhou confuso para mim - Vi um garoto cantando no jardim quando estava indo embora, era você?

– No jardim? Hum... Acho que sim...

– Você estava cantando "Star Cutter".

– Ah, então provavelmente era sim.

– Você estava cantando muito bem. - sorri e ele corou - Bem, vamos para o tour?

Os dois assentiram e eu os guiei até o elevador.

Passamos pelo primeiro andar, onde ficavam as salas de dança. Havia alguns trainees praticando, mas ninguém que fosse famoso o suficiente para impressionar os dois adolescentes. Eles apenas os encaravam com curiosidade, como se estivessem se perguntando o que os outros haviam feito para passar na audição da Gumiho.

No segundo andar, ficavam nossos "estoques". Naquelas salas, guardávamos tudo que já havia sido feito na Gumiho. Algumas continham DVDs, livros e álbuns de foto, como se fossem uma espécie de biblioteca pessoal da companhia. Outras continham roupas que já haviam sido usadas em clipes, filmes e entrevistas. Havia também um estoque de goodies dos grupos da Gumiho e salas onde eram guardados diversos instrumentos. Aquele andar definitivamente impressionou os dois.

No terceiro andar ficavam a sala de imprensa e os camarins dos grupos, que estavam completamente vazios. Yong e Mi Hi pareceram ficar realmente decepcionados por isso, mas eu os animei dizendo que talvez pudéssemos conseguir alguns goodies para eles no final do tour.

No quarto andar, ficavam as salas de gravação, que também estavam vazias. Os dois estavam ficando realmente tristonhos, então resolvi contar algo que os deixasse melhor.

– Ei, vocês querem saber um segredo? - eles olharam para mim, confusos - Vocês prometem por tudo nesse mundo que não vão contar a ninguém? - os dois assentiram - Certo, estamos gravando uma música para ajudar a escola de vocês.

– Como assim? - perguntou Yong.

– Os lucros que obtivermos com ela irão para a escola, pra ajudá-la a voltar a ser o que era. É um tipo de parceria da Gumiho com a Sorin.

– A Sorin está tão decadente assim? - perguntou Mi Hi, incrédula.

– Que incrível! - exclamou Yong - De que grupo vai ser?

– Bem, isso eu não posso dizer. E vocês realmente não podem contar nada a ninguém por enquanto, se não podemos estragar as chances da música fazer sucesso e salvar a Sorin. Entenderam?

Os dois assentiram. Pareciam bons garotos, e eu sentia que podia confiar neles. Quase nunca estava errada sobre esse tipo de coisa.

Continuamos nosso tour para o quinto andar, que era uma espécie de salão de beleza da Gumiho. Era ali que os artistas recebiam seus tratamentos de beleza, e onde se arrumavam para entrevistas na sala de imprensa.

Assim que entramos, reconheci duas vozes. K. e Stella estavam sentados lado a lado, ambos com tocas nos cabelos que estavam sendo hidratados. Eles conversavam e riam entre as frases.

Pude sentir os adolescentes congelando ao meu lado. Eu sabia o que eles estavam sentido, havia passado exatamente por aquilo no meu primeiro dia na Gumiho.

– Não se preocupem, podem vir.

Eu me aproximei dos dois, com os adolescentes logo atrás de mim.

– Hye Rin-ah! - exclamou K. ao me ver, e depois estreitou os olhos na direção dos adolescentes.

– K-ssi, esses dois ganharam o concurso de karaokê que teve na cafeteria da Gumiho ontem.

Stella curvou-se para o lado, e observou Mi Hi atrás de mim.

– Ah, é você. - ela murmurou.

– Me desculpe por ter corrido. E sim, era eu naquele drama.

– Sem problemas. - Stella sorriu para a garota, que corou.

– Mister K-ssi. - murmurou o garoto e K olhou para ele - Eu... Bem... Sou um grande fã do Shorcut.

K. piscou por alguns segundos, e então um grande sorriso cresceu em seu rosto.

– Prazer em conhecê-lo, então. Quando é o seu nome?

– P-Park Yong.

– Legal. Você quer um autógrafo?

– Sério? Isso seria possível?

– Claro que seria. Hye Rin-ya, você tem papel e caneta?

– O quê? Ah, sim, espere. - tirei um caderninho e uma caneta da minha bolsa e entreguei para ele. K. escreveu algo em uma folha de papel, arrancou-a, e entregou-a ao garoto. Esse era o K. que eu conheci quando era adolescente: um bad boy em frente às câmeras, mas um fofo com seus fãs.

– Muito obrigado! De verdade! - Yong pegou o papel e se curvou a noventa graus.

– Ei, pessoal, eu vou mudar a cor do meu cabelo, que cor vocês acham que eu deveria pintar? - perguntou Stella, que estava se olhando no espelho há algum tempo.

– Eu acho que rosa cairia muito bem em você. - comentou Mi Hi, e então tampou a boca como se não quisesse exatamente ter dito aquilo.

– Sério? - Stella ergueu uma sobrancelha - Olha, acho que você tem razão. Vou falar pro nosso cabelereiro. - ela sorriu e a menina corou.

– Bem, temos que continuar nosso tour, vejo vocês depois. - me curvei levemente, e me dirigi à saída. Os outros dois me seguiram depois de também se curvarem.

O resto do tour foi pelo sexto andar, onde ficavam os escritórios dos diretores, gerentes e coisas do gênero. Passamos pela sala do Yoon-ssi, que os cumprimentou, mas os dois estavam totalmente distraídos após terem se encontrado com K. e Min Hi.

O último andar pertencia ao CEO e aos grandes acionistas, então eu não poderia levá-los lá, o que significava que aquele era o fim do nosso tour. Acompanhei-os até a saída, onde os dois se despediram dizendo que iriam para um ponto de ônibus ali perto e agradeceram pela visita.

Chamei um táxi, pois estava começando a ficar frio e eu não queria voltar para casa depois que escurecesse, pois não havia pegado casacos o suficiente. Enquanto esperava na saída do prédio, balançando-me em meus calcanhares para me esquentar, K. saiu de lá.

O cabelo dele, antes platinado, agora estava azul claro com algumas mechas roxas e rosas.

– Uau, você ficou bem assim. - comentei e esbocei o melhor sorriso que o frio me permitia.

– Obrigado. - ele sorriu também - O que ainda está fazendo aqui?

– Esperando um táxi. Está muito frio pra voltar de metrô.

– Eu te levo. - ele disse, mas hesitei - O que foi? Não tem problema, eu ia te dar carona ontem de qualquer forma. E acho que precisamos conversar.

Engoli em seco, mas ele tinha razão. Eu havia sumido na noite interior e mandado apenas uma mensagem dizendo que voltaria pra casa de táxi. Sendo assim, assenti e o acompanhei até a garagem, mandando uma mensagem para a companhia de táxi no caminho para cancelar o pedido.

O carro de K. era tão chique eu não saberia dizer o tipo ou a marca porque nunca havia tido acesso àquelas informações. Eu me sentei no banco do carona, sentindo-me desconfortável. K. ligou o rádio, e uma ballad que estava no topo dos charts ultimamente começou a tocar. Ele colocou meu endereço - que já sabia por causa do dia em que dormiu lá - e deu partida.

Ele só falou quando já havíamos saído da garagem:

– Ficou tudo bem ontem?

Respirei fundo, sem saber ao certo como deveria responder.

– Na verdade não.

– O que aconteceu? O Fox não respondeu minhas mensagens o dia todo.

– Eu... Não sei se posso dizer. - olhei pela janela. Se Fox não havia me contado sobre seus sentimentos até a noite anterior, ele provavelmente não teria contado aos garotos também, e eu não queria ser a pessoa a dar a notícia.

K. suspirou.

– Ele gosta de você não é? - olhei para ele e não disse nada. K. tirou os olhos da rua por um segundo, e ao olhar nos meus olhos, soube a resposta. - Tsc. - ele estralou o pescoço e ajeitou as mãos no volante.

Nós dois não trocamos mais nenhuma palavra durante todo o resto do caminho. Eu fiquei olhando pela janela, observando a paisagem artificialmente iluminada de Seul e ouvindo as músicas que tocavam no rádio.

Finalmente paramos em frente à minha casa, e eu abri a porta ao meu lado.

– Obrigada pela carona.

– Min Hye Rin. - ele disse, assim que coloquei meu é direito no chão, e eu me virei - E se... - ele virou-se para mim - Eu gostasse de você também?

Engoli em seco. Não precisava olhar no espelho para saber que minhas bochechas estavam completamente vermelhas. "E se" ele gostasse de mim? Eu nem sabia o que pensar sobre isso. Era algo tão distante e impossível que não havia passado pela minha mente nem em meus dias de fã obcecada.

Demorei longos minutos para responder.

– Então acho que... Vocês teriam que resolver as coisas entre vocês. - era a resposta mais sincera que eu podia dar. Eu não podia ser a garota que traria discórdia ao Shortcut quando eles estavam tão próximos de voltarem a ser o que eram.

Mas isso era tão injusto comigo. É claro que eu gostava de K. também. Fox havia sido um fofo comigo desde que nos conhecemos, mas ele não fazia o meu tipo, e não havia nada que pudéssemos fazer para mudar isso. Mas eu nunca diria isso se fosse um risco para o futuro do Shortcut.

As lágrimas começaram a se formar em meus olhos, então tratei de sair rapidamente do carro e bater a porta atrás de mim, correndo para a porta. Demorei para conseguir colocar a chave na fechadura, e quando destranquei a porta, ouvi o barulho da janela do carro se abrindo.

– Só para você saber... - disse K. - Se eu tiver que lutar por você, eu o farei.

Ele deu partida no carro e desapareceu pela rua.


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