Camp Hogwarts escrita por Drica O shea


Capítulo 9
Day 6 - Last Competitions DayPart 2


Notas iniciais do capítulo

Ok revelaçõeeeeeees. Capítulo novooooooooo. Minhas babys, logo logo tem mais.
Amo vocês!
Beijos!

Nessie



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(Lílian)

Então era aquilo. Os Tigers venceram o jogo. Assim, tão facilmente, sem nem mesmo precisar de Nate. Falando no garoto, enquanto todos invadiam a quadra para gritar, deitar no gramado e comemorar com os jogadores, era o único que continuava sentado na arquibancada. Eu sabia que as muletas não colaboravam com qualquer tipo de comemoração, mas ao mesmo tempo, não era só isso que o impedia de se sentir parte de tudo aquilo. Lembrei-me do que ele me disse no primeiro dia, que esperava no primeiro dia que o espírito dos jogos o contagiasse, mas infelizmente não foi o que aconteceu. Não podia culpá-lo: o garoto passou por poucas e boas logo em seu primeiro acampamento – quebrara a perna e nem sabia como isso havia acontecido. Se eu fosse ele, com certeza nunca mais iria querer voltar para lá também.

Entrei no gramado com as garotas, nenhuma de nós se importando com qualquer Shark naquele momento, fosse Pontas, Almofadinhas ou Aluado: só queríamos comemorar aquela vitória tão desejada com nossos colegas de time. Eu estava realmente feliz pela primeira vez no dia, e não pude deixar de reparar em Lucius. Apesar de ter obviamente causado toda aquela confusão durante o jogo, foi quem realmente se destacou naquela vitória. A verdadeira estrela. E então parei, no meio de todas aquelas pessoas, e comecei a maquinar meus pensamentos. A verdadeira estrela. Pensei no que ele havia dito no café da manhã a Luke, que seria o verdadeiro salvador dos Tigers. Então quem era o falso salvador? Nate? Enquanto Lucius era ovacionado, carregado pelos colegas de time e tinha seus quinze minutos de fama, eu pensava e pensava, mas não conseguia acreditar. Mais uma vez as peças se juntavam como um quebra cabeça em minha mente, mas esperava que não fosse apenas um grande equívoco novamente.

Fui andando em sua direção até que os garotos o soltaram. Ele virou-se para mim, esperando receber um cumprimento ou um abraço, mas só ouviu algumas palavras que o assustaram no ato.

– Foi você, não foi? – Eu perguntei, com um sorriso incrédulo no rosto por ter pensado em tudo aquilo sozinha.

A expressão brilhante dele escureceu visivelmente.

– Do que você está falando, Lílian? – Ele perguntou enquanto recebia tapinhas em todo o corpo dos membros de nosso time.

– Você machucou Nate. Por que, Lucius? – Perguntei, confusa. – Foi porque você tem inveja dele, não foi? Porque ele joga muito melhor que você, e recebeu todas as atenções naquele jogo contra os Bulls, não é mesmo? Enquanto você, que sempre foi o melhor jogador do time, foi deixado de lado. – Eu franzia a sobrancelha e ele parecia cada vez chocado com o que eu vinha dizendo. – Quando eu te vi saindo da enfermaria... O que você roubou de lá, Lucius? Foi éter? Clorofórmio? O que você usou pra desacordar Nate?

Ele virou as costas para mim, tentando me deixar falando sozinha, mas eu o puxei pelo ombro com toda força que tinha, ficando cada vez mais nervosa.

– Nate tentou te defender na festa dos garotos dos Sharks, mas você ficou ainda mais irritado com aquilo. Você não quer ser o capacho de ninguém. Quer ser o principal. O “verdadeiro salvador” dos Tigers. Aquele que leva toda a atenção. – Eu continuava com aquele sorriso irônico, que com certeza me dava uma expressão assustadora, pois Lucius começava a estremecer. – Logo depois que os garotos conversaram com Nate, você deu um jeito de surpreendê-lo e o desacordou. Não é tão difícil, só precisava de um pano e um pouco daquele éter roubado da enfermaria. Depois fez todas aquelas coisas horríveis com ele, e é claro que você sabia que ninguém desconfiaria de um Tiger, ainda mais de você, Lucius. Mas a confiança das pessoas nunca é suficiente. Você precisava por a culpa em alguém. Luke disse que chegou ao quarto e Pontas havia deixado a chave para fora. Aposto que você percebeu isso também... Era a oportunidade perfeita para esconder o celular na mochila dos suspeitos mais previsíveis de todos: os melhores Sharks do time de futebol. Como alguém pode ser tão frio desse jeito, Lucius? Como alguém pode prejudicar toda a equipe somente por um capricho pessoal de necessidade de atenção? E quebrar a perna de uma pessoa... Não é doentio demais? – Eu estava horrorizada.

Lucius percebeu que não havia mais o que negar, então apenas deu uma risada de escárnio para mim.

– Que inteligente, Evans. Aposto que roubou todos os neurônios de seu irmão. – Ele cruzou os braços, agora sério, enquanto eu chorava. – Mas agora o que aconteceu com Nate não importa mais, pelo menos não pra mim. O que importa é que eu venci. Venci dos Sharks, e sozinho. Se não fosse eu, essa vitória não aconteceria. Não é isso o que você queria desde o começo? Vencer o futebol? Pois conseguiu. Ainda que pelas mãos de outra pessoa além de Nate.

– Não, Lucius! O que importa é que Nate quase ficou sem poder andar nunca mais por sua culpa! Não percebe o quanto isso é sério? Eu vou contar para o senhor Potter o que você fez, e você vai ser responsabilizado por tudo isso. – Minha respiração falhava, mas eu tentava parecer filme. – Você tem que ser muito doente para ter feito uma coisa dessas, Lucius.

– Você não tem provas. – Ele ameaçou entre dentes, e eu sabia que ele estava certo. Não tinha mais um celular roubado para provar qualquer coisa que seja.

– Desculpe, mas eu acho que ela tem sim. – Ouvi a voz de Dorcas a poucos metros de distância de nós, com seu celular apontado para nós, virado na horizontal. Mais uma vez, um celular era a prova de tudo. – Pensei que fosse ser uma boa ideia filmar a comemoração dessa vitória tão importante para todos nós, e olha só o que eu peguei. – Ela começou a rir, no jeito Dorcas de ser: despreocupada e sorridente. – Que pena, Lucius. Parece que Camp Hogwarts acabou para um de nós.


(James)

Eu já estava começando a me conformar com a nossa derrota no futebol. O técnico Lewis disse não ter ficado chateado, alegando que o jogo não importava, e sim o perdão entre nós. É óbvio que ele era um gay da porra, é claro que o jogo era importante! Mas ao mesmo tempo em que muita coisa já estava resolvida, ainda tinha muito a se fazer: eu ainda estava chateado com Lílian, mas acho que ter feito as pazes com os caras me fez repensar algumas coisas. De qualquer forma, naquela hora tudo o que eu queria era ir para meu quarto, tomar um banho e dormir até a noite, acordando apenas para a festa de encerramento na fogueira. Quando eu estava caminhando para fora do campo, notei que apenas um Tiger não estava no meio daquela confusão: Nate parecia um espírito vigiando todos da arquibancada - estava sozinho, então decidi que era uma boa hora para conversar com ele. Enquanto caminhava em direção à arquibancada, Dorcas veio em minha direção, filmando minha cara de derrota com câmera de seu celular. Provavelmente queria guardar aquele momento histórico pro resto da vida, e naquela hora jurei para mim mesmo que nunca mais aconteceria. Mostrei o dedo do meio pra ela, e na mesma hora nós dois reparamos que Lilly conversava alguma coisa com o Lucius, e ambos não estavam com uma cara muito feliz. Cheguei a pensar que ela estava prestes a chorar, mas não tinha certeza. Dorcas, preocupada com aquilo, deu as costas para mim e foi andando em direção a sua amiga. Decidi deixar pra lá, subindo a arquibancada e ficando em pé em frente a Nathaniel, o encarando.

– O que você quer, Potter? – Ele perguntou, com a voz cansada.

– Queria apenas conversar, acho que ainda temos coisas pendentes para acertar. – Eu disse, tentando manter uma voz amigável. Nate sorriu amargo, mas assentiu. – Acho que já ficou claro pra todo mundo que não fomos eu nem meus amigos que fizemos isso com você. Eu jamais faria isso, mesmo. Se eu tivesse que te enfrentar nessa final e perder feio, eu perderia com dignidade, sem trapaças ou sabotagens, muito menos desse tipo.

– Olha James, não sei se eu fui o único de nós a perceber, mas a verdade é que o motivo de nossa rixa nunca foi o futebol ou a competição entre Sharks e Tigers. Era ela. – Eu o fitava um pouco confuso, porém sabendo onde ele queria chegar. – Lílian. Eu vi quando você a sujou na recepção que vocês fizeram para os Tigers, no primeiro dia. Eu vi que a sua preocupação com o olho dela não foi uma coisa apenas racional, tinha sentimento ali. Tem coisa ali.

– Nate, eu nem sabia que era ela quando aquilo aconteceu. – Tentei me justificar. - Nunca quis roubar a Lilly de você, e aquele beijo que Almofadinhas presenciou... Bem, aquilo foi culpa minha, mas não queria ser o fura olho de ninguém. – Eu estava processando tudo o que ele havia me dito, e acho que fazia total sentido. Mas eu não iria admitir, muito menos pra ele.

– Cara, olha só, ela gosta de você, não de mim. Quando eu falei ontem que o plano dela deu certo até demais, foi porque só serviu pra provar que vocês dois gostam um do outro. É só prestar atenção nos fatos: ela ficou mais preocupada em ficar te enrolando do que em cuidar de mim. Achava que estava fazendo aquilo para o meu bem, mas na verdade era somente para o bem de si mesma. – Ele parecia um pouco mais nervoso e quase recuei quando se levantou, com dificuldade, se equilibrando nas muletas. – Eu não sei quem fez isso comigo, mas eu daria tudo para que tivesse sido você. Talvez assim, ela estaria morrendo de ódio de James Potter, e então eu a teria só para mim.

– De qualquer forma, Nate. – Eu tentava me explicar. – Ainda que eu tivesse demorado demais pra perceber que eu gosto da Evans, agora ela está com você e eu não pretendo estragar nada... – Eu estava incomodado com aquela situação escrota: estava desabafando com o namorado da menina que passou quase a semana inteira me dando mole porque achava que eu tinha quebrado a pena de seu namorado. Eu estava muito próximo de ter um troço.

– Lílian não é minha namorada, nunca foi, e não é agora que vai ser. E eu não quero mais pertencer ao “Maravilhoso Mundo de Camp Hogwarts”. – Ele disse com uma voz carregada de deboche e ironia. – Como você disse, isso aqui não é para novatos.

– Nate, olha, eu espero que você não fique com uma má impressão desse lugar. Meu pai trabalha muito, todos os anos, pra que tudo corra da melhor forma possível, e nós também. O que aconteceu nesta edição, não quer dizer que vai se repetir. – Tentei conversar.

– Obrigado, mas eu dispenso. Pra mim já deu. – Ele disse, e eu pude entender que ele queria finalizar aquela conversa.

– Tudo bem, então. Desculpe pelo transtorno e saiba que eu não tenho raiva de você. – Concluí. - Acho que estamos entendidos. – Eu disse enquanto me virava para ir embora.

– Potter... – Eu me virei para ouvir o que mais ele tinha a me dizer.

A verdade é que eu não escutei porra nenhuma, apenas vi. Vi muito sangue. Aquele filho de uma puta havia dado um soco na altura dos meus olhos, fazendo com que meu supercílio inchasse instantaneamente.

– Agora sim não temos mais assuntos pendentes: estamos definitivamente acertados. Ah! Faça-me um favor? Mande aquela garota tomar no cu! – Nate deu um sorriso e saiu calmamente, me deixando ali sozinho com algo que parecia uma hemorragia. Minha sorte era que não havia mais ninguém no campo e nas arquibancadas além dos Tigers que ainda comemoravam eufóricos – assim, ninguém percebeu a porrada que eu havia levado de um cara que mal conseguia andar direito.


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Notas finais do capítulo

Ai James meu amor, não se preocupe, pode vir aqui que eu cuido de você com todo amor do mundo.

Amor

Nessie



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