30 de outubro,

Para muitos acordar cedo não é nada agradável, pois bem, concordo plenamente, mas não a nada pior do que acordar cedo com suas colegas de quarto dando gritinhos e falando alto.

- Calem a boca, não está vendo que eu ainda estou tentando dormir?

Tapei minha cabeça com o travesseiro na tentativa de abafar as vozes, mas nada adiantou.

- Já esta mais do que na hora de levantar Jessica, daqui a pouco vamos para Hogwarts e te deixamos ai - Disse uma das minhas colegas de quarto.

- Hogwats - gritei levantando rápido da cama - Por Merlin eu havia esquecido! que horas são? Mas que merda.

Pulei da cama com toda a vontade que eu não sabia que existia, e por consequência acabei chutando o pé da cama.

Corri para o banheiro em minutos já estava pronta, não usava as roupas ridiculamente azuis e fofinhas como todas as outras estudantes de Beauxbatons, estava com roupa trouxa pra falar a verdade, uma blusa preta e calças jeans rasgadas.

A viagem até Londres seria longa então entupi minha mala de mão com comida e as outras três com roupas, e seguimos para a grande carruagem onde passaríamos cerca de 12 horas voando.

Acabei pegando no sono nas primeiras duas horas de viagem, continuaria a dormir tranquilamente se não estivesse sendo cutucada nas costelas.

- O que você quer? - perguntei sonolenta sem nem olhar para o individuo inconveniente.

- Bom dia dorminhoca! - falou a voz que eu reconheceria em qualquer lugar, Arthur meu melhor amigo - Nós estamos chegando. - e assim ele saio do meu quarto. Levantei meio tonta, dei um jeito no meu cabelo e segui para o corredor que ligava s quartos onde estava cheio de meninas e meninos ansiosos,

Assim que conseguimos pousar pouco a pouco os alunos foram saindo. Assim que consegui sair consegui ver uma grande aglomeração de alunos no gramado, todos com uniformes de Hogwarts.

- Madame Maxime, não deveria ter uma outra escola aqui também? - Pergunto me colocando do lado da diretora da nossa escola.

- Não devem ter chegado ainda minha querida - respondeu a mesma com um sotaque frances.

Assim que viu Dumbledore Madame Maxime deu um sorriso e ela se dirigiu em direção ao diretor, estendendo sua mão e sem nenhuma dificuldade Dumbledore beijou-lhe a grande mão.

- Minha cara Madame Maxime, bem vinda a Hogwarts. - disse o diretor.

Acabei perdendo a atenção da conversa dos dois diretores, e meus olhos caíram em um grupo de alunos com vestes verdes que riam e apontavam para a minha diretora.

- Draco! - Sai correndo do grupo onde estava e pulei no pescoço do loiro lhe dando um abraço de urso.

Desde que me conheço por gente eu convivo com a família Malfoy nas ferias, como meu pai não comemora nada, Narcisa faz questão de me ter como uma segunda filha.

- Jessica me solta, está me fazendo passar vergonha - disse o garoto tentando se soltar do meu abraço.

- Eu nem acredito o quanto você cresceu, está ate mais alto do que eu - Disse apertando suas bochechas.

- Como se fosse muito difícil ser mais alto que você Jess - respondeu o garoto abaixando minhas mãos e dando um meio sorriso.

- Respeite os mais velhos Draco - respondi empinando o nariz.

- Vamos Jessica - me chamou Arthur que ja estava a quase nos degraus de pedra que dava para o castelo.

Ia seguir eles se não tivesse sido barrada por um grande e velho conhecido.

- Jessica quanto tempo - disse Dumbledore passando a mão sobre meus cabelos.

- Também senti saudades padrinho - Abracei o velho com força.

Segundo meu pai, Dumbledore era meu padrinho mas não por escolha do mesmo, e sim porque antes da morte da minha mãe (na qual eu não sei nem o nome) ela pediu para o diretor que cuidasse de mim se meu pai fizesse alguma burrada.

Correndo um pouco consegui alcançar meus colegas e nós adentramos no castelo, meu coração começou a bater rápido, desde pequena meu sonho era entrar nessa escola, agora realizado faria de tudo para estudar lá.

- Vamos sentar ali, a cor deles combina com a nossa - gritou Loira Aguada Fluer seguindo em direção a mesa de Ravenclaw.

Meus olhos varreram a mesa dos professores e de longe consegui reconhece-lo em suas tipicas vestes negras e seus cabelos oleosos caindo sobre os ombros. Assim que seus olhos caíram sobre os meus não pude perder a oportunidade de irrita-lo então comecei a acenar alegremente para ele. Oras o que posso fazer? ele é meu pai, gosto de irrita-lo.

Assim que Madame Maxime entrou no salão principal todos os alunos de Beauxbatons se levantou e tornamos a nos sentar assim que Maxime sentou-se na mesa dos professores.

Assim que o salão ficou em silencio Dumbledore começou a pronunciar suas palavras.

- Boa-noite, senhoras e senhores, fantasmas e, muito especialmente, hóspedes - Disse Dumbledore sorrindo para nós - Tenho o prazer de dar boas-vindas a todos. Espero e confio que sua estadia aqui seja confortável e prazerosa.

Algumas das garotas de Beauxbatons deu risadinhas de zombaria.

- Cala a boca Medalle, ninguém está te obrigando a ficar, e muito menos querendo sua presença aqui - falei vulgo gritei com a garota fazendo com que meio salão me encarasse espantado.

- O torneio será oficialmente aberto no final do banquete - continuou Dumbledore - Agora convido todos vocês a comer, beber e se fazer em casa!

Ele se sentou, e logo começou uma conversa com o diretor estranho da outra escola.

As travessas diante de nós se encheram de comidas diferentes, Havia uma grande variedade de comida mas na parte da mesa onde eu estava apenas tinha comida francesa.

- Eca, já tenho que comer essa gororoba o ano todo e até aqui isso me persegue? - falei sozinha me levantando da mesa - Arthur vou me sentar em outra mesa nos falamos depois.

Segui meu caminho até a mesa de Gryffindor onde os alunos me encaravam os a cara amarrada.

- Com licença, eu poderia me sentar aqui? - perguntei para um garoto ruivo meio rechunchudo que tinha uma cadeira vaga ao seu lado - É que na minha mesa só tem gororoba francesa.

O garoto estava vermelho até as orelhas e respondeu com um aceno frenético da cabeça.

- Você não tem sotaque frances - comentou uma menina de cabelos revoltos que estava sentada na frente do ruivo.

- Eu não sou francesa - respondi - Sou daqui do reino unido na verdade. Me chamo Jessica Elizabeth, mas pode me chamar só de Jess.

Estendi a mão para a garota que correspondeu rapidamente.

- Sou Hermione Granger, esse é Rony Weasley, e ele é Harry Potter - ela apresentou-me o ruivo e um garoto magricela que eu nem havia reparado antes, mas reconhecia o nome de longe.

Ia continuar uma conversa mas dois garotos ruivos sentaram na minha frente e já começaram a falar.

- E eu me chamo George Weasley - respondeu um gêmeos.

- E eu Fred Wesley. - Ambos me estenderam a mão.

- Muito prazer - respondi olhando diretamente para o tal de Fred.

Tinha que admitir, eles eram bem bonitos, porem algo em Fred Weasley me chamou atenção.

Continuamos a conversar sobre coisas banais até uma das minhas "amiguinhas" vir interromper.

- Con licença, vocês von querrer a bauillabaisse? - Fluer agora estava purpurinando seu charme para cima dos garotos, tante que Ron começou a ficar vermelho e gaguejar.

- Leve logo Fleur - disse revirando os olhos.

- Vocês se serrvirram?

- Já - respondeu Ron recuperando a voz - Estava excelente

A garota pegou a bandeja se seguiu para a sua mesa, assim que a loira se sentou Potter começou a rir.

- Ela é uma Veela! - exclamou o garoto fazendo com que eu revire os olhos.

- Meio veela na verdade, se mal me engano sua avó era uma veela - porem minha resposta saio baixa de mais e nenhum dos três havia escutado, pelo contrario, o ruivo e a garota discutiam.

Uma tensão invadiu o salão principal como uma vento gelado, e Dumbledore estava de pé para mais um pronunciamento.

- Chegou o momento - Disse o diretor sorrindo - O torneio Tribrixo ira começar. Eu gostaria de dizer algumas palavras antes de mandar o escrínio. Apenas para esclarecer as regras que vigorarão este ano. Mas, primeiramente, gostaria de apresentar àqueles que ainda não os conhecem o Sr. Bartolomeu Crouch, Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia — houve vagos e educados aplausos —, e o Sr. Ludo Bagman, Chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos.

Houve muitos aplausos mas ambas as minhas mãos estava paradas no mesmo lugar.

- Nos últimos meses, o Sr. Bagman e o Sr. Crouch trabalharam incansavelmente na organização do Torneio Tribruxo — continuou Dumbledore — e se juntarão a mim, ao Professor Karkaroff e à Madame Maxime na banca que julgará os esforços dos campeões. - A menção da palavra "campeões", a atenção dos estudantes que ouviam pareceu se aguçar.

— O escrínio, então, por favor, Sr. Filch.
O velho que andara rondando despercebido um extremo do salão, se aproximou então de Dumbledore, trazendo uma arca de madeira, incrustada de pedras preciosas. Tinha uma aparência extremamente antiga. Um murmúrio de interesse se elevou das mesas dos alunos.

— As instruções para as tarefas que os campeões deverão enfrentar este ano já foram examinadas pelos Srs. Crouch e Bagman — disse Dumbledore, enquanto Filch depositava a arca cuidadosamente na mesa à frente do diretor —, e eles tomaram as providências necessárias para cada desafio. Haverá três tarefas, espaçadas durante o ano letivo, que servirão para testar os campeões de diferentes maneiras... Sua perícia em magia, sua coragem, seus poderes de dedução e, naturalmente, sua capacidade de enfrentar o perigo.

Nessa hora o salão inteiro entrou em silêncio absoluto que conseguia-se ouvir os meus próprios batimentos cardíacos.

— Como todos sabem, três campeões competem no torneio — continuou Dumbledore calmamente —, um de cada escola. Eles receberão notas por seu desempenho em cada uma das tarefas do torneio e aquele que tiver obtido o maior resultado no final da terceira tarefa ganhará a Taça Tribruxo. Os campeões serão escolhidos por um juiz imparcial...“O Cálice de Fogo”.
Dumbledore puxou então sua varinha e deu três pancadas leves na tampa do escrínio. A tampa se abriu lentamente com um rangido. O bruxo enfiou a mão nele e tirou um grande cálice de madeira toscamente talhado. Teria sido considerado totalmente comum se não estivesse cheio até a borda com chamas branco-azuladas, que davam a impressão de dançar.
Dumbledore fechou o escrínio e pousou cuidadosamente o cálice sobre a tampa, onde seria visível a todos no salão.
— Quem quiser se candidatar a campeão deve escrever seu nome e escola claramente em um pedaço de pergaminho e depositá-lo no cálice — disse Dumbledore. — Os candidatos terão vinte e quatro horas para apresentar seus nomes. Amanhã à noite, Festa do Dia das Bruxas, o cálice devolverá o nome dos três que ele julgou mais dignos de representar suas escolas. O cálice será colocado no saguão de entrada hoje à noite, onde estará perfeitamente acessível a todos que queiram competir.
— Para garantir que nenhum aluno menor de idade ceda à tentação, — continuou Dumbledore, — traçarei uma linha etária em volta do Cálice de Fogo depois que ele for colocado no saguão. Ninguém com menos de dezessete anos conseguirá atravessar a linha.

Não! Eu queria gritar de frustração, estava querendo mesmo me inscrever.

— E, finalmente, gostaria de incutir, nos que querem competir, que ninguém deve se inscrever neste torneio levianamente. Uma vez escolhido pelo Cálice de Fogo, o campeão ficará obrigado a prosseguir até o final do torneio. Colocar o nome no cálice é um ato contratual mágico. Não pode haver mudança de idéia, uma vez que a pessoa se torne campeã. Portanto, procurem se certificar de que estão preparados de corpo e alma para competir, antes de depositar seu nome no cálice. Agora, acho que já está na hora de irmos nos deitar. Boa-noite a todos.

- Uma linha etária - Exclamou Fred Weasley com os olhos com um certo brilho e um sorriso de dizia "vamos aprontar"

— Bom, isso deve ser contornável com uma Poção para Envelhecer, não? E depois que o nome estiver no cálice, a gente vai ficar rindo, ele não vai saber dizer se você tem ou não dezessete anos!

— Mas eu acho que ninguém abaixo de dezessete anos terá a menor chance — disse Hermione — ainda não aprendemos o suficiente...

- Fale por você..

- Concordo com Hermione, mesmo querendo muito participar acho que as tarefas não serão brincadeira - respondi com um pouco de ironia na voz - bem vou para a carruagem, foi um prazer conhece-los.

E assim segui meu caminho para os terenos da escola onde estava estacionada a carruagem, fui diretamente para meu quarto e em menos de 20 minutos já estava dormindo.