Fogo escrita por Juru
Notas iniciais do capítulo
N/A: Esse capítulo vai de presente para Laah_Tomaz, incentivou a postar logo o capitulo. Espero que goste, linda.
Capitulo 12 – Fratricídio
- Você vai mesmo usar isso?
- Rosalie, por que você está aqui? – Perguntei virando para encarar minha irmã parada na porta do meu quarto.
- Porque você me ligou pedindo dicas de primeiro encontro e porque vai sair com a Alice, e eu gosto muito dela – Ela respondeu enquanto olhava as próprias unhas, como se aquilo tudo fosse banal.
- Sabia que iria me arrepender disso – Disse para mim mesmo voltando olhar o reflexo no espelho – O que tem de errado com minha roupa? E que fique bem claro, não te pedi dicas de primeiro encontro, só queria uma dica de que comida ela gosta.
- Você é tão amador, Jasper – Ela disse com um suspiro, como se eu fosse um caso perdido.
- Esquece, não quero sua ajuda – Disse, já pronto para tirar ela de dentro do meu apartamento.
- Primeiro: você quer levar ela a um restaurante que é famoso pelo uso excessivo de alho – Ela começou a enumerar andando ate o meu armário – E agora quer usar uma camisa verde, por falta de palavra melhor, é horrorosa.
- Eu não ia levá-la ao Cesário`s e adoro essa camisa.
- Sua sorte é que as mulheres parecem te achar atraente, não que eu entenda o porquê.
- Eu também te amo, sis – Retruquei tentando soar o mais sarcástico possível.
- Tenta essa – Ela me passou outra camisa que tinha tirado de dentro do meu armário – Você está nervoso?
- Por que estaria? – Perguntei evitando a pergunta dela – Já sai com varias mulheres.
- Mas nenhuma delas era legal como a Alice, e eu não gostei de nenhuma delas, ou seja...
- Você faz demais de si mesma – Disse virando para que pudesse ver como a camisa tinha ficado – Que tal?
- Você precisa seriamente de uma mulher – Ela disse voltando a olhar dentro do armário – Uma que saiba comprar.
- Rosalie, vai ver se eu estou na esquina.
- Uau – Ela disse para si mesma olhando uma das minhas camisas – Com isso não preciso ir ate a esquina, você pode ser visto de Plutão.
- O que tem de errado com essa camisa? – Não poderia permitir que falasse assim de uma das minhas favoritas.
- Nada, se fosse usada como forro do sofá, um bem feio – Ela respondeu tirando a camisa do cabide e jogando dentro do lixo do banheiro.
- Ei! – Disse tentando impedir.
- É pelo seu próprio bem – Ela disse me empurrando para longe do banheiro – Se a Alice ver isso dentro do seu armário, é capaz de sair correndo como se sua vida dependesse disso.
- Você é tão exagerada – Disse estreitando os olhos para ela – E eu adoro aquela camisa.
- Então vai enfrente, usa aquilo – Ela disse saindo do caminho e cruzando os braços – Te desafio.
- Não estou com vontade – Respondi tirando a camisa para experimentar outra.
Nunca mais chegaria perto daquela camisa, praga da Rose é pior que macumba em encruzilhada.
- Sabia escolha – Ela me passou mais uma camisa.
Dessa vez não teria como achar algo errado, afinal era branca sem estampas, mas a sua cara feia disse o contrario.
- O que tem de errado com essa? – Perguntei me olhando.
- É branca – Ela disse com se respondesse tudo.
- Básica.
- Pensa um pouco – Ela disse me passando outra camisa – Você esta de jeans preto e camisa branca.
- Básico e básico – Disse apontando para cada peça.
- Garçom ou manobrista – Ela retrucou, também apontando – Você escolhe.
- Não precisa ser tão sincera – Falei pegando a camisa que me oferecia.
- Nem precisa abotoar – Ela disse fazendo mais uma cara feia para a camisa que nem tinha colocado.
- Qual é o problema? – Perguntei já me irritando.
- Você parece um cantor de Jazz, falido – Ela respondeu passando outra camisa.
- Como é mesmo o nome do crime que um irmão mata o outro? – Perguntei retoricamente, pegando mais uma camisa para experimentar.
- Fratricídio – Ela respondeu sorrindo e esperando que vestisse a camisa.
- Como você sabe disso?
- Eu sou inteligente, caso não saiba. E você não teria a coragem.
- Me faz provar outra camisa que a vontade vai crescer.
- Então acho que nunca vamos saber – Ela respondeu sorrindo de satisfação.
- Agora eu tenho uma coisa contra essa camisa.
- Está perfeito.
- Se eu colocar a jaqueta por cima disso vai parecer que sai de dentro da boca de uma vaca – Respondi já tirando a camisa, mas ela segurou minha mão.
- Você não esta pretendendo ir de moto, esta? – Perguntou como se isso fosse o maior sacrilégio de todos os tempos.
- Qual é o problema? – Perguntei sem entender – Alice adora minha moto.
Rosalie respirou fundo, como quem tenta manter a calma.
- Eu não entendo como você ainda consegue fazer sexo, assumindo que você faça, claro.
- Qual é o problema com a minha moto? – Rosalie me tira do serio.
- Alice é uma mulher sensata, provavelmente vai escolher um vestido para usar hoje, você quer mesmo que toda essa cidade tenha um conhecimento profundo das pernas dela, assumindo que o vestido possibilite que ela suba na moto, claro – Ela respondeu abotoando os botões que tinha aberto – Você não vai de moto.
- Metade das coisas que você fala poderiam ser ditas de maneira muito mais simpática.
- E qual é a graça disso? – Ela perguntou entrando no banheiro e voltando com o frasco do perfume.
A uma distancia de dois metros ela espirrou o perfume na minha direção.
- Você esta perfumando meu tapete?
- Você já esta usando loção pós-barba, se deixar passar o perfume, vai acabar queimando o olfato da Alice – Ela respondeu me olhando de cima a baixo – Se ela não se apaixonar por você essa noite, desiste. Provavelmente joga no outro time.
- Você é um presente, Rosalie – Falei pegando o relógio no criado mudo e colocando no pulso.
- Você está lindo – Ela disse sorrindo.
- Uau, isso quase pareceu sincero – Retruquei dando um passo em sua direção e beijando seu rosto – Obrigado pela ajuda.
- Tenta não estragar tudo dessa vez – Ela suplicou, chegando ao ponto de juntar as mãos.
- Eu não estrago tudo.
- Papai Noel existe e eu sou a Madonna – Disse me empurrando em direção à porta – Vai logo, senão vai se atrasar.
Tem duas coisas sobre os carros que eu realmente odeio, eles são grandes e fazem barulho ao invés de ronco. Mas Rosalie esta certa, buscar a Alice de moto não é uma boa ideia. Então dirigi ate a casa dela e parei bem na frente do portão.
Ela abriu a porta depois de alguns segundos que tinha tocado. Minha irmã não poderia estar mais certa. Alice estava com um vestido roxo escuro, que mostrava perfeitamente suas belas curvas, e nada funcional em um passeio de moto.
- Você esta linda – Disse dando um passo e a beijando levemente.
- Obrigada – Ela sorriu depois do beijo – Você também.
- Vesti a primeira coisa que vi no armário – Disse piscando para ela.
- Nossa, me senti tão especial agora – Ela disse fechando a porta.
Eu sou uma anta.
- Não... É que – Tentei explicar.
- Relaxa, Jasper – Ela disse sorrindo e colocando a mão no meu peito – Rosalie me ligou.
- Ela ligou? – Perguntei genuinamente aterrorizado.
- Ela disse que você tinha pedido ajuda, e queria saber que cor usaria, pra gente não ficar combinado – Ela respondeu descendo os poucos degraus e andando ate o carro.
- Vou matar a Rose.
- Ela fez um excelente trabalho – Alice disse virando e beijando suavemente meus lábios.
- Ela só escolheu a camisa, o resto já nasceu comigo.
Ela sorriu antes de entrar no carro.
- Aonde vamos? – Perguntou quando já tirava o carro da vaga.
- Um lugar que eu gosto – Respondi sorrindo e a olhando de canto de olho.
- Que misterioso – Ela sorriu e ficou em silencio.
Permaneceu em silencio todo o caminho.
Quando chegamos e estacionei na frente da casa, Alice me olhou desconfiada.
- Aqui? – Perguntou erguendo uma sobrancelha.
- Sim – Respondi antes de sair do carro para abrir a porta dela.
Aceitou a mão que oferecia, ainda um pouco relutante.
- Você tem certeza disso? – Ela perguntou resistindo se levada.
- Confia em mim – Pedi segurando seu queixo e beijei seus lábios suavemente.
- Eu confio – Ela respondeu ligeiramente sem ar depois do beijo.
- Então vamos – Falei, voltando a guiá-la pela mão.
Caminhamos pela lateral da casa e Alice permaneceu atrás de mim, ainda apreensiva.
- Voila – Falei assim que atingimos o jardim.
Alice fechou e abriu a boca varias vezes, visivelmente encantada com a visão do lugar.
- É lindo – Ela sorriu e deu uma volta, admirando o jardim – De quem é a casa?
- Minha – Respondi sorrindo para a bela mulher em minha frente.
- Serio?
- A reforma ainda não esta terminada, mas o jardim é a única coisa que fiz questão que ficasse pronta.
Ela sorriu e olhou em volta.
- Vamos jantar? – Perguntei indicando a mesa.
- Claro – Ela respondeu sentando na cadeira – Qual é o cardápio?
- Macarronada.
Comemos em silencio, Alice ocasionalmente sorria para mim, mas estava mais concentrada no seu prato.
Levantei e estiquei a mão para ela.
- Dança comigo?
- Mas não tem musica – Ela protestou, mas aceitou minha mão.
- Não precisamos – Respondi a segurando pela cintura e movendo no ritmo de musica inexistente.
- Você acreditaria se alguém te dissesse naquele dia do treinamento que acabaríamos assim? – Ela perguntou descansando a cabeça no meu peito.
- Definitivamente não – Respondi sincero.
- Eu ainda não gosto do que fez.
Olhei para ela com uma sobrancelha levantada.
- Esta bem, eu gosto um pouco.
Voltamos a dançar abraçados e em silencio.
- Eu acho que te amo.
Jasper: Gostei.
Alice: Eu também, mas é injusto deixar essa ultima frase sem dono.
Jasper: Só para todo mundo ficar curioso.
Alice: Rosalie te tirou do serio, foi hilário.
Jasper: Quando quer ela consegue ser bem chata.
Alice: Mas uma coisa tenho que concordar.
Jasper: Ai não, você vai concordar com a minha irmã, não é um bom sinal.
Alice: Quer me deixar falar?
Jasper: Diga.
Alice: Seu guarda roupa melhorou muito desde que entrei em sua vida.
Jasper: Não posso negar, mas realmente gostava daquela camisa que ela jogou fora.
Alice: Não gostava, não.
Jasper: Tem razão, não gostava.
Alice: Bom garoto.
Jasper: Chega desse papo sem sentido, sua vez de contar.
Alice: É o penúltimo.
Jasper: Sim.
Alice: Não gosto de fim.
Jasper: Imagina eu.
Alice: Tem razão, pra você foi bem pior.
Jasper: Então conta logo, o pessoal esta impaciente.
Alice: Tudo bem, vou contar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
N/A: Ola queridas.
Primeiro, mil desculpas, pela demora.
Esse capitulo estava metade pronto, só faltou inspiração.
Esta acabando, só mais dois.
Como sempre agradecimentos para a minha linda beta Bruna (Bruh) Cullen, você sempre, sempre mesmo, me salva.
Beijos e ate uma próxima leitura.