New York, The Jungle Has Grown. escrita por Clary07pmore


Capítulo 12
Capítulo 12 - Fogo Bom, Fogo Mau.


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Demorei! Mas cheguei!
É possível notar que estou animada, se não, sim estou. Por que? VIAJO DIA 10!!
~ avisando de novo, não postarei até o dia 24, que é o dia em que volto!! ~
Sei que ficou meio grande, mas espero que gostem do cap. Beijão!



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– Um ponto de bateria, ótimo. – Annabeth comentou com pesar ao olhar para seu celular, que era como um forte holofote numa caixa escura.

– Pode usar o meu. Liga pros seus irmãos, vê se está tudo bem. – Percy usou o tato para achar seu celular e entregou a Annie. Em meio a forte luz que emanava das telas de celular de Annabeth e Percy, era como um pino de luz que os permitia ver apenas um ao outro, e nada mais.

– Muito obrigada Perce! – Annabeth já digitava o numero, querendo saber se Malia conseguiu chegar a casa com as crianças. Percy se impulsionou para levantar e Annabeth segurou sua mão. – Aonde vai? – Ela parou por um instante e riu. – Desculpa, é que está muito escuro... –

– Tudo bem Annie. – Percy se sentou de novo e passou o braço em torno de Annabeth.

Quando Malia atendeu, Annabeth começou a fazer perguntas. Ela informou a Annie que já estava em casa, achou algumas lanternas e montou uma cabana para distrair Matt e Lucy, como um acampamento. Eles estavam quase dormindo, e isso deixou Annabeth muito mais tranquila. Quando ela desligou, teve uma ideia.

– Percy, na cozinha, dentro do armário de cima, eu tenho três caixas de velas. Vou deixar a tela do meu celular acesa enquanto ainda aguenta e enquanto você vai lá, com a lanterna do seu, e pega as caixas para mim ok? – Percy murmurou um ok e logo ligou a lanterna de seu celular, que vinha de um potente flash na parte traseira.

Com a fraca luz que saía da tela de Annabeth, ela observava Percy ir até a cozinha e as sombras dele se formando com a luz de seu celular. Ele chegou até o armário, e logo voltava um tanto atrapalhado com três grandes caixas vermelhas. Sem soltar o celular, ele pôs as três no sofá.

– Vamos colocar as velas aonde? – Percy perguntou, com a luz direcionada paras caixas para que Annabeth pudesse enxergar como abrir.

– Na cozinha, no escritório, aqui na sala e na escada, até o quarto degrau pelo menos. Vai iluminar mais o ambiente, e não vai mais precisar do celular. – Annabeth retirou uma pequena caixa de fósforos de uma das caixas de vela, e assim ela e Percy foram acendê-las.

Enquanto Annabeth segurava a lanterna, Percy posicionava as velas circulares no chão e as acendia.

Quando pronto, parecia até uma obra de arte. A luz do fogo deixava todo o primeiro andar iluminado, com uma luz preguiçosa e alaranjada.

– Quer comer alguma coisa? Não dá para fazer pipoca, nem comida, mas tenho muitos pacotes de biscoito aqui. – Annabeth comentou da cozinha que agora se via bem mais clara e Percy riu.

– Biscoito está ótimo. – Annabeth, sem mesmo se virar para Percy, sentiu que ele exibia no rosto um daqueles sorrisos de tremer as pernas que só ele conseguia fazer. Ela se pegou sorrindo e esfregou os olhos como se fossem dar a certeza de que ela não está completamente maluca.

Annabeth voltou para a sala e se sentou no chão, de frente para Percy. Em volta deles, um quase circulo de vela os rondava. Entre eles, alguns pacotes de biscoito e uma distância desnecessária por motivos totalmente não validos.

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– Ah para! De jeito nenhum. – Annabeth e Percy gargalhavam apoiando-se no sofá.

Se algum dos dois realmente se importasse com as horas, veriam que eram quase 2 da manhã. Depois de acabarem com uns dois ou três pacotes de biscoito, com o sono começando a bater, Percy e Annabeth apenas conversavam e se acabam em risadas.

Chegou certa hora, que apenas coisas sem sentido saiam da boca tanto de Percy quanto de Annie, então parar de rir era complicado.

– Sabe o que parece? – Percy perguntou e Annabeth levantou a cabeça do sofá, encarando-o diretamente. – Aquelas preparações com velas para fazer bruxaria desses filmes. – Percy olhou para cada vela que o cercava e Annabeth fez o mesmo, rindo.

– Acho que vou até sentar no sofá, ficou meio horripilante até. – Annabeth subiu para o sofá e Percy a acompanhou rindo. A luz deu uma leve enfraquecida, mas um ainda via o outro com certa clareza. – Então, como que estão as coisas com a Elena? –

– Wow. – Percy arregalou os olhos um pouco desconcertado com a pergunta, e a cara de culpa que Annabeth exibia o fez gargalhar. – Tudo bem Annie, só foi do nada... Sabe, fomos dar uma volta no parque esses dias, e ela me falou algo bem interessante. –

– Falou é? – Annabeth ergueu a sobrancelha, virando o rosto um pouco de lado. – E o que foi que ela disse?-

– Disse que você ainda gosta de mim. – Percy falou dando ombros e Annabeth corou. – Não que eu já não soubesse. –

– Ah é? – Percy sorria de lado e Annabeth riu.

– Claro. Mas eu não culpo você. Deve ser bem difícil me esquecer. – Annabeth gargalhou ainda contemplando o sorriso brincalhão de Annabeth.

– Ah você não tem ideia. – Annabeth entrou na brincadeira e Percy sorriu. – Mas, ela disse isso mesmo? –

– Disse. E disse que você só não admite porque acha que vai magoa-la. – Annabeth ficou um pouco chocada por Elena reparar tanto.

– Mas... Ela não gosta de você? – Annie perguntou depois de um tempo.

– Olha, eu também achava que sim. Vai ver que não. Ou vai ver que ela é uma ótima amiga e te conhece melhor do que você pensa. – Percy analisava Annabeth com calma, e por um momento sentiu vontade de só ficar ali, olhando para ela.

– Agora sim eu acho que a magoei. – Annabeth abaixou a cabeça, e Percy se sentou mais para frente, mas para perto dela.

– Annabeth a culpa não é sua. Eu também não planejava te encontrar aqui de novo. Não planejava conhecer uma menina maravilhosa que secretamente tinha você. – Percy sorriu descontraído na ultima frase, o que fez Annabeth sorrir e erguer a cabeça novamente.

– Tudo devia ser mais simples agora. Somos dois adultos fazendo um drama tão grande por algo tão... –

– Opa, eu estou tranquilo. O drama é todo seu. – Percy disse rindo e Annabeth deu um tapa em seu braço. – Volto já. –

– Percy?! Aonde você vai? – Annabeth perguntou quando Percy se levantou rapidamente.

– Você vai ver. –

Annabeth seguiu com os olhos até Percy entrar no escritório e voltar dedilhando uma melodia calma no violão de Annabeth, que gargalhou.

– Musica tema, adorei! – Annabeth comentou ainda rindo, e Percy se sentou do seu lado sem parar de tocar.

– Deixa tudo mais emocionante. – Percy ainda sorrindo dedilhava com muita tranquilidade e confiança.

– Parece que estou andando por uma floresta. – Annabeth falou, ainda sobre a melodia.

– Isso é a sua cara. – Percy retrucou rindo de Annabeth que não pode deixar de rir, era verdade.

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Depois de muitas musicas, algumas até cantadas por Annabeth, Percy aposentou o violão e ele e Annabeth apenas ficaram ali sentados, contemplando o silêncio que vinha da janela de um bairro totalmente apagado.

– Percy – Annabeth o chamou, e Percy virou-se para ela. Nos últimos minutos, Annabeth esteve com a cabeça apoiada no ombro de Percy apenas relaxando. – Você realmente sabia? –

– Sabia do que? – Percy perguntou em seu jeito bem lentinho de ser.

– Que eu ainda gosto de você? – Annabeth fitava os olhos bem verdes de Percy, que abriu um sorriso divertido ao ouvir a pergunta de Annabeth.

– Na verdade não, mas agradeço por você ter me contado assim, de livre e espontânea vontade. – Percy respondeu sabendo que Annabeth surtaria. Ela arregalou os olhos e encarou Percy pasma, que caiu na gargalhada.

– Você é um idiota Percy. – Annabeth respirou fundo e sorriu.

– Eu sei. – Ele confirmou também sorrindo, ao ver a suavidade na expressão de Annabeth.

Naquele momento, não havia nada entre os dois. Naquele momento, nada do que vinha de fora importava. Naquele momento, Percy olhou fundo para os olhos de Annabeth, que fazia o mesmo. Em seu reflexo, tudo que se via era a mistura do que um sentia pelo outro refletido nas chamas bem acesas de cada vela.

Percy se inclinou mais para frente, decidido de que qualquer espaço entre ele e Annie era imprestável.

Annabeth se inclinou mais para frente, decidida de que não ia aguentar nem mais um segundo segurar a vontade que tinha de Percy.

Tão decididos do que queriam, finalmente deram permissão para seus lábios se tocarem sem censura. Uma vez que assim feito, o encaixe se formou praticamente perfeito. Depois de um curto beijo, os dois se separam por um momento e apenas se olharam com sorrisos sem graça.

– Se eu for mais idiota ganho mais beijos assim? – Percy perguntou erguendo as sobrancelhas e Annabeth gargalhou mordendo o lábio, puxando o rosto de Percy para perto novamente, sentindo ele assim tão próximo novamente, beijando o de novo.

Dessa vez, nenhum dos dois estava mais acanhado ou despreparado. O beijo foi ficando mais profundo, mais intenso, à medida que seus corpos se aproximavam. Annabeth acariciava e brincava com o cabelo de Percy, que tinha uma mão na parte de baixo da coluna de Annabeth abraçando-a e a outra em sua perna, a acariciando levemente. Um saboreava o gosto do outro enquanto o sentimento de desespero que se formou dentro de cada um desaparecia, deixando só toques, cheiros, sensações prazerosas e únicas.

– Que droga Percy Jackson! Como que você faz isso comigo? – Annabeth perguntou com um largo sorriso quando ela e Percy se separaram para tomar mais ar.

E assim eles ficaram até tarde da noite, onde o sono os venceu e adormeceram juntos.

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O sol bateu forte nos rostos de Annabeth e Percy, forçando-os a abrirem os olhos. A TV estava ligada, o que indicava que durante o tempo que dormiam a luz havia voltado. Ainda abraçados, Percy e Annabeth apenas se olhavam e riam lembrando-se de tudo que aconteceu durante a noite passada, até que a repórter apresentada na televisão chamou a atenção de Percy.

Durante um dos maiores apagões já registrados em NY, um incêndio misterioso ocorreu num edifício perto da Times Square. Sendo considerado um incêndio em grande escala, a maioria dos moradores do pequeno prédio residencial se encontra em coma por queimaduras de alto grau, e três dos moradores foram encontrados mortos.

Percy e Annabeth se sentaram tensos e prestaram máxima atenção a reportagem.

Por enquanto não temos muitas informações da causa do incêndio, mas acreditasse que a pane da energia da cidade deu curto circuito em um poste com fiação de alta tensão elétrica que desabou em cima do prédio durante a mudança de madrugada para manhã. O nome do edifício é “Lights Runaway”, numero 38. Quando obtivermos mais informações, avisaremos.

Percy levantou quase como um salto com uma expressão apavorada.

– Percy, o que aconteceu? – Annabeth levantou e segurou a mão do rapaz, que a apertou.

– É o prédio do Jason. –


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Notas finais do capítulo

Comecei a assistir The Flash, alguém gosta? (PS.: Grant Gustin é absurdamente gato, meu deus, que homem.)
Enfim, espero que tenham gostado!! Não se esqueçam de comentar o que acharam, muito importante pra mim e pra fic :3
Beijão!!