Incomplete escrita por KatCat


Capítulo 33
Forever Regretting


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou o/
Me desculpem MESMO a demora, quem está no grupo sabe o porque eu demorei, mas para quem não estava: O computador do meu pai (que é o que eu usava porque o meu está lerdo demais) decidiu zoar com a minha cara e pifou, com TODOS os meus arquivos dentro e só nele. Ou seja, eu dei a louca. Mas, felizmente, meu pai conseguiu salvar meus arquivos e eu estou aqui postando pelo meu netbook. Qualquer erro, por favor me perdoem, mas é que o meu net não tem Word, então fica difícil.
Bem, aproveitem e, por favor, não fiquem brabas comigo suahsuhaush
P.S.: Eu queria dar um agradecimento especial a minha linda Queen of Ice (Fê) que fez a quarta recomendação da fanfic, e não sabe o quanto isso me deixou feliz e pulando de alegria. Você é um amor e ótima amiga, minha flor, muito obrigada novamente



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Puta que pariu, minha cabeça dói, foi a primeira coisa que pensei assim que acordei. Não tinha lado certo para doer, ela latejava de dor por inteira e até respirar fazia ela doer. Eu resmunguei alguma coisa incompreensível, mas até parei de respirar por alguns segundos para ver se a dor parava. Foi quando eu ouvi uma outra respiração, só mais lenta e mais baixa que a minha. Meu sangue gelou e eu abri os olhos, totalmente arregalados. Oh merda.

Minha cabeça se virou lentamente para o lado, praguejando mentalmente. O pior dos piores defeitos possíveis que eu tinha: eu era uma bêbada consciente. Não importava se eu havia tomado um, ou milhares, de copos e garrafas de álcool eu sempre me lembrava de tudo que tinha feito. E agora eu estava tremendo dos pés à cabeça. Meus olhos se focaram nas pequenas marcas vermelhas nas costas pálidas de Loki. Eu praguejei alto dessa vez.

Caralho! — rosnei, dando um pulo da cama e levando a coberta comigo, deixando-o só com o lençol. Usei-a para me cobrir como se eu estivesse sendo coroada santa e saí tropeçando mais perdida que cego em tiroteio pelo quarto, catando as minhas roupas pelo chão. Ouvi a cama ranger levemente atrás de mim.

— O que você está fazendo? — ouvi a voz sonolenta dele perguntar atrás de mim, mas nem me dei o trabalho de virar.

— Não atreva-se a se virar! — chiei, pegando a minha blusa, que estava jogada perto da porta do banheiro. O corte da noite anterior ardia na minha testa, juntamente com o latejar dentro da minha cabeça, mas isso tudo estava em segundo plano agora.

— Onde você está indo, Davina? — perguntou rindo, sua voz voltando totalmente ao tom zombador e divertido que era normalmente. Eu xinguei alguma palavra desconhecida quando dei de cara com a porta do quarto, por não estar conseguindo enxergar nada, e procurei a maçaneta.

— Volte a dormir, demônio! — rosnei, batendo a porta atrás de mim e literalmente voando para o meu quarto.

Minha cabeça ainda doía, apesar de eu já ter tomado uns quinze remédios. A luz do sol batia fracamente em uma parte do meu rosto, mas eu estava de óculos escuros para evitar que ela batesse em meus olhos. O que deu em mim? Era a pergunta que eu mais me fazia. Nunca mais chegaria perto de uma garrafa de qualquer coisa de bebida alcoólica depois disso. Droga, como eu sequer olharia para a cara dele a partir de agora? Se antes ele já tinha suspeitas de que eu era doida, agora definitivamente devia me achar uma puta atirada.

Ouvi passos atrás de mim, mas não me virei. Já sabia quem era.

— Pelo jeito a noite foi boa, uh? — ouvi a voz de Devin soar divertida atrás de mim, e eu apertei os olhos, resmungando.

— Cale a boca, criatura infeliz — sussurrei, tentando fazer minha cabeça parar de latejar à cada som que eu ouvia. Para a minha total infelicidade, ela gargalhou.

— Alguém acordou de mal-humor hoje, hein... — ela comentou, caminhando até ficar do meu lado. Eu estava sentada em baixo da sombra de uma árvore que ficava à alguns metros da casa.

— Devin, por favor! — choraminguei igual uma criança, querendo evitar esse assunto a qualquer custo e simplesmente apagar essa noite da minha cabeça. Mas, como a ótima pessoa que ela era, minha irmã começou a rir.

— Qual é, Davina, você vai mesmo ficar assim por causa dessa coisinha atoa? — perguntou entediada, e eu olhei-a, com uma cara totalmente revoltada.

— Atoa? — perguntei, incrédula, tirando os óculos de sol do meu rosto — Você está falando isso porque não foi você! Ele vai me zoar pelo resto da minha vida por causa desse deslize! Eu estou ferrada, está me entendendo? Ferrada!

— Davina, pelo amor de Deus, você estava bêbada! Dê um desconto para si mesma — ela brigou, agaixando-se ao meu lado. Eu respirei fundo e passei a mão pelos cabelos totalmente desarrumados ainda.

— Devin, e-eu... Você não entende! — desembuchei, apertando as mãos no meu cabelo e puxando com força. Eu ouvi ela suspirar e senti suas mãos macias agarrarem as minhas, soltando-as do meu cabelo.

— Sim, Davina, eu entendo muito bem — ela disse, e eu abri os olhos, vendo ela sorrir tristemente para mim. Eu me agarrei a ela. Nesse momento, ela era meu porto seguro. E eu estava afundando.

Eu vou me arrepender para sempre — murmurrei, agarrada na sua cintura, enquanto ela passava as mãos levemente pelo meu cabelo, desfazendo os nós.

— Não, você não vai. E sabe o porque? Porque você não tem culpa de nada. Nenhum dos dois tem. Então, pare de se culpar por tudo que acontecesse ao seu redor, Davina. Você está acabando com si mesma lentamente fazendo isso e, se isso não parar, vai chegar a um ponto tão fundo que ninguém vai ser capaz de lhe tirar de lá — ela sussurrou perto de meu ouvido, e eu apertei com mais força meus braços ao redor de sua cintura.

Ela está certa, eu tenho que reconhecer isso. Culpar a mim mesma por tudo que está acontecendo não estava me levando a lugar nenhum, há não ser para mais fundo no poço. Eu fechei os olhos e respirei fundo por um momento, deixando minha mente processar tudo.

Eu e Devin ficamos quase meia hora por ali. Eu não falei nada nesse meio tempo. Só fiquei de olhos fechados, tentando encontrar uma maneira de acabar com aquilo de uma vez por todas. Eu me levantei silenciosamente quando minhas costas começaram a reclamar e puxei Devin comigo.

— Melhor? — ela perguntou, e eu assenti, colocando os óculos escuros novamente. O caminho de volta até a casa foi silencioso. Devin parecia estar esperando eu falar alguma coisa, mas eu estava perdida em pensamentos.

Para a minha alegria interna, a sala estava vazia, e eu conseguia ouvir o som do chuveiro do quarto dele ligado. Um suspiro aliviado saiu de mim e eu me joguei no sofá. Teria mais alguns minutos antes de aguentar ele.

— Está com fome? — perguntou, e eu neguei, arrancando os óculos escuros e o jogando na mesinha de centro. Esfreguei meus olhos com força.

— Não, obrigada — dispensei, meu estômago se revirando só de pensar em comida. Eu estava tão distraída e nem percebi quando a casa ficou silenciosa. Abri meus olhos novamente. Droga.

— Está mais calma agora, Anjo? — sua voz me fez tremer dos pés a cabeça, e eu pulei do sofá, ficando o mais longe possível dele. Devin estava sentada confortávelmente perto da janela, ignorando nós dois — Ou quer que eu te acalme?

— Não comece com suas brincadeirinhas, Traquinas, eu ainda não gosto de você — rosnei, dando as costas para ele e me afastando. Sua risada soou divertida atrás de mim.

— Oh, mas você com certeza gostou de mim ontem a noite — debochou, querendo me provocar. E conseguiu. Me virei para ele com raiva, apontando um dedo em riste na sua cara.

— Eu estava bêbada, seu idiota! Você sabia e se aproveitou disso! — acusei, saindo de perto dele, antes que perdesse o controle.

— Foi você que se jogou para cima de mim! — defendeu-se, e eu me virei novamente, pronta para lhe acertar um tapa na cara, mas ele é mais rápido que eu e segura meu pulso no ar — Já ouviu falar que não é legal bater nos outros? Principalmente depois de...

— CALE A BOCA! — rosnei irada, a mão que ele segurava estava fechada em forma de punho — Sua Rena de chifres dourados ridículos! Vire a merda dessa boca pr...

— Mas definitivamente não tem classe — gargalhou alto, interrompendo minha fala e ainda segurando meu pulso. Na mínima menção de levantar o outro braço, ele já o segurou também — Sua mãe não te ensinou que é feio atacar as pessoas?

— Fala a Rena que destruiu metade de Nova York, não é, senhor "eu sempre estou certo"? — sorri com escárnio, fazendo ele rir divertido.

— Humanos são inferiores a mim, nenhum deles importa — ele falou isso com tanta naturalidade que quase avancei nele novamente, se não soubesse que não resultaria em nada.

— Então porque eu e Devin ainda estamos aqui? — cuspi, tentando tirar minhas mãos de seu aperto, mas sempre falhando. Eu podia estar mais forte, mas, mesmo assim, sua força era mil vezes maior que a minha.

— Porque vocês são especiais, Anjo, já não havíamos tido essa conversa milhares de vezes? — respondeu, sorrindo de um modo provocador, seus olhos brilhando — Vocês não mereciam viver no meio de toda aquela... sujeira.

— Aquela "sujeira" é nosso planeta, seu desgraçado! — xinguei, me debatendo em seus braços, mas a minha força comparada a de um deus era a mesma coisa que se comparar o peso de um elefante com a de uma borboleta.

— Porque você não consegue conversar calmamente? Não é como se o mundo fosse acabar por causa disso, pare de exagerar — tentou me acalmar, mas eu continuava me tentando fazer ele me largar, até que ele perdeu a paciência — Você não sabe o que calmamente significa? — rosnou realmente irritado, apertando com força os meus pulsos agora.

— Gente... — Devin começou, ainda perto da janela, com a cortinha um pouco afastada. Mas foi como se nenhum de nós dois tivessemos ouvido.

— Não! — devolvi no mesmo tom, ignorando a dor nos pulsos — Agora me solte!

— Oh, gente! — Devin tentou de novo, mas a ignoramos novamente.

— Me obrigue — desafiou, e eu parei de me debater. Ele me olhou satisfeito, enquanto eu só encarava seus olhos verdes fixamente, uma luzinha se acendendo em minha mente. Porque não? Mas a voz de Devin se fez presente novamente.

— Dá para vocês dois virem aqui e pararem de agir como duas crianças?! Vocês dormiram juntos, é, pronto, encerrou o assunto, caramba! Meu Deus, parecem bebês... — ela esbravejou, voltando a afastar a cortina e olhar alarmada para o lado de fora. Praticamente joguei Loki para longe de mim e marchei até minha irmã, tentando entender o que diabos ela tanto olhava ali. Meu corpo congelou e meu coração pulou algumas batidas quando meus olhos se focaram do lado de fora.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã :3
Comentários? huehue
P.S.: Parte do início foi inspirada em TVD, quinta temporada, episódio dez suashuahsuhas