All About Us escrita por The Huntress


Capítulo 25
Campo de Morangos.


Notas iniciais do capítulo

Hey, galerinha. Gostaria de desejar um feliz Natal (atrasado) à todos vocês. Ganharam muitos presentes? huehue enfim, me desculpem por ter demorado tanto para atualizar a fanfic, eu estava sem ideias e sem inspiração, então achei melhor esperar para não deixar a fanfic com um capítulo ruim. Bem, boa leitura :3
OBS: Quem já leu o Sangue do Olimpo? OMG, me digam que o tio Rick vai reescrever aquilo ;-; não que eu não tenha gostado, eu gostei! Mas odiei o que o Rick fez com o Percy, o garoto ficou completamente apagado na história. E, sinceramente, eu esperava mais do Percy, na minha opinião, ele não fez nada de útil. Me digam o que vocês acharam do livro c:
LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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30

Beatriz Collins

Beatriz havia passado o dia inteiro indo do arco e flecha à esgrima, mas atividades preferidas da garota, mas ela sabia que um dia teria que participar de outras ou Quíron poderia começar a pegar no seu pé.

No fim do dia, Beatriz não encontrou Haden e, muito menos, Paula e Inara. Então, ela resolveu ir para o chalé se preparar para o jantar. A garota tomou um banho rápido e vestiu a primeira roupa que encontrou. Saiu do chalé e se assustou ao ver que não estava caminhando na direção do refeitório e sim na direção oposta. A direção do Campo de Morangos.

Talvez Beatriz estivesse indo para lá porque não estava com fome ou porque simplesmente queria ficar sozinha. E, na mente da garota, o Campo de Morango era um bom lugar para se afastar um pouco dos outros campistas.

Assim que Beatriz chegou ao Campo de Morangos, encontrou uma Ninfa, a garota lembrou que ela se chamava Júniper. A Ninfa parecia preocupada e um pouco chateada. Beatriz aproximou-se dela no intuito de ajuda-la.

–Olá, Júniper.

–Oi, filha de Zeus.

Beatriz franziu o cenho com a menção de Júniper à sua condição de filha de Zeus. Beatriz ficou um pouco chateada por ser chamada assim, afinal, ela tinha um nome e Júniper sabia qual era o nome dela.

–Está tudo bem? – perguntou Beatriz, ignorando seus pensamentos. –Você parece preocupada.

–Bem, é que uma das ninfas está com alguns problemas e ela não veio ajudar a colher os morangos. Eu e as outras ninfas não conseguimos completar a colheita – respondeu Júniper, entristecendo ainda mais.

Beatriz analisou a ninfa e olhou para a cesta nas mãos dela, uma grande ideia surgiu em sua mente. Por que não ajudar na colheita?, pensou Beatriz. Ela não estava com fome e muito menos com sono para ficar no seu chalé sem fazer nada.

–Posso colhê-los para você – disse Beatriz. – Claro, se você me deixar ajudar.

Júniper olhou para Beatriz e seu rosto se iluminou com um sorriso, a Ninfa empurrou a cesta nos braços de Beatriz e lhe agradeceu com um abraço rápido e sem jeito. Beatriz deu um leve sorriso, ela sempre ficava feliz quando conseguia ajudar as pessoas. Júniper a encarou.

–Acredito que você vai precisar de ajuda. É um corredor inteiro de morangos – disse Júniper.

Antes que Beatriz pudesse dizer que dava conta dos morangos sozinha, alguém a interrompeu.

–Eu posso ajudar.

Beatriz reconheceu a voz antes que a pessoa pudesse falar mais alguma coisa. Era Percy. Beatriz virou-se para encará-lo, ele estava usando uma calça jeans, tênis e blusa do acampamento. Usava um colar de contas no pescoço e seus cabelos estavam, como sempre, bagunçados. Ele segurava uma caneta.

–Ótimo – Júniper deu alguns pulinhos de alegria. Ela apontou para o chão e fez surgir, magicamente, uma cesta para Percy. Ela entregou a cesta a ele. – Quando terminarem venham me procurar, não estarei muito longe daqui. Obrigada pessoal.

Júniper caminhou para longe deles e Beatriz fitou os olhos verdes de Percy. O filho de Poseidon parecia cansado e até mesmo um pouco triste. Beatriz imaginou que o cansaço fosse por ele ter revezado entre dar aula de Canoagem e tentar treinar, mas Beatriz não conseguiu imaginar um motivo para Percy estar triste.

–Então – Beatriz cortou o silêncio. Percy a fitou. –, estava me seguindo por acaso?

Percy sorriu.

–Não. Foi coincidência encontrar você aqui.

–Veio aqui por que? – Beatriz perguntou, enquanto andavam até os morangos.

–Gosto de vir aqui para pensar, mesmo que as Ninfas já tenham me expulsado mil vezes por pegar um morango – Percy riu, fazendo Beatriz sorrir.

Eles ficaram em silêncio. Beatriz percebeu quando Percy guardou a caneta que segurava no bolso da sua calça. Beatriz só conseguia ouvir o barulho que seus pés faziam cada vez que tocavam o chão, o acampamento estava assustadoramente silencioso. Beatriz ainda pensava no que aconteceu na Arena, ainda tentava imaginar o motivo de Haden ter quase matado Percy. E todos motivos que Beatriz imaginava a deixava com um pouco mais de raiva do namorado. Ela estava envergonhada. Percy era um cara legal e Beatriz, pela primeira vez, se sentiu mal por namorar Haden.

Eles chegaram até os morangos e Percy a instruiu a sentar no chão para colhê-los. Ela fez o que ele mandou. Percy estava ao seu lado, alguns centímetros de distância. Beatriz olhava pelo canto do olho para ele às vezes e ela sabia que ele fazia o mesmo, pois sempre que o olhava seus olhares se encontravam. Eles riram.

–Então... – falaram juntos. O que foi motivo para mais risos.

–Fala você primeiro – disse Percy.

–Nós, provavelmente, vamos passar bastante tempo aqui, então se ficarmos nesse silêncio acaberemos dormindo antes de terminar – disse Beatriz.

Percy riu.

–É, você tem razão. Quer conversar sobre o que?

–Pode ser sobre qualquer coisa, mas, por favor, esse silêncio já está fazendo meus ouvidos doerem – Beatriz falou, fazendo uma careta que fez Percy rir.

–Certo, o que foi aquilo que você fez mais cedo na Arena? Não sabia que os filhos de Zeus podiam curar outras pessoas com os poderes.

–Acho que somos uma caixinha de surpresas – Beatriz murmurou. – Não sei, mas acho que os filhos de Zeus podem "curar" – ela fez aspas com os dedos. – com a eletricidade.

–Bem, obrigado – disse ele.

–Quero pedir desculpas pelo o que Haden fez com você. Aquilo foi muito cruel – Beatriz disse, sua expressão mudou para puro constrangimento.

–Já estou acostumado com pessoas tentando me matar – Percy disse. Beatriz percebeu que ele estava brincado, mas não deixou de se sentir pior quando Percy citou, indiretamente, que Haden queria mata-lo.

Eles se levantaram e caminharam para uma parte onde os morangos ainda não haviam sido colhidos. Sentaram-se e continuaram a conversar.

–Que tal falarmos sobre você? – perguntou Percy.

–O que quer saber? – Beatriz perguntou, tentando ignorar um aviso que havia aparecendo em sua mente dizendo: "Cuidado! Perigo!"

–Como conheceu Haden?

Beatriz suspirou.

–Estudávamos no mesmo internato. Nos conhecemos quando ainda éramos crianças. Aí um dia ele simplesmente sumiu e o reencontrei agora, quatro anos depois – Beatriz olhou para o colar de contas no pescoço de Percy e uma miçanga em especial chamou sua atenção. Estava gravada na miçanga a imagem do Empire State com alguns nomes escritos ao seu redor. –O que significa essa miçanga do Empire State? Por que tem nomes gravados?

Percy seguro a miçanga entre os dedos e suspirou.

–Essa miçanga representa a guerra contra Cronos – respondeu ele. – Os nomes gravados são os nomes dos semideuses que morreram.

–Guerra contra Cronos? Quando aconteceu?

–Ano passado – respondeu ele. – Os mortais, como não podem ver através da Névoa, diziam que era o tempo que tinha enlouquecido e coisas parecidas. Você deve ter escutado algo parecido.

Beatriz assentiu, concordando.

–Mas como vocês o venceram? Cronos não voltará mais?

Então, Percy contou toda a história para ela. Contou como tudo começou. Desde o roubo do raio de Zeus até a morte de Luke, o filho de Hermes, no Monte Olimpo. Contou como os gregos conheceram os romanos no Monte Tamalpais, na Califórnia. Percy mencionou que esse encontro não foi agradável, pois eles estavam tentando sobreviver a um ataque direto de Luke/Cronos e os monstros que estavam aliados à eles e tentando entender como podia existir semideuses gregos e romanos. Contou como eles demoraram a se entender, mas que apenas se entenderam enquanto lutavam, pois, depois, cada um foi para o seu lado tentando não matarem-se mutuamente. Percy contou que foi oferecido a ele a imortalidade e que ele recusou por muitos motivos, mas principalmente por Annabeth. Contou como conseguiu os chalés de outros Deuses para o acampamento. Percy finalizou a história dizendo: "Bem, depois de tudo isso, felizmente sobrevivi para contar a história à você."

–Certo, entendi, mas como vocês têm certeza que Cronos não vai tentar voltar novamente? – Beatriz perguntou.

–Quíron garantiu isso. Disse que ia demorar muito tempo para Cronos pensar em voltar novamente – respondeu Percy. – Mas eu tenho minhas dúvidas. Você já deve ter ouvido os boatos de uma guerra que está próxima, não é?

Beatriz assentiu, concordando. Percy olhou para ela, tentando imaginar no que a filha de Zeus estava pensando, mas, como Beatriz não demonstrou nada, ele voltou a falar.

–Então, se for realmente verdade, o que eu acredito que seja, quem garante que não é Cronos?

Beatriz sentiu um calafrio percorrer seu corpo. Será que ela estaria preparada para uma guerra contra Cronos ou quem quer que fosse por trás disso? Ela acreditava que não. Beatriz e Percy ficaram calados. Ela já estava assustada o suficiente para ter pesadelos por meses. E ela estava percebendo o quanto era difícil para Percy falar sobre isso, ele deve ter perdido amigos próximos.

[...]

Depois de duas horas, eles tinham conseguido terminar de colher os morangos que faltavam. Assim que saíram do Campo de Morangos foram atrás de Júniper que estava com Grover e outras ninfas e sátiros não muito longe dali. Percy cumprimentou Grover, eles conversaram por alguns minutos, enquanto Beatriz entregava as cestas para Júniper e a ninfa a agradecia pela ajuda.

Percy e Beatriz caminharam lentamente até seus chalés, eles estavam conversando sobre assuntos banais. Percy parou Beatriz alguns metros de distancia do chalé um e segurou uma de suas mãos.

–Eu não queria assustar você com a história que contei, sobre Cronos, a guerra e tal. Só queria que você soubesse que vida de semideus é uma droga na maioria das vezes, mas se estivermos juntos conseguimos ultrapassar muitos empecilhos. Como foi com a guerra – disse ele.

–Eu sei, Percy. Não vou mentir, eu me assustei, sim, mas eu já imaginava que vida de semideus raramente tem um final feliz. Muitos semideuses morreram, mas olha só para você! Não foi o herói da profecia, mas, ainda assim, salvou o Olimpo, conseguiu ficar com Annabeth, conseguiu mais chalés para o acampamento. Acho que o desfecho dessa guerra foi um pouco feliz, pelo menos para você.

Antes que Percy pudesse responder algo, ele foi rudemente interrompido e ele não precisava olhar para saber quem estava ali. Ele e Beatriz sabiam que era Haden.

–Beatriz – o filho de Hécate chamou, sua voz estava alta e um pouco rude. – Eu procurei você por todo o acampamento e você está com esse idiota?

–Haden, nós estávamos... – o filho de Hécate interrompeu Beatriz.

–Não quero saber que porra você estava fazendo com ele. Vem comigo. Agora!

Beatriz nunca tinha visto Haden tão alterado. Ele a puxou pelo braço com tanta força que Beatriz pensou que fosse desloca-lo. Beatriz tentou se soltar, mas Haden era bem mais forte que ela. Antes que a filha de Zeus pudesse fazer algo que a libertasse, Percy empurrou Haden, ficando entre os dois.

–Você não pode trata-la assim! – disse Percy, sua expressão era de puro ódio.

Haden olhou para Percy, seus olhos faiscavam de raiva. Antes que Percy pudesse se quer processar o que estava acontecendo, Haden socou seu rosto. O filho de Poseidon cambaleou para trás, mas avançou para cima de Haden. O soco de Percy acertou o nariz do filho de Hécate. Não foi forte a ponte de quebra-lo, mas foi forte a ponte de tirar sangue.

Beatriz ficou entre Percy e Haden, empurrando o filho de Hécate para trás, impedindo-o de machucar Percy de novo. A visão de Beatriz estava embaçada por casa das lágrimas que insistiam em marejar seu olhos. Haden havia mudado tanto que Beatriz passou a não reconhece-lo mais, ela não sabia mais quem ele era. Porém, de uma coisa ela sabia: não tinha sido por esse Haden que ela havia se apaixonado.

Haden empurrou Beatriz para o lado e avançou na direção de Percy. Não, ela não deixaria Haden machucar Percy pela terceira vez naquele dia. Não na frente dela. Lágrimas tomaram conta do rosto de Beatriz enquanto ela via Haden e Percy brigando. Aquilo era demais para ela! Por quê? Por que tudo tinha que ser resolvido com violência?

Haden! – Beatriz gritou.

Haden a encarou. Sua expressão de raiva passou para preocupação.

–Beatriz, você está chorando? – ele perguntou, cambaleando até ela.

–Isso não importa! – ela disse, limpando as lágrimas das bochechas.

Haden tirou a atenção dela por alguns minutos e se voltou para Percy, que estava encarando Beatriz com preocupação.

–Isso é tudo culpa sua! – Haden disse para Percy.

A cabeça de Beatriz estava latejando. Ela fechou as mãos, tentando impedir que ficasse visível a eletricidade saindo dela.

–Chega! – ela disse.

Haden virou-se para ela. Ele tentou chegar perto dela, mas foi impedido quando Beatriz começou a falar.

–Haden, se você encostar no Percy de novo, você pode começar a me esquecer, porque eu não vou hesitar em terminar com você definitivamente!

–Beatriz... – a filha de Zeus interrompeu Percy levantando um dedo para que ele não falasse nada.

Haden olhou para ela incrédulo. Ele tentou chegar perto dela, mas Beatriz se esquivou. Se ele tocasse nela seria capaz de tomar um choque e Beatriz não queria machuca-lo.

–Não toque em mim, Haden. Não quero machuca-lo – disse ela. Beatriz olhou para Percy. – Desculpe por isso, Percy.

Ela virou-se, caminhando até o chalé de Zeus, mas Haden segurou seu ombro e em fração de segundos ele deu um grito abafado. Beatriz olhou por cima do ombro e viu que a mão de Haden estava vermelha, parecia queimada.

–Eu disse para não me tocar, Haden – disse Beatriz, entrando no chalé de Zeus.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Então, quero dizer que todos que leram Percy Jackson & os Olimpianos e os Heróis do Olimpo sabem que não foi do jeito que eu escrevi que os gregos e romanos se conheceram, não é? Mas eu tive que mudar essa parte, espero que vocês entendam. Por favor, comentem :3
OBS: daqui a pouco irá aparecer a primeira profecia c:



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