A Origem do Trono - A Seleção escrita por Alice Zahyr


Capítulo 5
O Pior Veneno Vem do Sul


Notas iniciais do capítulo

HEY! Guys, to feliz :} Obrigada por todos que estão acompanhado e comentando *0* Angie, Anna, Ket, Cristal! 4 leitores, que lindo *0* Espero que gostem, apesar da essência de THG em ODT, ahushsuehu, e comenteeeem. Adios, Alice.



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– Príncipe Clarkson, por favor, acorde! É uma emergência! - um soldado batia na sua porta. Ele parecia desesperado.

Clarkson levantou da cama juntamente com sua mulher, Amberly, e saíram para o corredor. O soldado apenas acenou para que o seguissem. Depois de algumas voltas, foram levados ao quarto real - o quarto onde o rei e a rainha dormiam.

O soldado adentrou pelas portas que estavam já abertas, indicando o caminho. Havia algumas criadas ao redor da cama e um médico, mas nenhum sinal de Lorena ou Kaius. E eles não pareciam estar apenas dormindo.

– Meu Deus, o que está havendo aqui? - Clarkson exclamou, abrindo espaço para ver os pais. Seus olhos encheram-se de lágrimas ao vê-los deitados na cama, inertes. - Mãe! Mãe! - ele chacoalhou seu corpo, mas ela não dava nenhum sinal de vida. Seus olhos escuros, que eram antes cheios de vida, agora estavam vazios, sem brilho nenhum. Estavam fixos a uma linha invisível. Fixos à morte. - O que houve com Lorena? Doutor! - Clarkson puxou o médico pela barra da camisa.

Amberly abraçou Clarkson pelos ombros, molhando sua roupa com lágrimas.

– Querido, por favor, se acalme - ela pediu, mas ele não quis ouvi-la. Clarkson remexeu o pai, que também estava parado.

– Mortos - Clarkson levantou-se e levou as mãos à cabeça, desesperado. Ele gritava de raiva. - Meus pais estão mortos! O que diabos aconteceu aqui? COMO ELES MORRERAM? Não, não... - ele repetia.

– Por favor, nos deixem a sós - o médico pediu. Rapidamente as criadas e o soldado saíram, restando apenas Amberly, Clarkson, seus pais e o médico.

– Vai me dizer o que aconteceu? Não vai me enrolar, pelo amor de Deus - Clarkson implorou, limpando as lágrimas com força.

O médico coçou a nuca e respirou fundo. Ele parecia prestes a cair de cansaço. Há quanto tempo estavam ali até que decidiram chamar Clarkson?

– Ainda não há autópsia, mas por causa dos sintomas, suspeito do que tenha ocorrido. Envenenamento. Recebi um chamado de Lorena quando o sol raiou. Ela já não estava bem, disse que Kaius não acordava de jeito nenhum e que ela não conseguia respirar nem enxergar direito. Corri para cá, mas ela não resistiu. Kaius já havia morrido minutos antes. Quando fui examiná-lo, encontrei ácido em sua saliva. A mesma coisa com Lorena. Foi então que vi dois copos de água em cima da cabeceira deles. Devem ter bebido e sido envenenados.

– E de onde veio esse veneno? Quem poderia ter feito isso? - Clarkson perguntou, incapaz de olhar para o rosto da mãe.

O médico balançou a cabeça.

– Não sei muito ainda, preciso fazer alguns exames. Mas sei que esse tipo de veneno é certamente proibido, ainda mais aqui em Angeles. Tenho certeza de que é algo contrabandeado.

Clarkson sentiu as pernas bambearem, então sentou-se na poltrona do quarto. Subitamente, seu cérebro pareceu voltar ao tempo. Ao tempo em que era uma criança de apenas seis de anos de idade, correndo com a mãe, Lorena, nos campos verdes que ficavam atrás do castelo, perto das plantações de morangos. Quando pequeno, ele e Lorena passavam muito tempo juntos, se não correndo entre os pomares, divertindo-se com os cavalos e pôneis que a realeza possuía. Clarkson não tinha muitas memórias com o pai. As lembranças com ele se misturavam às lembranças de vê-lo fazendo cócegas em Tevon enquanto o evitava. Clarkson não fora sempre o primeiro filho? Por que Kaius não o amava mais?

Havia algo de muito errado, e Clarkson sabia. Kaius olhava para ele de maneira diferente, quase como se fosse uma aberração. Ainda podia ouvir as discussões dos pais sobre a forma fria como Kaius o tratava, mas elas se dissipavam entre os sentimentos de rejeição. Segundo as criadas, Kaius e Lorena eram tão perfeitos um para o outro como as nuvens são para o céu. Mas para Clarkson não funcionava exatamente assim. Por algum motivo fora de seu entendimento, e em algum momento desconhecido em sua história, os pais tornaram-se apenas o rei e a rainha.

E agora nem o rei e a rainha Clarkson teria.

Por que sempre tinha de perder as poucas pessoas que amava?

Era a pergunta que ele mais se fazia. Não entendia o motivo do pai tratar-lhe daquele jeito, meio distante, meio frio, mas sabia que ele o amava. Da sua forma, o amava. Sempre que se encontravam, conversavam sobre guerra, soldados e armas. Era algo comum para os dois. Algo que mantinha-os ligados, como uma corda fininha, quase quebrando, mas que ainda assim ligava duas pessoas uma a outra. Clarkson não queria um pai morto, apesar da relação morta que já tinham. Ele só queria um pouco de seu amor. Mas se vivo não conseguiu isso, morto também não faria muita diferença.

Morto. Essa palavra era um peso incalculável.

Nunca mais veria os olhos divertidos e alegres de Lorena. Nunca mais ouviria sua risada ecoar pelo castelo enquanto construía, cansado, estratégias de batalha. Não iria mais sentir seu perfume doce, ouvir sua voz e ver seus fios cacheados bagunçarem, teimosos, ao balançar do vento.

Mas também não causaria mais brigas entre os pais.

Ele teriam um ao outro sem empecilhos dessa vez.

– Acha que foi um ato terrorista? Posso considerar isso?

– Sim, Clarkson. Não restam dúvidas.

***

Depois que a autópsia foi feita, soube-se que tratava-se de um veneno encontrado no Sul, onde havia uma espécie única de cobras brancas. O veneno é capaz de se dissolver em qualquer coisa, é incolor e inodoro, e mata em pouquíssimos minutos. O enterro foi feito numa sexta-feira, e toda a população ficou de luto durante muitos dias. Clarkson e Amberly já sabiam o que viria a seguir: a coroação. Com o rei e rainha mortos, Illéa precisaria dos próximos líderes, o casal que conduziria a nação por mais longas décadas. Apesar de ser um fato real e esperado, Clarkson mal conseguia pensar nisso. Tudo em que conseguia pensar era no significado do envenenamento dos pais. Se aquilo fora mesmo um ato terrorista, um atentado à coroa, era apenas o início de algo grande e mortal que viria a seguir. O que ele deveria esperar dos próximos dias?


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam captando o porquê de Clarkson ser esse imbecil que é. Comeeenteeeeeem e digam o que acharam!!!! Cupcakes, pf, LEITORES FANTASMAS, APAREÇAM, PELAMORDEDEUS *000* Eu vou é morrer.



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