Budapest escrita por Kakau Romanoff


Capítulo 9
Cap. 9 - I can feel


Notas iniciais do capítulo

Oláa pessoinhas mais lindas do mundo!!
Desculpem meu atraso, mas fiquei sem meu pc esses dias e acabou que não pude postar.
Agradeço imensamente a todos que tem acompanhado/favoritado/comentado a fanfic, vocês não imaginam o quanto isso me faz feliz!!
Espero que gostem do 9° capítulo, prontinho para vocês! Até lá em baixo!
Boa Leitura!!



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Natasha puxou Clint pela cintura na hora exata, e receberam apenas um resquício da força da explosão que os lançou metros à frente no corredor, antes que as portas se fechassem completamente.

– Ai... Você é louca, sabia? – ele riu se levantando do chão frio.

– Olhe pelo lado bom, ainda estamos vivos. – disse ela, segurando sua mão para se por de pé também.

– Por que não está se alastrando? Era para essa explosão ter destruído quase todo o prédio. – perguntou Clint.

– Agradeça pelas portas blindadas. Elas conseguiram segurar a explosão – disse Natasha, indicando a porta bloqueada. – Se não este lugar já teria sido consumido pelas chamas.

– Como você sabia delas? – ele perguntou.

– Não sabia. – respondeu, sorrindo.

Clint balançou a cabeça, rindo marotamente.

– Você é impossível...

– Eu sei que sim. – disse ela retribuindo o sorriso.

Eles continuaram correndo até alcançar o último andar, onde Darrow estava. A escada pela qual haviam subido dava acesso inicialmente a um longo corredor, com uma única e grande porta em seu final.

– É ali. – comentou Natasha.

– Vamos acabar logo com isso então. – disse Clint, passando a frente da ruiva, e caminhando até a porta, o arco armado com duas flechas, e a arrombou com um chute. Entrou sendo seguido por Natasha, também com as pistolas em mãos.

No cômodo espaçoso, encontraram Darrow de pé, usando um terno cinza, cercado por cinco dos seus seguranças, prontos para atirar.

– Natasha Romanoff... Admito, estou surpreso por vê-la aqui. E me parece que arrumou um guarda-costas também. – ele riu, seco.

– Henry Darrow, você está preso. – disse Clint firme, sem abaixar a guarda.

– Mas o que é isso? Um policial? Você trouxe um policial? Ele está aqui para te prender também, depois que me levar?!

– Sério isso? – Clint disse; o sarcasmo transbordando enquanto balançava a cabeça descrente - Sério que pareço um policial? Com essa roupa? Com um arco? Fala sério cara!

– Acabou Darrow, é o fim para você. Pode escolher viver preso pelo resto da sua vida, ou uma bela dose de dor e morte que eu mesma proporcionarei a você e seus bajuladores baratos neste exato momento.

– Bajuladores baratos? Minha cara, esses são atiradores de elite, que vão matar vocês antes que...

O discurso do criminoso egocêntrico foi interrompido pelo estrépito de dois de seus homens caindo no chão com as flechas de Clint no peito. Natasha atirou em seguida, quando os outros que restaram, voltavam sua atenção para os mortos no chão.

Com eles neutralizados, Darrow transformou-se em um alvo fácil e claro.

– O que você dizia mesmo? – perguntou Natasha sorrindo ironicamente.

– O q-que...?

– Vamos lá Darrow. Seu tempo de decidir está se esgotando. Escolha. – disse Clint.

Darrow puxou sua arma da cintura, a qual engatilhou e apontou para a ruiva.

– Natasha, você arrumou um bom cão de guarda, mas nem mesmo ele pode mudar o seu passado. Nem ele, poderá trazer sua irmãzinha ridícula de volta. – disse com a voz mansa e venenosa.

Natasha ficou estática; a arma em sua mão perdeu o peso e tudo a sua volta simplesmente desapareceu. Ficou paralisada pelas visões de seu passado que retornavam como um turbilhão que acertara de repente sua mente.

– Não dê ouvidos a ele Natasha.

– E sabe por quê? Por que você a matou. Você mesma viu o brilho deixando os olhos daquela pirralha.

– Natasha não o escute! Atire! Mate-o!

Por que ela não conseguia? Ela queria mata-lo, sempre foi isso que quis.

Sempre tivera o controle sobre o efeito que seu passado lhe causava, e isso nunca a impedira. Não era algo a ser usado contra ela, mas sim a favor dela, como seu estimulo, o que a fazia desejar vingança contra o responsável por tudo aquilo ter acontecido.

Mas agora, quando aquele homem sujo falava sobre sua irmã, quando a verdade que sempre soubera e tentara esquecer, de que ela a tinha matado, estava sendo jogada nela de maneira tão direta, tratando sua irmã como se não fosse nada além de outro alvo, tornou-se pior do que a pior das provocações, a pior das dores que já sentira.

Era a verdade não dita de sua vida: de que ela falhara em proteger a única coisa que tinha. E ela iria falhar novamente agora, pois não conseguia puxar a droga do gatilho.

– Ah, ela não vai fazer... Ela não consegue. Mas eu sim.

Quando Darrow atirou, Clint já tinha se adiantado e soltado sua flecha, agora atravessada na garganta de Henry.

Atrás de Clint, Natasha finalmente voltou ao normal com o som do homem indo ao chão.

– Clint... Clint me desculpe, eu não... Eu queria atirar, você sabe, mas...

– Não se preocupe Natasha. Acabou. – disse ele permanecendo de costas para ela.

– Obrigada... Sei que você não queria a morte dele, mas...

Interrompida pelo som do arco indo ao chão, logo antes de Clint também cair de joelhos, ela correu até ele, podendo ver o sangue que escorria do lado esquerdo de seu peito, onde a bala se alojara.

– Não, Clint! - disse ajoelhando-se em sua frente, e segurando seu rosto. – Seu idiota! Por que fez isso?!

– Ele ia acertar você... – falou com a voz rouca.

Ela o deitou no chão frio, apoiando a cabeça dele em seu colo, enquanto pressionava o ferimento.

– Não durma. Eu vou conseguir ajuda.

– Ninguém pode ajudar a gente agora Nat...

– Talvez a SHIELD possa.

– Perdeu o juízo de vez? Vão te prender se te pegarem aqui. Eu não vou deixar você...

– Me sacrificar? Como você acabou de fazer por mim? – perguntou, não conseguindo acreditar que aquilo que embasava sua visão eram lágrimas.

– Não precisa chorar Natasha.

– Não estou chorando. – disse piscando forte para secar seus olhos, e aproximou seu rosto do dele, depositando um beijo leve em seus lábios. – Mas já perdi todos aqueles que eram importantes para mim uma vez. Não vou deixar acontecer de novo. – disse o encarando.

– Depois de te ouvir dizendo isso, eu poderia morrer feliz, sabia? – disse com um pequeno sorriso bobo.

– Mas não vai. Agora fica quieto e me diga onde está o seu celular.

– No bolso, perna esquerda.

Ela pegou o aparelho, e ele ditou as instruções.

– Só me prometa uma coisa. – ele pediu fraco, segurando sua mão – Prometa a mim que vai fugir quando eles chegarem aqui. Prometa.

– Tudo bem. – disse ela – Eu prometo.

– Tecle 7. Quando obtiver uma resposta, diga apenas Gavião Arqueiro, protocolo SHIELD bravo 690, e deixe na linha para rastrearem nossa localização.

Ela o fez, e uma mulher falou no outro lado da linha.

– A equipe mais próxima já esta a caminho. Chegarão até vocês o mais rápido possível.

– Não ousem demorar. – disse Natasha, deixando o celular de lado – Pronto. Eles já estão vindo.

Clint começava a fechar os olhos, dando sinais de que desmaiaria a qualquer instante.

– Barton, concentre-se, escute a minha voz. Não durma, abra os olhos. – dizia Natasha, enquanto ainda tentava estancar o sangramento.

– Estou acordado. - disse com os olhos cerrados.

– Clint, não faz isso... - sussurrou ela, tendo toda a atenção dele agora. – Eu não admito que me abandone agora, ouviu? Você tem que saber que eu também senti. Eu senti algo diferente com você na noite passada.

– Eu sabia... – ele riu.

– E tenho que te agradecer.

– Pelo que?

– Você salvou a minha vida, de novo.

– Você fez o mesmo por mim.

– É diferente. Não estou dizendo que levar um tiro no abdômen seja algo agradável, mas você se arriscou por mim, mais de uma vez. E isso é algo pelo que eu sempre lhe terei uma divida.

– Eu não quis te matar. – sussurrou, lutando para permanecer acordado.

– E isso também é algo que eu sempre vou tentar entender.

– Eu acredito em segundas chances Natasha. E já te disse por que fiz a minha escolha. Você é alguém por quem vale a pena lutar.

– A sua vida também vale, muito mais do que a minha.

– Isso é novidade. – ele riu irônico.

– Pare com isso, você não sabe o que está dizendo. E fique quieto, teremos tempo para conversarmos depois; agora preciso fazer com que você pare de sangrar.

– Natasha...

– É Natalia. Natalia Aliamnova Romanova. Nem todo mundo conhece meu nome de verdade.

– E por que está me contando isso agora?

– Porque agora eu sei que posso confiar de verdade em você.

– Nat...

Ele foi impedido de terminar sua frase quando uma luz forte iluminou todo o recinto. Uma aeronave apareceu na janela, o símbolo da SHIELD resplandecendo em seu casco. Natasha cobriu os cabelos ruivos que entregavam sua identidade facilmente com o capuz, indo no encalço dos agentes que carregaram Clint para dentro do avião.


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Notas finais do capítulo

E então?? Gostaram? Sim? Não?
Por favor, deixem seus comentários me dizendo o que acharam do capítulo; a opinião de vocês é muuuuuuito importante!!
Obrigada por ler!!
Bjss da Kakau