Hinan escrita por Hakiny


Capítulo 10
Um novo inimigo


Notas iniciais do capítulo

Quatro anos se passaram, e agora nossos heróis terão um novo desafio.



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− FELIZ ANIVERSÁRIO RAQUE!

O grupo de shikõs gritavam enquanto estendiam um bolo gigante, com uma vela acesa em cima!

Levando a mão ao rosto a garota não conseguia conter a sua felicidade!

− olhem só a pequena garotinha já está com 16 anos!

Cute dizia com um sorriso orgulhoso no rosto.

− pequena? Eu já estou mais alta que você e o Andy!

Ela dizia com um sorriso malvado no rosto. Aproximando se rapidamente Kannot a abraçou.

− parabéns querida!

−obrigada vovô!

− pra quem vai o primeiro pedaço de bolo Raque?

Jack perguntou.

− pro vovô!

− pensei que seria pra mim!

− não seja tão dramática Jack!

− que se dane, eu to com fome! Adianta essa parada ai!

Um pouco distante dali, dois homens observavam a festa surpresa programada pelos shikõs.

− então esses são os shikõs que o mestre Ceverus falou?

Um homem alto e forte, vestindo um sobretudo preto, perguntou.

− sim mestre Erii...

− que bando de idiotas! Os humanos contam lendas sobre eles! Dizem que são demônios e tudo mais... mas o que eu vejo são um bando de bocós.

− quando começaremos?

− em breve.

**

− Vem comer um pedaço de bolo Jon!

Raque gritava enquanto acenava para o shikõ que estava um pouco distante.

− já vou!

Jon gritou enquanto andava em direção a mesa. Foi então que ele parou. De cabeça abaixada ele não fazia nenhum movimento. Vagorosamente ele se virou para aquela montanha.

− Jon?

Raque perguntava ao notar que ele havia sumido.

**

No alto da montanha Jon averiguava o local.

− você também sentiu?

Dragon dizia, enquanto observava a paisagem. Ainda de costas Jon respondeu.

− sim... esse lugar está com cheiro de shikõ e não é familiar.

− este lugar está impregnado com uma energia muito forte.

− isso está muito estranho.

**

− FOGO!

Os gritos de Gui eram seguidos por explosões vindos dos canhões dos carros de guerra da I.O.S

− NÃO ESTÁ FUNCIONANDO!

Cookie gritava desesperado.

− MANDEM UM ALERTA PARA A EQUIPE DE ELITE!

− Não precisa chamar não, cara de quenga!

Uma mulher alta, de cabelos negros presos em um coque, erguia a shuriken gigante que carregava nas costas.

− então é você que está causando essa agitação toda não é mesmo?

Sayo dizia enquanto encarava o homem que estava em sua frente – você não me parece grande coisa!

Com essas palavras Sayo lançou a shuriken, com apenas uma mão o shikõ fez uma forte ventania, fazendo com que a shuriken fosse lançada longe.

Foi naquele instante que uma flecha acertou o pescoço do shikõ.

− maldição! De onde veio isso.

O shikõ gritava enquanto retirava a flecha. Olhando para o alto do muro, Sayo pode perceber a presença da amiga escondida.

− Lucy! Então você estava escondida ai o tempo todo?

Ouvindo essas palavras o shikõ fez com que um dos veículos dos soldados voasse em direção a arqueira. Saltando para uma distância segura, Lucy então olhou para Sayo:

− obrigada por revelar minha posição Sayo.

− pode contar sempre.

Sayo dizia com um sorriso inocente no rosto.

− TODO MUNDO PARA O OUTRO LADO DA CIDADE.

Uma pequena garota de olhos azuis e cabelos castanhos gritava para os poucos soldados que ainda restavam no campo de batalha. Todos fizeram como mandado. Ajoelhando-se no chão Lily tocava o solo enquanto pronunciava palavras em um idioma desconhecido.

− o que está fazendo?

Sayo perguntava enquanto observava a garota.

− estou criando uma barreira de proteção ao redor de Hinan, não se sabe as proporções que essa batalha poderá alcançar.

− CHEGA DE CONVERSA!

O shikõ gritava – ONDE ESTÁ?

− do que você está falando?

Lucy perguntou ao shikõ que estava aparentemente descontrolado.

− ONDE ESTÁ???

Ele gritava enquanto erguia suas mãos para o alto criando uma forte ventania. Correndo em direção a sua shuriken, Sayo a lançou mais uma vez em direção ao shikõ, mas o vento que o cercava impedia que ele fosse atingido.

− Lucy!

Sayo gritou, enquanto se desviava agilmente dos carros, prédios, caminhões e pontes que voavam para todos os lados em uma dança frenética. Segurando firme seu arco, Lucy apertava os olhos na tentativa de identificar o alvo.

− é impossível mirar nessas condições.

O céu escureceu, o redemoinho criado pelo shikõ estava cada vez maior, tão grande que a barreira criada por Lily não aguentaria por muito tempo.

Com as mãos unidas formando um triângulo, a pequena maga concentrava sua energia, o chão que a rodeava começou a se quebra.

− torikowase.

O feitiço lançado pela maga fez com que uma grande bola de energia surgisse e em seguida fosse lançada na direção do inimigo. Com um sorriso irônico no rosto, o shikõ fez um escudo com os destroços que o rodeavam.

− MALDITO!

Lily gritou irritada.

− eu sou indestrutível!

O shikõ dizia enquanto gargalhava diabolicamente.

− ninguém é indestrutível...

Em meio a uma grande nuvem de poeira, uma figura humana ia se formando em cima do muro. O brilho ofuscante de sua espada erguida em posição de ataque, intimidava o inimigo.

− Val!

Lily gritava entusiasmada.

Vallery sorriu, um sorriso confiante, de alguém que já havia passado por diversas batalhas até ali, batalhas nas quais sua morte seria certa... mas não foi. Aquele era o sorriso de uma guerreira que estava disposta a arriscar tudo pela segurança dos habitantes de Hinan.

Com a espada em punho, Vallery corria em alta velocidade. Usando os objetos que eram carregados pelo vento como ponte, Vallery pegava impulso e em um movimento rápido saltou em direção ao furacão, ficando assim em cima daquela espécie de buraco negro. Com a ponta da espada voltada para baixo, Vallery descia em alta velocidade. No exato momento em que ela tocou o solo, uma enorme quantidade energia foi liberada dissipando assim o furacão.

Cerrando os punhos Vallery então socou o shikõ com toda a sua força, fazendo com que ele caísse sobre o solo e o quebrasse.

− Lily...

Vallery dizia enquanto guardava lentamente sua espada na bainha. Acenando a cabeça, Lily então ergueu sua mão esquerda e fez com que correntes brotassem do solo, fazendo com que dessa forma o shikõ ficasse imobilizado.

− Sayo, leve-o para a sala de interrogatório!

**

− Você está indo muito bem nos treinamentos Raque! Recebeu elogios até do Jon!

Kannot dizia a Raque que o ouvia atentamente.

− daqui a alguns anos, precisarei de alguém que me substitua na liderança dos...

− lá vem o senhor com esse assunto de novo!

Raque dizia interrompendo bruscamente Kannot.

− qual é o problema de vocês? Precisam entender que eu não sou imortal!

− isso soa um tanto irônico para um cara de 300 anos.

Raque dizia com um tom sarcástico.

− MESTRE KANNOT!

Cute entrou rapidamente na sala do trono.

− diga meu rapaz.

O velho perguntou curioso.

− tem um exército de Kotonarus vindo na direção do castelo. De acordo com as visões da Lori, eles chegaram aqui em alguns minutos.

Kannot levantou-se rapidamente de seu trono.

− o Butcher já foi comunicado?

Cute acenou com positivamente com a cabeça.

− onde está o Dragon e o Jon?

Kannot perguntou.

− o Jon está reunindo sua equipe, e do Dragon não se tem notícias.

**

Com a cabeça abaixada, e amarrado em uma cadeira de ferro, o shikõ que havia atacado a Hinan do Norte, não pronunciava uma palavra.

− de onde você veio?

Sentada em uma cadeira de madeira Sayo encarava o shikõ. Ele se manteve em silêncio.

− fale alguma coisa maldito!

Ela dizia enquanto estapeava a cabeça do prisioneiro.

− devolvam o que é nosso!

O shikõ dizia em voz baixa.

− o que você quer?

Ela perguntou.

− devolvam a espada do mestre Ceverus.

− quem é Ceverus?

Sayo perguntava curiosa, mas o shikõ se manteve em silêncio mais uma vez.

− ahhh seu filho de uma...

Sayo interrompeu suas palavras enquanto socava o shikõ tão forte, ao ponto de fazer com que a cadeira virasse e caísse no chão.

− não importa o quanto você possa me bater... eu não direi uma palavra, humana nojenta!

O shikõ dizia, ainda caído no chão.

− chega disso Sayo...

Lily dizia enquanto erguia uma de suas mãos, fazendo com que a cadeira caída, voltasse ao seu lugar.

− você é um desses que chamam de shikõ?

O homem estranho perguntou para Lily. Tirando uma mecha de cabelo que cobria parte de seu rosto a pequena maga respondeu delicadamente.

− não exatamente. Mas bato tão forte quanto um.

Fazendo sinais estranhos com as mãos e pronunciando palavras desconhecidas, Lily então tocou a testa do inimigo. Uma forte luz resplandeceu e logo se apagou.

− Lily? O que está fazendo?

Cercada de uma luz púrpura, Lily caminhava por uma sala, que continha paredes cobertas por espécies de buracos negros repleto de imagens.

Então essas são as memórias...

Lily pensava enquanto lentamente tocava nas imagens.

As cenas eram confusas, pessoas correndo de um lado para o outro, um homem em cima de algum tipo de morro, sua expressão era séria, parecia ditar ordens. Em seguida ela pode notar uma forte luz, de dentro dessa luz, uma silhueta ia se formando, parecia ser um homem de cabelos longos. Logo aquela imagem sumiu, tudo que restou foi um grande vazio, não era possível ouvir sons, e naquele momento tudo estava escuro. Foi então que algo apareceu do nada, um par de olhos malignos, olhos vermelhos como sangue, olhos repletos de ódio, olhos que pareciam observá-la.

− eu quero o que é meu... me dê o que é meu Lily!

Naquele instante Lily sentiu seu coração acelerar, sentiu um frio na espinha, nunca havia sentido tanto medo em toda a sua vida. Foi então que todo aquele horror foi interrompido por um forte barulho. Voltando a si Lily pode notar que estava coberta de sangue, sua mão ainda estava estendida, mas no lugar do shikõ tudo o que sobrava era restos de uma grande explosão. Caindo sentada no chão Lily podia ouvir vozes ao longe.

− Lily você está bem? LILY!!!!

Ela tentava responder, mas nada saía de seus lábios, foi então que sua visão ficou turva e ela perdeu a consciência.

**

− droga! De onde vieram tantos desses bichos?

Allk dizia enquanto sacava sua arma e atirava nos Kotonarus.

− lerigou!

Nael congelava o máximo de Kotonarus que podia, um pouco distante dali, Marius socava os monstros como se fossem de brinquedos.

− socorro!

Uma voz feminina ecoava do meio de uma multidão de monstros. Usando a cabeça dos Kotonarus como apoio, Marius saltou dentro da multidão e com apenas um golpe fez com que todos os monstros daquela área, voassem longe. Com as mãos cobrindo o rosto, e o braço forte de Marius envolvendo seu corpo, aquela garota de pele parda e cabelos vermelhos que escorriam até os seus ombros, finalmente se sentia segura.

− você está bem Lóris?

Marius perguntou delicadamente, ela acenou positivamente com a cabeça.

− ótimo! Agora vá para dentro do castelo! É perigoso aqui!

− não Marius! Eu quero ajudar!

Observando a garota visivelmente abatida e com o braço esquerdo seriamente danificado, ele respondeu:

−você não foi feita para batalhas Lóris! Lembre-se, você é só um oráculo.

Abaixando a cabeça, Lóris se retirou.

− QUANTOS AINDA FALTAM?

Butcher gritava para Cute, que naquele momento estava na parte mais alta do castelo. Apertando os olhos, o pequeno garoto tentava ver o fim de toda aquela manada de monstros, mas era impossível.

− estamos ferrados!

− o que?

Se teletransportando para perto do irmão Cute respondeu:

− não tem fim, são mais Kotonarus do que eu imaginei que existia no planeta inteiro.

− é realmente estamos ferrados!

Butcher dizia enquanto levava a mão a testa demonstrando preocupação.

Um pouco distante dali um campo de força cercava o palácio.

− mantenha o foco Raque! O palácio central precisa ficar em segurança.

Andy dizia para Raque, que naquele momento demonstrava estar fadigada.

− eu sei disso!

A garota respondeu um tanto irritada pela forma como seu senpai havia te subestimado.

− MORRAM MALDITOS!

Jack atirava incessantemente. A jovem shikõ estava dando cobertura para os dois magos.

**

− Jon, vá ajudar seus irmãos!

O líder dos shikõs dizia enquanto observava a expressão de preocupação em seu rosto.

− preciso proteger você velho, além do mais aquele troll que você chama de general está lá!

− suas palavras não condizem com a sua expressão garoto, você quer ajuda-los não é mesmo? Está preocupado... não seja tolo, esse velho aqui nunca precisou de proteção!

Kannot dizia enquanto dava tapinhas nas costas de Jon.

− fique quieto velho! Eu sei o que estou fazendo.

**

− droga! Esses Kotonarus são como formigas!

Marius dizia demonstrando um certo cansaço.

− eu já estou no meu limite grandão...

Nael dizia enquanto se apoiava em Marius.

Foi naquele momento que uma grande luz resplandeceu no horizonte, vindo em alta velocidade, aquela luz se converteu em um furacão de chamas, reduzindo todos os Kotonarus a cinzas.

Depois de toda a destruição do inimigo o furacão foi diminuindo até tomar a forma de homem.

− Dragon!

Butcher gritou ao ver a presença de seu companheiro.

− estamos salvos.

Andy dizia ajeitando seus óculos.

**

Abrindo lentamente seus olhos, pouco a pouco Lily retomava a consciência.

− o que ouve ali?

Lucy estava sentada no mesmo sofá que Lily se encontrava em repouso.

− eu definitivamente não sei.

Lily dizia enquanto tocava a testa.

− a cabeça daquele bicho explodiu do nada, que malvada você hem Lily?!

− não foi isso Sayo! Juro que tudo que eu tentei fazer foi uma leitura mental! Foi como se uma espécie de sistema de segurança tivesse sido ativado.

Encostada na parede Vallery observava a garota.

− o que você viu lá?

− eu não sei bem Val...

Lily contou para Vallery todo o ocorrido.

− o que isso quer dizer?

Vallery perguntava preocupada.

− não tenho certeza, mas aqueles olhos não eram comuns Val! Aquilo era diferente de tudo que eu já tinha visto antes... mesmo eu estando apenas dentro da mente do shikõ, era como se ele pudesse me ver! E aquelas pessoas... eu não tenho dúvida! Aquilo era um exército, um exército de shikõs! Não me pergunte o porquê, mas sinto que Hinan está em sérios apuros!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado dessa nova fase de Hinan! E eu garanto, vem muito mais aventura por ai!



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