Definição de Perfeição - Segunda Temporada escrita por Apenas mais um escritor


Capítulo 5
O Jantar


Notas iniciais do capítulo

O capítulo de hoje foi muito maneiro. Apareceu a Vicki, que se Deus quiser vai ajudar com Perina, mesmo sem querer e o lance com o Marcelo. Desde o começo dessa traição dele eu já queria que acabasse e sempre morri de raiva dos roteiristas por quererem fazer isso algo cômico. Acho adultério um dos piores "crimes" que alguém pode fazer. Bom, sem depressão. Aproveitem o capítulo



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O dia passou rápido desde o "belo" almoço que Pedro arrumara para Karina. Desde aquilo, a lutadora não foi capaz de se concentrar no resto de seu dia. Ao mesmo tempo que estava ansiosa, estava nervosa. Ela já era uma adulta e podia muito bem fazer essas escolhas por si mesma, mas não sabia como seria a reação de seu pai. Foi até a secretaria da academia, onde ele lidava com algumas contas para falar sobre o jantar.

– Pai, tá com tempo pra conversar?

– Claro, filha. Me diz, que que foi?

– Eu queria que você e a Dandara viessem hoje à noite no Perfeitão.

– Por que seria isso?

– Ah, pai. Aí é surpresa.

– Você só inventando, hein? Tá bom, a gente vai. Mas ó, não é só porque eu vou que esqueci a ceninha sua e daquele Menestrel do Capiroto.

– Pois deveria, pai. Argh! - disse a garota saindo da secretaria, envergonhada, dando passos pesados no chão. Acabou esbarrando em Cobra.

Ricardo Cobreloa não era uma pessoa simpática. Aliás, durante um período, foi aluno na academia Khan, rival da academia de Gael, que é conhecida por gerar marginais. Felizmente, corrigiu-se e voltou à academia antiga. O rapaz sempre teve muito carinho com Karina e vice-versa. Em meio a tanta confusão psicológica quanto a sua mãe, que morreu no parto, Cobra a ajudou a se entender mais e parar de se culpar pela morte de Ana. Ela tinha vergonha de conversar essas coisas com Pedro no início do namoro pois não gostava de demonstrar ser uma dessas patricinhas emotivas.

Ao lado deles, passou Duca, o outro aluno estrela de Gael. Depois de terminar com Bianca, passou a tentar focar mais em tornar-se professor. Depois de algum tempo, começou a namorar Jade, ex-colega de sala de Pedro na Ribalta.

– E aí, K, que que houve que você tava tão bolada? - perguntou Cobra.

– Ah, é meu pai, falando besteira. De novo. - respondeu a garota, rindo.

– Ei, o Warriors tá chegando. Tá afim da gente treinar junto?

– É quando, Cobra?

– Daqui a duas semanas.

– Pô, cara acho que nem entrar eu vou poder.

– Por quê?

– Ah, aí é surpresa. Amanhã te falo, já é?

– Beleza então. Bom, quer nem fazer um sparring aqui comigo no ringue?

– Não vai dar tempo, Cobra. Tenho que resolver uns lances com o Pê. Fica pra próxima, ok?

– Ah... não, beleza. Tranquilo. Duca! Chega aí, bora treinar.

Karina saiu às pressas da academia. Ainda precisava ligar para Bianca e João, confirmar com Pedro se o Perfeitão está liberado para eles e tomar um banho, pois estava imunda. Ao chegar em casa, a primeira coisa que fez foi ligar para irmã, o que foi desnecessário, já que Pedro já havia ligado para João e os três marcaram presença. Logo depois, ligou para o próprio rapaz. O celular ficou chamando e chamando, até que K é atendida.

– Alô? - disse Pedro, com uma voz claramente sonolenta.

– Oi, mané, sou eu.

– Ah, oi, Esquentadinha. Beleza?

– Você tava dormindo até agora?

– É, praticamente. Alguém não me ajudou a dormir bem hoje - disse o rapaz, rindo. - Mas e aí, tá bem?

– É, tô. Vem cá, Pê, cê já falou com seus pais se a gente pode ir lá?

– Não.

– Caramba, Pedro!

– Ô, K, calma. Vocês são clientes e família. É claro que podem ir.

– Pera, como assim clientes? Cê espera mesmo que pra uma reunião familiar o pessoal pague pela comida do seu restaurante?

– Putz, é mesmo. Tenho que falar com eles.

– Então vai logo, mané! Depois se arruma nem que seja um pouco. Se barbeia, fica bonitinho.

– Ih, desde quando você tem implicância com minha barba?

– Desde que ela me incomoda roçando na minha cara. Vai, Pê. Deixa de ser preguiçoso.

– Tá bom, mas vou querer recompensa depois, hein.

– Cê tá safado hoje, hein? Vou pensar no teu caso. Agora fala logo com eles enquanto eu tomo meu banho.

– Tá bom. Beijos, Esquentadinha.

Karina levantou-se do sofá e espreguiçou-se. Por mais que estivesse criticando Pedro pela preguiça, ela não tinha muito mais disposição que ele. Foi ao banheiro, despiu-se e ligou o chuveiro. A sensação da água fria lhe tocando o corpo a agradou. Como em todo banho, seus pensamentos vagaram e se perderam.

Enquanto isso, Pedro decidiu falar com a família sobre o jantar. Foi ao Perfeitão, dirigiu-se a seu pai e sentou para que eles pudessem conversar.

– Pai, tô precisando falar contigo.

– Pode dizer, filho. Sou todo ouvidos.

– Então, pai, sabe o que que é? Eu e a Karina combinamos de levar a família, tanto dela quanto a gente aqui, pra jantar lá no Perfeitão.

– Ah, que bom, filho.

– Então, mas eu queria saber se rola eles não pagarem. Sabe, são família e eu e a K temos um lance pra falar.

Marcelo encarava o filho boquiaberto. Depois de alguns segundos, seu lábio inferior começou a treme, querendo dizer algo mas escolhendo, meticulosamente, as palavras a serem usadas. Finalmente, pronunciou:

– A Karina tá grávida?! O Gael vai ter esquartejar, meu filho.

– Não, pai, não é isso, relaxa, calma. Mas será que rola?

– Nossa, filho, não me dá esses sustos assim. Pode, pode sim. Só não chama amigos e essas coisas pro prejuízo não ser tanto, ok?

– Relaxa, vai só família mesmo. Agora licença que tenho que me arrumar.

– Nossa, é tão importante assim? Pra você se arrumar, deve ser algo sério. - brincou Marcelo.

– A patroa mandou. Bom, vou indo.

Pedro foi ao banheiro e despiu-se, bocejando. Um bom banho frio ia o ajudar a acordar. Ligou o chuveiro e posicionou-se abaixo da água corrente. Ao sair, secou-se com a toalha e prendeu-a ao redor da cintura. Foi à frente do espelho e analisou o rosto. Ele realmente estava precisando barbear-se, mas gostava de Karina puxando sua orelha. Pegou a gilete e começou o processo. Ao terminar, comemorou. Depois de barbear a face toda, conseguiu cortar-se apenas duas vezes e mal eram visíveis. Penteou o cabelo um pouco para trás e foi arrumar-se. Na seleção de camisas, escolheu uma blusa pólo que Karina o deu de aniversário no ano anterior e um jeans preto. Saiu de seu quarto e foi ao de Tomtom e bateu na porta, a chamando.

– Tomtom, vem logo. Tá pronta?

– Já tô indo.

Alguns segundos depois a menina saiu. Estava bem bonita, coisa que incomodou o irmão, mas ele não falou nada. Os pais deles já estavam os esperando no Perfeitão, mas antes foram à casa de Karina. Pedro bateu na porta de sua casa e tremeu quando Gael abriu-a. O sogro sempre mal-encarado chamou pela filha e pela esposa. K estava linda, como sempre. Estava com um jeans azul escuro bem colado ao corpo e uma blusa cinza de mangas compridas que Pedro havia esquecido na casa dela. Era larga, mas era assim que Karina gostava.

– Oi, minha Esquentadinha. - disse o rapaz, com seu habitual largo sorriso no rosto.

– Oi, meu guitarrista. - disse K, o recebendo com um beijo.

– Vamos logo? - perguntou Gael, apressado, querendo separá-los logo.

Caminharam até o Perfeitão, Pedro com a mão em volta dos ombros de Karina, Gael trazendo Dandara consigo e Tomtom com a cara enfiada no celular, conversando com o tal do Flávio. Quando chegaram no restaurante, João e Bianca conversavam com os pais de Pedro enquanto Ana corria pelo restaurante.

– Oi, gente. - disse Pedro, enquanto todos sentavam-se.

– Olha só quem cresceu! - disse Karina, pegando a sobrinha no colo.

Ana estava linda. Era praticamente uma mistura de seus pais. Com os olhos claros e a boca do pai e o cabelo castanho e queixo furado da mãe, era realmente uma criança muito bonita.

– Oi, titia Karina. Oi, titio Pedro. Vovô Gael e vovó Dandara! - disse a menina indo abraçar os avós e voltou a atenção novamente para seus tios.

– E aí, baixinha. Cê tá bem? - perguntou Pedro, descabelando-a um pouco.

– Uhum

– Quer um picolé?

– Quero!

– Nada disso. Nada de doce pra ela antes da janta, ouviu, Pedro? - disse Bianca, dando bronca no cunhado.

– Ah, Bibi, deixa ela. A Ana quase não vê o Pedroso. - disse João, tentando amolecer a namorada.

– É mesmo, João Spinelli? Então tá. Mas saiba que depois, quando ela não quiser comer, vai ser você que vai ter que ficar insistindo um ano.

– Pedro, corta aí, deixa pra sobremesa. - disse João, fazendo todos rirem.

– E aí, Pedro? O que você e Karina queriam tanto contar que até quiseram reunir a família toda aqui? - perguntou Marcelo.

– Pera aí, como assim? É isso mesmo, Karina? Vocês reuniram a gente aqui pra poder fazer um anúncio? Ai, meu pai... - disse Gael

– Karina, você tá grávida? - perguntou Bianca.

– Iiiiih, Pedroso, vai ter que achar um emprego decente. - provocou João.

– Preciso avisar isso pro FC. - disse Tomtom, pondo-se a digitar no celular

As pessoas cada vez mais discutiam e falavam à mesa, não demonstrando a menor intenção de ouvir a garota. Quando finalmente sua paciência esgotou-se, Karina bateu os punhos na mesa e gritou:

– Silêncio! Ok, agora que se acalmaram, podemos conversar. Eu não tô grávida. Eu e o Pedro decidimos que vamos morar sozinhos. Convidamos todos aqui por serem nossa família e pra nos ajudar a achar algo à venda.

– Desculpa, não posso deixar isso. - disse Gael.

– Que bom que eu já sou adulta e decido isso por mim mesma, né, pai?

– Pera, cês vão se mudar por causa do que aconteceu ontem?

– Que que aconteceu ontem? - perguntou Delma.

– Eu e Dandara tínhamos saído, chegamos em casa e encontrei os dois na cama tran...

– Pai! - gritaram Karina e Bianca, que cobria os ouvidos de Ana.

– Tá, tá bom. Desculpa.

– Para todos os fins, pai, sim, o que rolou é um dos motivos. Mas não é só isso. Eu e o Pedro precisamos de mais intimidade, estamos "noivos", precisamos avançar no relacionamento, entende?

– Isso sem contar que isso ia dar mais intimidade pro senhor, seu Gael, e pra tia Dandara e meus pais iam se preocupar só com a Tomtom.

– Ó, eu apoio eles. - disse João.

– Tô com o Spinelli. - apoiou Bianca, abraçando o rapaz.

– Ô, meu amor, deixa de implicar com eles, coitados. Eles vão se mudar você queira ou não, então pelo menos apóia eles. - disse Dandara.

– Ok, vocês ganharam. Tem meu apoio. - disse Gael, cedendo.

– Lincoln! Lembra dos pratos que combinei contigo? Manda aí. Aproveita e pega aquele champanhe na geladeira. Hoje é dia de comemorar.

Alguns minutos depois, receberam cada um, seu prato favorito, feito especialmente por Lincoln. Comemoraram essa nova fase na vida de "Perina" e aquela noite entrou para a memória. Ana até mesmo ganhou seu picolé


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Eu, particularmente, acho bem engraçado a Tomtom ser presidente de FC. E vocês? Tem sugestões? Perguntas? Comente, recomende. Adoro ler o que vocês tem a dizer.

Jessica Silva:De quem vc acha que a K é filha Gael Rene Ou Lobao? Acha que tem a possibilidade de rolar Cobrina?

Sinceramente, acho que seja do Gael. O René parecia muito abalado falando do Lobão agarrando a Ana e ele não fez mais que isso. Agarrar. Sobre Cobrina, possibilidade sempre tem, mas eu prefiro me iludir que é impossível. A Karina não quer ele sendo mais que amigo.

Tainá Lins: O que te fez escrever a história de perina?

Bem, desde os dois apareceram na série eu gostei. Primeiro que achei a Isa linda e adorei essa relação de gato e rato dos dois. Aliás, o primeiro capítulo dessa temporada que assisti foi o que eles se beijaram no show do NX Zero. Aquilo me ganhou. Achei eles muito fofos juntos e decidi escrever. Percebi que o fandom constantemente crescia e achei que outros iam gostar do que escrevi. Foi isso, basicamente.



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