Chouji Akimichi. Com apenas 8 anos de idade. O pequenino estava indo junto com sua família para uma cabana localizada próximo a fronteira entre o País do Fogo e o País da Cachoeira, para passar umas merecidas férias após seu pai ter participado de tantas missões.

O garoto estava correndo com os braços abertos nos corredores ao ar livre da casa. Chouji adora sentir o vento em seu rosto, até se cansar de tanta correria, é claro.

Quando ele ver uma bela borboleta voar lindamente na sua frente, Chouji resolve segui-la. Ela voa para fora da casa onde se encontrava e Chouji tenta pular a parede de madeira em sua frente e acaba caindo sem querer, em cima da moita que se encontrava lá.

Quando ele finalmente se levanta logo tenta seguir o inseto. A linda borboleta voa para dentro dos arbustos que tinha nos arredores do local, e Chouji se caminha para a mesma direção.

Mas quando ele abre passagem para mais um caminho entre as moitas, ele perde a borboleta de vista.

– Borboletinha...! Cade você? – Chouji a chamou, colocando as mãos próximas em sua boca, para ajudar com o som do seu chamado.

– Quem tá aí? – Uma garotinha de cabelos curtos e verdes, vestida com uma curta camiseta e shorts prateados, estava no local e acabou ouvindo a voz de Chouji. Ao seu lado, sobrevoava um besouro preto, e logo vai embora ao escutar a voz da garotinha.

Chouji abre caminho para mais uma moita em sua frente. E assim que ele coloca sua cabeça para fora, se depara com a garotinha.

Os olhos de ambos se encontram. Chouji, sem perceber, começa a encarar os orbes laranjados daquela garota, sem desgrudar sua visão deles.

Já a garotinha, encara Chouji com uma sobrancelha arqueada. Ela meio que ficou curiosa com as ondinhas desenhadas na bochecha dele, achando até mesmo engraçadas de se ver.

– Ah... Você viu uma borboleta passar por aqui? – Chouji pergunta sem jeito. Coçando sua cabeça enquanto saia do meio dos arbustos.

Ela faz menção de responder, mas em um movimento automático, ela recua.

– Oi você tá bem? – Pergunta Chouji preocupado, parando um pouco com seu andar.

Os dois estavam de frente pro outro se entreolhando. Mas a visão de ambos é atrapalhada pela mesma borboleta que Chouji perseguia até agora. O sorriso do gordinho não pode não ser notado. Chouji sorria de orelha a orelha com aquilo.

A garotinha de cabelos verdes também mirava a borboleta admirada. Nunca tinha visto um inseto tão bonito quanto aquela borboleta era. Também, suas asas brilhavam como um arco-íres, o que a deixava mais encantadora ainda de se ver.

– Ah me desculpe. Eu não me apresentei. Meu nome é Chouji. Chouji Akimichi. E qual é o seu? – Pergunta Chouji curioso.

– Fu...

– Hã?

– Meu nome... É Fuu.

– Fuu? Hehehe é fácil de lembrar hehe!

O papo dos dois é interrompido quando um besouro se junta com a borboleta. E pelo jeito que voavam, pareciam que os dois estavam brincando um com o outro.

E isso fez Chouji ter uma idéia.

– Ei? Vamos brincar?

– Bem... – Fuu pensa um pouco. Mas não demora muito para responder. – Vamos!

Fuu corre para dentro da floresta, para um pouco mais afastado da cabana. Ela puxava Chouji com ela animada. E Chouji acaba sorrindo alegre com a felicidade contagiante da nova amiga.

Eles ficaram brincando na floresta sozinhos. Ficaram brincando de varias brincadeiras, como pega-pega, esconde-esconde, ficar pulando do topo de pedras grandes, enfim, uma diversão só.

A diversão era tanta que nem repararam no tempo passar. O pôr-do-sol já estava se iniciando no horizonte. Mas ambos estavam na maior alegria, que nenhum dos dois queriam parar.

– Choujii!!! OH Chouji!

Mas os dois acabam parando quando Chouji escuta a voz de seu pai, Chouza. O Akimichi mais novo logo fica com um semblante triste ao olhar para o chão, não querendo se despedir da mais nova amiga.

– Meu pai está me chamando. Eu tenho que ir. Foi um prazer conhecer você. – Falou Chouji educadamente. Tentando não parecer triste por dizer adeus, ele sorri sincero e alegre para Fuu.

– E.. Está bem. – Ela respondeu, não fazendo o menor esforço para esconder sua tristeza.

Chouji não queria pensar na idéia de nunca mais poder ver Fuu novamente. Ela foi, de todas, a primeira garota que o tratou sem ligar para seu peso. Todas as garotas que ele andava até agora não davam a mínima para ele.

Mas Fuu... Ela foi tão legal. Era tão extrovertida que chegava até mesmo ser contagiante. E o breve momento que os dois tiveram ao se conhecerem, foi o melhor que aconteceu em sua vida e... até mesmo... na vida de Fuu também.

E foi com esse pensamento que, quando ele já ia embora, ele para. Ele teve uma idéia, e esperava que Fuu aceita-se.

– Ei Fuu? Podemos nos ver de novo?

– Hm? – Fuu arqueia sua sobrancelha, confusa.

– É que... Você... É muito legal e... Eu achei... Que se não podermos nos ver de novo, nós daríamos um jeito de se encontrar, não é?

– Hm... – Fuu fecha os olhos, pensativa. Depois ela faz uma cara de esforço, se esforça mais, até fazer uma careta de tanto pensar.

– Hã.. Fuu? Você tá bem? – Pergunta Chouji inclinado a cabeça para baixo, tentando ver o esforço dela.

– AHÁ! – Ela meio que explode, assustando o pobre coitado do Chouji.

Fuu desamarra um barbante especial que usava para amarrar o cabelo, que também era da mesma cor. E após ajeitar um pouco, ela vai até ele.

– Toma. Fica com isso. – Fuu entrega o barbante na mão de Chouji.

– Nossa. É diferente. Gostei! – Falou Chouji alegre. Depois ele se toca, se lembrando que agora é a vez dele de entregar algo para ela.

Chouji se abaixa e desamarra um barbante com enfeites especiais do Clã Akimichi. E assim que ele consegue tirar de sua perna, ele entrega para Fuu.

– Aqui. Meu pai disse que é um vinculo muito valioso do nosso Clã. Então eu vou reconhecer de primeira, tá bem?

– Sim!

Assim que Fuu acaba de amarrar o barbante em seu pulso, ela corre até Chouji e o abraça animada. Chouji no inicio ficou surpreso, mas depois correspondeu a apertando, mas com delicadeza, sem querer machucá-la.

– Já estou indo pai! – Gritou Chouji correndo na direção da cabana de férias do seu Clã, deixando Fuu sozinha naquela floresta.

Fuu permaneceu parada no mesmo lugar durante um bom tempo. E assim que resolveu se mexer, ela da meia volta devagar e começa a caminha.

– Achei você. – Falou um ninja mascarado, surgindo na floresta. – Vamos. Não podemos esperar mais.

– Sim... – Assentiu a pequena, ficando agora com um olhar triste. Ela acompanhou essa ninja até para um local apropriado para...

Se tornar o Jinchuuriki de 7 Caudas.

Mal sabiam os dois que, daqui a 6 anos, assim que eles se reencontrarem, não iam se separar tão cedo...