Definição de Perfeição - Segunda Temporada escrita por Apenas mais um escritor


Capítulo 11
A Mudança


Notas iniciais do capítulo

Queria pedir desculpas por não ter postado ontem. Como já havia dito antes, eu sofro de depressão e ontem eu tiver uma crise. Agora já melhorei pelo menos o suficiente pra poder escrever o capítulo. Aproveitem.



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Depois de uma semana organizando-se para a mudança, o dia finalmente havia chegado. Pedro teve muita dificuldade em empacotar suas coisas, mas venceu a preguiça por Karina e conseguiu um dia antes do dia combinado. O casal também passou a semana comprando mobílias de casal, como armários e a cama de casal. Enquanto almoçavam, a mudança do primogênito era o assunto na casa dos Ramos.

– Como é que tá se sentindo saindo de casa, filho? - perguntou Marcelo.

– Ah, pai, meio estranho, mas faz parte. Só vou sentir saudade da comida da mãe.

– Ai, eu não tô pronta pra isso... meu filhinho vai sair de casa... ó, se quiser comer aqui todo dia você é muito bem-vindo, ok? - disse Delma, à beira das lágrimas.

– Gente, o quarto do Pedro é maior. Será que eu posso ir pra lá? - perguntou Tomtom.

– Tomtom, seu irmão tá dando um passo enorme na vida dele, deixando a gente e você tá pensando nessas coisas? - perguntou sua mãe, indignada.

– Relaxa, mãe. Assim ela também fica sem meu carro pra carona pro shopping. - disse Pedro, dando língua para a irmã.

– Falando em shopping, como é que tá seu namoradinho, Tomtom?

– Que papo é esse de namorado? - perguntou Marcelo.

– Ih, pai, sabia não? Tomtom tá namorando um garoto chamado Lubiscreisson. - brincou seu irmão.

– Para, Pê. O nome dele é Flávio, pai. - disse a menina.

– E por que eu só soube disso agora?

– Nossos filhos tão crescendo, Marcelo.

Enquanto a família Ramos almoçava tranquilamente, o almoço dos Duarte estava um caos.

– Karina, minha filha, você tem certeza que você quer fazer isso? - perguntou Gael, desesperado para fazê-la repensar.

– Gael, para de tentar fazer a menina desistir. Já falamos disso. - ordenou Dandara.

– Isso aí, Gael. Sentado. Feio, feio. - provocou João.

– Cê tá me chamando de encoleirado? Sério mesmo, Spinelli? Porque até onde sei minha filha estala o dedo e você atende ela.

– Não é verdade.

– Oi? - perguntou Bianca.

– Nada, amor.

– João, ajuda aqui. A Ana não quer comer.

– Tá bom, Bibi.

– Viu? - disse Gael, rindo. - Você é tão frouxo quanto seu pai.

– Gaeeeel. - disse Dandara, o olhando como quem diz "olha o que você fala".

– Quando se trata de encoleirado ninguém aqui tem opinião. As garotas Duarte te dominam. - brincou Karina.

– Ah, é, mocinha? Pois você está de castigo.

– Pai, eu me mudo hoje. Você não pode me botar de castigo. Vai botar a Bianca também?

– Nossa, mamãe, eu posso te botar de castigo também? - perguntou Ana, inocentemente.

– Aí, pai, as besteiras que você ensina a ela. - brigou Bianca. - Não, meu amorzinho, você não pode. Só papai e mamãe podem botar de castigo.

– Então eu posso pedir pro vovô Gael te deixar de castigo?

– Não, porque a mamãe já é adulta.

– Se eu pudesse, eu mesmo pedia, Ana. - riu Karina.

– Assino em baixo. - disse João.

– Cê quer dormir no sofá, Spinelli? - perguntou atriz, assumindo a postura do mestre Gael.

– Nossa, agora entendo pelo que o Pedro passa.

– Ah, mas você não faz ideia, Johnny. Não faz ideia mesmo... - disse a lutadora, rindo.

– Mas filha, tem certeza que... - dizia Gael. Até ser cortado por Dandara.

– Chega, Gael!

– Au, au! - latiu João.

– Só não te quebro aqui mesmo porque não quero deixar minha neta órfã.

– Mamãe, que que é órfã? - perguntou Ana.

Com aquela pergunta, todos sentiram o clima pesar. Apesar de já ter sido muito tempo, Gael, Bianca e Karina ainda sentiam pela morte de Ana. Mesmo a lutadora nunca a tendo conhecido, sentia-se mal quando a citavam. Entendia que o que ela fez foi, na verdade, um sacrifício para que Karina pudesse viver, mas sentia que a ausência da mãe em sua vida a afetou muito.

– Órfã é uma comida da Tailândia, filha. - disse João, percebendo que nenhum dos Duarte estava confortável com a situação.

– E é gostosa?

– Demais.

Bianca sussurrou um "Brigada, amor" e beijou o namorado. Karina levantou-se da mesa e levou o prato à pia e disse:

– Ó, tô fazendo caridade hoje. Deixa que eu lavo a louça hoje.

– Não precisa, K. Deixa que eu e seu pai fazemos isso. - disse a professora de música.

– Eu faço questão, Dandara. Vai ser a última louça que vou lavar nessa casa, quero ajudar.

Quando todos terminaram de almoçar, entregaram os pratos e talheres à garota, que os limpou com felicidade e um pouco de preguiça. Quando terminou, conferiu o horário. Faltava uma hora para que o caminhão de mudanças chegasse no horário combinado. Decidiu ir tomar um banho e logo depois levar suas coisas à sala.

Depois de tirar suas roupas e posicionar-se abaixo da água corrente, Karina começou a pensar na mudança. Só agora que sua ficha caíra. Ela realmente iria morar com Pedro. Pior, ela realmente iria sair de sua casa. Iria perder todo o conforto que tinha onde morava. Toda a praticidade de morar logo em frente ao local onde trabalhava, não precisar preocupar-se com contas ou compras e nem nada desse tipo. Mas pelo menos agora ela teria mais tempo para ficar com Pedro. Ela amava o garoto e essa proximidade entre os dois talvez ajudasse no relacionamento. Se precisava sair de sua zona de conforto para poder viver com o guitarrista, estava disposta.

Saiu do banho enrolada na toalha e foi à sala. Quando percebeu que as mesmas pessoas mantinham-se ali, perguntou:

– Cadê o maluco do meu namorado?

– Ainda não chegou não, K. - respondeu Bianca.

– Ah, então vocês que vão ter que me ajudar a descer minhas coisas. - disse a lutadora, indo ao quarto vestir-se.

Enquanto colocava o short, ouviu alguém batendo a porta e , ao ser atendida, reconheceu a voz de Pedro. Quando terminou de se arrumar, no entanto, o rapaz já havia saído.

– Que que o Pê queria, pai?

– Ah, ele veio dizer que não vai poder ajudar você porque ele e a família estão descendo e trazendo todas as coisas dele aqui pra frente de casa. Mas deixa que a gente te ajuda, filha.

– Ai, contratar companhia de mudança de baixa renda dá nisso. Ok, vamos lá.

Ao descerem a primeira caixa Duarte viram os Ramos trazendo, do outro lado da rua, as caixas de Pedro. O rapaz, que trazia consigo o violão e seus skates, aproximou-se de Karina e a cumprimentou com um selinho.

– Oi, Esquentadinha. Tudo bem?

– Tudo ótimo. Vamos organizar tudo direitinho até o caminhão chegar?

O casal e os familiares separaram roupas de móveis e eletrodomésticos, entre outras coisas. O principal problema era o armário, que era bem grande e foi difícil de levar até a calçada. Quando esse problema já foi resolvido, as famílias aguardaram pela chegada do caminhão de mudanças. Gael tentava conter o choro, mas não conseguia, quanto à emoção de mais uma filha deixando a casa. João e Bianca conversavam enquanto observavam Karina e Pedro brincando com Ana. Marcelo e Delma consolavam Tomtom que não gostava de admitir, mas sentiria falta do irmão. Quando o caminhão chegou, foi a hora das despedidas.

– Minha filha, se esse Menestrel do Capiroto fizer alguma coisa com você, eu vou correndo te buscar, ok? - disse Gael.

– Pai, eu nem mesmo vou sair do bairro. Não deve dar nem 15 minutos à pé.

Feitas todas as despedidas, o casal foi-se, liderando o caminhão até o apartamento que seria seu novo lar. O tempo todo trocavam olhares apaixonados, ansiosos pelo que estava acontecendo com eles. Quando chegaram, o casal, o motorista do caminhão e o assistente levaram tudo o que tinha no camburão para o apartamento. Enquanto colocavam as caixas lá dentro, Pedro ouviu a porta do apartamento ao lado abrir-se, seguido de um:

– Nossa, meu novo vizinho é um gato.

Quando virou-se, para conferir quem havia dito aquilo, deparou-se com Vicki, o observando com um sorriso em seu rosto.


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Notas finais do capítulo

Se foi mal-escrito, desculpa. Como disse antes, tive uma crise e isso talvez tenha me influenciado. Gostou? Comente, dê sugestões, faça perguntas. Seu apoio é o que me ajuda.

lia e pams: Na próxima, tem como mostra a foto do apartamento, por favor!

Desculpa, não tem. O apartamento eu criei uma imagem da minha mente, então é só a partir da descrição que uma imagem pode ser formada.



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