Fogo escrita por Juru


Capítulo 13
Fratricídio


Notas iniciais do capítulo

N/A: Esse capítulo vai de presente para Laah_Tomaz, incentivou a postar logo o capitulo. Espero que goste, linda.



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Capitulo 12 – Fratricídio

- Você vai mesmo usar isso?

- Rosalie, por que você está aqui? – Perguntei virando para encarar minha irmã parada na porta do meu quarto.

- Porque você me ligou pedindo dicas de primeiro encontro e porque vai sair com a Alice, e eu gosto muito dela – Ela respondeu enquanto olhava as próprias unhas, como se aquilo tudo fosse banal.

- Sabia que iria me arrepender disso – Disse para mim mesmo voltando olhar o reflexo no espelho – O que tem de errado com minha roupa? E que fique bem claro, não te pedi dicas de primeiro encontro, só queria uma dica de que comida ela gosta.

- Você é tão amador, Jasper – Ela disse com um suspiro, como se eu fosse um caso perdido.

- Esquece, não quero sua ajuda – Disse, já pronto para tirar ela de dentro do meu apartamento.

- Primeiro: você quer levar ela a um restaurante que é famoso pelo uso excessivo de alho – Ela começou a enumerar andando ate o meu armário – E agora quer usar uma camisa verde, por falta de palavra melhor, é horrorosa.

- Eu não ia levá-la ao Cesário`s e adoro essa camisa.

- Sua sorte é que as mulheres parecem te achar atraente, não que eu entenda o porquê.

- Eu também te amo, sis – Retruquei tentando soar o mais sarcástico possível.

- Tenta essa – Ela me passou outra camisa que tinha tirado de dentro do meu armário – Você está nervoso?

- Por que estaria? – Perguntei evitando a pergunta dela – Já sai com varias mulheres.

- Mas nenhuma delas era legal como a Alice, e eu não gostei de nenhuma delas, ou seja...

- Você faz demais de si mesma – Disse virando para que pudesse ver como a camisa tinha ficado – Que tal?

- Você precisa seriamente de uma mulher – Ela disse voltando a olhar dentro do armário – Uma que saiba comprar.

- Rosalie, vai ver se eu estou na esquina.

- Uau – Ela disse para si mesma olhando uma das minhas camisas – Com isso não preciso ir ate a esquina, você pode ser visto de Plutão.

- O que tem de errado com essa camisa? – Não poderia permitir que falasse assim de uma das minhas favoritas.

- Nada, se fosse usada como forro do sofá, um bem feio – Ela respondeu tirando a camisa do cabide e jogando dentro do lixo do banheiro.

- Ei! – Disse tentando impedir.

- É pelo seu próprio bem – Ela disse me empurrando para longe do banheiro – Se a Alice ver isso dentro do seu armário, é capaz de sair correndo como se sua vida dependesse disso.

- Você é tão exagerada – Disse estreitando os olhos para ela – E eu adoro aquela camisa.

- Então vai enfrente, usa aquilo – Ela disse saindo do caminho e cruzando os braços – Te desafio.

- Não estou com vontade – Respondi tirando a camisa para experimentar outra.

Nunca mais chegaria perto daquela camisa, praga da Rose é pior que macumba em encruzilhada.

- Sabia escolha – Ela me passou mais uma camisa.

Dessa vez não teria como achar algo errado, afinal era branca sem estampas, mas a sua cara feia disse o contrario.

- O que tem de errado com essa? – Perguntei me olhando.

- É branca – Ela disse com se respondesse tudo.

- Básica.

- Pensa um pouco – Ela disse me passando outra camisa – Você esta de jeans preto e camisa branca.

- Básico e básico – Disse apontando para cada peça.

- Garçom ou manobrista – Ela retrucou, também apontando – Você escolhe.

- Não precisa ser tão sincera – Falei pegando a camisa que me oferecia.

- Nem precisa abotoar – Ela disse fazendo mais uma cara feia para a camisa que nem tinha colocado.

- Qual é o problema? – Perguntei já me irritando.

- Você parece um cantor de Jazz, falido – Ela respondeu passando outra camisa.

- Como é mesmo o nome do crime que um irmão mata o outro? – Perguntei retoricamente, pegando mais uma camisa para experimentar.

- Fratricídio – Ela respondeu sorrindo e esperando que vestisse a camisa.

- Como você sabe disso?

- Eu sou inteligente, caso não saiba. E você não teria a coragem.

- Me faz provar outra camisa que a vontade vai crescer.

- Então acho que nunca vamos saber – Ela respondeu sorrindo de satisfação.

- Agora eu tenho uma coisa contra essa camisa.

- Está perfeito.

- Se eu colocar a jaqueta por cima disso vai parecer que sai de dentro da boca de uma vaca – Respondi já tirando a camisa, mas ela segurou minha mão.

- Você não esta pretendendo ir de moto, esta? – Perguntou como se isso fosse o maior sacrilégio de todos os tempos.

- Qual é o problema? – Perguntei sem entender – Alice adora minha moto.

Rosalie respirou fundo, como quem tenta manter a calma.

- Eu não entendo como você ainda consegue fazer sexo, assumindo que você faça, claro.

- Qual é o problema com a minha moto? – Rosalie me tira do serio.

- Alice é uma mulher sensata, provavelmente vai escolher um vestido para usar hoje, você quer mesmo que toda essa cidade tenha um conhecimento profundo das pernas dela, assumindo que o vestido possibilite que ela suba na moto, claro – Ela respondeu abotoando os botões que tinha aberto – Você não vai de moto.

- Metade das coisas que você fala poderiam ser ditas de maneira muito mais simpática.

- E qual é a graça disso? – Ela perguntou entrando no banheiro e voltando com o frasco do perfume.

A uma distancia de dois metros ela espirrou o perfume na minha direção.

- Você esta perfumando meu tapete?

- Você já esta usando loção pós-barba, se deixar passar o perfume, vai acabar queimando o olfato da Alice – Ela respondeu me olhando de cima a baixo – Se ela não se apaixonar por você essa noite, desiste. Provavelmente joga no outro time.

- Você é um presente, Rosalie – Falei pegando o relógio no criado mudo e colocando no pulso.

- Você está lindo – Ela disse sorrindo.

- Uau, isso quase pareceu sincero – Retruquei dando um passo em sua direção e beijando seu rosto – Obrigado pela ajuda.

- Tenta não estragar tudo dessa vez – Ela suplicou, chegando ao ponto de juntar as mãos.

- Eu não estrago tudo.

- Papai Noel existe e eu sou a Madonna – Disse me empurrando em direção à porta – Vai logo, senão vai se atrasar.

Tem duas coisas sobre os carros que eu realmente odeio, eles são grandes e fazem barulho ao invés de ronco. Mas Rosalie esta certa, buscar a Alice de moto não é uma boa ideia. Então dirigi ate a casa dela e parei bem na frente do portão.

Ela abriu a porta depois de alguns segundos que tinha tocado. Minha irmã não poderia estar mais certa. Alice estava com um vestido roxo escuro, que mostrava perfeitamente suas belas curvas, e nada funcional em um passeio de moto.

- Você esta linda – Disse dando um passo e a beijando levemente.

- Obrigada – Ela sorriu depois do beijo – Você também.

- Vesti a primeira coisa que vi no armário – Disse piscando para ela.

- Nossa, me senti tão especial agora – Ela disse fechando a porta.

Eu sou uma anta.

- Não... É que – Tentei explicar.

- Relaxa, Jasper – Ela disse sorrindo e colocando a mão no meu peito – Rosalie me ligou.

- Ela ligou? – Perguntei genuinamente aterrorizado.

- Ela disse que você tinha pedido ajuda, e queria saber que cor usaria, pra gente não ficar combinado – Ela respondeu descendo os poucos degraus e andando ate o carro.

- Vou matar a Rose.

- Ela fez um excelente trabalho – Alice disse virando e beijando suavemente meus lábios.

- Ela só escolheu a camisa, o resto já nasceu comigo.

Ela sorriu antes de entrar no carro.

- Aonde vamos? – Perguntou quando já tirava o carro da vaga.

- Um lugar que eu gosto – Respondi sorrindo e a olhando de canto de olho.

- Que misterioso – Ela sorriu e ficou em silencio.

Permaneceu em silencio todo o caminho.

Quando chegamos e estacionei na frente da casa, Alice me olhou desconfiada.

- Aqui? – Perguntou erguendo uma sobrancelha.

- Sim – Respondi antes de sair do carro para abrir a porta dela.

Aceitou a mão que oferecia, ainda um pouco relutante.

- Você tem certeza disso? – Ela perguntou resistindo se levada.

- Confia em mim – Pedi segurando seu queixo e beijei seus lábios suavemente.

- Eu confio – Ela respondeu ligeiramente sem ar depois do beijo.

- Então vamos – Falei, voltando a guiá-la pela mão.

Caminhamos pela lateral da casa e Alice permaneceu atrás de mim, ainda apreensiva.

- Voila – Falei assim que atingimos o jardim.

Alice fechou e abriu a boca varias vezes, visivelmente encantada com a visão do lugar.

- É lindo – Ela sorriu e deu uma volta, admirando o jardim – De quem é a casa?

- Minha – Respondi sorrindo para a bela mulher em minha frente.

- Serio?

- A reforma ainda não esta terminada, mas o jardim é a única coisa que fiz questão que ficasse pronta.

Ela sorriu e olhou em volta.

- Vamos jantar? – Perguntei indicando a mesa.

- Claro – Ela respondeu sentando na cadeira – Qual é o cardápio?

- Macarronada.

Comemos em silencio, Alice ocasionalmente sorria para mim, mas estava mais concentrada no seu prato.

Levantei e estiquei a mão para ela.

- Dança comigo?

- Mas não tem musica – Ela protestou, mas aceitou minha mão.

- Não precisamos – Respondi a segurando pela cintura e movendo no ritmo de musica inexistente.

- Você acreditaria se alguém te dissesse naquele dia do treinamento que acabaríamos assim? – Ela perguntou descansando a cabeça no meu peito.

- Definitivamente não – Respondi sincero.

- Eu ainda não gosto do que fez.

Olhei para ela com uma sobrancelha levantada.

- Esta bem, eu gosto um pouco.

Voltamos a dançar abraçados e em silencio.

- Eu acho que te amo.


Jasper: Gostei.

Alice: Eu também, mas é injusto deixar essa ultima frase sem dono.

Jasper: Só para todo mundo ficar curioso.

Alice: Rosalie te tirou do serio, foi hilário.

Jasper: Quando quer ela consegue ser bem chata.

Alice: Mas uma coisa tenho que concordar.

Jasper: Ai não, você vai concordar com a minha irmã, não é um bom sinal.

Alice: Quer me deixar falar?

Jasper: Diga.

Alice: Seu guarda roupa melhorou muito desde que entrei em sua vida.

Jasper: Não posso negar, mas realmente gostava daquela camisa que ela jogou fora.

Alice: Não gostava, não.

Jasper: Tem razão, não gostava.

Alice: Bom garoto.

Jasper: Chega desse papo sem sentido, sua vez de contar.

Alice: É o penúltimo.

Jasper: Sim.

Alice: Não gosto de fim.

Jasper: Imagina eu.

Alice: Tem razão, pra você foi bem pior.

Jasper: Então conta logo, o pessoal esta impaciente.

Alice: Tudo bem, vou contar.


 


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Notas finais do capítulo

N/A: Ola queridas.

Primeiro, mil desculpas, pela demora.

Esse capitulo estava metade pronto, só faltou inspiração.

Esta acabando, só mais dois.

Como sempre agradecimentos para a minha linda beta Bruna (Bruh) Cullen, você sempre, sempre mesmo, me salva.

Beijos e ate uma próxima leitura.



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