Forced Marriage escrita por ApplePie


Capítulo 4
Chapter 2 - Run, bitch, run!


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoas lindas do Nyah!
Eu consegui arranjar um jeito de rotear meu 3G na casa do meu pai para conseguir esses poucos minutos no Nyah para eu poder postar esse capítulo.
Eu quero agradecer à "melyssa polly cullen", "ellen", "Maah" e "Dark" por terem favoritado a fic! =D
Gente, por favor, olhem o trailer que eu fiz pra fic: https://www.youtube.com/watch?v=cMjRueyv6As&list=UUNEx0akE17O4y8dsYYOhyqQ
I hope you enjoy,
Kissus
P.S. Pra quem não sabe, Wales (na imagem) é o nome em inglês para o País de Gales.



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A vida de Seth nunca foi cheia de problemas. Com toda a sua influência e poder, sendo filho único da família Argyros, era fácil ele manipular tudo ao seu favor. Ele poderia não ter total controle da Argyros Company, mas seu pai sempre lhe deixou ser seu assistente e fazer tudo pela empresa. Nos últimos dois anos, ele tinha orgulho de dizer que as ações subiram sessenta por cento no mercado.

Porém ele estava longe de alcançar seu objetivo.

Seu pai deixava-o cuidar de tudo, mas não o deixava ter total controle da empresa como seu sucessor por causa de seus certos... escândalos. Seth vivia metendo-se em situações um tanto complicadas, às vezes por sua própria culpa ou às vezes devido às pessoas que desejavam vê-lo nas capas tentando, em vão, difamá-lo.

Diferente de Charlotte que evitava a mídia como se fosse uma praga, quase ninguém conhecia o seu rosto pelo quanto reclusa ela era, Seth simplesmente aceitava a mídia de braços abertos e com total indiferença, como se fosse apenas um mosquito.

Raul estava extremamente cansado de tirar seu filho de situações desse tipo, de deixá-lo fazer o que quiser, então fez um simples trato.

Você será diretor da empresa quando você se casar com Charlotte Waller.

Seth cerrou os punhos tentando contrair a sua raiva. Casar-se com alguma mimada! Que ultraje!

Ele sabia bem quem era o pai dele. Um bom homem, mas um tanto quanto ambicioso e, pelas conversas que eles tiveram, Seth percebeu o quanto Michael mimava a sua filha.

Perfeito! Simplesmente perfeito! Vou me casar com uma menina mimada e dois anos mais nova que eu.

Entretanto ele sabia que iria valer a pena. Todo o império que ele ajudou a construir seria dele em contar na aliança com os Waller. E quem saiba essa tal Charlotte nem seria tal ruim assim, talvez ela fosse bonita e pudesse satisfazê-lo por algum tempo.

Após pensar nisso, Seth começou a fazer os preparativos para quando fosse assumir as empresas. Fez todos os planejamentos e planilhas. Os preparativos do casamento estavam sendo resolvidos por seu pai e Michael, então ele não precisaria se preocupar.

Enquanto caminhava pelo longo corredor feito todo de vidro do prédio, Seth começou a perguntar-se como Charlotte pensaria sobre toda essa situação. Certamente ela deveria estar muito feliz por se casar com alguém rico e poderoso. O homem suspirou, provavelmente ela iria querer gastar todo o seu dinheiro em coisas fúteis e ele não tinha tempo para isso. Teria que contratar alguém para providenciar tudo isso por ele.

Mal sabia ele o quanto ele estava enganado.

Seth ajeitou seu terno antes de entrar no elevador, sua vida estava bastante agitada. Ele bufou enquanto esfregava seu rosto, a última coisa em que ele precisava pensar era Charlotte.

O casamento iria ser realizado na Grécia o que facilitava bastante as coisas para ele, já que ele já estava lá, uma viagem a menos para ele.

Por onde ele passava, todos paravam para olhá-lo. Claro que ele apenas ignorava. Chegando em seu escritório, ele fechou a porta e chamou a secretária.

— Sim, Senhor Argyros?

— Julie, eu quero um café na minha mesa antes da reunião. Você tem o horário de amanhã?

— Sim senhor. — Ela entregou um papel para ele. — Seu horário amanhã começa com uma reunião às nove horas com um dos sócios dos hotéis em Veneza. Depois, você terá que voltar aqui para a Grécia para ter uma reunião à tarde com os representantes da Rússia.

Seth assentiu. Ele já sabia de tudo, só precisava confirmar.

Logo depois, Julie retirou-se do escritório para providenciar o seu café. Seth demorou a conseguir uma secretária boa. A maioria delas era totalmente desequilibrada ou estava ocupada demais olhando para ele ao invés de fazerem seu trabalho.

Ele teve cinco secretárias em dois anos até conseguir achar Julie. Ela era perfeita para trabalhar com ele: séria, falava apenas o necessário, bonita e um tanto quanto inteligente. Ela sempre estava bem arrumada e utilizando roupas que valorizavam seu corpo de uma maneira formal além de destacar seus olhos verdes e cabelo castanho claro.

Dez minutos depois, Julie entrou no seu escritório com um café Starbucks. Ela parecia agitada e assim que colocou o café em sua mão, começou a falar.

— Senhor, o seu pai deseja vê-lo. Disse que é urgente.

Seth estranhou, era raro Raul querer falar com ele durante seu horário de trabalho. Seu pai sabia bem o quanto ele valorizava o tempo em que estava na empresa.

Seth levantou-se e foi até o andar de cima. O escritório de Raul Argyros era praticamente igual ao de Seth, porém talvez um pouco mais espaçoso. Era mais parecido com uma suíte máster do que um escritório propriamente dito.

As paredes brancas com janelas de vidro ocupando o espaço todo. Um sofá grande cor erva-doce estava ocupando um dos cantos do escritório. Na mesa do seu pai tinha – além de um computador e dez mil papéis espalhados – dois retratos da sua família. Um dos avós do Seth e outro os três, Raul, Seth e sua mãe, Kelly.

Raul Argyros estava sentado atrás de sua mesa com uma expressão que o preocupou. Seth sentou-se em sua frente. Raul abriu um pequeno sorriso. O jovem percebeu que, por mais que Raul já estivesse um pouco velho, ele ainda era bonito com seu cabelo loiro e olhos verde-água.

Diferente do seu pai, Seth não era loiro e sim moreno. Ele herdou seu cabelo negro de sua mãe, Kelly.

— Julie disse que você queria me ver.

Raul assentiu.

— Algo problemático aconteceu e sua presença é requerida.

Seth olhou em confusão para seu pai.

— Uma confusão? Eu não entendo. Está tudo como planejado, vamos expandir nossos negócios em Veneza assim que eu for na reunião e vou conversar sobre certos assuntos com o pessoal da Rússia.

— Não tem a ver com o emprego. Eu preciso que você vá para os Estados Unidos falar com Michael.

— Mas e as reuniões?

— Já falei com Julie para mudar seu horário e eu já conversei com Nikolas, ele vai mandar o filho dele para as reuniões.

— E por que eu devo falar com Michael? Alguma coisa aconteceu.

Raul suspirou.

— Charlotte fugiu.

***

Charlotte nunca correu tanto em sua vida. Lógico que ela não estava fora de forma, seu pai fazia questão dela ocupar seu tempo treinando seu corpo e mente, mas agora parecia que ela tinha corrido uma maratona. Emery – o bastardo sem coração que fez ela ficar assim – parecia bem. Como isso, ela não sabia.

— Os homens de seu pai parecem estar perto do hotel em que você estava hospedada. Isso nos dá uns cinco minutos para pegar o avião.

Charlote não conseguia falar nada por causa da falta de ar então apenas assentiu com a cabeça.

Um dos empregados de Emery trouxe as malas de Charlie e ela subiu no jato dele.

— Parece que mais uma vez eu não vou poder usufruir de sua hospitalidade, Emery — Charlotte riu sem humor.

— Nah... — ele disse piscando para ela. — Não se preocupe, mi querida. Eu não estou tão desesperado assim para prender você na França.

Charlote revirou os olhos, mas não pôde conter o sorriso.

— Obrigada, Em. Por tudo.

— De nada. — Ele sussurrou de volta. — Mande-me um cartão postal da Noruega. — ele pausou. — Ou de Gales.

Emery acenando foi a última imagem da França que Charlotte teve.

***

Charlotte não sabia falar norueguês. Muito menos dinamarquês ou sueco.

Porém, para sua sorte, quase todos sabiam falar inglês ou francês. Rapidamente ela conseguiu se instalar no hotel que Emery tinha fechado para ela.

Ela deitou-se na cama e decidiu pedir serviço de quarto, já que estava muito cansada até para levantar da cama. O serviço de quarto chegou rápido. Ela comeu e decidiu dormir.

No dia seguinte, Charlotte acordou tarde. A loucura dos fusos estava se refletindo no estado dela. Charlie dormiu demais, mas ainda estava cansada.

Ela decidiu ver a cidade, então prendeu seu cabelo castanho em uma trança e colocou um vestido florido. Mandou uma mensagem para Emery falando que ela estava viva – coisa que ela esqueceu-se de fazer no dia anterior (Emery deveria estar muito bravo) – e saiu para ver as ruas.

Charlote não fez nada demais. Tirou fotos da paisagem para usar como esboços para suas pinturas, passou em uma padaria para comprar um café e olhou algumas vitrines de lojas. Ela parou para olhar para a própria roupa. Logo ela teria que comprar roupas mais quentes, afinal o inverno estava chegando.

A jovem continuou a andar até parar congelada na frente de uma praça. Dois homens que ela reconheceu como sendo seguranças de seu pai estavam perto da calçada conversando com uma mulher.

Ela virou-se lentamente para o outro lado e começou a caminhar rapidamente em direção ao hotel, ela pegou seu telefone e ligou para o homem que a vem ajudando a escapar, Rick, o piloto particular de Emery.

— Rick, é uma situação de emergência. Eu sinto muito, mas você pode vir me buscar? Eu quero ir para Gales ainda hoje.

Ele apenas mandou um simples “ok” e desligou. Ele era um homem bom, mas de poucas palavras, não que Charlie ligasse, ela estava bem acostumada com pessoas assim.

Em menos de cinco minutos, Rick estava ajudando Charlotte a colocar suas malas no carro. Ela pegou um leve vislumbre de homens grandes e de terno o que a fez pular para dentro do carro como uma louca.

Rick a levou para o jato – pela terceira vez em menos de uma semana, se bem que ele deveria estar acostumado dado à quantidade de viagens que Emery faz – e rapidamente saíram da Noruega deixando dois homens para trás muito frustrados. A única coisa que eles pensavam era em como eles iriam explicar para Michael que eles deixaram sua filha escapar.

***

Charlotte segurou um grito de frustração enterrando a cara no estofado do jatinho. A única coisa que ela era ficar em algum lugar por mais de vinte e quatro horas sem se preocupar em ser achada pelo seu pai.

No banheiro, ela trocou seu vestido por um shorts jeans e uma blusa de manga curta cor salmão. E mais uma vez ela teve que explicar a situação toda para Emery.

Pelo menos a viagem de Noruega até ao País de Gales é menor que a de França até Noruega, ela pensou.

Suspirando, ela deixou-se ser tomada pelo sono até acordar.

Horas depois, Charlotte acordou e viu que o avião já estava pousando. Ela desceu com a ajuda de Rick e foi – novamente – para um hotel.

Esse ciclo já estava enchendo o saco de Charlotte. Da próxima vez que ela tivesse que fazer isso, provavelmente ela iria jogar suas malas e começar a dançar Macarena na recepção...

Ou não.

As pessoas do hotel eram bem receptivas. Ela subiu para o seu quarto por um elevador do século XX. Aquele hotel gritava história, e Charlotte fazia questão de ouvir ao tirar fotos e mais fotos.

Mais uma vez – Charlotte queria morrer de tanto que ela passou por isso! – ela chamou o serviço de quarto para pedir o almoço.

Ela comeu calmamente seu prato nenhum pouco simples e ficou no quarto assistindo Supernatural o resto do dia. Antes que ela pudesse se dar conta, já tinha anoitecido.

Ela decidiu tomar banho na banheira. Tudo bem que ela mais brincou com as bolhas de sabão do que tomou banho mesmo, mas pelo menos ela estava limpa e relaxada. Colocou seu pijama cinza e branco, composto de uma calça listrada e uma regata cinza.

E pela terceira vez em dois dias, ela pediu o serviço de quarto escolhendo algo mais simples e gordurento. Ela merecia depois de tudo que passou.

O jantar estava demorando e Charlotte decidiu ligar para a recepção.

— Já mandamos alguém, senhorita — a mulher respondeu. — Não se preocupe.

Charlote agradeceu e, logo depois de desligar, ouviu a campainha.

Levantou-se num salto e correu para abrir a porta. Seu estômago estava gritando “Eu quero comida, moça!”. Ela abriu a porta do quarto com um sorriso educado.

— Obrigada pelo trabalho, eu...

— Parece que eu finalmente encontrei você, amor — falou uma voz sarcástica e Charlotte olhou para a cara do homem que estava à sua frente.

— Quem... mas o quê... — ela tentou formular uma frase em vão. Charlie engoliu seco.

— Deixe-me eu me apresentar, amor — um sorriso de escárnio ocupou o belo rosto do homem. — Eu sou Seth Argyros. E vim para resgatar minha donzela fugitiva.


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Notas finais do capítulo

"The treta has been planted", hahahahahaha =P
Não esqueçam de ver o trailer!!! (link nas notas iniciais).
Bem é isso, espero que tenham gostado!!
Comentem, favoritem ou recomendem, qualquer coisa já me deixa feliz :3
Vou tentar postar IM no final de semana, DTMC e FM na semana que vem ;)
Byebye