Será? escrita por Alexis R


Capítulo 1
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Gatas (e gatos) cá estou eu, em mais uma parceria com Alexis R. Já fui colocada como co-autora dessa história há um tempinho, mas só agora tive tempo de revisar. Pra aqueles que já estão acompanhando minha outra fic com ela "Pra te entregar", já conhecem meu jeito de editar. Espero que gostem e nos vemos lá embaixo.



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Pedro e Karina estavam sentados na cama do garoto. Eles começaram a se beijar e as coisas foram esquentando. Pedro passava as mãos nas costas da namorada por dentro a blusa.
–K, é m-melhor a gente parar. –ele gaguejou.
–Você tá certo, Pê, eu não sei o que deu em mim. –disse Karina, corando.
–Esquentadinha, nós somos namorados, isso é normal...
–Eu sei, Pê. É que eu não tô pronta pra... Sabe...
–Eu não vou te pressionar a nada, eu quero que seja especial.
–Ai meu Deus, eu tenho o melhor namorado do mundo mesmo. –brincou Karina, dando um selinho do namorado.
–Vem, esquentadinha, vou te levar pra casa antes que o Mestre Sogrão venha te buscar.
Pedro levou Karina até a porta de casa, deu um selinho nela e saiu. Karina entrou em casa com um sorriso bobo no rosto.
–Boa noite, pai! –cumprimentou, dando um beijo estalado no rosto do mestre.
–Até essa hora com o guitarrista menestrel do capiroto!
–Pai, o Pedro tá nervoso por causa do show amanhã. Só fiz um pouco de companhia pra ele...
–Acho bom. –semicerrou os olhos.

–--*---

Karina foi para o chuveiro tomar um banho frio. Cada vez que se lembrava do ocorrido, enfiava a cabeça embaixo da água gelada. Saiu tremendo, mas, pelo menos, acalmou os ânimos. Se trocou e foi para seu quarto.
–Bi, tá tudo bem? –perguntou preocupada, vendo a irmã secar as lágrimas.
–O idiota do Duca beijou a Roberta na minha frente. Mas, quer saber, eu cansei! Ele que fique com as “minas” dele.
–Você tá certa! O Duca tá sendo um babaca, não merece o seu sofrimento! –declarou Karina, orgulhosa da decisão da irmã.
–E pensar que eu quase estraguei a minha relação com você por causa dele... –suspirou Bianca.
–Eu também exagerei, tá. Eu nem gostava dele de verdade, acho que eu confundi as coisas. Agora que eu tô com o Pê, eu sei o quê é gostar de alguém de verdade. –sorriu.
–Eu fico tão feliz de te ver assim sorrindo. O Pedro te faz muito bem... –sorriu Bianca, admirando a felicidade da caçula.
–É, ele faz... Bi, eu preciso conversar uma coisa com você. –disse Karina, acanhada.
–Já vi que lá vem bomba. –disse Bianca, revirando os olhos.
–É que eu e o Pedro... A gente quase... –balançou as mãos, incapaz de completar a frase, esperando que a irmã compreendesse.
–Ele não tentou forçar a barra, né? –perguntou a mais velha, com os olhos arregalados.
–Claro que não.
–Olha, K, isso é uma coisa que você tem fazer quando achar que é o momento, não por ter medo de perder o Pedro. Se ele te pressionar, me avisa, que dou um jeito nele... –afirmou Bianca.
–Deixa de ser boba, Bia, o Pedro foi um fofo comigo. Disse que quer que seja especial. Mas como eu vou saber sabe que é o momento certo? –perguntou Karina.
–Não tem uma fórmula secreta, você simplesmente vai saber. –piscou para a irmã.
–Dói? –perguntou temerosa.
–É uma dor suportável. Mas, depois que passa, vale a pena. K, é importante que você se cuide, eu sou muito nova pra ser tia. –avisou rindo.
–Bia, eu já aprendi isso na escola, tá. –disse Karina, envergonhada. Bianca riu.
–É, mas é bom ir no médico antes. Aliás, já passou muito da hora da senhorita ir. Eu vou marcar uma consulta pra você com a minha médica e eu te levo.
–Obrigada mesmo, Bi, por me ajudar sempre, cuidar de mim e muitas vezes fazer por mim as coisas que a mamãe faria. –Bianca abraçou a irmã, emocionada.
–Eu sempre vou cuidar de você. Nem acredito que a minha irmãzinha tá crescendo. –dramatizou Bianca, brincando. As duas riram.

–--*---


Cobra e Jade estavam se beijando, praticamente se engolindo, quando a garota o afastou.
–Vagabundo, que tal irmos namorar na piscina?
–No seu prédio?
–Não, na Aquazen.
–Minha dama querendo quebrar a lei... –sorriu malicioso. –Eu topo.


Eles pularam o muro da Aquazen, Cobra ajudou Jade a descer. Cobra tirou os tênis, a camisa, e pulou na água. Jade ficou de calcina e top, e começou a dançar para provocar Cobra.
–Vai entrar ou não, minha dama? –a garota riu provocadoramente e pulou na piscina e eles começaram a se beijar novamente. Eles curtiam o momento, quando ouviram um barulho.
–Cobra, deve ser a Roberta, vamos embora. –o casal saiu da água e correu para fora, mas Jade caiu e bateu a cabeça. Cobra se abaixou e entrou em desespero ao ver que sua dama estava desacordada.
–Jade, fala comigo! Jade, pelo amor de Deus! –os olhos de Cobra já estavam marejados, quando Jade acordou. Ele imediatamente a puxou para um abraço apertado. A garota se surpreendeu com a atitude do rapaz e percebeu que ele tremia e seu coração batia acelerado.
–O que vocês dois estão fazendo aqui? –indagou Roberta, que havia acabado de chegar.
–A gente... –começou a justificar Jade.
–Eu sei muito bem o que os pombinhos estavam fazendo, agora vão embora! –cortou Roberta, os expulsando. Eles saíram rapidamente. Cobra mantinha um braço em volta dos ombros de Jade, de forma protetora. Eles, rapidamente, chegaram ao QG. Cobra passou a mão no rosto da menina delicadamente, observando o machucado em sua testa. Ele correu para pegar gelo.
–Cobra, calma, eu tô bem! –disse rindo e segurando a mão dele.
–Eu sei, mas quando eu te vi lá, desmaiada, eu fique com medo... –Cobra tremeu. –Jade, escuta, eu sei que nosso lance era pra ser só diversão, mas eu...
–Você gosta de mim, é isso. –não era uma pergunta; era uma afirmação.
–Não, eu não gosto de você. –Cobra disse. Jade ficou decepcionada. –Eu te amo. –ele declarou. Era a primeira vez que ele declarava seu amor por alguém, talvez por nunca ter amado alguém como a amava. Jade ficou em choque com aquela revelação.
–Cobra, eu...
–Eu sei que eu sou só um vagabundo, que você merece coisa melhor... –ela o calou com um beijo.
–Você é o meu vagabundo e é você que eu quero. Eu te amo, Ricardo. Eles se beijaram com fervor. Quando viram, já estavam deitados na cama do rapaz.
–Você tem certeza? –perguntou Cobra.
–Absoluta. Eu quero ser sua. –eles sorriram em harmonia com as palavras da menina. Tiram as peças de roupa que ainda restavam em seus corpos e se entregaram ao sentimento de amor e paixão que os envolvia. Cobra já havia estado com muitas outras mulheres, mas nunca com uma que amasse. Para Jade, podia não parecer, mas era a primeira vez ideal; podia ser num “moquifo” mal cheiroso, mas era com a companhia do único que ela amava e que, acima de tudo, fazia sentir-se amada. Logos, não existia mais Cobra ou Jade, apenas Cobrade.

–--*---


A garota olhava, com lágrimas nos olhos, suas fotos com Alan. Ela chorou por três anos pela morte dele. Agora que descobrira que ele estava vivo, ele não queria encontrá-la! “Será que ele a tinha esquecido?” Ela ouviu baterem na porta, interrompendo seus pensamentos. Era Duca.
–Oi, lutador.
–Oi. O Alan deu alguma notícia? –ele perguntou entrando no apartamento.
–Falou que quer te encontrar. –respondeu dando o celular para ele.

“Alan, é o Duca, onde vamos nos encontrar?” Duca enviou para o irmão.

“No show do Natiruts.” Respondeu o irmão mais velho.

“Estarei lá.”

“Vai sozinho.” Pediu Alan.

“Ok.”

–O quê ele disse? –perguntou Nat, ansiosa.
–Que vai me encontrar no show do Natiruts, mas quer que vá sozinho.
–Eu também vou! –declarou. –Eu esperei três anos pra ver o seu irmão!
–Ele vai sumir se te vir lá! Eu o entendo. Eu também terminei com a Bianca pra protegê-la disso.
–Eu não sou uma patricinha frágil como a sua ex-namoradinha!
–Não fala assim da Bianca! –exclamou Duca.
–Então não me compare com ela! –gritou. Os dois se encararam e Nat o beijou, mas ele a repeliu. –Desculpa, Duca, eu não devia ter feito isso... É que você se parece tanto com o Alan que às vezes...
–Eu não sou o Alan, Nat. Eu sei como é ter que ficar longe de quem a gente ama...
–Isso não vai mais acontecer. Diz pro seu irmão que eu ainda o amo muito.

–--*---


–Dorme aqui? –pediu Cobra com cara de cachorro sem dono.
–Eu posso pedir pra minha mãe pra dormir na casa da Joaquina. –Cobra sorriu.
–Eu vou no Perfeitão pegar uns lanches pra gente enquanto isso.

Jade ligou para Lucrécia. Para sua surpresa, ela autorizou que dormisse fora. Cobra chegou e encontrou sua dama com um sorriso no rosto.

–Ela deixou. –Cobra sorriu. –Mas por que você quer tanto que eu durma aqui?
–Eu não sei. Eu só quero. –disse abraçando sua amada.

–--*---


–Pedro, que cara é essa? –perguntou Tomtom, vendo a cara “murcha” do irmão.
–Não é nada. É só que... Sei lá. Eu gosto tanto da esquentadinha, que às vezes tenho medo de estragar tudo.
–Para, maninho, você não vai estragar nada. Vocês se amam.

–--*---


Cobra acordou e observou Jade dormindo em seus braços. Ele sorri e acaricia os cabelos da garota.
–Bom dia, vagabundo. –disse a menina, com a voz embargada pelo sono. Deu-lhe um beijo, mas se assustou quando viu o relógio.
–Cobra, eu tenho que sair daqui. Logo, a minha mãe chega... –ela se vestiu correndo e foi em direção à saída, mas antes que ela pudesse fazer alguma coisa, Lucrécia passou pelo QG e a viu.
–O que significa isso, Jade?! E você, seu marginal, eu falei pra ficar longe da minha filha, eu não vou permitir que você faça mal à ela!
–A única pessoa que faz mal à Jade aqui é você! Será que você não percebeu isso ainda?!
–Cala a boca, garoto!
–Não! O jeito que você trata a Jade, a machuca... Você devia prestar atenção na sua filha. Eu posso ser só um vagabundo, mas eu amo a sua filha de verdade, e eu quero cuidar dela!
–Cobra, para. Eu vou com ela, depois a gente conversa. –disse, puxando os cabelos.
–Não faz isso, Jade, não se machuca. –pediu enquanto Lucrécia puxava a filha pra fora do QG.

–--*---


–Nossa, Pedro, tu ficou um chato depois que começou a namorar.
–É amor, ô invejoso.
–“Amor”. –zombou. –Quero ver o “amor” quando a Karina descobrir que a Bianca te pagou pra namorara ela!
–Cala a boca, João. –Pedro não viu, mas Karina ouvia toda a conversa.
–Então é por isso, Pedro?! Você fingiu que gostava de mim pra ganha dinheiro?! Eu achei que fosse verdadeiro, que você nunca ia me machucar... Tudo o que a gente viveu foi uma mentira! –Karina gritava, com lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
–Karina, eu te amo de verdade, eu juro! –Pedro levantou e correu para perto dela. Tinha lágrimas nos olhos.
–Eu não acredito mais em uma palavra que saia da tua boca, Pedro! Acabou! Me esquece! –gritou e saiu correndo as escadas em fúria. Logo que chegou à academia, foi interceptada por Bianca.
–K...
–Cala a boca, garota. Eu já sei de tudo! Você pagou o Pedro pra me namorar, só pra me tirar do seu caminho e viver seu romance maldito com o Duca! É isso que eu sempre fui pra você, né Bianca: um empecilho, uma pedra no seu sapato! Eu confiava em você, mas depois de tudo, você me fez de idiota de novo! Acho que a única vez que você foi sincera comigo, foi quando você disse que não queria ter uma irmã! É isso que eu sou pra você, né, o motivo pelo qual a mamãe morreu; que você não tinha a atenção do papai só pra você, que te atrapalhava no seu namorico e na sua vidinha perfeita!
–K, isso não é verdade! –Bianca tinha lágrimas nos olhos.
–Sai da minha frente! –Karina saiu correndo e Bianca foi atrás. A loira estava tão transtornada, que não percebeu quando um carro veio em sua direção. Seria atingida, mas alguma coisa a empurrou. Ela caiu na calçada, e, quando olhou pro lado, viu o carro atingir sua irmã em cheio.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Me amarrota, que eu tô passada!
Eu espero que vocês nos dêem tanto carinho aqui quanto nas outras fics. Beijos, vejo vocês logo, logo.



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