A Brasileira em Minha Vida escrita por Maria Clara Alkalinne


Capítulo 1
Capítulo 1




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Chamo-me Maria Clara Alkalinne, tenho vinte anos. Sou uma brasileira e Mineira de coração. Estou morando em Nova York há dois meses. Formei-me em mecânica. Sou apaixonada por carros velozes. Formei-me há três meses. Esperei acabar a faculdade para vim morar num país estranho e sem amigos e familiares. Eu quero uma vida diferente.

Terminei um namoro de um ano e meio, para mudar para outro país. Namoro a distancia não da certo, e além que é tudo sem amor. Meu namoro era como amizade com benefícios. Amizade colorida. Meu pai havia me ajudado a comprar um apartamento. Era difícil morar aqui, mais eu me adaptaria rápido.

Levantei-me depois de um cochilo de trinta minutos depois do almoço e fui me arrumar. Eu queria ir ao Central Park caminhar um pouco. Peguei as chaves depois de trancar a porta e guardei na minha bolsa, comecei a caminhar. Sai do prédio e fui caminhando mesmo até o Parque.

O Central Park estava, como sempre, apinhado de gente. Andei de um lado para o outro tentando amar mais o local. Sentei-me em um banco, cruzei os braços, enchi a boca com ar e depois o soltei. Mais me levantei novamente, pois eu queria conhecer mais o Parque. Olhei para os lados, me admirando o Central Park.

_Mil desculpas - pedi, alisando meu próprio ombro. Eu tinha esbarrado em alguém.

Ele fez uma cara entediante, mas assim que olhou para mim, seus olhos deixaram de ser fendas e ele abriu levemente a boca.

_Está tudo bem - disse ele rapidamente. Então abriu um sorriso de canto.

_ Eu... Quer dizer, você... Estava distraída, não teve culpa. – Eu sorri sem mostrar os dentes, percebendo a maneira com que ele ficou embasbacado e sem jeito.

_E se eu tiver feito de propósito? - Eu disse, me aproximando um pouco.

_Eu não me importaria do mesmo jeito - disse ele, me olhando de cima a baixo.

_Estava distraída mesmo - eu disse.

_ Estou conhecendo tudo aqui, e esse lugar é incrível. – eu disse olhando tudo em volta.

_Conhecendo? - Disse ele.

_ Você não é daqui? – olhei para ele e ele tinha em sua face uma sobrancelha erguida.

_Não. - respondi.

_ Me mudei do Brasil faz dois meses. – ele deu um sorriso pequeno e fitou mais os meus olhos em avaliação.

_Sendo assim me sinto na obrigação de lhe mostrar tudo. – disse Jacob.

_Obrigação? – perguntei sem entender.

_Sim. Sou filho do governador e morador de Nova York. Meu nome é Jacob Black. – Idiota que só ele. Já vem se gabando.

_Maria Clara Alkalinne. Então, você pode me mostrar o lugar mesmo? - eu disse.

_Claro - disse ele.

Antes que ele pudesse vir até mim, um de seus amigos o parou.

_E a Claire? - Perguntou ele, apontando com o queixo para a loirinha que estava na fila do algodão-doce.

_Pode ficar com ela - Jacob tentou sussurrar, mas eu ouvi muito bem.

Andamos pela ponte de madeira sobre o lago, então paramos.

_É tudo muito bonito por aqui - eu disse.

_É sim. Ainda mais quando se está em uma boa companhia Eu já falei que sou filho do governador?- disse ele.

_Já, mais agora eu preciso ir - eu disse, ignorando o que ele falou.

_Ainda está cedo - disse ele.

_Tenho coisas a fazer.

_Que coisas?

_Coisas que não interessam ao filho do governador.

O deixei ali, com cara de quem havia acabado de receber um coice bem no rosto e fui embora. Mal cheguei ao final de uma ponte e escutei seus passos atrás de mim. Na verdade ele corria. Segurou meu braço me fazendo girar e ficar de frente para ele.

_Quando e onde posso te encontrar novamente? - Perguntou.

_Não pode Deixe que o destino trabalhe sozinho. - eu disse tirando sua mão de meu braço e fui embora de vez.

__X__

Quando cheguei ao meu apartamento, me joguei no sofá e dei um sorriso.

Garota de sorte em Maria Clara. De primeira já conheceu o filho do governador. Você é foda. – dei um sorriso mais largo e fechei os olhos. Corri para o meu quarto e peguei o meu notebook para pesquisar.

Eu pesquisei sobre JACOB BLACK.

E saiu tudo sobre ele. Ele tinha vinte e três anos e adorava carros e mulheres.

Toda semana tinha uma com ele.

Ele é galinha... – dei um sorriso de “ desgraçado de uma figa”.

Fechei o notebook e fui tomar um banho.

Depois de um banho gostoso, vesti um vestido tomara que caia Roxo e um sapato alto preto e peguei minha bolsa.

Eu queria ir ao cinema. Olhei no relógio e era sete e meia da noite. Chamei um táxi e esperei. Verifiquei se tinha dinheiro o suficiente para sair.

Quando o táxi chegou o porteiro me avisou. Dei mais uma olhada para o meu apartamento e estava tudo arrumadinho. Meu apartamento não era daqueles caindo aos pedaços, ele era até bonzinho. Sai de casa e fui para o taxi. Pedi para o taxista me levar para algum cinema.

Às 20h10minh eu havia chegado ao Cinema. Na lanchonete do lugar, virei para o garoto do caixa e pedi um refrigerante. Quando ele voltou com o copo, lhe paguei dois dólares. Assim que me virei, me deparei com alguém grande e forte bem à minha frente.

_Oi - disse Jacob.

_Ah, oi - eu disse surpresa em vê-lo.

_Acho que o destino quis que nos encontrássemos mais uma vez - disse ele. Eu ri.

_É. Pode ser - eu falei.

Sem falar mais nada, me dirigi para uma mesa vazia, tomando o refrigerante pelo canudinho. Ele veio atrás de mim.

_Já se acostumou à Nova York? - Perguntou quando nos sentamos.

_Sim. Quero dizer, está melhor a cada dia. - respondi. Ficamos em silêncio por um tempo. Percebi que os amigos dele nos olhavam com curiosidade. E a garota com eles me olhava com ódio.

_Que filme vai assistir? - Perguntei, antes que ele me perguntasse e eu ficasse sem saber o que responder.

_ Velozes e furiosos 5. Operação Rio. – respondeu ele.

_Eu também - eu disse. Ainda bem que ele tem bom gosto para filmes. Na verdade, já tem um tempo que queria ver esse filme, só não havia tido oportunidade.

_Então acho que somos dois aventureiros. - disse ele. Rimos juntos.

_Não sou tão aventureira assim - eu disse, fazendo bico. Ele riu.

_Vai começar às 21h Já comprou sua entrada?- disse.

_Ainda não. - respondi.

_Então eu compro para você - disse ele, se levantando.

Já ia abrir minha bolsa de mão para tirar o dinheiro quando ele me parou.

_Ow! Eu disse que eu compro a entrada para você. Interprete isso como um pequeno presente de boas vindas.

_Tudo bem - eu disse, o contemplando por dentro.

Ele foi para a fila da bilheteria, e levei um susto quando alguém se sentou de uma vez na cadeira vazia.

_Escute aqui, queridinha. Tire esses seus olhinhos do meu homem. – disse a garota do bando, com uma carranca daquelas.

_Seu homem? Eu não vi nenhum título de propriedade privada nele. - Eu disse.

_Olhe, eu não sei quem você é, mas saiba que ganhou uma inimiga. Fique bem longe dele, ou você vai se ver comigo. – disse ela. Oh mulherzinha chata! Quis meter um tapa na cara dela, mas me controlei. Jacob voltou.

_Leah?! Escuta, pode ir se sentar com os outros. Eu já estou indo. - Disse ele, não muito feliz. Ela se pendurou nele. Ele me entregou a entrada e se virou para a tal Leah.

Ela olhou para ele - e para mim - de cara feia, mas o obedeceu.

_Olha, não acredite nela. Ela não é minha namorada. – disse ele quando ela já estava longe

_Ela não falou nada, não. Apenas quis conhecer a sua nova amiga. - eu disse.

Ele suspirou aliviado. Para minha alegria - e desespero de Leah -, ele continuou comigo, até que deu a hora do filme. Eu me sentei ao seu lado, e Leah se sentou duas cadeiras depois de Jacob - essas estavam ocupadas por dois dos amigos dele.

O filme começou, e um arrepio de emoção me subiu pelo corpo assim que aquela musica de abertura começou. Sim, sou totalmente fã do tira. Aquele loirinho...

Jacob tentava puxar papo comigo durante o filme e, admito, ele é até legal. Era engraçado ele me contando o que iria acontecer. Ele disse que quando não está ocupado sendo filho do governador ou saindo com os amigos - deixando as mulheres de lado - ele gosta de ler, Admito, fiquei impressionada.

Saímos da sala comentando muito sobre o filme.

Ele me disse que agora ia com os amigos para uma lanchonete - que não era a do cinema - e me chamou para ir junto. Leah não gostou muito disso. Eu aceitei, mas disse que primeiro ia comprar outro refrigerante. Ele assentiu e ficou me esperando na porta.

Enquanto esperava pelo refrigerante, um cara alto e musculoso parou ao meu lado, se apoiou no balcão com o cotovelo e ficou me olhando.

_O que foi, hein? - Eu disse.

_Calma aí, gata - disse ele. - Só estava admirando você. –O garoto me entregou o refrigerante.

_Ótimo. Que isso, me solta!- eu disse, e já estava saindo quando ele me segurou pelo braço.

_Que tal você e eu darmos uma volta por aí - disse ele, cheio de marra.

_Não. Agora me solta! – eu disse. Tentei puxar meu braço, mas ele segurava firme.

_Ela já te mandou soltar. –Olhei para o lado, e Jacob estava lá, encarando o cara. Seu olhar transportava raiva.

_Por um acaso você é o namorado dela, ô playboy? - Disse o grandalhão. Então Jacob perdeu a paciência, já dando um soco na cara do outro cara, que, finalmente, me soltou.

_Você tá legal? - Perguntou ele.

_Estou sim - respondi. – CUIDADO JACOB!

Então Jacob caiu por cima de uma das mesas, com o nariz sangrando. Mas ele logo se recuperou e encheu o cara de socos. Logo, os dois já estavam em uma luta corporal feia. Várias pessoas pararam para ver, estupefatas. Então os seguranças chegaram e separaram os dois.

_Saiam agora - disse um dos seguranças. E saímos mesmo. Quando chegamos lá fora, percebi que os "amigos" de Jacob e Leah já haviam ido embora.

Eu e Jacob andamos, então sentamos em um banco ali perto.

_Olhe só para você - eu disse, o examinando.

_Tá tão feio assim? - Perguntou ele.

Deixe-me ver. Olho esquerdo roxo, nariz sangrando, lábio inferior inchado com um machucadinho no canto.

_Está - falei.

Com minha mão mesmo, comecei a tirar o excesso de sangue de seu rosto .

_Não precisa disso - disse ele.

_Precisa, sim - falei.

Ergui o dedo e toquei seu lábio, tentando limpar o sangue. Ele gemeu de dor.

_Obrigada - eu disse realmente agradecida. Passei para o seu nariz.

_Não há de quê - disse ele.

_Você vai precisar colocar uma bolsa térmica nesse olho roxo E gelo na boca e no nariz. Acho que ele não está quebrado. –eu disse.

_Acho que é minha vez de falar "obrigado". Obrigado, Maria Clara. – disse ele.

_Me chame de Clara.

_Tudo bem, Clara...

Encaramos-nos, os olhos fixos. Então, em um gesto rápido, seus lábios estavam sobre os meus, se encaixando perfeitamente. Houve aquele estalo natural de beijo e ele afastou seus lábios, seu nariz ainda encostado no meu.

_Me desculpe - pediu. Então acordei pra vida.

_Eu tenho que ir embora - eu disse, me levantando.

_Espera - pediu ele. Dê-me pelo menos seu telefone. – Estendeu seu celular para mim. Peguei o aparelho e rapidamente coloquei meu número em sua memória.

_Até mais - eu disse, lhe devolvendo o aparelho. Corri, e quando virei a primeira esquina, parei, me encostando-se ao muro. Com cara de tonta - tenho certeza -, toquei os lábios com os dedos, e um sorriso bobo brotou em meus lábios.

OoOoOoOoOoOo

Deitada na minha cama, eu ainda me lembrava da sensação de ter os lábios de Jacob nos meus. Não era por querer, esse pensamento vinha naturalmente.

Eu não conseguia dormir. Queria muito, mas era impossível. Parecia que estava faltando alguma coisa. Meu celular vibrou anunciando uma nova mensagem. Não conhecia o número. Abri.

Durma com os anjos.

Beijos,

Jacob.

Depois da décima vez que li a minúscula mensagem de boa noite, dormi, e realmente sonhei com os anjos.


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