Iron girl - The Choice escrita por SenhoritaStark


Capítulo 3
Você Poderia Estar Morta.


Notas iniciais do capítulo

Então... novo capítulo!

Ehhhhhhhhh o/o/

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/563829/chapter/3

Eu caminhava apressada por um dos enormes corredores da Central. Meus passos eram firmes e ritmados, pois eu estava furiosa. Minhas botas faziam um barulho irritante contra o piso e à medida que eu seguia, meus cabelos presos num rabo de cavalo alto, balançavam de um lado para o outro.

Minha expressão não era das melhores e tudo isso graças ao agente Trey. Eu ainda não acreditava que ele sabia do plano do diretor Fury e não me contou. Eu tentaria agir dentro do proposto. Mas não. Ele não me disse nada e nem ao menos deu sinal de que sabia de algo.

– Tori! – o ouvi me chamar – Espere.

Eu olhei por cima do ombro e o vi correr em minha direção. Mesmo assim não parei. Ele persistiu em chamar meu nome, então diminuí meus passos, mas não o fitei. Logo o vi ao meu lado pelo canto do olho. Ao perceber seus olhos cor de âmbar sobre mim, eu finalmente o encarei com uma sobrancelha erguida.

– O que você quer? – eu fui curta e grossa

– Você está zangada? – ele perguntou receoso

– Zangada não. – eu balancei os ombros – Só com vontade de te encher de socos.

– Tori, eu... – ele tentou explicar, mas eu o cortei

– Por que não me contou? – eu parei subitamente, o assustando – Alex, se eu soubesse que apenas eu deveria aparecer abertamente, teria entrado antes no galpão ou quem sabe poderíamos ter criado uma estratégia mais específica.

– Me desculpe, mas foi o que o diretor Fury pediu. – ele balançou a cabeça

– E você nem tentou convencê-lo do contrário, não é? – eu elevei meu tom – Eu não entendo...

– Droga, Tori! – Alex me interrompeu – Só queríamos te proteger. Por que não entende isso?

Agora ele estava possesso. Ver o Agente Trey perder a calma era uma raridade. Porém, quando isso acontecia, não era algo bom de presenciar. Seus olhos, cândidos para um rapaz de sua idade se transformavam, se enchendo de ira. Era estranho, pois após essas suas crises, ele parecia se sentir desconcertado, como se tivesse perdido o controle não por vontade própria.

No entanto, eu não tinha medo daquele Alex, pois sabia perfeitamente que não passava de um traço de sua personalidade, a qual ele tentava eliminar. Eu o entendia bem.

– O que... – eu cruzei meus braços e disse com sarcasmo – Vai dar uma de Tony Stark agora?

– Não me compare com seu pai. – sua voz saiu mais baixa

– Ele é um idiota, eu sei. – eu disse sem me importar – Mas ele acha que pode controlar minha vida, assim como você nesse exato momento.

– Tori, eu só queria que ficasse bem. – ele se aproximou

– Já saquei isso. – eu sorri de lado – E é por isso que estou com uma dor excruciante nas costelas e cheia de arranhões pelo corpo.

– Você poderia estar morta. – ele me olhou nos olhos

Ao ouvir suas palavras, eu apenas suspirei fundo. Não poderia discutir com ele. Eu sabia que se continuássemos aquela conversa, ele se tornaria cada vez menos amistosa. Geralmente nos dávamos bem, mas quando brigávamos era pra valer. Me lembro até hoje do dia que discutimos num momento de treinamento. Eu atirei uma das minhas facas em sua direção, mas por intenção, a fiz se prender contra a parede às suas costas. Ele me xingou de todos os nomes que eu conhecia e outros que não entendi, já que ele falava francês e alemão.

Sem dizer mais nada, eu me virei e voltei a caminhar. Precisava estar em casa logo. Alex veio em meu encalço, mas permanecemos quietos até estarmos no elevador.

– Precisa de uma carona? – ele perguntou e pelo tom de voz parecia estar calmo

– Sabe que sim. – eu sorri, o fitando

Ele retribuiu meu sorriso, mas eu desviei meu olhar logo. Mesmo assim, percebi que ele ainda me fitava. Aquilo me deixou desconfortável. Só consegui respirar novamente quando deixamos o elevador de vidro.

Fomos até o carro de Alex e entramos, seguindo até meu lar. Só de pensar que voltaria pra casa, ficava entediada. Minha rotina lá era tão diferente dos momentos que eu passava na S.H.I.E.L.D. Eu passava o dia trancada no meu quarto e apenas quando meu pai não estava em casa, ia até seu laboratório bisbilhotar suas armaduras malucas.

Eu sempre as vi pela TV, mas falando a verdade, só conheci o homem de ferro há dois anos. Isso significa que só conheci Tony Stark – codinome Meu Pai – há 730 dias. Não que eu não soubesse quem ele era ou vice-versa. Apenas nunca foi do interesse dele se comunicar comigo.

Após quinze anos, porém, Tony resolveu se lembrar de que tinha uma filha. Sem explicações, ele me levou para morar com ele. Eu estranhei, mas não fui contra, pois na época minha mãe havia morrido há três anos e eu morava com meus avós e eu não curtia muito os dois. Eram muitas regras.

No começo, achei que nos daríamos bem, mas no primeiro mês percebi que apenas Pepper impedia que uma guerra se iniciasse naquela torre. Tony dizia algo e eu rebatia e assim começava uma discussão sem fim. Se eu soubesse que seria assim, preferiria ter continuado em Denver.

Não demoramos a parar em frente à Torre Stark. Destravei o cinto e saí do carro. Alex fez o mesmo. Eu não disse nada, apenas fui até ele e o envolvi num abraço apertado. Não tínhamos o costume de nos tratar assim, mas as circunstâncias pediam aquele tipo de demonstração de afeto.

Passados alguns instantes, eu me afastei dele, que me encarou intensamente. Era esquisito receber esse tipo de atenção de um colega de trabalho, porém, eu não disse nada. Talvez eu estivesse enganada.

– Nos vemos depois. – eu disse apenas

– Até! – ele balançou a cabeça positivamente

Depois, caminhou até seu carro e entrou, dando partida em seguida. Eu permaneci alguns segundos observando o veículo até que o perdi de vista. Suspirei fundo e então entrei na torre. Não demorei a estar no andar onde ficava meu quarto, além de os dos outros. Ao olhar o relógio do meu pulso vi que ele marcava nove e quarenta e três da manhã. Eu estava ferrada. Nunca havia chegado tão tarde assim e provavelmente iria ouvir muito do meu querido pai.

Meus passos eram cautelosos, pois eu buscava uma maneira de entrar sem denunciar minha presença. Tudo era silencioso e isso me fez pensar que talvez todos ainda dormissem. Triste engano. Quando passei pela sala, indo em direção ao corredor que me levaria aos quartos, ouvi passos contra o piso e uma voz ecoou pelo ambiente.

– Pensei que precisaria ligar pro serviço funerário. – por baixo do sarcasmo percebi o quanto ele estava descontente – Isso por acaso são horas, Victoria?

Eu revirei os olhos ainda de costas para Tony. Após tentar esconder meu rosto com uma das minhas mãos, estalei a língua. Se eu não respondesse nada, será que conseguiria sair ilesa daquela sala? Eu não estava nem um pouco a fim de iniciar uma discussão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários?
Críticas ou Elogios? Hehe

Bjos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Iron girl - The Choice" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.