O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Salve, salve Swens!

Sexta passou, a madrugada passou e não consegui postar antes, sinto muito o pequeno atraso, mas agora vem o mais longo capítulo, até o momento, pra vocês por dois motivos. O primeiro, me desculpar pela demora e o segundo é pra comemorar o vigésimo capítulo da fic e a felicidade que sinto cada vez que abro minha conta do Nyah! e vejo os comentários de vocês *-* Obrigada por serem tão legais, por interagirem e expressar suas opiniões, espero que continuem assim!
E a quem não comenta mais acompanha a fica, sinta-se sempre a vontade pra expressar seus sentimentos em relação.

Agora, fiquem com o capítulo que hoje vai contar com a entrada de uma nova personagem dos contos de fadas que eu me encantei e adoraria vê-la em OUAT.
Uma ótima leitura e uma boa semana que se inicia...

Sobre atualizar, creio que até o final da semana.



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Ao encontrar-se com o médico, contou sobre o breve momento onde o coração da loira acelerou. – Isso pode ser normal. – Dr. Whale falou. – É claro que é um bom sinal, mas o estado de Emma é muito delicado para qualquer afirmação. – O medico observou a morena. – Continue tendo fé. – Concluiu, pedindo licença ao escutar seu nome ser chamado com urgência ao berçário.

Regina voltou para a sala de espera com o coração apertado e os pensamentos confusos. No local voltou a encontrar com David, Ruby e Killian.

– E então, como ela está? - Perguntou o rapaz loiro, com o celular na mão.

– Bem, eu acho. Na medida do possível. – A visão da morena começava a ficar facilmente embaçada, com as novas lágrimas escorrendo pelo seu rosto, até de emoção por ter visto sua mulher, mesmo tendo vários tubos e equipamentos, ali viva, respirando e ouvir seu coração bater. – Ela está com vários aparelhos. – Respirou fundo engolindo o choro. – Por um momento seu coração acelerou.

– Como assim? - Questionou Ruby, aproximando-se.

– O médico não entrou em detalhes, disse que o estado dela é delicado demais para dizer se é um bom sinal. – A morena parecia estar em choque com tudo isso que estava acontecendo.

Os minutos se passaram lentamente no relógio de Regina e coisa de meia hora depois quando David se aproximou com o celular na mão. – É Mary, Henry quer falar com você.

Regina soltou um longo suspiro, sabia que o momento agora lhe exigia força, tinha que passar a segurança que nem ela tinha para seu filho. – Henry?

Escutou Mary dizendo para o garoto que era Regina. – Mãe! – Escutou a voz fraca. – O que aconteceu? – Regina reconheceu a voz de preocupação do filho.

– Emma... Ela sofreu um acidente de carro. – Regina não sabia até onde seria bom falar, preferia deixar a conversa séria pra quando chegasse em casa. – Ela está bem, eu acho. – Disse engolindo as lágrimas, tentando manter uma voz séria para convencer o garoto. – Temos poucas noticia meu príncipe.

– E quando ela vem pra casa? Quando eu vou poder ver minha mãe? – Sentindo o desespero na voz do garoto, controlou ainda mais o choro.

– Nós não temos notícias e nem previsões filho, provavelmente amanhã ou depois. – Chutou a morena, de longe avistou o médico se aproximar conversando com outra enfermeira. – Henry, o médico vem vindo, assim que tiver alguma noticia volto a ligar.

– Tá bom. – Concordou o menino. – Caso a veja, diga que eu a amo. – Pediu apenas.

– Claro que direi meu amor. Eu te amo. – Regina desligou sem esperar resposta com as lágrimas tomando o rosto.

– Calma querida. – Sussurrou Ruby, abraçando a morena que entregava o celular de David.

– Eu não sei como vou contar ao Henry. – Choramingou Regina, a seus olhos o filho ainda era um garotinho indefeso que precisava de alguém sempre cuidando, protegendo-o de qualquer perigo, seja um tombo ou a quina de uma mesinha qualquer. Sabia o quão inteligente Henry se tornava, ainda mais apaixonado por leitura mesmo sendo novo, sabia que o filho compreendia assuntos que crianças normais de sua idade não compreendiam.

– Henry não é mais tão criança, certos assuntos ele já entende. – Falou Killian, notando David conversar de longe com o médico. – Ele precisa saber a verdade Regina.

– Nem nós sabemos ainda qual é a verdade. – Essa incerteza sobre o coma e paralisia preocupava a todos.

– Irrelevante Regina, ele precisa saber os riscos.

– E preocupá-lo? - Suspirou a morena. – Não sei ainda Ruby. – Limpou seus olhos ao ver David voltando para perto.

– E então? - Ruby se apressou.

– Emma está estável. – Disse David. – Primeiro pediu para que esperássemos um pouco, pois uma enfermeira vira trazer os pertences que estavam com Emma quando chegou ao hospital e pegar nossos números, depois nos aconselhou a ir pra casa, tomar um banho e aguardar noticias.

– Eu não vou. – Disse Regina, cruzando os braços.

– Regina, ele vai nos avisar caso haja mudança, ficar aqui não vai resolver. - David fez uma pausa observando a reação da cunhada. – Estou tão preocupado quanto você, mas temos que descansar por que quando ela acordar será difícil.

– Eu tenho que ficar com ela, David. – Regina tinha os olhos marejados tentando em vão manter sua postura firme. Pela primeira vez todos realmente viam uma Regina fragilizada, que chorava pendendo sua postura sem se importar, mostrando mais seus sentimentos do que outras ocasiões trágicas.

– Você tem que ir, Regina. Por mais que falou com você, Henry deve estar aflito. – David se aproximou. – Não adianta fugir dos problemas. – Concluiu David.

– Obrigada! – Sorriu Regina em meio as lágrimas. – Eu não sei o que seria de mim sem vocês. – Killian e David abraçaram Regina e Ruby.

Entre alguns poderia correr outro sangue nas veias, mas nos corações, eles eram uma família que enfrentaram muitas coisas juntos. Houve momentos de felicidade e diversão, mas era nas horas de luta que contavam apenas um com o outro.

Alguns minutos passados e Regina encontrava-se encostada no ombro do irmão enquanto Ruby havia ido comprar água e David no banheiro.

– Eu posso te perguntar uma coisa? – Killian virou-se, agora olhando nos olhos da irmã. Regina balançou positivamente a cabeça, percebendo a seriedade da pergunta. – Minha irmã, você compreende a seriedade do que está acontecendo?

Regina sentiu seu mundo girar. É claro que ela sabia, mas percebeu que Killian perguntava mais a fundo, ele queria saber se ela tinha idéia da força que teria que ter, da reviravolta que sua vida estava dando nos últimos dias. – Eu só não quero pensar nisso agora. – O olhou, e apenas por esse gesto Killian preferiu se calar.

Não era o momento de perguntar sobre isso, Regina ainda estava em sofrendo com a situação.

David se aproximava ao lado da enfermeira até Regina e Killian.

– Olá, eu sou a enfermeira Merida. – Sorriu uma jovem de cachos ruivos. – Trouxe os pertences da Senhora Swan-Mills e sou a enfermeira responsável por ela. – Observou Killian e abriu um discreto sorriso quando notou Regina pegar o saco branco de suas mãos.

– Sou a esposa dela, Regina Mills. – A morena disse num tom melancólico. – É bom cuidar bem dela!

A ruiva anotou então os telefones particulares dados por Regina, o primeiro foi o seu celular, depois o de David, então por ultimo o de sua casa, mesmo achando desnecessário, pois se quer desgrudaria do seu.

Ao saírem do hospital, sem ainda olhar o saco plástico com os pertences da esposa, Regina seguiu com Killian e Ruby para sua casa, enquanto David foi para o aeroporto esperar seus pais que já estavam chegando.

Logo que estacionaram em frente a mansão, Henry e Mary Margareth já os esperavam na sala, na verdade, onde permaneceram desde a saída da morena.

– Ruby. – Mary cumprimentou a mais jovem e em seguida cumprimentou Killian.

– Olá. – Responderam em coro.

– Como ela está? – Henry perguntou abraçando a mãe com o olhar mais tristonho do mundo.

Sentiu seu corpo falhar e sua voz não queria sair, demorou alguns instantes pra formular uma frase mentalmente que fizesse sentido, quem dirá falar alguma coisa.

– Ela está bem Henry. – Escutou Ruby falar, enquanto abraçou o filho. – Sofreu alguns ferimentos, está em repouso.

– Mas o que o médico disse? Por que vocês voltaram e ela não? – Perguntou olhando para a mãe, Regina bem o conhecia, sabia que em sua mente passavam coisas ruins.

– Ele vai nos avisar se houve mudanças em seu quadro, mas por enquanto é melhor ficarmos aqui, mantendo a calma e fazendo nossas orações. – Agora foi o irmão. Killian disse fazendo um carinho na cabeça do menino. – Vai ficar tudo bem, garotão.

A madrugada iniciou sem nenhuma noticia, e por mais de três vezes, das onze da noite a uma da manhã, Regina e Cersei revezavam em pedir para que alguém ligasse no hospital atrás de noticias.

A empregada da mansão e por muitas vezes, cuidadora de Henry, uma mulher com aparência jovem, porém mais velha, com o nome de Isaura, apareceu logo que ficou sabendo do acidente. Ela trabalhou por anos com o Senhor Henry e após o falecimento, continuou na família, começando a trabalhar com Regina e sua esposa Emma. Apareceu para ajudar, fez garrafas de café, copos de água com açúcar e xícaras de chá.

Era quase duas quando Regina pediu para que o filho fosse deitar. – Se tivermos alguma noticia, eu vou te acordar Henry.

– Não mãe, eu não consigo pensar em dormir. – Remendou o garoto de braços cruzados.

– Por favor, querido. Você precisa dormir. – Ela parecia suplicar. – Amanhã o dia vai ser longo.

– Vem Henry, vamos lembrar de quando você era uma criança e adorava que eu te colocasse pra dormir. – Disse Ruby, se levantando, indo até o garoto. – Posso te contar uma história se quiser. – Abriu um largo sorriso, segurando o menino pelas mãos e encaminhou-o até o quarto.

– Você precisa manter a calma Rainha. – Jaime falava carinhosamente enquanto a morena queria que ligassem pela segunda vez em quinze minutos no hospital.

– Eu não consigo! – Exclamou, tomando mais um copo adoçado. – Nós estamos tão sem noticia. – Sua voz foi abafada pelas lágrimas que incendiaram seu rosto.

– É hora de ter força, você tem um filho que vai precisar do seu apoio na próxima manhã. – Jaime falava. A voz do sogro era uma sensação boa como a voz de seu pai. Ambos tinham o mesmo método de pensar e ser, eram parecidos para conversar e isso fazia bem pra morena, mas nesse momento, a dor que ela sentia estava sento difícil de suportar.

– Eu não vou conseguir enfrentar isso. – Disse na voz mais trêmula, o desespero de pensar que algo ruim pudesse acontecer com a loira parecia matá-la lentamente.

–Você não está sozinha Regina, nós estamos aqui. Estamos todos juntos com você. – Ele puxou as duas mãos da morena, deixando-as entre as dele. – Vamos passar por essa fase difícil juntos, por você e por Henry, mais principalmente, nós temos que ter forças por Emma.

Regina balançou a cabeça positivamente, como quem concorda com o que escutou. Limpou levemente as lágrimas. - Sim, obrigada Jaime.

O homem estendeu os braços à morena para um abraço terno, neste segundo, Regina sentiu-se calma e sabia que conseguiria ser forte. Emma precisava dela mais que qualquer coisa, não poderia ser egoísta naquele momento. Sua dor, além dos riscos envolvendo a loira, ainda era pela dúvida latejando em sua cabeça. Essa feriada estava em aberto e agora Emma estava precisando dela, era difícil conseguir parar de pensar. Suas lágrimas não eram unicamente pelo estado clinico, ela sofria por ela estar machucada.

Alguns minutos mais tarde e Regina estava sentada no jardim da sua casa conversando com o cunhado. Contava-lhe sobre Vancouver, sobre o triste final de semana, sobre a possível surpresa que a loira preparava.

– Confesso que estou confusa, isso tá me dando uma enorme dor de cabeça. – Novamente a morena segurava as lágrimas durante as falas.

– Esse acontecimento está te atrapalhando a pensar sobre Emma agora? – Perguntou, referindo-se ao acidente e se agüentaria ajudar a loira com a incerteza da traição.

– Eu não estou conseguindo pensar David. – A morena estava confusa, talvez em meio a um tiroteio fosse capaz de ter os pensamentos mais centrados. – Eu quero que ela fique boa, eu desejo e acredito nisso no fundo da minha alma, mas não sei se nós voltaremos a existir.

– Não foca nisso agora Regina. – David conhecia a amiga há tanto tempo que sabia que Regina jamais deixaria Emma sozinha nessa situação, mesmo agora estando divorciada. – Não acho que seja só Henry que precise descansar. Suba, tome um banho e deita um pouco, deixa que Mary e Ruby ajeitam as coisas aqui.

– O quarto de hospedes já esta arrumado para seus pais e qualquer coisa Isaura está aqui também, ela ajuda. – Respirou enquanto se levantava. – Vou mesmo tomar um banho, se tiver alguma noticia, por favor, me avisa David.

– Não se preocupe, após quem atender ao telefone, você será a primeira a saber.

– Estarei no quarto com Henry.

A morena atravessou a casa sem falar com ninguém e foi para seu quarto. Tudo estava lhe trazendo dor naquele momento, lembrava das vezes que fez amor com Emma naquele banheiro, na cama, na casa toda. Lembrava-se da mulher que abriu a porta do quarto no hotel e então a imagem que mais fazia seu coração doer, a esposa ligada aos equipamentos, pálida e alguns hematomas. Saiu do banho e caminhou para o quarto, vestindo uma roupa. Ainda com Emma em sua cabeça, notou o saco branco que a enfermeira entregou mais cedo, em cima da cama. O pegou com os pertences da loira e resolveu abrir. Sua roupa, a mesma que havia ido trabalhar, dentro de outro saco, dessa vez transparente, e suja de sangue fez com que as lágrimas desabassem, pouco mais no fundo havia a bolsa da esposa, que Regina preferiu conferir os documentos naquele momento e por sorte, tudo estava lá, até mesmo uma quantia em dinheiro. No fundo do saco viu a jaqueta que a esposa tanto amava, tirou a mesma e colocou o resto do lado. Abriu a jaqueta a apertou contra o corpo.

– Só você mesma para poder me deixar tão instável nas emoções meu amor. – Regina sussurrou segurando algumas lágrimas. – Mas eu preciso ser forte e estou com você, nós vamos superar tudo isso. – Apertando ainda mais a roupa contra seu corpo, sentiu um pequeno incomodo, algo dentro do bolso e resolveu ver o que era. Retirou uma pequena caixa de jóia. Seu coração pulsou acelerado com o primeiro contato e lentamente abriu o objeto e então o plano da esposa fez sentido, se já não estivesse com lágrima nos olhos, agora desabaria de soluçar. Emma assinou o divórcio e comprou duas passagens pra Veneza alegando ser para uma possível viagem. Agora o anel?! Que surpresa a amada planejava? Será que as atitudes e palavras seriam o suficiente para aceitar a proposta de Emma? Não teria essa resposta, o fato não aconteceu. E agora estava Regina sofrendo, com as lágrimas no rosto, jaqueta no colo e o anel no dedo correspondente.

Permaneceu perdida em seus pensamentos por longos instantes e então lembrou que a realidade a chamava. Retirou o anel, colocou na caixa aveludada e guardou na gaveta ao seu lado da cama. Com a roupa mais confortável andou pelo corredor até chegar na porta do quarto do filho, sem delongas empurrou e encontrou uma madrinha tentando fazer o afilhado dormir enquanto contava alguma história aleatória.

– Olá.

– Alguma noticia? – O menino sentou-se às pressas.

–Não querido. – Lamentou Regina. – Vim ficar um pouco com você. – Seus olhos castanhos eram coloridos por um leve tom avermelhado, significavam a vontade de chorar.

– Eu vou descer e ver se Killian está precisando de algo. – Falou Ruby. Seria bom deixar a morena com o filho, ainda mais nesse momento difícil.

– Deita comigo.

O garoto não precisaria terminar a frase, Regina já se deitou e deu o braço para que o garoto deitasse, beijou sua testa e iniciou uma sessão de cafuné.

– Como você está mãe? – Ele deslizou a mão no rosto da morena.

– Preocupada. – Ela tentou sorrir. – Estou confiante que Emma ficara boa. – Ela disse por fim.

– E vocês vão se acertar. – O garoto sorriu com as próprias palavras.

– Está na hora de dormir. – Falou, não querendo prolongar o assunto ou dar esperanças ao filho. Continuou os carinhos na cabeça do menino até sentir seu corpo mais leve e relaxado.


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Notas finais do capítulo

Merece Reviews? :*