Vampírico escrita por Karollin


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

É a primeira vez que escrevo algo desse gênero e prometo me esforçar para trazer o melhor para meus leitores.

Boa leitura! Espero que gostem *-*



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O barulho do salto alto da mulher ecoava pelo beco escuro e fétido da cidade. Era assombroso o silêncio entre o pouco intervalo dos passos, nenhuma vivalma atrevia-se a andar por aquelas bandas tão tarde da madrugada. Aquela área era violenta e presenciava mais de um assassinato por noite. A polícia, desistindo de tentar usar medidas falhas para combater a violência daquele bairro simplesmente passara a ignorá-lo e suas estatísticas eram desconsideradas em qualquer pesquisa para não prejudicar toda a cidade, que lutava para ser reconhecida como um lugar de paz.

A lua estava brilhando, um único ponto luminoso em um mar de nuvens escuras e a luz amarelada e fraca do poste piscava em intervalos cada vez menores. De repente, um homem saiu de trás de uma grande caçamba de lixo e ficou a apenas alguns passos da mulher. A diferença entre os dois não podia ser mais gritante. Ela estava usando um impecável vestido preto de lantejoulas com uma meia calça escura e grossa devido ao vento gélido e saltos altos. Sua maquiagem realçava seus olhos pretos como piche e seus lábios estavam tingidos por um chamativo batom vermelho que combinava perfeitamente com seus cabelos negros lisos e sua pele branca. Já o pobre homem trajava uma touca puída que já fora verde, roupas rasgadas e malcheirosas juntamente com um sapato diferente em cada pé. Não passava de um mendigo azarado. Em um movimento brusco, ele puxou uma pistola e a apontou para a jovem com as mãos trêmulas devido ao efeito do vício antigo por bebidas.

– Passa a grana, boneca. – sua voz áspera provocou arrepios de medo na mulher e ela deu um passo para trás completamente apavorada.

– Por favor, eu não tenho nada! Deixe-me ir! – exclamou com os olhos já se enchendo de lágrimas.

– Você é uma burguesinha, olhe suas roupas. Não deveria estar aqui à essa hora. – falou aproximando-se da mulher congelada pelo pavor – Já que não tem grana, aceito uma outra coisa como pagamento para deixa-la ir.

Dizendo isso, as mãos sujas e calejadas apertaram com força as nádegas da mulher, que emitiu um gritinho de susto e repulsa. Ela sentiu o metal gélido da arma em seu pescoço enquanto o mendigo que continuava a assediá-la sem o menor pudor, levantou sua saia com um sorriso macabro nos lábios. Nem mesmo as câmeras iriam inibi-lo. A jovem olhou para cima e a lua foi coberta pelas densas nuvens de chuva, como se aquele astro celeste se recusasse a assistir tanta barbárie.

O teatro havia chegado ao fim.

Antes mesmo que o homem pudesse processar o que estava acontecendo, sua arma já estava caída a vários metros dos dois juntamente com a mão que a segurava. O escuro era completo, a única coisa visível eram dois olhos vermelhos em meio ao breu. O grito de pura dor e pavor do mendigo ecoou pelo beco, sem ninguém para ouvi-lo e muito menos acudi-lo enquanto caía ajoelhado no chão chorando e segurando o braço. A mulher abaixou a saia e fez uma careta de nojo para o homem a seus pés. Ajeitou o vestido com calma e deu um forte chute no maxilar dele, que caiu desmaiado em meio ao lixo.

Porém, a inconsciência não o reclamou por muito tempo e logo seus olhos verdes abriram-se completamente amedrontados, procurando a figura feminina sem obter êxito. Como estava com pressa, ela não poderia brincar muito com sua vítima e antes que ele pudesse vê-la, seu salto fino desceu com força em direção à cabeça do homem, perfurando seu crânio com um barulho alto e medonho matando-o instantaneamente.

Uma poça de sangue começou a se formar no chão impregnando o ar com seu cheiro metálico característico. Aquilo era como ambrosia para a mulher. Suas presas cresceram e seus olhos – ainda vermelhos – começavam a brilhar de entusiasmo. Para não sujar suas meias novas, ela puxou o cadáver bruscamente e o manteve em pé enquanto seus dentes perfuravam a fina pele do pescoço do homem. Enquanto os olhos do mendigo fitavam o vazio, seu sangue era drenado para fora de seu corpo.

Quando a última gota foi sugada, seu corpo seco foi jogado de modo descuidado no chão, como se ele não fosse nada mais do que um saco de lixo dentre todos os outros empilhados e roídos por ratos naquele escuro beco de Nova Iorque.


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Notas finais do capítulo

Este é curtinho porque é apenas o prólogo, os outros capítulos serão bem maiores!

Comentem por favor, é muito importante saber o que estão achando! :D