A Brasileira em Minha Vida escrita por Maria Clara Alkalinne


Capítulo 9
Capitulo 09




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PDV MARIA CLARA

Cinco meses depois...

Eu estava deitada na minha cama tentando dormir. Pensava na minha sobrinha Anne Mery, filha de Gaby e Seth, já estava com cinco meses e era uma fera, além de fazer o pai, o tio e o avô, gatos e sapatos. Ela é linda e esperta.

Jacob havia levantado cedo para ver a situação no escritório (ele é advogado).Levantei-me da cama com muita dificuldade. O meu garotão estava grande e pesado demais. Eu engordei vinte quilos. Uma dor nas costas me fez arfar.

– Ah. – eu me levantei e um líquido saiu de mim e molhou todo o chão.

– Droga. Agora? – peguei o celular e disquei pra o celular de Jacob. Desligado. Liguei para a secretaria e ela não queria atrapalhar a reunião. Eu disse que eu era a esposa, e ela disse que não tinha diferença, pois o JAKE disse que não queria interrupções.

Disquei o numero de Gaby... Desliguei, pois me lembrei que ela, Seth e Anne haviam viajado.

Eu não poderia ligar pra Bella, pois ela estava na segunda lua-de-mel.

Então restou uma pessoa que fica me paparicando vinte e quatro horas por dia. Billy. Disquei o seu numero. Espero que ele não esteja fazendo nada de importante. Hoje era sábado e ainda era oito e meia da manha.

– Alo minha nora linda. – sorri no meio da dor.

– Bom dia Billy. – eu disse entre um intervalo a outro.

– Bom dia querida. –ele me respondeu e segurei um grito.

– Está ocupado? – caminhei até o closet e peguei a minha bolsa já pronta e a do bebê.

– Não. Estou andando no jardim de casa. Por que a pergunta? – peguei um vestido e olhei pro espelho do closet.

– É... Não tem ninguém pra mim... ahhhh... Ajudar agora... – notei a sua respiração ficar pesada.

– Estou indo para ai. – ele desligou e eu me vesti. Calcei uma sapatilha, peguei as bolsas e fui pra sala. Deixei a porta destrancada e me sentei no sofá.

– Maria. – Billy entrou desesperado no meu apartamento, vestido com uma sandália de couro, uma bermuda e uma camiseta.

– Leve-me para o hospital, por favor. – minha voz saiu rasgando pela garganta.

– Vem. Vou te ajudar a se levantar. – ele pegou as minhas bolsas e colocou nos ombros e me ajudou a levantar. Guiou-me pelo caminho até a porta e a trancou. Pegou-me no colo e fomos para o seu carro.

Ele me colocou com cuidado no banco da frente. Eu comecei a soprar como o médico havia me ensinado, e dei um berro. Ele pisou no acelerador e me levou para o hospital mais perto. Ele acelerava em meio às ruas, e estacionou na entrada do hospital, desceu do carro desesperado e um minuto depois já tinha enfermeiros com uma cadeira de rodas para me pegar.

Foram guiando a cadeira até um quarto onde já estavam preparando tudo. Vestiram-me adequadamente e me deram anestesia. Eu não estava agüentando de dor, isso era fato, pois só de olhar para mim dava para notar.

Eu já estava na sala de parto e Billy do meu lado.

– AHHHHH! FAZ ESSA DOR PASSAR! ARRRRGGGG! EU NÃO AGUENTO MAIS! ASSSSSSS! - eu tentava respirar, controlar a dor em meu psicológico e tentando pedir suplicamento.

– Respira Maria! Respira! – a médica pediu segurando a minha mão. Billy estendeu a sua mão e eu a peguei. Olhei o seu rosto, mais vermelho do que um camarão, de aflição ao ver meu sofrimento.

– Maria, eu estou aqui. – ele beijou a minha mão e eu parei de gritar.

– Billy... OH JACOB AH! – Soltei outro grito forte, contraindo os olhos bruscamente para fechá-los.

– Tentam juntos fizer o exercício de respiração? – A médica surgiu por atrás dos panos que cobriam minhas pernas e pediu que eu fizesse mais força.

– Você precisa forçar mais, Maria. – Ela pediu.

– Eu não consigo... – minha voz era quase que um sussurro.

– Olha para mim!—Billy ordenou e meus olhos se viraram a sua direção.

– Você vai respirar, conforme o treinamento, depois fará força para o meu neto nascer. Está bem? Eu estou aqui com você. Precisa ser corajosa. – assenti com a cabeça e começamos a expiração juntos.

– Um! – Respira.

– Dois!- Respira.

– Três! Força! – Eu comecei a formar, ficando vermelha novamente e o meu grito se espalhou pela sala, mas dessa vez misturado ao som de um chorinho.

Aquele som me fez cair à consciência. E nada mais vi.


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