A Origem do Trono - A Seleção escrita por Alice Zahyr


Capítulo 7
A Seleção Militar


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi, oi oi oi. Estou querendo mesmo dar uma pizza gigante pra cada uma de vocês que estão comentando *-* Gente, queria pedir uma coisa, POR FAVORZINHO, me ajudem a divulgar ODT, falem nas suas fics ou para seus amigos, qualquer coisinha, só que divulguem, eu terei uma grande surpresa pra vocês. Agora, adios, fiquem com as bombas abaixo hehehe.



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– Tevon, acorda. Tevon! - uma voz o chamava pelo fone de ouvido. Ele se revirou na cama, sentindo uma horrível dor de cabeça. Havia bebido muito vinho na noite anterior depois da comemoração com os Mercenários. Era assim que se chamavam agora. Aparentemente, as pessoas gostaram.

– Oi - ele balbuciou, enfiando a cara no travesseiro.

– Venha para cá, agora. Sou eu, Diego.

Tevon sentou-se e esfregou os olhos.

– Tudo bem, estou aí em dez minutos.

Tevon levantou-se e se arrumou rapidamente. Colocou calças jeans escuras, blusa e jaqueta pretas e coturno de couro. O sol estava nascendo, então devia ser muito cedo, mesmo. A neve caía mais forte, e o tempo estava horrivelmente frio. Quando saiu do quarto, sentiu o vento bater em seu rosto causando um choque térmico. Ele andou rapidamente por entre os corredores do dormitório até chegar à sala dos computadores, onde alguns dos mercenários vigiavam o território da cidade. O único ali era ele - Diego - que o avistou pela janela.

– O que houve? - Tevon se aproximou de sua mesa. Diego apenas virou a tela do computador para ele. Era um site de notícias.

Notícias de Illéa.

Notícias sobre a realeza.

Tevon passou os olhos sobre a manchete e não acreditou.

– Isso é verdade? - ele perguntou.

Diego assentiu com a cabeça.

Tudo foi rápido demais. Cruel demais. Massacrador demais. Tevon saiu andando, sem saber para onde realmente devia ir. De repente, as ideias se esvaíram de sua mente, e tudo o que havia nele era um grande e frio vazio... Não havia nada, talvez nem mesmo dor. Só a sensação de que, dessa vez, ele realmente perdera tudo. Seu pai morrera, e sua mãe também. Clarkson estava vivo, mas já não significava mais nada para ele.

Quando foi que Tevon realmente teve alguma coisa?

Ele bateu à porta de Natalie, que abriu-a rapidamente.

– Meus pais. Mortos - ele disse,com os olhos vidrados e sem expressão.

Natalie colocou-o para dentro e abraçou-o o mais forte que pôde. Ela nunca havia sentido aquilo na vida, mas agora sabia como era a sensação. A sensação de ter machucado a única pessoa que realmente se importava com ela. E aquilo não teria mais volta.

Remorso.

Natalie matara a família do homem que a amava. O que isso significava? Que ela amava Tevon tanto quanto ele a amava? Não. Ela sabia, sabia que não era capaz de amá-lo da mesma forma como ele a amava. Ele não merecia um amor sujo como o dela. Mas ela o amava, da forma dela, de alguma forma... De um jeito diferente. Porque ela era diferente de todas as outras garotas.

– Sinto muito - uma lágrima escorreu de seus olhos, seguida por mais uma, e outra, e outra. Ela chorava em silêncio enquanto ele deitava a cabeça em seus braços. Natalie era a única pessoa que ele tinha agora. E essa única pessoa... O traiu sem pensar duas vezes.

***

– Mercenários, acordem! - Tevon gritava pelos corredores do dormitório masculino. Natalie fazia a mesma coisa no dormitório das mulheres. Depois de ter consolidado seu grupo, ele precisou de um lugar para abrigar os novos recrutas para a seleção militar.

– Seleção militar? - um jovem de mais ou menos quatorze anos caiu da cama, assustado, ao ouvir a voz do líder. Seu vizinho, outro garoto, no entanto mais velho, o explicava o que estava acontecendo.

– Sim - o rapaz amarrava os coturnos, sentado na beirada da cama - Tevon vai selecionar alguns homens para entrar para o primeiro grupo dos Mercenários.

– Ah - o garoto massageou as têmporas - Mas qual a vantagem nisso? É por isso que todo mundo andou treinando como louco nos últimos dias?

– Você é tão ingênuo assim? - ele riu. - As pessoas que entrarem para o primeiro grupo vão se tornar os chefes no futuro, meu caro. Serão os primeiros veteranos. Eles terão o poder. Imagine como deve ser, fazer parte do primeiro grupo...

Tevon observava, de longe, os dois a conversar. Ele se perguntou o que o garoto que caíra da cama fazia ali. Ele era extremamente magro, alto e desengonçado. Estaria mesmo esperando que pudesse ser escolhido?

– Ei - Tevon se aproximou e apontou para os dois. - São amigos?

O rapaz mais velho hesitou em responder.

– Hum...

– Tudo bem, podem dizer a verdade - Tevon pediu.

– É, sim. Nossos pais se conhecem.

– Interessante. Então vocês nasceram aqui?

O garoto magro e desengonçado arrumou os óculos de fundo-de-garrafa.

– Na verdade, não, senhor. Minha família fugiu do sistema de castas de Illéa quando eu tinha três anos de idade. Disseram que você ofereceria um mundo melhor para eles.

Tevon ficou alguns minutos sem dizer nada. Você ofereceria um mundo melhor para eles. Era a primeira vez que ouvia algo assim. Ele não fazia ideia de que seu desejo de vingança se transformara na realidade de vida de muitas pessoas. Elas confiavam nele. Acreditavam em suas promessas. Consideravam Tevon seu líder. Tudo o que ele queria era se vingar de Clarkson.

– Eles têm razão - Tevon deu um sorriso seco. - Qual o seu nome, fundo-de-garrada?

– Hector, senhor. Eu sou meio cego de nascença - ele arrumou os óculos nervosamente.

– E você? - apontou para o outro, o rapaz aparentemente mais velho. Ele era robusto e forte, um ótimo projeto de Mercenário.

– Alan, senhor. Treino desde os seis anos de idade - ele estufou o peito, orgulhoso.

Tevon ficou curioso.

– Treina? O que?

– Ah - Alan riu, desdenhoso. - Tudo o que você imaginar. Caratê, muay thai, jiu-jitsu, box. Meu pai é filho de um soldado aposentado em Illéa. Ele sempre conviveu com a guerra, e agora me ensinou a conviver com ela, também.

– Maravilha - Tevon disse, entediado das vantagens que Alan pensava ter. - Encontro vocês na seleção, então. Boa sorte - ele deixou-os sozinhos. - Ou não - mas sua risada podia ser ouvida do outro lado do dormitório.

Hector se levantou e vestiu seu uniforme. A roupa dos novatos era simples: calças pretas de tactel, camisa preta e coturnos pretos.

Por que diabos tudo tem de ser preto? Por que as pessoas não gostam de cinza, pelo menos?

– Cala a boca, Cher. Isso aqui é uma seleção militar, não um desfile de moda - Kiva bronqueou e voltou a calçar os coturnos, cujos cadarços estavam difíceis de amarrar.

Kiva era uma garota madura e autossuficiente, com todas as qualidades necessárias para estar ali. Era forte e sabia lutar, era ágil e esperta. Já Cher, totalmente o oposto. Ligava para os pais todas as noites, debulhando-se em lágrimas de ansiedade e autopiedade, reclamando das baratas que apareciam no dormitório. Era uma garota que simplesmente não tinha o que fazer ali. Cher era magra, apesar de ter seios enormes, tinha cabelos loiros e olhos azuis, e mal sabia matar uma mosca, quem dirá matar uma pessoa. Kiva ficou sua amiga por dó. As duas eram extremamente diferentes. Kiva era alta e morena, tinha uma cicatriz no queixo de quando defendeu a irmã de um ataque de urso, seus cabelos e olhos eram escuros. Ela não parecia uma típica americana como Cher, apesar de que as duas vinham de famílias que fugiam da miséria em Illéa.

– Andem logo, eu não vou esperar nem um minuto porque estão arrumando a maquiagem! - Natalie esbravejou. Ela estava começando a ficar nos nervos com aquilo. O que teria de fazer pra que as garotas entendessem o significado de "mercenários"?

***

Quando o sinal soou, tão barulhento que tremia as janelas, todos saíram de seus respectivos dormitórios e seguiram até o Pavilhão Central, a céu aberto, onde formaram filas e esperaram os líderes aparecerem. Pontualmente, às seis da manhã, Tevon e Natalie subiram no palanque para dar as instruções. Eles vestiam roupas pretas e tinham armas, cada um, em cada lado da cintura. Isso sem contar a grande faca que ela tinha dentro das botas e o shiruken que Tevon levava no bolso da calça.

– Sejam bem-vindos todos os novatos - Natalie revirou os olhos - Passemos para as instruções. Como vocês já devem saber, sou Natalie, a Líder de Base de vocês, e este é Tevon, o Líder de Comando. Somos os chefes dos mercenários, e vocês estão aqui para uma seleção militar. Inicialmente, vocês passarão por uma filtragem com outros dois líderes, abaixo de nós, para depois participarem da seleção oficial, feita por nós dois. Esperávamos apenas cem jovens, mas nossas expectativas foram surpreendidas com os duzentos e vinte inscritos. Por isso, haverá repescagem, mas só falaremos dela no momento adequado. Tevon explicará as etapas.

Tevon mantinha os braços cruzados atrás dos quadris e o queixo erguido. Honestamente, ele sabia ser rude e frio.

– A primeira etapa será o selecionamento por perfis físicos. Quero soldados, não fracotes - ele olhou para Hector ao falar isso. - Quem passar, será direcionado a segunda etapa, com os dois líderes Petroski e Lanova. Eles vão separá-los em grupos de acordo com as habilidades. Em seguida, serão nossos. Enquanto selecionamos quem entra para o primeiro grupo dos mercenários, haverá repescagem. Bem, é isso. Boa sorte.

– O café da manhã sairá daqui a trinta minutos, o segundo café, às nove horas. Ao meio dia em ponto o almoço será servido. Lanche às quatro e jantar às oito. Não se atrasem, não se percam, não façam nenhuma besteira. Não mintam, não trapaceiem - Natalie avisou. - E, claro, não morram.


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Notas finais do capítulo

E AÍ??? curtiram, odiaram?? Comenteeeeem!
Alice



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