Logo depois de Cho sair do quarto, Jane chega com um copo de café, uma xícara de chá e dois cupcakes de chocolate, do lugar onde Lisbon adorava ir e Jane sempre que podia levava ela para conversarem depois de um caso. No final ele irritava ela, mas nada que um cupcake não resolvesse.

– Demorei? - pergunta ele sorridente

– Não... Esconde isso! Se o doutor ver, vai expulsar você do hospital.-

– Ah! Então você não quer? - ele questiona provocando

– É claro que eu quero!- ela agarra um cupcake do pacote e morde. Jane fica observando, vidrado em Lisbon.

– Sabe... - Ele começa a falar - Se algo desse errado hoje... Eu não sei o que faria, e nem teria companhia para deliciar um cupcake. - diz ele envergonhado

– Pare com isso! Você poderia chamar sua amiga Nicole...-

– Eu senti um pouco de ciúmes aí? - ele começa a rir

– Ciúmes? Eu? De você? Agora quem está ouvindo coisas, ou melhor, delirando, é você!- ela responde e abaixa o olhar.

– Tudo bem Teresa, o que eu quis dizer...- ele é interrompido por ela

– Rigsby! Rigsby não recusaria nada que fosse comestível, você poderia convidar ele. -

– Não quis dizer isso, vou me expressar melhor. - Jane toma coragem e começa a falar - Nem Rigsby e nem Nicole poderiam te substituir no meu coração, você é a pessoa mais importante pra mim depois do que aconteceu comigo, você foi a minha salvação! E eu cheguei na conclusão que eu...- quando Lisbon estava quase chorando e Jane super nervoso.

– SURPRESA! - os três irmãos de Lisbon e o time inteiro estavam ali, com balões, salgadinhos e tudo o que parecia ser de festa.

–Stan! Você disse que não tinha ninguém no quarto! - diz Jimmy nervoso

– Até parece que sou eu quem faz as coisas erradas. - retruca Stan

– Parem com isso! - Tommy dá um tapa neles e os três voltam naquele sorriso de fachada. Rigsby já atacava os salgadinhos e Van Pelt foi correndo para ver como estava sua chefe. A bagunça e as conversas foram tantas que um médico foi ver o que estava acontecendo.

–Vocês estão malucos? Duas visitas de cada vez! Vocês estão em um hospital! - adverte o médico baixinho de cabelos brancos.

Acabou que todos as visitas foram quase que enxotadas do hospital.

Esperto como Jane era, ele se escondeu no banheiro durante o tumulto e assim que constatou que todos já haviam ido embora, ele voltou para o quarto de Lisbon, esperando concluir a conversa que havia começado.

Mas ao entrar no quarto, ele notou pela expressão relaxada e pacífica que a agente dormia.

Ele se aproximou de Teresa e acariciou levemente seu rosto.

– Durma bem, minha querida! - ele disse e, engolindo o choro e as palavras não ditas, saiu do quarto, deixando a luz apagada.

Teresa havia recebido alta no dia seguinte, o médico recomendou que não deveria voltar ao trabalho e ficar em repouso. Mas não havia repouso até ela ir com seus irmãos ao aeroporto e embarcá-los, dizendo que não deviam se preocupar e que estava tudo bem. Pior ainda era Stan perguntando do seu namorado, ela não tinha uma resposta e disse que a situação era complicada.

Assim que saiu do aeroporto, foi direto a CBI parabenizar Cho por liderar a equipe e resolver o caso. Todos ficaram espantados por ver ela lá.

– Boa tarde pessoal, onde está o Cho? - ela pergunta

– Ele acabou de sair, foi para a cozinha fazer um café. - responde a ruiva sorrindo.

Ela segue para a cozinha e encontra ele conversando com outro agente, que ainda não tinha visto. Um homem alto e atraente de cabelo castanho.

– Hey Cho, posso conversar com você um minuto? - ela pergunta e chama a atenção do outro agente.

– Claro chefe! Deixe eu apresentar a você quem liderou o caso. Esse é o agente Marcus Pike. - Lisbon se sente envergonhada.

– Ahm... Foi ele que liderou o caso? Pensei que fosse você. - ela diz

– Não, Minelli não quis assim. Ele estava muito preocupado, deveria ir fazer uma visita a ele. - sugere Cho

– Mas antes - o agente Pike interrompe - se você não se importa agente Lisbon, gostaria de conversar com você. - diz ele sorrindo.

Enquanto isso, não muito distante do CBI, Jane convidara Nicole para umas xícaras de chá. Ele sentia que precisava de alguém neutro para conversar... Ele até tentou conversar com Lisbon, mas sempre surgia algo que o atrapalhava.

– Mas então, me conte... - começou Nicole - o que é que está queimando seus miolos tanto assim?

– Eu cumpri minha divida com minha falecida esposa e filha - confessou abertamente - Red John está morto.

– Como se sente?

– Como eu deveria me sentir? - ele ponderou - Para falar a verdade eu não sei... Matá-lo não trouxe minhas pequenas de volta. Ainda me sinto vazio por dentro.

– Bem... Quem sabe você devesse confessar seus sentimentos por sua chefe.

– Hum - ele riu- Não é tão simples assim... Eu até tentei. Mas toda vez que ia dizer que a amo, alguém nos interrompia.

– E você vai desisitir fácil assim?

– Como?

– O Patrick Jane que conheci não desiste do que quer fazer só porque não conseguiu nas primeiras vezes.

Patrick ficou sem resposta. Nicole estava certa, ele estava entregando os pontos muito rapidamente.

– Não - ele disse finalmente, determinado - Não importa se eu tiver que gritar para o mundo inteiro ouvir, mas eu vou dizer a ela que a amo!

Nicole sorriu satisfeita.

– O que ainda está fazendo aqui? - ela perguntou em tom de deboche

Patrick sorriu, levantou-se da mesa, depositou um beijo delicado no rosto de Nicole, despedindo-se, e saiu correndo de volta para a sede da CBI.

2 SEMANAS DEPOIS

Jane não havia esquecido sua conversa com Nicole e decidiu que já estava mais do que na hora dele cumprir seu objetivo. Resolveu entrar na sala dela de supresa, mas quem ficou surpreso foi ele. E o que ele viu não foi nada agradável, Marcus Pike beijando Lisbon apaixonadamente, quando perceberam que Jane havia entrado interromperam o beijo rapidamente.

– Ahm... Te vejo mais tarde? - Pike pergunta

– Sim... -

Lisbon ficou corada de vergonha enquanto Pike saiu da sala e tomou coragem para encarar Jane, que ainda estava paralisado com a cena. Com o queixo caído no chão.

– O que você precisa Jane? -

– Ah, Van Pelt está te chamando...- depois disso ele sai da sala dela com pressa, ele havia ficado sem chão e resolveu ligar para uma pessoa. Nicole.

2 HORAS DEPOIS

– Me desculpe por chamar você assim do nada, mas preciso muito falar com você. - Jane começa a falar

– Não é só você que vai falar as coisas hoje, porque também estou com problemas. - ela responde

Jane dá a chance dela falar primeiro.

– Então... Eu sempre quis que meu filho namorasse com uma mulher boa, que ele merecesse. E agora ele está namorando, não conheci ela ainda, mas é como se ela tivesse tomado ele de mim. Sem exageros, sei que ele não é mais criança, mas quando ele não está com ela, está em casa naquele celular só falando com ela e fica o dia inteiro no TEC TEC TEC. Me desculpe, me exaltei um pouco. E você, porque está tão tristonho? -

– Eu finalmente tomei coragem para dizer para minha chefe que eu a amo, mas quando eu entrei no escritório dela, encontrei ela aos beijos com um dos agentes que trabalham no nosso prédio. Estavam praticamente se engolindo! - ele disse exasperado

– Oh, querido...

– E sabe o qual foi a pior parte? Eles só perceberam que eu estava lá, depois de uns 10 segundos, e eu fiquei lá, feito uma pedra, só assistindo a cena.

– Ah, eu te entendo... Deve ter sido horrível mesmo. Mas, pelo menos pra você foram só dez segundos. Eu tenho que aturar as conversinhas no telefone há dias!

– Sinto muito - Jane consolou-a

– E o pior são as risadinhas no meio da madrugada. Estou tendo que implorar por atenção! - Nicole respirou fundo - Está certo que eu ainda não a conheço, mas já sei que não vou com a cara dela...

– E eu não conheço esse namoradinho novo da Teresa, mas já sei que não vou com a cara dele também...