O Consultório do Haymitch escrita por Mr Milho, cbm
Notas iniciais do capítulo
Oi pessoal! Sei que foi meio rápido, mas agora que tô de férias o tempo livre tá sobrando. Aproveitem!
É um novo dia no consultório e Effie está lustrando o seu balcão.
Haymitch – Você podia parar de limpar sua mesa e tentar limpar o chão pra dar uma variada né?
Effie – Essas mãos não nasceram pra limpar chão, meu bem.
Haymitch – Hum, acho que eu preciso arranjar um empregado melhor do que você.
Effie – Epa, nem vem me trocar não! Eu fui lá no mercadinho e coloquei o anúncio que você pediu.
Haymitch encara ela e aponta pra sala vazia – É, parece que não deu muito certo.
Effie – Muito pelo contrário, tem um paciente marcado pra hoje. O nome dele é Leo Valdez.
Haymitch – Senhor, que nome de cantor de barzinho. Ok, estarei esperando lá dentro quando ele chegar.
Alguns minutos depois...
Trin, trin...
Haymitch – Alô?
Effie – Haymie, seu paciente chegou. Ele tem um cabelo bagunçado e cheira a queimado.
Leo – EPA!
Haymitch – Pode mandar entrar.
Leo entra na sala.
Haymitch – Olha, seu negócio não sou eu que resolvo.
Leo – Ahn? Como assim?
Haymitch – Eu não sei se posso te ajudar a parar de fumar, mas tem esse lugar chamado Capitol onde eles fazem os caras pararem até mesmo de respirar, então...
Leo – Então acho que é melhor eu ir embora de vez.
Haymitch – Espera, espera! Antes venha me dizer o que é que rola, Leandro Sanchez.
Leo – Meu nome é Leo Valdez.
Haymitch – Para de reclamar se não eu começo a te chamar de Zé Chaminé.
Leo – Ok, Mestre dos Magos, vamos andando com a consulta?
Haymitch – MESTRE DOS MAGOS É O C#&#&!
Leo – Sério mesmo, eu tô pagando por isso.
Haymitch – Ok, Leandro. Diga-me por que você começou a fumar cigarro tão freneticamente. *pega o bloquinho*
Leo – Leo.
Haymitch – Não, meu nome é Haymitch. Mas pode me chamar de doutor ou grande e magnífico mestre.
Leo – Então, eu não fumo. Na verdade eu sou filho de Hefesto, o deus grego de várias paradas que tem a ver com construção.
Haymitch – ...
Leo – Doutor?
Haymitch – Espera só um momentinho.
Haymitch vai até a recepção.
Haymitch – Effie, certeza que você não confundiu o anúncio com a propaganda do hospício?
Algum tempo depois ele está de volta.
Haymitch – Pode continuar, Leandro.
Leo – É... Ah, deixa pra lá. A maioria dos filhos de Hefesto só fica o dia inteiro construindo coisas e trabalhando em fábricas. Eu, por outro lado, desde criança fui especial.
Haymitch – Estou conseguindo perceber...
Leo – É que várias tretas rolaram. Uma múmia matou minha mãe, uma babá louca tentou me matar mas depois eu descobri que ela estava me treinando, e eu consigo controlar o fogo, coisa que nenhum dos outros filhos de Hefesto consegue. E isso é um sinal de perigo.
Haymitch se levanta e coloca um adesivo de proibido fumar em cima da porta.
Haymitch – Você controla o fogo? Sei.
Leo estala os dedos e faz uma bola de fogo com a mão.
Haymitch – EFFIE! SOCORRO, MULHER! O EXTINTOR!
Effie entra correndo e usa o extintor em cima de Leo.
Haymitch – Muito obrigado, Effie.
Effie – Estou a seu dispor, chefinho.
Haymitch – Leandro, é melhor você largar dessa ideia de piromania porque dá em cadeia, hospício ou cadeira elétrica.
Leo – Não é que eu goste de por fogo nas coisas! Eu simplesmente posso fazer isso.
Haymitch – Ok, mas só pra constar, é melhor você não fazer isso de novo. *ele vai até Leo e cola um adesivo de proibido fumar no peito dele*
Leo – Podemos chegar no problema, doutor?
Haymitch – Ok, ok. Vai lá.
Leo – Além desses problemas, meu bisavô foi namorado de adolescência de uma das minhas melhores amigas e eu me apaixonei por uma garota que está trancafiada em uma ilha.
Haymitch – Mas e essa sua amiga, como você se sente em relação a ela?
Leo – Ah, a Hazel é legal. Mas sabe, o Frank era uma melhor opção pra ela. Os dois se conheciam melhor.
Haymitch – E essa presidiária, como você se sente?
Leo – A Calypso?
Haymitch – Calypso?
Leo – É, é o nome dela.
Haymitch – CALYPSOOOOOOOO! A lua me traiu, pensei que era louca... por você! A lua me traiu! *levanta e começa a dançar*
Leo – E eu tenho que te levar a sério?
Haymitch – Ai, ai. Bons tempos. Mas é que esses nomes tão muito zoeirinhos. Prossiga, Leandro.
Leo – A Calypso foi meio que entrando na minha vida, porque nós dois tínhamos isso de nos apaixonar por qualquer um que faça alguma coisa por nós.
Haymitch – Ops, acho que você acabou de descobrir seu problema sozinho.
Leo – Ahn? Eu descobri? Como assim?
Haymitch – Sim, Leo. Você tem o que eu chamo de Síndrome de Tribalista: “Não sou de ninguém. Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também.” Você é uma ameba quando se trata de relações amorosas, mesmo que todo mundo te queira por perto quando o assunto é fazer uma boa piada. A pior parte é que você acaba aceitando qualquer um que apareça e goste de você. Porque é exatamente isso que você procura, alguém que goste de você, de preferência mais de um alguém.
Leo – Ei, eu...
Haymitch – É, eu estou certo. E aposto que você também pega bem com uma novelinha, não é não?
Leo – Lógico que não, isso é coisa de mulher!
Haymitch – Leandro, não minta para mim!
Leo – Tá bom, eu não consigo resistir quando passa reprise de Maria do Bairro.
Haymitch – Mas é isso que está cagando na sua cabeça, menino. Você não está conseguindo se decidir e vai esperar até que a vida te deixe com apenas uma opção. Tem que parar urgentemente de deixar que as coisas aconteçam à sua volta e você fique apenas esperando que o amor da sua vida bata na sua porta. E vamos resolver isso antes que seja tarde demais. Você tem é que ficar longe dessa Hazel, desse Frank, da Joelma...
Leo – É Calypso.
Haymitch – Enfim, você tem que arranjar um tempo pra pensar em si mesmo e parar de tentar agradar tudo e todo mundo pra manter uma imagem. É hora de você ser o foco da sua própria atenção.
Leo – Eu não sei...
Haymitch – Mas eu sei, meu querido. Para tratar isso será bem simples. Você terá que fazer uma dieta de novelas e quebrar todos os seus CDs do Calypso.
Leo – Ah, não, os meus CDs não!
Haymitch – Sim, Leandro. *mexe na gaveta* E aqui está o novo Palmolive Naturals que você vai começar a usar diariamente nessa cabecinha linda pra ver se arruma o seu cabelo.
Leo – Mas eu já usava o Clear Men do Cristiano Ronaldo! *chora*
Haymitch – Sem drama. E você também vai ter que parar de fumar. Por isso vai ter que começar a ir semanalmente no Fumantes Anônimos.
Leo olha para as várias garrafas de bebida largadas pelo consultório – Eu tenho uma ideia de um lugar pra onde você pode ir também, cachaceiro.
Haymitch – Epa, pode parar de me ofender. Funcionário meu tem que trabalhar me respeitando.
Leo – Funcionário seu? Como assim?
Haymitch – Isso mesmo, Leandro. Como você precisa se afastar de várias coisas do seu cotidiano, eu acho que a melhor forma de fazer isso seria trabalhando aqui. E eu estou pensando apenas no seu bem estar, é lógico.
Leo – E por que eu aceitaria?
Haymitch – Porque você não tem muita escolha não. Aposto que não quer ter que namorar uma louca presa numa ilha pra sempre né?
Leo – Eu tava pensando em tirar ela de lá.
Haymitch – Muito bem, isso a gente vê depois. Por enquanto, Leo Valdez, você irá trabalhar aqui até solucionar a sua Síndrome de Tribalista. Agora vá perguntar pra Effie onde fica o seu quarto e o lustra-móveis.
Leo revira os olhos e sai da sala.
Haymitch – Yahoo! Não precisei mexer um dedo e já descolei um empregado pra fazer a faxina. *pega uma garrafa de absolut e bebe enquanto gira na cadeira*
Valdez, Leo
Diagnóstico: Síndrome de Tribalista
"Se você se acha bom de piada..."
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E esse foi o Leo! Já tenho outros capítulos prontos e quero ver se vocês adivinham quem é o próximo(a) paciente. Dica: É de THG.
Sei que postei meio rápido mas por enquanto pretendo fazer assim mesmo, sempre que eu acumular alguns capítulos prontos vou liberando aqui pra vocês. Obrigado pela leitura õ/