Incomplete escrita por KatCat


Capítulo 9
Don't Tell Anyone


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora :d É porque é meu aniversário hoje o/ e minha casa ficou uma bagunça huehue
Bem, ai está o capitulo. Meio tristinho e pequeno, mas acho que ficou legal ^^
Eu também queria falar uma coisa: a fic tem 35 acompanhamentos. No máximo 5 comentários por capitulo. Sem querer ser grossa, mas já sendo, se vocês tem tempo de ler, tem tempo de comentar não? Nem que seja um continua, isso já me anima pra caramba. Bem, era isso.
Enjoy it.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/567743/chapter/9

— Então — comecei, assim que chegamos a minha casa antiga em Nova York — Como está São Francisco?

— A mesma bosta de sempre quando você não está lá — falou rindo, e eu sorri, fechando a porta atrás de mim e retirando o casaco — Mas, sério, o que aquele tal de Loki quer com você?

— Está ai uma pergunta que eu ainda não sei a resposta — reclamei, me jogando no sofá, e fechando os olhos, enquanto colocava a mão na testa pela pequena dor de cabeça que começava a surgir ali — Porque a minha vida tem que ser tão difícil?!

— Você está vendo muitos filmes de drama ultimamente, senhorita Clairemont, precisa diminuir um pouquinho hein — avisou de brincadeira, levantando minhas pernas e se sentando na outra ponta do sofá, enquanto eu esticava novamente minhas pernas por seu colo — Mas, falando sério agora, você não tem nem ideia do que ele quer?

— Se eu tivesse, você acha que ainda estaria aturando ele me seguindo o dia todo? — resmunguei irritada, abrindo meu olho esquerdo e olhando para ele, que concordou — Eu não faço a mínima ideia do que ele quer. Voltar para Nova York depois de tudo, é como jogar uma bomba atômica na minha cabeça e esperar que eu sobreviva sem nenhum dano. Minha cabeça está uma confusão só, eu não consigo raciocinar direito.

— Sinto muito — murmurou, franzindo as sobrancelhas preocupado — Os pesadelos não voltaram?

Sorri amarga — Eles nunca realmente pararam, Cam.

— Você adora mentir não é? — perguntou. Não com um tom de acusação, nem coisa do tipo, mas como se só estivesse fazendo um comentário curioso.

— Não é que eu goste, mas sim, eu sou uma mentirosa compulsiva — esclareci, olhando para o teto branco — Mas eu odeio pessoas preocupadas comigo, porque quando elas ficam preocupadas, eu ganho atenção demais, e você sabe que eu odeio quando me tratam como uma criança.

— É, pois é, aprendi do pior jeito isso — resmungou se lembrando do dia que ele me chamou de criança e eu chutei ele no... Bem, já dá para imaginar onde. Eu sorri com a memória.

— Eu avisei antes — adverti brincalhona, e ele riu pelo nariz.

— Você sabe que eu sou cabeça dura — lembrou.

— E você sabe que eu sou muito mais que você, e juntando com a minha parte violenta, nada bom pode sair disso — retruquei sorrindo, e ele riu abertamente agora.

— Ai, ai, Davina, você realmente não tem jeito — suspirou, apoiando seus braços nas minhas pernas — O que você vai fazer agora?

— Não sei — respondi cansada, arrumando a touca vermelha na minha cabeça.

— Você ainda tem aquele piano? — perguntei de repente, depois de alguns minutos em silêncio.

— Hm, acho que sim. Deve estar na sala de música, porque? — perguntei curiosa, abrindo os olhos novamente e olhando para ele.

— Quer tocar? — perguntou sorrindo, e eu suspirou. Fazia algum tempo que eu não tocava. Dois anos, para ser exata. Suspirei e encarei o teto por alguns segundos.

— Vamos logo — sorri, pulando do sofá e correndo para a sala de música, com ele rindo atrás de mim. Praticamente trombei na porta rindo e suspirei quando vi o piano um pouco empoeirado.

— Você está bem? — Cameron perguntou atrás de mim, e eu assenti lentamente.

— Sim, só... Bem, já faz um tempo que estive aqui — murmurei, meus olhos fixos no piano. Com passos lentos, sentei na cadeira dele, passando os dedos lentamente pelas teclas, ouvindo o som suave delas. Encarei minhas mãos e elas estavam tremendo, então fechei os olhos por alguns segundos e puxei o ar.

— Você sabe que não precisar fazer isso se não quiser, não é? Podemos fazer outra coisa — Cameron sugeriu, mas eu neguei rapidamente.

— Não, eu quero fazer isso. Só... não conte para ninguém — pedi com as sobrancelhas franzidas, me ajeitando no banco do piano para Cam poder se sentar — Nossa música? — perguntei, meus dedos em cima das teclas.

— Claro — respondeu, posicionando seus dedos do outro lado.

I know that everything is falling apart

I know you want to run away and never look back

But just remember one thing

I'll be here until the end

Parecia que eu nunca havia parado de tocar. A música soava na melodia lenta e triste da qual eu me lembrava, e parecia que meus dedos sabiam exatamente para onde ir, pois o piano era como a arte para algumas pessoas: eu expressava minha alma na música.

I know you can hear me now

So please, never forget

I will never leave you

No matter what happens

— Você sabe que pode contar comigo, não é Davina? — Cameron perguntou, parando de tocar e se virando para mim — Para o que der e vier.

— Eu sei, Cam, e você também sabe o quanto isso é importante para mim — minha voz não passava de um sussurro, enquanto eu continuava a tocar a música suave — Mas as vezes é difícil demais. As imagens ainda estão grudadas na minha cabeça sabe? Não há sequer um dia que eu não passe sem me lembrar daquilo. Sem me lembrar de como foi a dor. Como... Como se alguém estivesse enfiando a mão no meu peito e esmagado o meu coração até não sobrar nada, só cinzas. E, não importa quanto tempo passe, ou quanto as pessoas tentem mudar isso, eu nunca mais vou ser a pessoa que eu era antes. Aquela parte de mim morreu junto naquele dia. E ela nunca vai voltar.

~Narrador~

O moreno estava como sempre com suas mãos atrás das costas, olhando as ondas do mar cristalino, no mesmo lugar do cais de madeira que a garota dos olhos verdes estivera antes. Ele encarava o oceano distraidamente, enquanto sua mente voava em várias direções ao mesmo tempo. Ele não deixaria ninguém atrapalhar seu plano, mesmo que isso envolvesse ele mesmo cuidar de alguns imprevistos. Loki não deixaria ninguém entrar em seu caminho e sair ileso. Ele só tinha uma coisa em mente desde que chegara em Midgard: Davina Clairemont tinha uma coisa que ele queria, e ele não deixaria ninguém atrapalha-lo nisso, mesmo que significasse ter paciência. Ele queria aquilo e não desistiria dela. Ele iria tê-la, por bem, ou por mal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários? Lembrem-se do que eu disse lá em cima hein u.u
Bem, a música que eles cantaram é de minha autoria, e quem quer saber a tradução: "Eu sei que está tudo desmoronando/Eu sei que você quer fugir e nunca olhar para trás/Mas só se lembre de uma coisa/Eu vou estar aqui até o fim/Eu sei que você pode me ouvir agora/Então, por favor, nunca esqueça/Eu nunca vou te deixar/Não importa o que aconteça"
Se usarem, me deem os créditos ruuum.
Bem, espero que tenham gostado.