Asas Congeladas escrita por Beliel


Capítulo 9
Desconfiança


Notas iniciais do capítulo

Gente meu computador está com a bateria queimada!!! Vou ter que me virar pra postar semana que vem :(
Nem revisei esse cap por conta disso.



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Ambos acordaram com uma deliciosa piadinha de Tonny Stark, que sabe-se lá como tinha invadido o quarto dela.

–Uau, o amigo do picolé acaba de acordar e já tem uma? Uau, esse é rápido! E eu só estava procurando o banheiro. –Beliel pegou a chave de fenda e jogou no Homem de Lata, que desviou por pouco, a chave presa na parede.

–Okay, vou deixar vocês ai, estressados. –Eram quase seis da manhã e ela levantou e foi se olhar no espelho. Os pontos estavam fechados e ela podia até tirar a irritante linha preta. Foi o que ela fez, primeiro os da coxa, depois os do rosto.

Bucky a olhava enquanto ela fazia o que tinha que fazer. Ela esticou as asas e pegou uma roupa preta, entrou no banheiro e trancou a porta.

Cinco minutos depois ela estava vestida, os cabelos penteados, presos em um coque, as asas enroladas em torno do corpo.

Bucky havia saído do quarto e provavelmente ido para o seu. Ela saiu do quarto e foi para o refeitório, onde Steve, Tonny, Clint e Natasha estavam tomando café em uma mesa, isolados do resto dos agentes, todos em uniformes, menos Tonny que nunca vestia um uniforme. Ela bufou e caçou a maçã mais vermelha, rebolou para mesa dos Vingadores, sentou e comeu quieta.

–O gato comeu sua língua, ou eu diria o Bucky comeu sua língua? –Tonny reclamou.

–É a segunda vez que me vê e já está fazendo piadas? –Ela indagou sem nem olha-lo.

–Ai, cara. –Clint tirou sarro.

Bucky chegou alguns minutos depois, vestido como um soldado, os cabelos bagunçados. Foi para fila e pegou um pão, juntamente com café quente, procurou Beliel no refeitório e sentou do lado dela, ignorando os Vingadores.

–A noite foi boa, picolé dois? –Tonny perguntou, em tom de chacota.

Bucky fechou o punho de metal e olhou para Tonny. Antes de algo acontecer Beliel já segurava sua mão, fazendo ele abri-la.

–Também não gosto disso, mas se vamos conviver juntos temos que ter alguma paz. –Ela proferiu.

–Como quiser. –Ele disse em alemão.

–O que? Ele fala alemão? –Clint perguntou.

–Eu falo alemão, ele também, falamos russo e inglês, acho que ele fala italiano também, eu falo português e latim. Mais alguma pergunta estúpida? –Beliel falou em inglês, como tinha falado desde que eles estavam ali. Aliás todos tinham falado inglês ontem, era uma das regras da agência, os agentes tinham que saber falar inglês, para este caso, alemão e russo.

–Hum, estressada. –Clint falou, e continuou a comer seu pão.

–Agente? Superior Turner deseja a presença de vocês dois no setor de restauração depois do café. –Uma agente falou em inglês.

–Claro. –Bucky respondeu em russo.

–Vocês me confundem falando tantas línguas. –Tonny disse.

Beliel bufou e se levantou, seguida de Bucky, marchando para a sala de restauração.

...

Os dois estavam deitados, sem camiseta e calça, em macas brancas, Alex queria arrumar algumas coisas.

–Tudo bem, vamos lá. Beliel, vamos ter que mexer em suas asas, tudo bem? –Alex perguntou em alemão.

–Sim.

Eles começaram a afiar e polir as asas de Beliel, aquilo doía um bocado mas ela continuava quieta.

–Bucky, vamos polir seu braço também? –Alex perguntou.

Bucky assentiu e eles começaram a mexer no braço de Bucky.

–Bom, Beliel, vamos te dar uma dose bem grande de soro, além de te dar uma dose para levar, estará injetada no seu braço, se precisar você terá que rasgar a pele e tirar para injetar. Tudo bem? –Alex explicou.

–Tudo. –Eles amarraram as asas dela e os braços e pernas, injetaram uma dose extra de soro e ela pode sentir aquilo queimar, um gemido escapou de seus lábios.

Mas o soro foi se espalhando e ela gritou de dor, de repente havia parado de queimar e ela abriu os olhos vermelhos. Uma pontada de dor no braço e estava colocado o soro reserva junto com um localizador.

Durante todo o tempo Beliel estava sem bandana, estando essa pendurada em seu pescoço.

Bucky recebeu uma polida em seu braço e calibrada em sensores. Os dois receberam comunicadores.

–Vocês estão prontos. Cuidado. Voltem vivos, qualquer coisa contato conosco. –Alex dizia, meio nervoso.

–Alex, vamos ficar bem. –Beliel disse.

Ele assentiu.

Ambos saíram da sala. Mal haviam se falado naquele dia, mas ele segurou ela pelos ombros e deu um rápido beijo na sua boca.

–Bom dia. –Ele disse e sorriu.

–Bom dia. –Ela sorriu.

Continuaram andando e encontraram Steve chamando-os.

–Peguem suas coisas, vamos partir em cinco minutos.

Beliel apertou a mão de Bucky e foi para seu quarto pegar as coisas.

Pegou sua mala pequena e duas bandanas reservas, fora aquela em seu pescoço, pegou sua arma preferida, uma faca, alguns explosivos e trocou suas botas de salto, enfiando-as dentro da mala por coturnos masculinos.

Pegou um óculos aviador e saiu. Bucky a esperava do lado de fora com sua máscara e uma mala preta pequena.

Eles andaram até o lado de fora, onde a neve estava derretendo com o calor do motor da nave que Natasha pilotava.

–Pode deixar, eu pego sua bagagem. –Steve ofereceu e Beliel deu a ele a mala.

Ela puxou a bandana e pôs os óculos.

–Eu os vejo lá.

–O que?! Esse não era o combinado! –Tonny disse, apenas ele e Steve estavam fora da nave e Bucky, que estava parado do lado de Beliel.

–Eu não ando em aviões. –Ela disse.

Bucky riu de leve.

–Eu vou com vocês, lembram? Ela não vai fazer nada. –Ele disse entrando na nave. Mas deu meia volta.

–Cuidado. –Ele beijou a testa dela que ficou vermelha.

–O mesmo. –Ela disse em alemão.

Steve entrou na nave contrariado, mas logo eles deram partida e levantaram voo. Beliel observou a nave decolar com rapidez e abriu suas asas prateadas, levantando voo também.

Em menos de cinco minutos ela estava na frente da nave que voava a mais de trinta mil metros do chão em uma velocidade de mais de oito mil km por hora.

O vento cortava o rosto de Beliel em uma ótima sensação e seus cabelos nem balançavam mais.

...

Algum tempo depois eles chegaram na SHIELD, ela deixou a nave pousar primeiro e então desceu, mas calculou errado a força e acabou arrebentando a pista de pouso.

A nave abriu e Bucky correu para a cratera no chão.

–Ai! Eu estou bem, só calculei errado, desculpa. –Ela falava para ninguém em especial.

Ele puxou ela para cima e ambos andaram até os Vingadores que encaravam de boca aberta a mulher.

Bruce Banner apareceu com seus óculos e jaleco branco.

–Eu nunca vi alguma coisa alcançar essa velocidade com esse tamanho e sair vivo. Prazer, Banner. –Ele disse.

–Prazer, Beliel Engel. Você é o Hulk? –Ela disse.

–Sim, sou sim. –Ele respondeu.

–É legal conhecer alguém que talvez sinta a mesma coisa que eu.

–Como assim? –Steve indagou.

–Perder o controle não é legal, sabia? –Ela deu de ombros.

–Concordo. –Bruce disse.

–Vamos entrar. –Natasha disse em sua voz grave.

Eles entraram rodeados de agentes. A maioria curiosos.

Bucky estava visivelmente incomodado.

–Relaxe. –Ela disse em alemão.

–Não consigo, isso me lembra a HIDRA. –Ele disse também em alemão.

–Eu disse que eu nunca te faria passar pela HIDRA de novo, acredite, isso não é a HIDRA. –Ela riu.

Ele passou o braço mecânico pelos ombros dela.

–Crianças, eu tenho que ver alguma coisa na torre, então tchau. –Tonny disse, já chamando a armadura.

–Ele é sempre assim? –Beliel perguntou.

Steve deu um sorriso sincero.

–As vezes é pior.

–Okay, o que vamos fazer? Eu quero ver a cena da Maria, eu preciso saber com o que eu estou lidando. –Beliel fala, cruzando os braços e fechando as asas.

–Calma, acredito que faremos isso depois de alguns testes. –Barton diz.

Beliel perde a paciência e ergue o homem pela gola.

–Eu nunca fui de julgar pessoas, mas vocês devem ser estúpidos demais! Olhem pra mim, vocês acham que eu viria aqui se vocês não estivessem em perigo?! Eu sei com que estou lidando, então nos levem lá! –Ela ordenou. A cena chamou atenção no corredor e Bruce dispensou todos com um aceno.

Natasha percebendo a irritação de Beliel começou a andar mais rápido pelos corredores e chegou a uma sala com identificação por digital.

Beliel olhou para Bucky em dúvida, ele parecia pensar.

Natasha entrou junto com Beliel e Bucky no recinto, Bruce ficou na porta e Barton e Steve ficaram no corredor.

Beliel se surpreendeu com a quantidade de pastas no local, a segurança era muito bem projetada.

O espaço era apertado para chegar ao corpo da mulher. Seus olhos estavam virados e vidrados, o sangue se acumulava entorno do abdômen e os lábios entreabertos estavam pretos.

–Uau, foi um estrago. Mas vou dizer o que eu faria.

Beliel entrou com facilidade e muito quieta, utilizou um cano como arma, as asas tinham que ficar encolhidas, ela simulou o golpe e soltou o cano, voando pela janela. As asas encaixavam perfeitamente, e olhando com mais atenção ela viu uma pluma preta, muito brilhosa para ser de um pássaro.

–O que o sujeito levou? –Ela perguntou agachada na janela.

–Uma pasta com um projeto sobre mutações. –Bruce respondeu e Beliel olhou para Bucky que estava nervoso.

–Você acha que talvez tenha sido para utilizar nos mutantes? –Bucky perguntou em alemão.

Ela assentiu.

–O que? –Natasha indagou.

–Nada. –Ela rapidamente recolheu a pluma e guardou na dobra da calça. Sabia que não podia confiar em nenhum deles, exceto Bucky, a partir dali.


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Notas finais do capítulo

perdões pelos erros e comentem.