O amor de um Deus é uma mortal escrita por Ella Poetry
_chegamos – disse Gregório
_ótimo – disse Bárbara
_vai querer o que?
_me deixa pensar. Nós viemos tomar suco, estamos em uma loja de suco e tem uma placa grande ali na frente dizendo: SUCOS. É uma decisão difícil.
_boba, quis dizer de que sabor você quer o suco.
_ah tá, vou querer de manga.
_com leite?
_está querendo me envenenar?
_do que está falando?
_todo mundo sabe que manga com leite é veneno.
_você ainda acredita nisso? Vai dizer que também acredita em papai Noel, coelhinho da páscoa ou... Deuses Olimpianos?
_claro que não! Pensando bem, eu acredito em deuses olimpianos sim.
_tão linda... Tão bobinha...
_me leva para casa.
_eu estava brincando, relaxa.
_não gosto desse tipo de brincadeira.
_ok, me desculpa.
_tá. Esse suco vem ou não vem?
_vou pedir agora.
E se dirigiu ao balcão:
_boa tarde moça. Quero dois sucos, um de morango ao leite e um de manga com água. – pediu Gregório
_quando sair eu levo lá. – respondeu a moça
_obrigado.
E voltou a mesa, mas quando chegou lá não encontrou Bárbara e sim um bilhete dizendo:
Sinto muito, mas tive que ir. Não queria/quero lhe dar falsas esperanças. Nunca haverá nada entre nós! Adeus Gregório.
Ass. Bárbara
Gregório leu e releu o bilhete varias vezes para ter certeza do que estava lendo, até que viu que não tinha mais o que fazer. Tinha que aceitar. Ela havia partido.
Bárbara se dirigiu para casa, um pouco chateada por ter deixado Gregório sozinho naquela pequena loja de sucos a quinze quarteirões de sua antiga escola. Mas sabia que era o melhor, afinal ela partiria em poucas horas para longe e quanto mais eles se apegassem, mais duro seria deixar para trás.
Chegando a casa, sua mãe, Úrsula, já estava de malas prontas esperando-a. Mas havia alguma coisa estranha, somente as suas coisas haviam sido encaixotadas, somente o seu quarto estava vazio. As coisas de sua mãe continuavam no mesmo lugar: os moveis, as bugigangas... Não entendendo nada ela disse:
_que estranho, parece até que vai ser só eu que vou me mudar.
Ela falou em tom de sarcasmo, mas ao ver a cara de sua mãe: seria e apreensiva, perguntou:
_nós duas vamos mudar, certo?
_na verdade – começou sua mãe – eu não vou.
_mas por quê? E para onde eu vou? Com quem eu vou? Por que a senhora não vai?
_calma filha, eu já vou te explicar tudo, pega sua mochila e me encontra no carro em dez minutos.
_ta bem – respondeu ela meio sem saber o que fazer – Poe o que dentro da mochila?
_sei lá. Mas coloque pelo menos uma camisa, seu diário e aquele anel que você ganhou de natal ano passado.
_aquele que você não me disse ate hoje quem foi que me deu?
_esse mesmo!
_e para onde nós vamos?
_você saberá em breve, vamos logo.
Ela arrumou sua mochila e foi para o carro de sua mãe. Assim que partiram sua mãe disse:
_devemos ir rápido, Apolo já esta se pondo.
_você quis dizer o sol, não? – perguntou Barbara
_Apolo é o sol minha filha.
_você esta falando como se Apolo e tudo mais fossem reais.
Novamente ela falou em tom de sarcasmo, mas ao ver a cara de sua mãe: seria e apreensiva, perguntou:
_eles não são reais, são?
_filha, eu já te contei como eu conheci o seu pai?
_na verdade, a senhora nunca falou sobre meu pai.
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