Eu não deveria me sentir assim. Como se minha pele se rasgasse de tanto calor. O sangue ferve e eu me perco. Devo ir pro inferno por isso. Mas o desejo, é mais forte que eu. Droga.

Eu sei, ok? Eu sei que é errado. Mas foi desde o começo.

Sejamos sinceros, Oliver é quase que a perfeição. Mal posso respirar agora. Ele não me deixa escolha, nunca deixou.

Já pode imaginar quem sou, certo? Exato, sou eu, Felicity Smoak. E estou mais uma vez perdida em Oliver Queen. Minha mente neste momento está nos dias que ele malha na minha frente. Sua musculatura bem construída, o suor de escorre pelo seu corpo. Uau!

Mas voltando pro “agora”, hoje é um dia como qualquer outro. O arqueiro está protegendo a cidade em um galpão abandonado no Glades, Dig esta armado e pronto para ajuda-lo se algo der errado. Roy esta esperando as coordenadas do Oliver. E eu, a garota do TI, estou na cave, repassando informações para eles.

“Um dia normal”. Uma nova droga foi criada a partir de propriedades do Vertigo. Aparentemente, o Conde foi um revolucionário no mundo com essa droga. Oliver avisa que já esta quase finalizando e logo retornará para a cave.

Meu coração dispara e saio correndo para o banheiro. É pequeno, mas tem o necessário. Lavo meu rosto, escovo meus dentes, reponho a maquiagem e arrumo meu cabelo. Essa noite decidi deixa-lo solto. Particularmente, o prefiro preso. Mas está tão lindo assim, cheio de ondas.

Escuto barulhos na entrada da boate e não perco tempo. Olho-me no espelho e gosto do que vejo. Saio correndo de novo, o que é meio dolorido por causa dos meus saltos, mas chego a tempo na frente dos monitores antes deles descerem as escadas.

– O que ainda faz aqui? – Meu coração da um salto com sua voz profunda. - Avisei que você já podia ir pra casa. – ele para na minha frente e finalmente me olha. - Por que esta ofegante Felicity? – inclina um pouco a cabeça me observando melhor.

Sinto um arrepio na espira quando ele vai me sondando da cabeça aos pês. Oliver e seu olhar intenso esta fazendo com que meu estomago se contraia e eu sinta borboletas voando nele. Ele olha mais que o necessário para as minhas pernas, e sobe os olhos lentamente pelo meu corpo. Sinto uma língua de fogo subindo pelo meu peito e pescoço quando ele faz isso.

Normalmente Oliver me olha com afeição, orgulho, com ironia. Às vezes posso até ver ternura. Mas nunca com... desejo? Seus olhos estão fixos nos meus agora e mal posso desviar. As pupilas estão dilatadas e seus lábios estão entreabertos, como se assim pudesse respirar melhor.

– Eu... – me perdi por um momento. O que foi mesmo que ele perguntou? – hum... não, eu não ouvi, desculpa. – aponto para minha mesa mostrando o aparelho. - Tirei o comunicador. Mas já estou de saída. Tchau. – falei apressada. Tenho essa tendência quando fico nervosa.

Viro-me para dar tchau, mas Diggle esta encarando Oliver de um jeito engraçado, posso ler seu olhar com “eu sei como você olhou pra ela agora, seu idiota!”. Roy nem sequer disfarça o sorriso irônico olhando de Oliver para mim.

Sai de cabeça baixa para que eles não vejam meu rosto corado. Não sou muito de ficar vermelha, mas quando isso acontece é realmente embaraçoso. Subi praticamente correndo pelas escadas e só parei na proteção do meu carro.

Dig e Roy sabem muito bem como me sinto, o mundo inteiro sabe. As estrelas, o sol. O COSMO!

Bato minha cabeça no volante e suspiro. Não é fácil ser apaixonada por Oliver Queen.

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