Bem-vindo a nova era {Hiatus} escrita por G Aqui, Temperana


Capítulo 30
Dreams


Notas iniciais do capítulo

Sim, estamos vivas!
Eu não posso falar muita coisa, por que acabaria com o encanto do capítulo, então, fiquem a vontade.
Ps: Ouçam "Dream" durante a leitura.
Link-https://www.youtube.com/watch?v=qEpx3QyWX7s



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Asgard

–GUARDAS! –Sif gritou das masmorras e dois guardas foram até ela. –Comuniquem ao seu... hã... rei... que eu exijo a presença do mesmo o mais rápido possível. –Os guardas saíram em direção à escada.

–O que acham que Loki está tramando? –Perguntou Fandral.

–Boa coisa é que não é. –Thor respondeu.

–O que temos que fazer é ter paciência. Loki tirou nossas armas e nos trancafiou na masmorra, meus antepassados e é impossível escapar dela sozinho.

–Eu juro, quando isso tudo acabar eu vou tirar a cabeça do Loki com minhas próprias mãos.

–Se isso realmente acabar você não vai fazer isso, por que não é o Loki que está fazendo isso, é o éter. –Disse Thor.

Midgard-Sortland

–Cheguei Astrid. –Andrew avisou a filha.

–Já vou descer pai! –Ela respondeu do andar de cima.

–Pode ficar a vontade Sofia, a casa é sua. –Ele disse para a mulher ruiva que o acompanhava fazendo um gesto para que ela se sentasse. No mesmo instante Astrid apareceu nas escadas com uma blusa do Imagine Dragons, uma calça leggin azul marinho e o cabelo preso em um rabo de cavalo.

–Oi pai... –Ela parou bruscamente ao se deparar com a mulher ruiva sentada no sofá quase caindo da escada.

–Astrid, conheça à Sofia. –Sofia sorriu, aquele sorriso era irritantemente perfeito.

–Olá. –Astrid deu um sorriso mais natural possível.

–Oi Astrid, seu pai falou muito de você para mim.

–Ah é? O que ele disse?

–Ele disse que você era muito bonita, e agora vejo que ele está certo, você é linda.

–Bom, obrigada, você também é, mas pai... Por que trouxe uma cliente sua aqui em casa?

–Filha, ela não é minha cliente, ela é minha namorada. –Astrid tentou disfarçar o espanto.

Ela não sorriu, apenas disse.

–Prazer então Sofia, mas agora, com licença, vou terminar de arrumar minhas coisas para a competição. –

–Okay. –Os dois responderam em uníssono.

Um silêncio se instalou no ar, mas ele foi quebrado por um toque da campainha.

–Olá Soluço. –Andrew cumprimentou o rapaz quando atendeu a porta. –A Astrid está lá em cima.

–Oi, e obrigado. –Ele passou apenas sorrindo para Sofia e subiu para o quarto de Astrid.

Quando chegou ao segundo andar bateu na porta de carvalho do quarto..

–Astrid, sou eu! –A loira abriu a porta.

***

–O rei não se encontra no castelo no momento, Lady Sif.

–Vocês podem dizer pelo menos onde ele foi?

–Essa informação é sigilosa.

–Aquele filho da mãe... –Ela resmungou.

***

–Querido... Você está tão bonito... –Valka passou a mão no rosto do filho. – Já é um homem. –Os dois se abraçaram.

–É, agora voltamos a ser uma família, como sempre sonhamos, se lembra Valka?

–Claro Stoico, quando recuperei a memória, e escapei do esconderijo do Drago...

–Drago? –Soluço a interrompeu espantado.

–Sim, Drago, Drago Sangue-Bravo.

–Não, impossível, o Drago é o palestrante do meu curso de mecânica e robótica, eu vou para lá daqui à uma hora!

***

–Amanhã é o grande dia, finalmente.

–Esperamos por isso cinco anos!

–Passou tão rápido...

–Quando tínhamos quinze anos dizíamos que iríamos assistir da primeira fila, para não perder nada.

–E hoje vamos competir.

–Juntos!

Os dois riram.

***

–Sr Drago Sangue Bravo?

–Sim?

–Policia Militar de Sortland, o senhor está preso por Falsidade Ideológica, Sequestro e Cárcere Privado, Assassinato, e outros crimes.

Drago parou e olhou para o policial, depois finalmente disse:

–Tem provas contra mim?

–Sim.

–E quais seriam?

–Podemos resolver isso na delegacia, agora, não reaja. Será pior. –Um policial foi até ele com algemas.

–Eu sei andar sozinho. –Ele disse logo depois que foi algemado e o policial queria pegá-lo no braço para leva-lo ao carro. O policial olhou para o outro e não concordou com um aceno na cabeça e no mesmo instante sentiu uma dor nas costas como se fosse um soco e do seu lado viu uma bala de calibre 28 caída no chão perto de seu pé. Ele instantaneamente olhou para Drago, mas este possuía uma expressão indecifrável.

Os outros policiais prepararam as armas enquanto Drago era encaminhado para dentro do carro.

Outro tiro. Desta vez ele atravessou o vidro de um dos carros dos policiais, e a bala ricocheteou no colete de um policial que estava sentado no banco de motorista, exatamente no coração.

Então começou. Vários tiros foram disparados por todos os lugares, todos eles eram de incrível precisão. Cinco policiais morreram. Dois tinham sido atingidos no calcanhar, outro na cabeça e outro na garganta. Eram muitos tiros e os policiais não sabiam de onde estavam vindo, e também aviam poucos policiais, então, quando Drago encontrou uma brecha conseguiu, com apenas um golpe que fez sua vitima ficar inconsciente, se livrar dele e de suas algemas, e quando outros policiais tentaram impedi-lo, agora solto, ele conseguiu desfalecer ou até mesmo matar os policiais, e então ele chegou até Soluço e preparou sua arma.

–Isso é tudo culpa sua! –Drago segurava firme sua arma apontando-a para Soluço.

–Por que está fazendo isso? O que está ganhando com isso?

Drago fingiu não escutar, porém sua expressão era de pura nequícia, ele não se importava para o que estava fazendo, não sentia nenhum remorso.

–Soluço! –Stoico viu que o filho passava apuros e começou a correr entre os tiros até chegar nele.

–Alguém ficará muito satisfeito. –Então atirou. Um grito ecoou no meio de todos os tiros, e de repente tudo parou, tudo ficou silencioso, e o sangue, tão belo, tão puro, tão cristalino, se destacava na neve branca e mórbida.

As lágrimas se misturavam com a leve chuva que caia.

A vida é muito frágil.

As lágrimas caiam na neve. Nada poderia reverter isso. Nem as forças divinas poderiam ajudar agora.

–Por quê?

Sua respiração estava ofegante, encarando a neve, não queria olhar para trás, não queria acreditar que isso tinha realmente acontecido. Olhou para ela, sofria muito, ajoelhada no chão, abraçada a ele e contendo seu ódio que agora era maior do que nunca, suas lágrimas, ela sabia, não o trariam de volta. Ele estava sentado, apoiando a cabeça nas mãos, mãos que escondiam seu rosto.

–ISSO É TUDO CULPA SUA! –Ele gritou, gritou tão forte que sua garganta doeu, mas não se importava. Isso é tudo culpa sua.

***

–Não, não pode ser...

–Bom dia, querida. - Ele a prendeu contra a parede.

–Me larga! Es..-Ele a calou com um beijo repentino, e ela tentou se soltar, mas ele a prendia com força.

–Astrid... Achei que era mais inteligente... -Ele disse finalmente. -Como pode não perceber que era eu ao invés do seu namoradinho quando estávamos...

–SEU IDIOTA! -Ela o interrompeu. –EU TENHO NOJO DE VOCÊ.

–Tão bonita... Para que? -Ao pronunciar isso ele sentiu seu rosto arder e virar bruscamente para o lado.

–Eu não tenho só beleza Loki. Fique a par disso.

–Você nem perde por esperar, Astrid... Hoje você terá sua melhor corrida de motos da sua vida, pena que... Será a ultima... -Ela se virou para dizer alguma coisa, mas Loki não estava mais lá.

–FILHO DA MÃE! -Ela gritou, e logo depois alguém bateu na porta.

Depois de se recuperar, Astrid disse:

–Pode entrar... Está aberta.

–Astrid? -Sofia apareceu na porta. -Bom Dia...

–Ah... Oi Sofia... Bom Dia.

–Seu pai me pediu para lhe trazer o café da manhã, ele disse que você precisa se alimentar bem, afinal, hoje é o dia da grande corrida.

–Obrigada... -Ela disse desanimada.

–Posso?

–Fique à vontade.

Astrid se virou para o espelho.

–Olha, Astrid, eu sei que isso não está sendo fácil para você, por que não é um ciúme bobo de adolescente que está sentindo.

Astrid olhou para Sofia

–Você sente falta da Elizabeth, e a morte é uma coisa que é bem difícil de superar. Principalmente por que vocês duas eram muito próximas.

–Tem razão. -Astrid sorriu.

Sofia olhou para a cama e deu um suspiro antes de falar.

–Loki te machucou?

–C-como sabe disso?

–Por que eu estou aqui a pedido dele.

–O que? -Astrid se afastou.

–Não precisa ter medo de mim, não vou te machucar.

–Eu não confio em ninguém que esteja conspirando com ele, não agora.

–Mas Astrid, eu mudei, foi seu pai, eu me apaixonei por ele, e isso me fez ver que o Loki está errado.

–Quem é você de verdade?

Sigyn, a verdadeira Sigyn. Ela trajava um vestido verde-água com detalhes dourados, seus cabelos, agora loiros, estavam caídos nos ombros.

–Eu não sei se... - Astrid olha para suas mãos e percebe a falta do anel. - Maldito! Ele pegou o meu anel!

–Anel? - Sigyn perguntou.

Astrid a ignorou.

–Ele vai tentar algo contra mim. Ou contra meu pai, ou contra o Soluço... O Soluço... - ela fechou os olhos e não pode impedir que as lágrimas caíssem. Loki a machucara sim. Algo irreparável naquele momento.

Sigyn olhou para ela sem saber muito o que fazer. Loki havia ido longe demais. Ela poderia ser má. Mas havia uma coisa que o grande Hofferson a ensinou. Que o amor era maior do que qualquer outra coisa no mundo.

–Astrid - ela começou a dizer. - Não importa o que Loki fez. Você ainda ama o Soluço e tenho certeza de que ele te ama também. Eu... Não acredito que entrei nisso... Eu acabei me apaixonando pelo seu pai de verdade Astrid. E sei agora o que é amar de verdade.

Astrid encarou os seus olhos, marejados.

–Obrigada...

As duas se abraçam, porém, Loki entra na mente de Sigyn e a força a fazer o que ele estava esperando a muito, muito tempo.

Com as mãos tremendo, tentando conter Loki, Sigyn pegou sua adaga que estava em sua perna, enquanto consolava Astrid, deixando seu gesto passar despercebido.

Um grito.

Silêncio.

Um som inconfundível foi a única coisa que se ouviu

A adaga caíra no chão, ensanguentada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não tenho nada a declarar ainda, isso foi tocante para mim.