Finalmente depois de tantos voos, finalmente Adam tinha chegado ao Egito com o objetivo de encontrar aquele maldito cego que o fizera a vir até essa maldita terra seca e quente no meio do deserto. Adam como sempre fazia, ao chegar no Cairo a capital do Egito, ele trocou suas roupas pesadas e quentes da América, e comprou no hotel mais caro que escolheu, leves roupas de algodão fino que que usavam os nativos aqui para bloquear maior parte do sol, que roupas americanas não bloqueavam.

Ele dirigiu-se ao banheiro para tomar um merecido banho, depois de uma longa viagem e tirar toda aquela areia de suas roupas e corpo. Já tendo tomado banho, e vestido uma das roupas que tinha comprado, foi até o jardim do hotel, sentou em uma das mesas que ficava na borda da piscina que tinha um guarda-sol, e ordenou ao garçom que trouxesse seu almoço, enquanto esperava que Seth tivesse a decência de chegar na hora marcada, o que ele duvidava muito, conhecendo bem aquele maldito.

Certo outra vez, Seth chegou 1 hora depois que ele tinha terminado de almoçar, e estava relaxando na espreguiçadeira que estava perto da piscina, pegando um leve bronze em seu corpo quando ele chegou em sua forma humana. Como ele parecia? Bem não sou muito a fim de ficar descrevendo outros caras, porque nenhum deles chega aos meus pés. Mas tenho que admitir que Seth, passava perto. Ele era um homem alto como ele, de cabelos vermelhos de fogo diferente dos seus arruivados de nascença. Vestia uma camiseta regata que moldava seu peitoral esculpido totalmente, e seu abdômen trincado na pele da cor de café. Seus braços tinham quase o mesmo tamanho dos seus, não que fossem melhores, suas pernas eram grossas no calção que usava, e seu rosto tinha suavizado para um sorriso diabolicamente lascivo para as mulheres que mordiam os lábios ao lhe verem passar. Poucos momentos depois, ele chega à mesa e senta, pedindo ao garçom que mandasse seu almoço.

– Finalmente, dá o ar de vossa presença não é mesmo?- disse Adam acidamente.

– Ora eu cheguei aqui não é? Podia muito bem deixar você correndo as cegas aqui, demorando mais para vir, então se contente. Enquanto você se hospedava no hotel, minhas fontes onde Mikael se encontra, relatam algumas novas noticias que talvez você deseje saber. – disse Seth com um sorriso maldoso, alfinetando Adam.

– Pois então diga que sou todo ouvido. – respondeu Adam de má vontade.

– Meus espiões relatam que Mikael não é mais cego, porque Isis o curou. – disse Seth com uma cara de desagrado com Isis.

– É? E porque fizeram isso? Se bem que derrota-lo enquanto era cego não teria muita graça. Pelo menos agora, posso subjugá-lo sem qualquer reclamação depois. – disse Adam com um sorriso vitorioso.

– Eu não me empolgaria tanto se fosse você. – disse Seth colocando seu plano em prática para escravizar aquele idiota narcisista.

– Ele desde que chegou a mansão do julgamento de Osíris, tem treinado com meu irmão a arte da guerra e a magia com os magos de lá. Eu aposto que até o fim do mês que ele fica mais forte do que você, se não aceitasse a minha generosa oferta. – disse Seth numa falsa inocência.

Adam cerrou os dentes de raiva. Desde que aquela viagem começara, aquele desgraçado oferta me tornar seu discípulo para me controlar como um escravo. Por outro lado, saber que seu inimigo estava ficando mais forte, não o estava agrando em nada. Ele não queria, e até odiava a ideia de ser ensinado por aquele monstro. Mas se fosse o caminho que ele teria que passar para roubar os poderes de Mikael, ele se sujeitaria mesmo que passasse pelo inferno. O que ele não tinha como saber, mas passaria.

– Muito bem, o que vemos aqui. Será que finalmente aceitou minha generosa oferta? – disse Seth percebendo que o garoto tinha tomado à decisão que ele vinha esperando ansiosamente.

– Sim, eu aceito ser treinado por você, mas manterei Athena também. – disse Adam numa voz que não permitia concessões.

– Sim, sim pode ficar com essa deusa se você puder aguentar. Nenhum mago mortal conseguiu aguentar se devotar a dois deuses, e eu sou bem exigente sabia? Exijo seu corpo e alma inteira diferente dos outros. – respondeu Seth com uma ânsia lasciva em obter aquela força interior daquele garoto. Aquela maldita deusa que ele não larga, poderia ser um problema, mas ele sabia como dar um jeito nisso.

– Tudo bem, eu sou Adam O’ Connell e suportarei o que os outros fracassados não conseguiram. – disse Adam que por dentro sentiu um calafrio na ultima parte.

– Então vamos até meu lar doce lar. – disse Seth estalando os dedos e teleportando os dois até um lugar escuro, e quente.

Diante daquela escuridão, Adam se sentia inquieto por não poder enxergar muita coisa, e ouviu alguma coisa se arrastar pelo chão como se fossem o som de correntes, enquanto Seth falava.

– Esta é a minha casa, a mansão do Caos. É aqui onde meus servos e aprendizes vivem para me servir, e aprender o caminho da destruição e do caos. Aqueles que se iniciam no mal do caos, precisam ter um despertar diferente dos outros caminhos Adam. Que fique claro, que todos aqueles que me buscaram passaram pelo que você passará, e que foi sua própria ganancia e vaidade que o trouxeram até mim. – disse Seth ficando em silencio.

Adam mal teve tempo de dizer alguma coisa, quando uma forte pancada na cabeça o derrubou e ele caiu na inconsciência. Depois de alguns minutos que pareceram horas, ele acordou com uma enorme dor de cabeça, e percebeu que estava acorrentado numa mesa de pedra, e para seu horror suas roupas haviam sido rasgadas e estavam largadas no chão.

– O que você vai fazer comigo seu maldito infeliz? – disse Adam gritando com Seth que estava calmo, e segurava uma adaga cerimonial negra com a bainha vermelha, como se fosse feita de sangue cristalizado.

– Eu disse a você meu caro. Eu sou exigente com aqueles que me seguem, e disse que exijo corpo e alma como pagamento. Esse é um ritual maligno, que faço desde a antiguidade onde posso passar meu poder em você para que desperte no caminho do caos. – disse Seth com uma risada sinistra e poderosamente lasciva e maligna.

– Eu não quero isso. Você não me contou isso seu merda. Solte-me. – berrou Adam enquanto chamava por Athena que tentava chegar até ele, mas era impedida pela casa, e ele percebeu.

– Você sabia que Athena seria um empecilho não é? Foi por isso que você me trouxe para o Egito primeiro antes de me ensinar, porque sabe que os deuses gregos têm suas regras de não interferir nos assuntos dos outros deuses não é? Foi por isso que me trouxe aqui nessa casa, onde tem uma poderosa barreira para bloquear os poderes dela. – disse Adam juntando todo o ódio que sentia contra Seth, em Mikael que o forçara a fazer isso para ter poder, mesmo que ele nem mesmo soubesse quem era ele. Se ele apenas não tivesse aparecido e roubado sua gloria, nada disso teria acontecido. Mas ele ia sofrer. Tudo o que ele passaria, ele transformaria em tortura para Mikael e não descansaria até descontar a sua raiva nele.

– Sim eu sabia seu idiota arrogante. E chega de conversa. Vamos ao seu despertar no caos. – disse Seth enquanto seu semblante mudava, e uma aura vermelha impregnava seu corpo ativo. E aos gritos de Adam, Seth o marcou profundamente com a adaga fixando seu símbolo nele, e introduzia o poder do caos em cada marca de sangue que ele rasgava na pele de Adam, torturando-o lenta e dolorosamente. Adam sentia a dor daquela faca arder em cada parte de seu corpo, que começava desde a sua testa, até suas partes íntimas em que ele passava de raspão a ponta da adaga traçando a linha, enquanto ele urrava de dor e agonia.

Depois de várias horas em que esteve naquela agonia da tortura com aquela maldita adaga rasgando tudo, e aquelas mãos odiosas apalpando tudo para marcar o caminho da lâmina, finalmente tudo acabou com Seth saindo com aquelas mãos de cima dele e da adaga parando de torturá-lo. A última visão que teve antes de ficar inconsciente, foi Seth terminando de passar a mão pelo desenho que fizera no corpo dele e provando o sangue restante na lâmina.